06 junho, 2008

Notas Soltas (3)

1 - José Sócrates explicou em Évora, no lançamento do concurso para o primeiro troço do TGV, que " Lisboa-Madrid é a nossa prioridade". Era de prever. Entretanto a linha Porto-Vigo atrasa-se, mas o governo deve achar normal, e eu também acho normal que eles achem normal.

Nessa mesma cerimónia o nosso ministro Jamé teve uma brilhante intervenção que confirma os seus dotes de político arejado e vistas muito largas. Disse ele que a rede alta velocidade será "uma alavanca para a competitividade da economia portuguesa". Eu pensava que a nossa economia seria mais competitiva se tivéssemos os produtos que o mercado quer, a preço e em condições vantajosas em relação à competição, se tivéssemos um forte espírito inovador, energia barata, mão de obra qualificada, e se soubéssemos exportar. Em resumo, se fôssemos sérios, inovadores, eficientes, profissionais. Andava enganado.

A rede de alta velocidade, explicou o ministro, num período de 40(!) anos, criará 36 mil novos postos de trabalho permanentes e aumentará o investimento privado em 76 mil milhões de euros. Reparem na visão ministerial. Ele sabe como serão o mundo e o nosso país daqui a 40 anos, enxerga claramente o resultado das rápidas mutações que ocorrem e ocorrerão até 2048, e isso permite-lhe fazer previsões numéricas. 36 mil postos de trabalho, atenção, não são 35 nem 40 mil, são exactamente 36 mil. Os investimentos não serão 75 nem 80 mil milhões, serão 76.

Fica assim totalmente justificado mais um investimento faraónico que o maldizente e desinformado cidadão erradamente pensaria exagerado, não prioritário ou até mesmo dispensável.

Ditosa Pátria que tais ministros tem!

2 - Num registo diferente, gostaria de dar um "palpite" no caso do castigo do FCPorto, em virtude do qual lhe foram subtraídos 6 pontos na classificação final do campeonato 2007/08. Então se vier a ser absolvido, como acredito que é da mais elementar justiça, como ressarcir o FCP dos 6 pontos indevidamente tirados, uma vez que a classificação 2007/08 já terá sido homologada e como tal é imutável? Só vejo uma solução: é o FCP iniciar o próximo campeonato com um saldo de 6 pontos positivos! Que tal?


Do Porto, para o Mundo...

Se nos conseguirmos alhear das telenovelas, da patrioteirice saloia à volta do Ronaldo e da selecção, da politiquice partidária, das pulhices que estão a fazer à nossa cidade e clube, e conseguirmos um pouco de coragem para passar os olhos sobre cenários bem mais degradantes, depressa ganharemos consciência do flagelo que assola o Mundo.
Das alterações climáticas, em razão do efeito de estufa gerado pela emissão de gases poluentes, até à fome, ao terrorismo e às desigualdades sociais, teremos poucos motivos para sorrir e acreditar no futuro. Se nos lembrarmos que isto acontece há décadas e que tem vindo a crescer de forma galopante, pouco espaço resta para o positivismo e para a esperança.

Foi pensando nestas misérias humanas que me ocorreu perguntar em que bases poderá certa gente alicerçar o optimismo que faz gala em exibir? O que pode levar alguém na posse de todas as faculdades a entusiamar-se quando vê quadros tão deprimentes se no dia seguinte, e no outro, e mais outro, as coisas não dão sinais de melhorar? Haverá aqui uma reacção inconsciente de defesa, ou será mesmo sempre sincero? Eu tenho dúvidas, porque em tempos de crise, só os ricos ou os jovens se atrevem a falar de optimismo. O que, se compreende, porque se uns têm o dinheiro, os outros, têm o futuro que a juventude eterniza.

Sabendo como sabemos da irresistível tendência de alguns para desvirtuarem os factos, temos de nos habituar a repudiar essa estafada argumentação muito peculiar nos políticos. É tempo de entendermos que os políticos usam o positivismo como um placebo para as populações. Na realidade, eles não são optimistas, eles precisam de simular "optimismo" para sobreviver. Eles têm assimilada a ideia de que não se deve dizer toda a verdade ao povo. Então mentem, compulsivamente, e continuam convictos que estão a ser sérios, o que, não ajuda nada a restaurar a péssima reputação que já têm.

Ocorreu-me também que todas estas barbaridades da humanidade a que vamos assistindo seriam plausíveis se o Mundo estivesse entregue a si mesmo, se não existissem líderes. Mas, não. Todos os países do Mundo têm govêrnos, gente supostamente responsável, mas poucos têm quem os governe de facto.

Não fôra assim, conhecidos que são os malefícios para o Planeta e para a Humanidade, provocados por combustíveis fósseis como o petróleo, já se teria há muito optado por outros bem mais limpos para o meio Ambiente (gaz natural, electricidade, etc.). Estes "Líderes" estão ao corrente da existência de alternativas e de novas tecnologias, mas não as usam porque não querem. Pelo menos, até que a galinha dos ovos de ouro se esgote.

Entretanto, preferem assistir à deterioração do Planeta fazendo de conta que não sabem o que está a provocá-la, sem mesmo se preocuparem com a qualidade de vida das gerações futuras, incluindo as das suas famílias. A obcecação pelo vil metal supera qualquer instinto de sobrevivência de longo prazo. O futuro só conta se for imediato, o resto é uma porta a fechar por quem vier atrás.

PS-Segundo notícias recentes, fundamentadas em dados ciêntificos, o Pólo Norte pode desaparecer dentro de 15 anos e com ele toda a vida selvagem que por lá ainda exista. O urso branco é uma das espécies ameaçadas de extinção.

Conhecem o Zé Povo? Então aqui vai a dedicatória!

Os "vermelhos" estão nervosos


Caríssimos portuenses, tripeiros,

Estou-me a dirigir, como é óbvio, aos tripeiros, aos meus conterrâneos de sangue, aos que são fieis à sua pronúncia, às suas raízes, que não trocam marcas e instituições locais, pelas dos centralistas, que não enjeitam o conceito de pátria por um prato de lentilhas, que não dizem pateticamente "ÓÓÓrgulho" mal chegam a Lisboa (como o Nuno Gomes, que é de Amarante), que preferem o serpentear envolvente e poético do Douro ao estuário do Tejo, que se identificam mais com a rudeza do granito, do que com o calcário vulnerável do sul, que preferem a foz do Douro à linha de Cascais, que se deslumbram com o velho Porto visto do cais de Gaia, em vez de se angustiarem com a difusa imagem de Lisboa vista de Almada, que preferem o FCPorto, o Boavista, o Salgueiros, o Académico, o Estrela e Vigorosa, O Clube do Fenianos, o Sport Club do Porto... ao Sport Lisboa e Centralismo do Bairro de Benfica e outros que tais. Chega?
Bem, é só e apenas para esses, que gosto de falar. No JN, também escreve o Hélder Pacheco, um tripeiro a sério e bem descontaminado da radioactividade tóxica de Lisboa, e isso não significa que simpatize com todos os que lá escrevem. Terminado este preâmbulo em forma de aperitivo, transcreverei de seguida o 2º. parágrafo plasmado na coluna à direita deste Blogue para refrescar a memória de algumas almas perdidas que por aqui começam a gravitar pensando que isto é o "Bússola":
"NATURALMENTE, DISPENSA A PARTICIPAÇÃO DOS SEUS INIMIGOS (QUE OS TEM, DENTRO E FORA DE PORTAS), PORQUE AFINAL, É A SUA EXISTÊNCIA QUE ESTÁ NA SUA GÉNESE E QUE TANTO TEM PREJUDICADO A NOSSA CIDADE. HÁ ALGUNS 'COLABORACIONISTAS' DO CENTRALISMO QUE ACHAM QUE NÃO É BEM ASSIM. NÓS CONTRAPOMOS QUE É!"
Prestado este prévio esclarecimento, passo então a explicar melhor a razão de toda esta conversa. Hoje, tinha na página de moderação de comentários, onze comentários, sendo que, oito deles, eram o mesmo, repetido 8 vezes. Alguns, eram de uns ressabiados anónimos a dar sinais de nervosismo (o que é bom sinal) com aquela basófia que lhes é muito peculiar e que se pode facilmente apreciar no "Bússola".
Ora, eu quero dizer a esses meninos, que os conceitos ou preconceitos que possam ter sobre os valôres da Democracia não me interessam para nada. São lixo. Por isso, como já tive oportunidade de notificar e o texto acima transcrito testemunha, as portas deste blogue estão fechadas a cadeado a energúmenos e a mal educados que ainda por cima se arrogam o direito de nos vir envenenar.
Nunca será desses meninos que aceitarei lições de Democracia, porque já têm de berço uma visão distorcida do que ela possa ser. Por consequinte, é o mínimo que posso fazer, fechar-lhes a porta, tapar-lhes a bôca para aprenderem a sentir na pele só um cheirinho dos efeitos do centralismo. Percebem o que quero dizer ou querem um desenho? Eu faço-vos então, o desenho.
O desenho é este: vocês, em Lisboa, ou do Porto, mas inimigos do Porto, estão habituados a terem 4 canais de televisão abertos e outros tantos codificados, a rezar sempre pela mesma"cartilha", e quando abrem uma frinchinha ao contraditório é só para disfarçar, para não perderem alguns contratos publicitários com algumas empresas do Norte. Com as rádios e os jornais, é a mesma coisa. E isso, sabem, é anti-democrático, perceberam meninos?

Portanto, rua! Aqui, não há lugar para gente da vossa estirpe. Vão à SIC e queixem-se, ou então, para o "Bússola", que eles lá parecem gostar de audiências da vossa qualidade ...



05 junho, 2008

O alarve

Leiam no PÚBLICO on line a entrevista de LFV ao órgão oficial das galinholas. O homem conseguiu superar-se. É um monumento à pulhice. É de fazer vomitar. Além das imbecilidades habituais, envia claramente uma censura e uma ameaça ao amigo Madail por este "defender" o FCP e manda recados ao Conselho de Justiça avisando-os de que não podem decidir-se pela absolvição. O homem é um alarve!

Sobre a Petição ao PE

Caro Rui Farinas e demais participantes,


Podem pesquisar aqui o que diz sobre os assuntos das Petições ao Parlamento Europeu

Apresentação de Petições ao Parlamento Europeu

Texto do Site do PE:

Um dos direitos fundamentais dos cidadãos europeus: Qualquer cidadão, a título individual ou em associação com outras pessoas, pode, em qualquer momento, exercer o seu direito de petição ao Parlamento Europeu, em conformidade com o Artigo 194º do Tratado CE.

Qualquer cidadão da União Europeia ou residente num Estado-Membro, pode, a título individual ou em associação com outras pessoas, apresentar uma petição ao Parlamento Europeu sobre assuntos que se enquadrem no âmbito das actividades da União Europeia que o(s) afecte(m) directamente. Qualquer empresa, organização ou associação que tenha a sua sede social na União Europeia pode também exercer este direito de petição garantido pelo Tratado.
A petição pode ser apresentada sob a forma de uma queixa ou de um pedido e pode dizer respeito a questões de interesse privado ou público.
A petição pode revestir a forma de um pedido individual, de uma queixa, de uma observação sobre a aplicação do direito comunitário ou de um apelo ao Parlamento Europeu para que este assuma uma posição sobre uma questão específica. Este tipo de petições proporciona ao Parlamento Europeu a oportunidade de chamar a atenção para qualquer violação dos direitos de um cidadão europeu por parte de um Estado Membro, das autoridades locais ou de uma Instituição.
Era minha intenção mover uma Petição ao Parlamento Europeu contra o Governo Central(ista) pelo desvio ilegal de fundos do QREN para a região de Lisboa mas, como era previsível, o PE não aceita todo o tipo de Petições. Os assuntos admitidos são os seguintes:
  • Os direitos de cidadão europeu consagrados no Tratado
  • questões ambientais
  • defesa do consumidor
  • livre circulação de pessoas, de mercadorias e serviços, mercado interno
  • emprego e assuntos sociais
  • reconhecimento de qualificações profissionais
  • questões relacionadas com a aplicação de legislação da UE

Por consequinte, há que ir pensando no "mercado" interno, em outras alternativas.

As distrações do senhor Procurador que...

... ninguém entende (excepto os benfiquistas). A saber:

  1. Se as escutas - que ninguém conhece - serviram para tramar PdCosta, por que é que as escutas - que toda a gente ouviu - não servem, para tramar o LFVieira?
  2. Por que é que o Sr. Procurador considera "pacífico" que o Sr. LFVieira se faça acompanhar de gorilas (guarda-costas) e permita que um deles agrida em pleno aeroporto um passageiro com evidentes provas públicas.
  3. Por que é que o Sr. Procurador considera irrelevante que, ao melhor estilo AlCaponiano, o motorista do Sr. Orelhas (apelido do Presidente do clube mais salazarento do país) agrida selvaticamente, junto a uma entidade bancária, um transeunte que tinha o carro mal estacionado?

Ah, senhor Procurador, V. Exa. não está a parecer sério e isso é muito mau sinal...

A xenofobia futebolística dos nabos

A intelectualite aguda de determinadas figuras públicas se não for tratada a tempo, arrisca-se a tornar-se em doença crónica. Há-as, de vários tipos, e pode ter diversos nomes e tons. Uma das mais publicitadas pelos media do centralismo, chama-se "síndroma do pacheco-pereirismo". É tóxica, mói, corrói e "inflói", mas não é mortal. É incurável, porque é uma doença do foro psiquiátrico profundo, e porque, além disso, como quase todas as doenças, é estúpida.

Um dos sintomas deste síndroma, é a aversão ao futebol. Não a todo o futebol, claro, mais a um do que a outro. Depende da côr, e da região onde é praticado. É uma doença chata, porque atrofia bastante o cérebro e contagia os mais influenciáveis. Além disso, quando instalada, provoca nas pessoas uma sensação fantasista de sabedoria cujo efeito colateral mais comum é o de fazê-las cair no ridículo.
Segundo apurados estudos da comunidade ciêntifica internacional, esta doença ataca preferencialmente homens que na infância não tinham o menor jeito para dar um chuto na bola e se sentiam inferiorizados por serem excluídos das peladinhas com os amigos. Outros tôscos, mas de mente mais sadia, resolviam o problema facilmente, optando inteligente e alegremente por jogar à baliza, continuando assim a partilhar o convívio com os amigos.
Por paradoxal que pareça, estes doentes revelam-se afoitos a criticar as coisas más do futebol e tímidos a descobrir-lhe virtudes. Esquecem-se, por exemplo, que instituições de maior relêvo e responsabilidade civil, como Govêrnos e autarquias locais são incapazes de afastar do mundo da droga e da criminalidade tanta gente como o futebol. Esquecem-se (vá-se lá saber porquê), os postos de trabalho que geram, mas lembram-se da corrupção. Cinicamente. Tão cinicamente como esquecem a corrupção de todos os outros sectores da vida pública e privada.
A isto, pode chamar-se xenofobia intelectual. E xenofobia, seja ela de que tipo fôr, é sempre xenofobia.

04 junho, 2008

O Judas do Porto

Ainda é cedo para os inimigos do Porto/F.C.Porto (nunca este binómio se fundiu tanto como agora), destilarem o ódio que lhes alimenta a existência, nem para os portistas esmorecerem. Sei que é cada vez mais complicado confiarmos na Justiça, porque a ela se sobrepoêm outros obscuros interesses, mas considero que devemos continuar a acreditar na capacidade de defesa do FCPorto até ao fim.
Agora, já não podemos, nem devemos - sob pena de voltarmos a repetir a asneira - é dissociar tudo o que se está passar na cidade do Porto e com o seu maior clube desportivo com o espaço temporal da gestão de Rui Rio na Câmara Municipal. Nunca o Porto cidade decaiu tanto em termos de progresso e de protagonismo como durante os dois cinzentões mandatos de Rui Rio.
Para o Porto, os mandatos de Rui Rio corresponderam a 8 anos de orfandade política e solidão humilhante. Desse estigma, não pode livrar-se nem fazer-se de inocente, porque se há coisa que ele nunca teve, foi um gesto sincero de reconhecimento a uma instituição que trouxe mais alegrias e orgulho para os portuenses do que alguma vez ele será capaz. Pelo contrário, ao hostilizar desde o primeiro dia o F.C.Porto, contribuiu activamente para esvaziar a cidade de uma voz autorizada para a defender. Por isso, é que agora está atrapalhado a tentar inverter o ciclo das suas convicções.
Além de sentir desconforto, por não poder reclamar de forma mais afirmativa aquilo que o Governo de Lisboa nos está a roubar de caras (fundos do QREN), - mesmo que a coberto de manipulações "legais" - já se mostra "disponível" para ser convencido a defender a Regionalização promovendo fóruns para discutir o assunto. A culpa não é toda dele, porque alguém o pôs lá, muitos portuenses, alguns até adeptos do FCPorto. Por isso, agora, governem-se com o que têm e saibam também assumir a quota respectiva de responsabilidade pela agonia do Porto.
Rui Rio, vai seguramente ficar na história do Porto, mas não pelos melhores motivos. Será recordado sim, como o Judas Iscariotes da política portuense. Judas entregou Cristo aos seus perseguidores por trinta moedas de prata, Rui Rio apunhalou Pinto da Costa pela cadeira do poder em Lisboa. As semelhanças assustam.

"A porca da Política"

Esta imagem satírica da autoria do famoso Rafael Bordalo Pinheiro, devia ser uma realidade de um passado distante, de uma ditadura remota. Mas, não é. Continua em "democracia", perfeitamente actualizada e carregada de um simbolismo ainda mais pertinente...
Ela permite-nos inúmeras reflexões, incluindo a de questionarmos a mais valia desta democracia e destes políticos em comparação com os processos e manhas do anterior regime. Não há grandes diferenças.
Se pelo menos esta espécie de "porcos" permitisse transformá-los em verdadeiros leitões...
Senão, vejamos como reza uma das muitas definições ideárias sobre a Democracia:
"As democracias protegem de governos centrais
muito poderosos e fazem a descentralização do govêrno a nível regional e local, entendendo que o govêrno local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível."
Está-se mesmo a ver que é assim é. Tudo gente séria...

Abram os olhos meninos

Não fosse o assunto sério, quase dava para rir a desilusão patenteada por alguns portugueses por Manuela Ferreira Leite ter ganho a corrida à liderança do PSD. Ela, ou qualquer outro (ou outra), vai dar ao mesmo, porque os pressupostos de confiança dos eleitores com os eleitos são uma perfeita anedota. Patética, mas sem grande piada.
Trinta e quatro anos de vivência democrática para um país, pode nem ser indicador de antiguidade, mas são suficientes para se aprender alguma coisa. E se alguma coisa os portugueses deviam ter aprendido durante todos estes anos (pelo menos, os que têm idade para isso), era a não confiar no que dizem os políticos, porque eles já lhes deram provas que cheguem para não merecerem mais créditos.
O que, de hora em avante, devia mobilizar os portugueses, não é colaborar nestas repetitivas e gastas campanhas pela conquista dos mesquinhos poderes pessoais da nossa classe política, mas sim a procura de novas soluções para restaurar os mecanismos democráticos que definitivamente não servem os seus interesses.

Os eleitores sabem criticar (com razão) os governantes, mas acabam sempre por se deixar levar na sua conversa, nas suas verdades inconsequentes e entrar no seu jôgo de interesses. Sem darem por isso, alimentam-nos, restauram-lhes créditos sucessivos, dão-lhes vida, e atribuem-lhes uma importância que ainda não foram capazes de merecer. Durante 34 anos! Os eleitores são portanto, também responsáveis por não saberem pôr um travão a estes abusos.

A comunicação social tem uma enorme responsabilidade em toda esta encenação. Opostamente ao que afirma, está sempre mais próxima dos políticos do que do povo. Interroga-os, é verdade, provoca-os até, mas acaba sempre por estar do seu lado. O contrário, já não acontece. Para as televisões, o povo só existe para o futebol, para assistir e aplaudir programas recreativos de gosto duvidoso. É tudo. Para ter um pouco mais de protagonismo, só nas eleições,de 4 em 4 anos, com os resultados que se conhecem.

Os políticos estão tão desqualificados que já nem se dão conta do que dizem. Para eles não é grave dizerem disparates. De ministros a Presidentes da República o nivelamento é cada vez mais feito por baixo. Ouvimos um Ministro das Obras Públicas a exclamar, "OTA, jamais!", e depois a ter que engolir a OTA com o jamais incluído, e um Presidente da República (Cavaco) a ter o desplante de dizer sentir-se orgulhoso com os emigrantes numa visita ao estrangeiro, sem sequer lhe ocorrer pensar, da razão que os levou a emigrar... São assim os pragmáticos do nosso mundo político.

O que interessa então, o que disseram MFLeite, ou PPCoelho, e logo depois contra-disseram? Se fulano no discurso A (de alienação política) falou sobre a Regionalização, e depois de ser eleito, deixou de falar, qual é o espanto, meus senhores? Afinal, quando anos mais serão precisos, para concluirem que estão a lidar com impostores? É pelas setinhas classificativas do JN? E os nossos miolos não servem para nada?
Não se impressionem com quem fique "chocado" com o meu discurso, porque de populista e demagogo nada tem, ao contrário do dircurso hipócrita do politicamente correcto usado pelos governantes que em bom português quer dizer, deitar areia para os olhos do povão. E muito menos tem de insultuoso, porque não se insulta quem é sério. O que digo e afirmo aqui, rearfirmá-lo-ia em tribunal, as vezes que fossem precisas. Mesmo dentro de uma cadeia.
PS-Aos adeptos do FCPorto, recomendo calma, a procissão ainda vai no adro. Eu sei que isto que estão a fazer-nos é revoltante, que nos deixa tristes, mas continuo a confiar que o FCPorto vai sair (como sempre esteve) limpo deste processo.
Para desenjoar, recomendo esta receita: pensem num pavão vaidoso que vive numa gaiola chamada Liga, a quem todos gostariam de pôr os c. . . . . .s, imaginem o seu rosto e a seguir vão a correr para o WC, vomitar. Se tiverem uma fotografia, vomitem-lhe em cima. Depois, digam lá se não ficaram mais animados.

03 junho, 2008

Recomendação do "Renovar o Porto"

Como já se devem ter apercebido, não sou propriamente o gentleman em pessoa, mas gosto da boa educação. Sou contundente, quando acho que tenho de ser, e não enjeito uma boa piada, mesmo bem apimentada se considero oportuno.
Como prezo muito a liberdade, gosto de a partilhar com todos, principalmente com aqueles que gostam do Porto e sentem, como eu sinto, o desprezo que lhe tem sido votado, sobretudo por alguns conterrâneos sem escrúpulos.
Tenho a responsabilidade de administrar este Blogue e, como tal, de moderar os comentários mais excessivos, que nos são remetidos. Por excessivo, considero o insulto gratuito e a boçalidade de linguagem mesmo que aparentemente na defesa da causa portuense.
Outra consideração que se impõe, é solicitar a identificação verdadeira dos autores dos comentários (pelo menos, o primeiro e último nome). Não custa nada, e confere mais credibilidade, não só a quem o faz, como ao próprio blogue. Além disso, outorga autoridade moral a quem escreve tantas vezes a lamentar a falta de coragem da classe política.
Não me levem a mal, mas a partir de agora, se não forem cumpridos estes simples requisitos, não publicarei tais comentários.
A bem do Porto.

histórias da portofobia num país de crápulas

Ontem, pelo JN, ficamos a saber (o que afinal já sabíamos) que o procurador geral da república (PGR) silenciou e impediu o procurador Almeida Pereira de se defender publicamente das acusações de que foi alvo quando foi indigitado para director da PJ do Porto.
Ficamos também a saber (o que afinal já sabíamos) que o PGR, com o prestimoso auxílio de um pasquim lisboeta, fez diligências para impedir a ida do procurador do Porto para a PJ numa comissão de serviço de 3 anos. Realce-se que foi o próprio procurador acusado, via carta anónima, de ter favorecido Pinto da Costa e o FC Porto a troco duma viagem para assistir à final de Sevilha, a entregar a carta anónima, que o acusava, à hierarquia para que a mesma fosse investigada.
Há ainda quem tenha verticalidade e não frequente os corredores hipócritas e dissimulados do poder residente em Lisboa. Assim vai esta república de bananas governada por sacanas.
Nos últimos dias ficamos também a saber que dois professores catedráticos de Coimbra, cuja autoridade técnico-jurídica e moral está acima de qualquer suspeita, arrasam de modo veemente e definitivo toda a construção jurídica que um vaidoso, assistente na mesma faculdade, foi capaz de, ao arrepio das leis e da justiça, inventar para condenar de modo aberrante o FC Porto e prestar um serviço que lhe foi encomendado pelos seus sombrios patrões, ou então para sublimar as suas frustrações futebolísticas, assim como para masturbar o seu mais que provável minúsculo e impotente ego.
Soubemos também que um outro mandarete, este da Federação de Futebol, também a soldo dos seus patrões que se mantêm na sombra embora todos saibamos quem são, em vez de se limitar a mandar para a UEFA a ‘sentença’ da Liga e a informação do recurso de Pinto da Costa que a ter desfecho favorável implica que a Liga tenha obrigatoriamente que rever a condenação do clube, enviou para a UEFA um texto tendencioso e manifestamente truncado, o que só demonstra aquilo que afinal todos já sabíamos: existe mesmo uma enorme coligação de todos os medíocres deste sítio mal frequentado para abater aqueles que todos os dias provam que esta sociedade é dirigida por um conjunto de mesquinhos, incompetentes e ressabiados que não suportam que alguém os ultrapasse, principalmente se não pertencer ao círculo de poder da ‘capital’.
Se o FC Porto sair airosamente desta batalha será uma incomensurável vitória da instituição, de um homem – Pinto da Costa – e dos adeptos do clube. Só e apenas. Não será do Porto cidade nem do ‘Norte’.
Porque o FC Porto lhes é infinitamente superior e tanto a cidade como a região, atoladas na mediocridade e na cobardia, não o merecem.Ontem, o 1º ministro lançou a ‘1ª pedra’ daquilo que será um verdadeiro crime económico. Um traçado de TGV, que supostamente nos ligará à Europa e que deixa mais de metade de Portugal de fora. Palavras para quê? É um artista português licenciado em engenharia com a especialidade de inglês técnico.
Hoje deixei-me levar pelas emoções. Fiz bem! :-)
(de António Alves no Norteamos)

O Zé Francisco

Enquanto lia este artigo no JN e observava a foto do Director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, apercebi-me que aquela figura não me era estranha. Uns minutos mais tarde, descontados os cabêlos que o tempo leva mais as implacáveis alterações fisionómicas, descobri que estava a olhar para um amigo e vizinho de infância. O Zé Francisco. Era por este nome que eu tratava este (agora) ilustre professor catedrático cujo irmão partilhou comigo a mesma escola e a mesma turma .
Como acontece amiúde nas nossas vidas com antigos companheiros de infância, perdi-lhe o rasto (está há muitos anos a viver em Coimbra), mas dele ficaram estas duas particularidades: era um rapaz com uma maturidade invulgar para a sua idade e de uma grande inteligência. É extremamente discreto e detesta holofotes.


A última vez que tive sinais dele foi aqui há uns anos (não me recordo exactamente quantos) quando foi convidado por um qualquer Governo, se não me engano para Procurador Geral, convite esse que ele agradeceu, mas rejeitou. Até nessa opção soube ser inteligente. Estes governantes não o merecem.

02 junho, 2008

Sr. Pachêco Pereira, que tem a dizer desta promiscuidade?

Pouco me anima o facto do Dr. Rui Rio ter um "despertar" demasiado lento, de não gostar de berrar contra Lisboa e de estar agora a dar sinais de vida. Indo directo ao assunto, estou convencido que não foi essa a razão da sua timidez reinvindicativa no passado próximo ou remoto, nem tão pouco a sua súbita representação perante o Governo central no débil papel de homem defensor dos interesses do Porto, mas antes o aproximar das eleições autárquicas que costuma induzir os políticos à tradicional dança de sedução eleitoralista. Há quem diga e creia, que ele é sério, mas o que não é seguramente, é burro. Mas nós, também não somos.
Acho muito bem que processe (se tiver genica para isso), o Govêrno por desviar os fundos do QREN que nos eram destinados para continuar a engorda da vaca sagrada chamada Lisboa, mas não é por isso que mudarei a minha opinião àcerca dele. É uma carta fora do baralho, i-r-r-e-v-e-r-s-í-v-e-l.
Várias vezes aqui escrevi, tentando explicar as razões (e as emoções), que me levaram a perder toda a confiança no regime democrático português o que, em poucas palavras, se pode resumir a esta constatação: os mecanismos democráticos de controlo dos cidadãos relativamente ao poder político são demasiado lentos e disfuncionais. Há pois, que os alterar. Quando isto for feito ou, em alternativa, quando - e se - este país, um dia se pautar por padrões de qualidade de vida mais simétricos e elevados, então talvez me disponha a aceitar as regras do jogo. Até lá, não contem com o meu voto de apoio.
Há por aí uns iluminados que acham pouco "ético" analisarmos a política e os políticos por questões de carácter, e eu continuo a não perceber porquê, quando é o carácter, sobre qualquer saber técnico ou ciêntífico que confere (ou não) qualidade ao que se faz. Suspeito mesmo, que esses existencialistas tenham "boas" razões para pensar assim, mas não serão seguramente as mais nobres...
É tão importante o carácter dos indivíduos, como tirar uma radiografia aos pulmões para detectar um tumor.
Estou-me a lembrar - mais uma vez -, por esta altura em que as televisões "não provincianas" da capital injectam doses maciças de orgulho pueril na cabeça dos pobres emigrantes portugueses, se o sempre crítico Pacheco Pereira vai voltar a chumbar no exame de carácter (ou da falta dele) e se fará algum comentário negativo a esta patranha patrioteira que por acaso (e para azar dele) não está a ser protagonizada com a "promíscuidade" dos portuenses... Quando assim é , quando não é o Porto ou o FCP a estar na berlinda, o seu "carácter" manda-o remeter-se ao silêncio e a assobiar para o ar. Aí, os seus escrúpulos de cidadão "superior", evaporam-se sem deixar rasto. Como é que um tipo destes podia não gostar de Rui Rio? São iguais!? Por isso, não são necessários à nossa cidade. Só estorvam.
PS-Ah, deixem-me ressalvar uma coisa antes que apareça por aí um esperto a "ensinar-nos" que o FCP não é o Porto. Eu corrijo. Na verdade o FCP não é o Porto, mas é certamente muito mais
Porto do que o Benfica e Sporting juntos.

Confirmação da recepção do m/ Protesto à UEFA

De: info.uefa.com
Data: 06/02/08 09:00:58
Para:
Rui Valente
Assunto: Read: Porte Plainte contre-Luís Filipe Vieira, Presidente du Sport Lisboa e Benfica

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To:
info@uefa.com
Subject: Porte Plainte contre-Luís Filipe Vieira, Presidente du Sport
Lisboa e Benfica
Sent: Fri, 30 May 2008 17:47:16 +0100

was read on Mon, 2 Jun 2008 09:00:50 +0100


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01 junho, 2008

Tenho esperança que...

Apesar da União pouco unida da Europa, ainda acredito que ela se reja por valores sérios e por homens de ética superior.
Se assim for, se as coisas tomarem o rumo certo da seriedade, quere-me parecer que vão ser precisos à Liga Lisboeta de Futebol, ao Benfica e à Federação Lisboeta de Futebol, uns bons milhões de euros para indemnizarem o F. Clube do Porto e o seu Presidente.
Que assim seja. E a seguir, que estes indivíduos desqualificados e cobardolas, paguem bem caro as sacanices que nas barbas de todos estão a fazer.