19 julho, 2008

O "HUMOR" DUVIDOSO DA RTP

O Contra-Informação da RTP podia diversificar um pouco mais os bonecos que lhe servem de inspiração, para não perder a graça.
O "penso eu de que" , o "Boby", e a "Fruta" de Pinto da Costa, já perderam a piada há muito tempo, porque são repetitivamente premeditados. Não levando em linha de conta a presunção de inocência do visado, está assim a contribuir para continuar a denegrir a imagem do Presidente portista, sobretudo quando sabe que este está sob os holofotes dos tribunais e dos seus inimigos. As insinuações às Máfias são constantes e tendenciosas e já não conseguem disfarçar a simples intenção de fazer humor.
A RTP (pelo que parece) esgotou completamente a criatividade. Deviam pagar-me por isto, mas vou-lhe aqui deixar-lhe (gratuitamente) uma sugestão:
há muitas figuras públicas, políticos, médicos, advogados, deputados, apresentadores de TV, etc., que foram acusados de abuso de menores e PEDOFILIA. Acaso estará a RTP interessada em fazer humor com esta gente? Terá a direcção de programas da RTP coragem para isso?
Pelo menos, assim, talvez prestasse um óptimo serviço à comunidade e talvez impedisse esses doentes mentais perigosos de destruirem a vida de crianças indefesas.
Em alternativa (ou aditamento) podiam também explorar o filão do negócio dos "pneus" do "Orelhas" (vulgo LFV), para provocar boa disposição ao público da "província" que tão carenciado dela anda.

18 julho, 2008

O Mário Lino é muito esperto

A questão que arruinou em definitivo a credibilidade de Nixon (“compraria a este homem um carro em segunda mão?”) deixou-me com uma péssima impressão dos vendedores de automóveis usados. Até que, há coisa de cinco anos, uma “performance” do meu amigo Miguel Vaqueiro, num stand que ele tinha em Matosinhos, apagou por completo esta má impressão.

O cliente, um fulano para os seus trinta e tais, chegou num Mercedes SLK preto.. Deu os bons dias e começou logo a namorar um Porsche Carrera. Passados uns 15 minutos,. tomou a iniciativa de fazer perguntas, a que o meu amigo respondia num tom correcto mas desinteressado.

A páginas tantas começou a descobrir defeitos no Porsche:

- Já viu estes riscos aqui atrás?

O Miguel concordou:

- Pois tem. Comprei-o à noite a um tipo de Lisboa e não reparei nisso. Além dos riscos tem a lona da capota toda manchada. Quer ver?

Passado um bocado, o cliente voltou à carga:

- Um Porsche é muito bonito mas é sempre um carro complicado...

O Miguel voltou a concordar:

- Pois é. Vamos num Porsche na auto-estrada e se os tipos da BT nos vêem colam-se logo a nós, porque sabem que mais tarde ou mais cedo nos vão apanhar a mais de 150!

O interesse do cliente aumentava a par do (aparente) desinteresse de um bom vendedor, que manipulava com maestria todos os ingredientes do jogo psicológico do negócio, invertendo as bases do ditado “quem desdenha quer comprar” e subvertendo os princípios de um outro: “quando a esmola é grande, o pobre desconfia”..

A técnica do meu amigo é tão boa que até está a ser copiado pelo Mário Lino no caso do Aeroporto Sá Carneiro.

Todos os aeroportos são da estatal ANA, cuja privatização em bloco (passando de monopólio publico para monopólio privado) é apontada como parte do financiamento de Alcochete.
Esvaziado de voos pela TAP que centralizou a sua operação na Portela (é por estas e por outras que a Portela está à beira da saturação), o aeroporto do Porto estava moribundo até que o investimento numa moderna gare o tornou atractivo. As low cost apaixonaram-se por ele. A Zara passou a usá-lo. A Lufthansa aumentou os voos, drenando passageiros do Norte e Galiza para o seu hub de Frankfurt.

Eleito melhor aeroporto da Europa, o Sá Carneiro tornou-se incontornável .- até para a TAP - e seduziu os privados. A Sonae e.a Soares da Costa puseram o dedo no ar. Sócrates desafiou-os a avançarem.

Quando tudo parecia bem encaminhado, é revelada na imprensa a existência de um estudo que declara o Sá Carneiro um mono, apenas viável mediante brutais e irrealistas aumentos das taxas e do número de passageiros.

Vi logo as impressões digitais de Mário Lino nesta notícias, plantadas pelo seu Ministério. Inteligente, o ministro copia a táctica do Vaqueiro e está a desvalorizar o produto, para melhor o vender.

Outra explicação não arranjo para o caso. Se o aeroporto do Porto fosse mesmo uma catástrofe, o fino do Mário Lino não arejava o estudo – punha-lhe o carimbo de Confidencial e arrumava-o no fundo de uma gaveta fechada à chaves. Não seria justo que o aeroporto de Lisboa perdesse competitividade por ter de aguentar o deficitário aeroporto do Porto, pois não?

Jorge Fiel
(In DN)

Equipamento actualizado do inglorioso




Fonte:

Renato Oliveira

Quem controla quem?


CLICAR SOBRE A IMAGEM PARA LER O ARTIGO
Cá está um caso em que nem a oposição política consegue produzir efeitos consequentes por denunciar estes abusos. A culpa vai morrer solteira e a vida continua...
No pása nada. É preciso ter calma, diria sua Exa. o Presidente da República.

A face oculta da entrevista de LFV à RTP

A foto aqui ao lado espelha bem a hipocrisia centralista.
Se quiséssemos legendar com alguma objectividade esta imagem como se legenda a banda desenhada ou as revistas de humor, o diálogo (em off) não andaria longe disto:
-Que tal Orelhas, que achas do meu papel de me fazer passar por adepta do FCP? Não achas que dá alguma credibilidade democrática à nossa causa (ou à CausaNostra, é igual), estando casada com o Seara Mãos de Fada, estar aqui contigo a entrevistar-te e a tratar-te como gente importante, como se fosses a pessoa mais séria do Mundo?
-Ouve Judite, não precisas de me dar graxa, porque já sabes que quando prometo cumpro. Diz ao "Mãos de Fada" que depois falo com ele...
-Ó Orelhas, também não é bem assim, raramente cumpres, mas fala mais baixo que pode estar por aí algum microfone aberto, nunca se sabe.
-Deixa-te de armar em séria, porque também comes tudo o que te põem no prato. Sabes que estamos a tramar o "teu" clube e nem pestanejas, alinhas como uma ...
-Cuidado com a língua pá! Vou já bufar para a SIC tudo o que sei sobre o teu enriquecimento repentino. Ou tu julgas que alguém acredita que foi a trabalhar que te tornáste rico?
-Bem, vamos lá começar com a m......... da entrevista para dar a volta a estes gajos. Não me faças perguntas difíceis, ok?
-Tá bem Orelhas, vamos começar o programa. Eu faço aquele ar de parva (ver foto) encantada, e quando tu começares a acusar o FCP ou o PdC eu carrego o sobrôlho para impressionar os papalvos. Já fizemos isto mais vezes, não sabes? Se não resultou é porque tu nem para vigarista tens jeito. Só sabes é trafic....
-Chiu!!!Alto e pára o baile menina, já estás a abusar. Começa lá com a comédia que tenho de ir dormir.

17 julho, 2008

O que podemos fazer, afinal?

Como disse o nosso amigo Rui Farinas no post anterior, a memória do povo é curta, e, é por ser curta que comete várias vezes os mesmos erros. Erros esses, que acaba sempre por ter de pagar do próprio bolso e frequentemente, também com a própria saúde.
Há entre nós - pelo menos, entre os comentadores do Renovar o Porto -, um ponto importantíssimo de convergência, que é, basicamente, o de nos sentirmos profundamente ofendidos e chocados com o desrespeito e a desigualdade de tratamento com que o poder central nos tem "brindado".
Lancei, aqui há dias, um repto aos frequentadores deste espaço de cidadania, procurando estimular-lhes a imaginação no sentido de concertarem um qualquer plano (dentro da legalidade, enfim) que pudesse contribuir de algum modo para chamar a atenção para a nossa realidade e exigirmos mais respeito. Respeito, sim, porque é disso que se trata! Mas sei quanto é complicado encontrar a solução para o impôr.
Dei o exemplo avulso do jornal O JOGO (que deixei de ler), porque me apercebi que pouco a pouco e, apesar de ser o mais rigoroso dos jornais desportivos, não resistiu à tentação de "agradar" ao centralismo.
Se repararem bem, as estações de TV, fazem todas as manhãs uma revista de imprensa onde destacam as notícias de primeira página de todos os jornais, incluindo os desportivos. Ora, como é sabido, tanto A Bola como o Record, apesar do seu cunho arbitrário e sensacionalista, não se preocupam em criar edições para o norte, centro ou sul, consoante a tipologia clubística da região e, mesmo assim, vendem. Mas o problema não está só aí. A questão não dispicienda é que, quando as Tvs fazem a revista de imprensa diária, não há um único jornal que traga estampada e em destaque na capa o Futebol Clube do Porto! Isso é, muito raro, e quando o fazem é quase sempre pelas piores razões. Praticamente o FCP, para os media, é como se não existisse. Mas existe, e, mais por mérito que por acaso, é MELHOR que os seus rivais. Contudo, e como Campeão Nacional, é-lhe estrategica e deliberadamente negada a publicidade que por direito próprio conquistou, para ser atribuída a quem não teve pernas nem talento para a merecer. Até o jornal O JOGO ajuda à "festa", com as subservientes edições Sul!!!
Pensem como quiserem, mas isto para mim, é uma ofensa pública (e, consentida) que todos os dias é feita não só ao clube, como à cidade, mas principalmente à coisa mais importante que ela tem: aos portuenses.
Os jornais vivem dos leitores, mas ainda não foi provado que o dinheiro dos leitores do Norte não represente uma fatia significativa das vendas dos jornais, sobretudo de um jornal como O JOGO que cresceu a partir do Porto e com leitores do Porto! A ganância cega, e, como tal, para vender mais papel o Grupo da Controlinveste, de Joaquim Oliveira, atraiçoou quem o ajudou a crescer. Se a isto, juntarmos o facto deste Grupo incluir o JN, DN, 24 Horas, a revista Ocasião, a rádio TSF, ficamos a perceber melhor a atracção centralista do JN e de O JOGO...
Escrevi vezes sem conta sobre a importância dos media independentes no equilíbrio socio-económico das regiões. Lamentei (e lamento) que empresários regionais de sucesso, como Américo Amorim e Belmiro de Azevedo, nunca tivessem revelado entusiasmo para se lançarem nessa área de negócio, porque se o tivessem feito com a devida excelência e autonomia, hoje o Porto respiraria outra saúde e outro poder. É impossível que o Porto consiga alguma vez concorrer taco a taco com a capital sem esta ajuda preciosa. Alguns líricos, mesmo com os "exemplos" que estão bem à vista, de conspirações sucessivas, de orgãos de justiça amotinados, de desrespeito pelos Tribunais Internacionais, etc., ainda nos querem convencer da dispensabilidade desta preciosa ferramenta. Só podem ser masoquistas ou agentes "secretos" ao serviço da Central Lisboeta.
Não me convidem para me alistar em qualquer dos partidos políticos existentes. Creio que já manifestei com clareza a minha opinião àcerca disso. Não só desconfio deles, como me confrange a impossibilidade democrática para os punir como mereciam. Para mudar de opinião, só dependerá deles. Terão de me provar com acções coerentes e contínuas que estou enganado e então, alterarei a minha postura. Até lá, para mim os políticos não servem para nada, a não ser para se servirem.
O que me for possível fazer farei, mas não estou virado para aventuras político-partidárias quixotescas, inconsequentes e ingénuas. Para além do capital humano necessário para criar um partido, é preciso muito capital financeiro e isso, meus amigos, não tenho. Continuo aberto a ideias. Costuma dizer-se que a necessidade aguça o engenho, pois então, apresentem propostas, de preferência viáveis.
Porque coragem, penso que temos que chegue.

16 julho, 2008

Para que não esqueça

Muitas vezes a memória dos Homens é curta, mas há acontecimentos e situações em que o esquecimento não deve ser consentido. Por isso relembro aqui algumas afirmações de Luis Paixão Martins, patrão da empresa de comunicação LPM e que, por pressões externas, foi obrigado a rescindir, no ano passado, o contrato que tinha com FCP para prestação de serviços de acessoria mediática. Constam de uma carta que na altura foi enviada ao FCP, solicitando a rescisão do contrato porque, segundo afirmavam, a sua continuação podia colocar em risco os postos de trabalho dos seus 70 funcionários.

A LPM alegava que "tem sofrido nas últimas semanas uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas". Dizia mais que " queremos deixar claro que nunca, nos 20 anos de actividade da LPM, algo de semelhante tinha ocorrido". E ainda que " existe uma anormal coligação de interesses para impedir a expressão pública do FCP, mesmo quando se trata de situações que poderíamos descrever como de legítima defesa". No meio de muitas mais afirmações acusatórias, dizia ainda que "foram sendo utilizados sobre a nossa empresa meios, públicos e privados, que revelam sobremaneira o desespero dessas entidades e a falta de considerção pelos princípios éticos que deviam respeitar", denunciando ainda "uma lamentável falta de seriedade de entidades que deveriam dar o exemplo ao país".

Nada disto é novo mas não pode nem deve cair no esquecimento, até porque ninguém de boa fé terá dúvidas que estavam em jogo métodos de natureza mafiosa que, por ilegais, deveriam ser reprimidos e castigados pela Justiça. Os mesmos métodos que continuam a ser usados actualmente.

15 julho, 2008

Justiça e "justiça"

A decisão do TAS sobre o recurso do benfica e do vitória só pode surpreender os distraídos ou os néscios. Pessoalmente, embora salvaguardando imprevistos de natureza insólita, nunca tive grandes dúvidas sobre a decisão desse tribunal. Porquê?



Primeiro porque sei que, muito embora a justiça no estrangeiro não seja administrada por infaliveis seres celestiais, a prática judicial, o calibre intelectual e sobretudo o nível de honestidade dos homens que lá fora lidam com a Justiça, pouco têm a ver com a nossa, onde chegamos ao ponto de existirem fortes razões para acreditarmos na infiltração, nos mais altos orgãos da Justiça Portuguesa, por inconfessáveis interesses particulares que têm mais a ver com desonestidade do que com justiça.



Em segundo lugar, porque o TAS se confrontava com um caso que é uma aberração: A Federação de Futebol do país envolvido, comunica à UEFA ( com quem o TAS tem canais de comunicação) que o mais alto orgão juridiscional português, o chamado CJ, decidiu que o FCP é confirmado como autor de tentativa de corrupção através do seu presidente PdC, e portanto é culpado. Mas por outro lado a Federação tem tantas dúvidas sobre a legitimidade dessa decisão do CJ, que encarrega um renomado jurista português de emitir um parecer sobre o assunto. Por outras palavras, a própria Federação admite que a decisão judicial que precipitadamente transmitiu à UEFA, pode ser falsa e sem valor. É esta decisão de legitimidade altamente duvidosa que os recorrentes benfica e vitória querem que o TAS considere como base para decretar a exclusão do FCP da Champions! O próprio presidente do CJ declara-se vítima de um golpe ilegal por parte dos conselheiros que votaram a decisão, pede a destituição deles, diz que o orgão a que preside não emitiu ainda decisão alguma, e apresenta queixa ao presidente do orgão supremo da FPF, a Assembleia Geral. Alguém em seu perfeito juizo e raciocinando com completa honestidade intelectual, acreditaria que uma entidade séria e responsável como o TAS iria aceitar como boa uma decisão, oriunda de Portugal, envolta em todo este contexto de confusão e de mais que duvidosa legalidade?



A Justiça tem uma enorme componente técnica, apenas totalmente acessível aos juristas, mas tem também outras componentes que se chamam bom senso, humanidade, honestidade, espirito ético. Essas andam arredias de grande parte dos agentes da justiça em Portugal. No resto da Europa é diferente. Os ignorantes e os mal intencionados poderão aprender com esta sentença do TAS que a Justiça verdadeira praticada por essa Europa fora não tem nada a ver com a palhaçada deprimente e vergonhosa a que em Portugal se chama "justiça desportiva".



Também neste aspecto vogamos na cauda da Europa. No fundo Saramago tem razão com a sua ficção literária da "Jangada de Pedra".

Quem será o Don Corleone de Loures?

Quinta da Fonte

Todos pudemos assistir pela televisão àquele tiroteio de fazer inveja aos filmes de Al Capone. Suponho não ter sido no Porto, na tal cidade que o Sr. Domingos Amaral, filho de Freitas do Amaral, comparava a Palermo... Isto, passou-se nas proximidades da capital das virtudes, mas, só pode ser engano.

Benfica acusa UEFA de estar contra Platini

Tadinhos, como eles se agarram ao Platini, como a uma bóia...

Esta batalha está ganha. Agora, há outras para ganhar!

Tenho para mim, que a melhor maneira de lidar com a cobardia e o oportunismo, é a distância. Mas, sempre uma distância suficientemente longa para nos sentirmos seguros e despoluídos, ou, seja, de preferência e se possível, o melhor é mesmo não lidar com ela.

A cidade do Porto, e muitas das suas instituições, continuam a ser o alvo predilecto dessa escumalha, sendo o Futebol Clube de Porto e o seu Presidente, os mais apetecidos, pelas razões mais mesquinhas de que o ser humano é capaz de revelar: a cobiça!

Pois, como todos já devem saber, o F.C.do Porto acaba de vencer - como sempre acreditei - mais uma batalha contra dois "inimigos" desportivos bem identificados: O Benfica, e o neo-oportunista, Vitória de Guimarães. Mas, a batalha que o Futebol Clube do Porto acaba de vencer, legitimamente, não foi só contra estes dois clubes nem só contra os golpistas da FPF e da Liga P.F., foi contra o Centralismo e tudo o que ele representa de mais injusto e monopolizador. É por estas e por outras razões, que nós portistas, amámos o nosso clube e admiramos Pinto da Costa. Por serem vencedores e conseguirem preservar alguma prosperidade económico-desportiva sem recorrerem às negociatas obscuras e fraudulentas dos que o atacam.

Uma das garras mais poderosas e influentes do Centralismo é, precisamente, a Comunicação Social, com as televisões à cabeça da liderança. Não escapa uma, sendo a mais desonesta de todas as desonestas, a RTP, que usa os seus funcionários públicos - pagos, também com os impostos dos portuenses -como pontas de lança da perfídia benfico-centralista. Mais do que desmascarar aquilo que os media ao serviço do sistema (isto sim, é que é o sistema) omitem e até branqueiam, falta-nos descobrir a fórmula ideal para lhes tirar o tapete.

É isso que gostaria de deixar à consideração dos portuenses e à imensa mole de eleitores portistas para, uma vez vencida esta batalha "desportiva", pensarem bem num processo que possa afectar economica e profissionalmente estes proxenetas.

Se existir uma grande determinação e não nos deixarmos "arrefecer" com esta recente boa nova pelo FCP ter mantido o seu direito legal de participar na Champions, podemos atingir outro tipo de vitórias quiçá mais proveitosas e abrangentes para a nossa cidade. Temos de nos lembrar que o Sr. Pinto da Costa, apesar da sua mais valia enquanto dirigente desportivo não pode resolver todos os outros problemas que nos afligem. Há as questões sociais e políticas para resolver e, uma vez que politicamente não possuímos um representante à altura, temos de obrigar o Govêrno a respeitar-nos. Mas para isso, só há uma solução: procurar, dentro da legalidade democrática, usar o nosso poder para incomodar o poder do Estado.

A história que vos vou contar a seguir como exemplo, pode parecer ridícula e despropositada, mas só o é, se não tivermos força de vontade para a concretizarmos em coisas mais importantes para a nossa cidade e região.

Fui fumador cerca de 40 anos. Fumava cerca de um maço de tabaco por dia. A partir de uma certa altura prometi a mim mesmo que havia de deixar de fumar, mas arranjava sempre um pretexto para continuar. Aquela conversa que todos já ouvimos, que, enfim, é melhor começar gradualmente, etc., dava-me jeito, porque com isso fui protelando a decisão. Hoje, era porque, depois do almoço seria um desperdício abandonar, amanhã era porque depois do café seria um crime, a verdade é que, essa, foi a melhor maneira de voltar à estaca zero e recomeçar a fumar.

Um belo dia, tinha ainda uns seis cigarros nos maço, quando me preparava para puxar de mais um, hesitei um pouco, olhei para o maço e pensei para comigo: não me vais vencer, sou eu o dono da minha vontade. Já lá vão tantos anos, que não sei se foram textualmente essas as minhas palavras, mas para o caso é irrelevante, o que foi importante naquele momento foi a decisão que se lhes seguiu. Peguei no maço, com os seis cirragos, amarfanhei-o todo e até hoje nunca mais comprei um maço de cirragos.

Não queria maçar com esta história pessoal, mas apenas chamar a atenção para quem abdica de fazer algumas coisas por pensar imediatamente que são impossíveis.

Deixo no ar, muito laconicamente uma outra história mais próximo daquilo que podíamos fazer.

Fui, desde a fundação e durante longos anos um fiel leitor do Jornal O JOGO . Não fui capaz, uma única vez, de desperdiçar o meu dinheiro para ler A Bola ou o Record. Quando, nas bancas, O JOGO esgotava, ou comprava o JN, ou o Público, ou simplesmente não lia o jornal nesse dia. Entretanto, como sabem, pouco a pouco, o jornal O JOGO foi-se descaracterizando e rendendo aos interesses centralistas. Resultado: já lá vão dois ou três anos que O JOGO não faz dinheiro comigo...
Qualquer dia, faço o mesmo com o JN, já faltou mais...

Agora, imaginem que os portistas, esses que não vergam, que gostam de afirmar a diferença em relação aos adeptos de outros clubes, conseguiam fazer o mesmo. Serão capazes de apostar que essa acção concertada não teria reflexos na venda dos jornais locais?

Aqui fica o repto.

14 julho, 2008

LINHAS TORTAS

Confesso que já estou farto de pagar pelos erros dos outros, nomeadamente por certas “coisas” que se passam na jurisdição penal (embora também noutras áreas).E, acima de tudo, pela –vamos ser brandos com as palavras – ineficiência do Ministério Público.
Dou dois exemplos: considerando a moldura penal abstracta dos crimes que era possível imputar quer aos agressores dos Juízes de Santa Maria da Feira quer aos dois homens de etnia cigana que foram detidos no Bairro da Quinta da Fonte (neste caso, detenção de arma proibida e participação em rixa ou motim), nunca seria legalmente possível determinar a prisão preventiva na fase de inquérito. Mas teria sido possível o julgamento imediato em processo sumário. E era isso que deveria ter sido determinado para garantir a imediata restauração da Ordem Pública – e no segundo caso também a Paz Social e a Tranquilidade Pública.
Como detentor do direito de acção penal, tal decisão – apresentação dos detidos para interrogatório judicial ou para julgamento em processo sumário – competia exclusivamente ao Ministério Público. E os interesses da Comunidade não foram servidos.Volto ao princípio.
Como já escrevi e disse várias vezes, a acção penal não pode constituir a consagração prática do ditado popular para malandro, malandro e meio. O direito de punir tem que nascer também de uma superioridade ética do julgador. As regras existem e são mesmo para cumprir e se não servem, mudam-se – mas até que isso aconteça, cumprem-se.Odeio que no sistema de justiça exista quem dê pretextos para que pessoas como Marinho e Pinto e Vale e Azevedo possam proferir afirmações que são verdadeiras (os tais 17 segundos de liberdade e o facto de, relativamente a certos actos criminosos serem feitas qualificações jurídicas totalmente inapropriadas).E odeio que isso aconteça porque essas pessoas usam essas faltas não para corrigir deficiências e evitar que esses casos se repitam, mas sim para alcançar objectivos pessoais que aqui não quero adjectivar.
O combate a estas pessoas não passa, porém, por acções que lhes permitam assumir novamente o papel de vítimas, mas sim por aceitar que foram cometidos erros, por fazer os demais cidadãos compreender a raiz e as razões desses comportamentos menos próprios, e por apresentar soluções que os corrijam. E por desmascarar os objectivos que essas pessoas prosseguem, apenas para seu ganho pessoal e sem qualquer respeito pelas verdadeiras vítimas.
Novamente e como sempre, é preciso inteligência e clareza de propósitos. Pode demorar tempo, mas, como diz o Povo, a verdade vem sempre ao de cima, como o azeite.Como cantava Pedro Abrunhosa, é preciso ter calma e não dar o corpo pela alma.
Eurico Reis
* Juiz Desembargador (no Primeiro de Janeiro)
Nota: O negrito é da responsabilidade do administrador do Blogue

Links do dia

"A razão está do lado do F. C. Porto"

(a razão estará; e a conspiração?)

Advogados e bastonário em rota de colisão (quem teme a verdade?)

Responsável do DIAP-Porto bate com a porta

(estar-se-à a "preparar" mais uma equipa "especial de Lisboa" à moda da Mizé Tse Tung???)

Inauguração de Loja da Revista Portuense "O TRIPEIRO"

(Maior e melhor divulgação é o que falta)

13 julho, 2008

PARA QUEM AINDA NÃO SAIBA

CÓPIA INTEGRAL DA PARTICIPAÇÃO À PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICADE UM GRUPO DE AGENTES DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Folha 1

Exmo Sr.Procurador-Geral da República

Somos um conjunto de funcionários de investigação que serve esta Instituição há muitos anos. Ela, apesar do momento negro que atravessa, ainda nos merece todo o respeito pelo seu passado recheado de excelentes serviços prestados à sociedade.
Decidimos efectuar esta comunicação não só pela razão anteriormente aludida, mas também em respeito pela memória de muitos dos excelentes funcionários que a serviram.
Esta Instituição ao longo dos anos da sua existência tem-se pautado por práticas de investigação, reconhecidas universalmente, tendo por objectivo a descoberta da verdade dos factos.
Assistimos nos últimos anos a algumas tentativas de influenciar investigações, tendo nalgumas delas, devido à sua mediatização, sido públicas tais intenções - recordamos os processos relacionados com a “Moderna” e “Finanças”.
No entanto, nada até agora se assemelhou ao que está a acontecer com o denominado “processo apito dourado”.
A nossa desilusão inicia-se com a análise que efectuámos aos processos ainda sem a intervenção da equipa “milagrosa” e continua com as práticas infames e desprezíveis cometidas por alguns elementos desta equipa.
Deparámo-nos com práticas que pensávamos já estarem arredadas num estado democrático. Todo o trabalho foi efectuado com alvos previamente definidos, tendo sido para tal, cometidas inúmeras ilegalidades e efectuados actos processuais, no mínimo, de validade duvidosa.

Folha 2

Actos iguais cometidos por pessoas diferentes tiveram decisões diferenciadas, o que revela que a equipa do Dr. Carlos Teixeira protegeu nitidamente algumas pessoas.
Analisando quem foi protegido verifica-se que estamos perante a rede de influências das pessoas que prestaram serviços e vassalagem ao S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira.
Nada nos move contra o S. L. Benfica, pois alguns até adeptos somos deste clube e, como é óbvio, queremos que o nosso clube vença sempre, mas não a qualquer preço.
Também não pretendemos ser enganados por quem, com discursos incendiados e dirigidos à populaça vai enganando os adeptos mais distraídos, “sacando” dinheiro ao clube.
Também a nossa conduta profissional impõe-nos a obrigação de não deixar passar em claro esta cabala.
Verificámos que o direccionamento da investigação (custa-nos empregar esta palavra, pois de investigação estes processos nada tiveram) não se ficou só pelos autos, pois o Dr. Carlos Teixeira, não conseguindo vencer o seu benfiquismo primário, entregou informação e peças processuais, previamente seleccionadas, a alguns jornalistas da sua cor, nomeadamente aos Srs. António Gomes e Rogério Azevedo.
Havia que injectar a opinião pública.
Mas, vamos a alguns factos: O Sr. Valentim Loureiro sempre que prestou declarações, e quando ouvido nos vários processos sobre a informação, que lhe era fornecida antecipadamente à sua divulgação pública, das nomeações dos árbitros, disse que a mesma lhe era fornecida quer pelo Presidente, quer por um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga. Em nenhum processo o Presidente de tal Conselho é arguido. O Vogal é-o em todos.

Folha 3

No processo que se encontra em fase de instrução relativo ao jogo Boavista-Estrela da Amadora analise-se a acusação. É uma peça digna de figurar no Guinness World Records. Inocentam-se condutas criminosas e acusam-se práticas legais, distorcendo-as.
Num jogo da Taça de Portugal S. C. Braga-F. C. Porto o Sr. Pinto de Sousa contactou os dois presidentes, quanto às suas preferências para arbitrar o jogo. O do F. C. Porto referiu que poderia ser qualquer um, menos o árbitro X. O do S. C. Braga referiu que não queria os árbitros Y, Z e W. O presidente do F. C. Porto é arguido no processo o do S. C. Braga não. Mas mais. Analise-se as escutas relacionadas com este jogo e verificar-se-á que no final do jogo o Dr. Mesquita Machado ligou ao ex-árbitro Azevedo Duarte todo indignado por não ter sido nomeado um determinado árbitro. Também não é arguido.
Não obstante o Sr. José Veiga ter sido escutado a solicitar que o árbitro, que dirigiria o encontro que a sua equipa realizaria no fim de semana seguinte, fosse contactado para beneficiar a sua equipa e apesar de ter ganho em casa do adversário por 0-1, o Sr. Magistrado entendeu que a matéria apurada não era suficiente.
Critérios ... Apesar de lhe ter sido fornecida a informação que a seguir indicamos, relacionada com a época 2004/2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum), o Dr. Carlos Teixeira esqueceu-se de lhe dar o devido tratamento:
- As reuniões secretas entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. José Veiga com o presidente e, por vezes, um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga em locais (Bares e Restaurantes) devidamente identificados em Lisboa e cujos funcionários estavam disponíveis para testemunhar.
- As reuniões efectuadas num Restaurante em Penafiel, bastante conhecido da gente do futebol, entre o Sr. José Veiga e vários árbitros e árbitros assistentes.

Folha 4

- As reuniões semanais entre o Sr. José Veiga com um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga na zona litoral centro do País, perto da residência deste último (por coincidência os estágios do S. L. Benfica, nessa época, eram efectuados no litoral e relativamente próximo do mencionado local). Este vogal, por sua vez, levava as indicações ao Presidente das exigências dos Srs. Vieira e Veiga que indicavam os árbitros não só para os seus jogos, mas também para os dos seus rivais.

- As reuniões entre o Dr. João Rodrigues com o Sr. Pinto de Sousa num Hotel de Lisboa.

- As reuniões entre o mesmo João Rodrigues, no mesmo Hotel, com vários árbitros.

- As fortes ligações do Sr. José Veiga aos Laboratórios Internacionais de Doping.

- A promessa de contratação de um jogador do Guimarães. O Sr. José Veiga prometeu-lhe a contratação, caso não jogasse contra o Benfica. O jogador efectivamente não jogou. O Benfica tentou recuar na promessa, mas o jogador ameaçou que “metia a boca no trombone” e lá tiveram que o contratar.

- A promessa de contratação de um jogador do Estoril antes do “famoso” jogo Estoril-Benfica no Algarve. O Sr. José Veiga jantou com ele num Restaurante da linha do Estoril, tendo-lhe prometido a sua contratação, caso facilitasse a vida ao Benfica. As facilidades aconteceram, mas a contratação não.

- As reuniões efectuadas na semana que antecedeu o atrás citado jogo com vários jogadores do Estoril com o Sr. José Veiga e nalguns casos com o seu primo (o homem forte da segurança. Foi o autor da agressão no Aeroporto de Lisboa, quando o Sr. Luís Vieira foi “raptar” o jogador Moretto ao Brasil). Foram efectuados pagamentos pelo primo do Sr. Veiga, ao que consta, ao guarda-redes do Estoril. Sobre estes factos existiu a disponibilidade em falar dum elemento do Estoril. Aliás o homem propunha-se contar, não só, tudo sobre esta “novela”, mas de muitas outras que tinha conhecimento do Sr. Luís Vieira.

- As escandalosas arbitragens dos Srs. João Ferreira, Hélio Santos, Elmano Santos, Bruno Paixão, entre outros. Mas destas não interessava solicitar análises aos peritos.

Folha 5

- As ligações do presidente do Belenenses aos Srs. Luís Vieira, Cunha leal, Tinoco Faria, PedroMourão, Frederico Cebola que influenciaram a decisão no caso “Mateus”. Foram inclusivamente denunciados os pagamentos que foram efectuados a alguns destes senhores por alguns escritórios de advogados.

O Gil Vicente também gostará de saber que não foi prejudicado só na época passada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Ele pagou ao “paineleiro” Fernando Seara cerca de 100 mil contos (s/ recibo) para conseguir que o Alverca ficasse na 1.ª Divisão (era satélite do S. L. Benfica), prejudicando o Gil Vicente. Consta que o atrás referido “paineleiro” se juntou (falamos de escritório), há relativamente pouco tempo, ao já citado João Correia.

Existiam nos autos indícios quer em quantidade, quer devido à sua relevância que justificariam, caso o Magistrado fosse isento, que os Srs. Luís Vieira, José Veiga, António Salvador, João Rodrigues, Tinoco Faria, Luís Guilherme, Cunha Leal, António Duarte, Pedra Mourão, Frederico Cebola, Paulo Relógio fossem colocados sob escuta, mas tal não interessava.

Consta que houve interferência do Dr. João Correia junto da estrutura sindical do Ministério Público que, como se verifica, terá surtido, até agora, efeito. Será por ele fazer parte do Consel ho Superior do Ministério Público?

Entretanto nova fase surge no “processo apito dourado”.

Aparece um livro e surge a equipa “milagrosa”.

Vamos à sua constituição. Comecemos pela Dra. Maria José Morgado.

O seu marido trabalha há alguns anos para o Sr. Luís Vieira recebendo, sem recibo, elevadas quantias em dinheiro, mau grado

Folha 6

não se coibir de criticar tudo e todos, nomeadamente as fugas ao fisco.

Quando a Polícia iniciou, com o comando da Dr.ª Maria José Morgado, o afamado processo das Finanças, recordar-se-á V. Ex.ª que o mesmo se tinha iniciado com uma comunicação que circulava no interior das Finanças denunciando a forma como havia sido vendida a Fábrica de Louças de Sacavém.

A mesma fora adquirida por negociação directa por uma empresa de que o Sr. Luís Vieira era sócio por um preço quase anedótico. Na altura apurou-se que viviam no Condomínio Privado que entretanto ali fora construido pela empresa compradora quatro Directores de Finanças.

O que resultou para o Sr. Luís Vieira? Quanto sabemos, até agora, nada.

Na altura em que o processo decorria, o marido da Dr.ª Morgado escrevia pelo Natal no Expresso um artigo que denominava “Conto de Natal”. Fazia-o “camuflado” tentando atingir alvos concretos.

Recordamos que efectuou um direccionado ao Sr. Vítor Santos - Bibi e, no ano em que o processo atrás referido se encontrava em fase de investigação, um que era direccionado à então Ministra da Justiça que, de forma cobarde, intitulou de “Etelvina”.

Acusava-a de ter subido na vida à custa de práticas de baixa índole. Mais tarde ele e a mulher fizeram correr a notícia de que o processo não tinha tido êxito por interferência da Ministra para proteger um Director de Finanças.

Correlacione V. Ex. a os factos e retire as devidas ilações.

Folha 7

Quanto ao Dr. Carlos Farinha, pensamos que terá sido escolhido para a Dra. Morgado o “premiar” por ele se ter mostrado solidário e ter pedido a demissão quando ela fez o mesmo.

À nomeação do Sr. Sérgio Bagulho já lá vamos.

Quanto aos outros elementos não queremos tecer grandes comentários, mas sempre diremos que estranhamos a nomeação do titular do processo “Mantorras”, processo que se encontrava em investigação.

Terá sido para o processo ser “exterminado” de vez?

Pensamos que sim, pois deram tempo para que o Sr. Luís Vieira montasse a sua estratégica de defesa.

Sobre este processo já nos debruçaremos mas adiante.

Quanto ao Sr. Bagulho eram conhecidas as suas fortes ligações ao clube S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira, com quem era visto frequentemente a jantar em Restaurantes de luxo da baixa lisboeta.

Constava que era o seu novo “Suzano”, ou seja um dos seus homens de mão para efectuar trabalhos sujos, nomeadamente algumas cobranças.

O Luís Vieira conhecia factos que revelados poderiam acabar com a sua carreira e jogava com eles, “obrigando-o” a fazer aquilo que queria.

Era também comum ver-se o Bagulho a “pavonear-se” nos camarotes presidenciais do Estádio da Luz.

Alguém de boa fé nomearia este homem para este processo?

Entretanto, o Dr. Carlos Farinha abandona a equipa, pois tem que ir cumprir uma comissão à Madeira.

Folha 8

Quem é que aparece?

O Sr. Manuel Carvalho.

Nos corredores da Polícia consta que quem o indicou foi o Dr. João Correia, advogado com quem o Sr. Carvalho se reúne com frequência para receber directrizes, quanto ao caminho enviesado a dar ao processo.

Sabemos, e só estamos a constatar um facto, das dificuldades financeiras que o Sr. Carvalho tem passado devido a uma desastrosa incursão no mundo empresarial.

Durante esta fase do processo circulou muito dinheiro com proveniência do Sr. Luís Vieira e com diversos destinos.

A D. Carolina tem sido um dos seus destinos preferidos, tendo o seu último recebimento sido efectuado pelas mãos “sujas” da Sr.ª Leonor Pinhão.

Esta entregou-lhe cinquenta mil euros com a indicação que não os depositasse em Portugal.

A D. Carolina cumpriu e deslocou-se a Tuy, onde efectuou o depósito no Banco Santander.

Outro dos destinos do dinheiro do Sr. Luís foi o pai da D. Carolina que igualmente se deslocou a Espanha para depositar as quantias recebidas.

Já que falámos na Sr.ª Pinhão, ideóloga do livro que originou a reabertura do processo, questionámo-nos de qual a razão da equipa “milagrosa” só ter usado o livro da D. Carolina e não outros escritos de credenciados jornalistas que denunciavam várias ilegalidades cometidas pelo Sr. Luís Vieira?

Será o poder discricionário...

Folha 9

A título exemplificativo referimos o jornalista António Tavares-Teles que quase diariamente denuncia factos relacionados com o Sr. Luís Vieira - vide artigos recentes no jornal “O Jogo” em 8 e 9 de Junho de 2007.

Por que razão não se investigam os artigos dos jornais Público dos dias 29 e 30 de Março de 2007, ambos na pág. 26 e Correio da Manhã de 10 de Maio de 2007-pág. 24?

A escritora do livro (que foi considerado relevantíssimo elemento de prova, tendo originado as reaberturas de inúmeros processos), Fernanda Freitas, disse (citamos): “Estou arrependida por ter pactuado por desconhecimento de causa com falsidades e invenções no texto que escrevi”.

Alguém terá considerado esta afirmação?

Sabemos que existem vários crimes (furtos, fogo posto, tentativas de homicídio), cujos autores materiais já confessaram e imputaram a responsabilidade da autoria moral à D. Carolina.

O que se passa com estas investigações e com a entrevista publicada no Correio da Manhã de 14 de Maio de 2006 em que um indivíduo exibia objectos furtados ao presidente do F. C. Porto e denunciava um plano de extorsão?

Como é possível manter-se em liberdade alguém que cometeu tantos crimes com um grau de perigosidade tão elevado.

Parece-nos, salvo melhor opinião de V. Ex.ª, que o quadro legislativo português não prevê a figura de “arrependido”.

Qual o motivo de tal protecção e que “taxa de juros” seremos obrigados a pagar?

Mas já que falámos em crimes cometidos é altura de abordar a agressão ao Sr. Bexiga.

Folha 10

Uma conceituada jornalista que colaborou com vários jornais de referência ao abordar a D. Carolina sobre a autoria deste crime referiu-lhe:

“Então vocês vão cometer uma agressão num parque de estacionamento? Não vêem que foram filmados pelas câmaras de filmar”.

A D. Carolina retorquiu:“Eu não brinco em serviço. No dia anterior mandei destruir as câmaras”.

Para V. Ex.ª fazer um juízo sobre a maquinação que foi montada providencie no sentido de verificar se alguma vez aquele parque possuiu câmaras de filmar.

A resposta que obterá será: NUNCA!

A Sr.ª Pinhão nas reuniões que efectuou frequentemente no Restaurante Le Petit e no Hotel Mundial com a D. Carolina esqueceu-se de pormenores importantes.

Como ideóloga também terá sido a Sr.ª que instigou a D. Carolina a cometer os crimes atrás aludidos?

Retratá-los-á na sua “fita”?

Nem todos são ingénuos Sr.ª Pinhão, mas reconhecemos que a Sr.ª tem alguma esperteza.

No entanto, no dia em que Deus distribuiu a inteligência a Sr.ª acordou tarde, como é habitual, e ficou no final da fila. Infelizmente, este é um dom que não se compra em qualquer Centro Comercial.

Num dos furtos a que atrás fazemos referência foram recuperados pela P. S. P. na residência da D. Carolina alguns dos

Folha 11

objectos que haviam sido furtados do escritório do seu ex-companheiro, escritório, cuja existência só os dois conheciam.

Entre os objectos não recuperados figuravam vários quadros.

O semanário Sol publicou a entrega dos objectos recuperados ao presidente do F. C. Porto.

Imediatamente o Sr. Luís Vieira, ao ter conhecimento do artigo publicado, liga à D. Carolina dizendo-lhe que já não quer em sua casa o quadro do Cargaleiro.

O referido quadro foi pelas mãos da Sr.ª Pinhão levado para o Porto e entregue à D. Carolina.

Sabemos que o Sr. Luís Vieira aprecia obras de arte, nomeadamente quadros, e gosta de, quando entende oportuno, oferecer peças valiosas a Presidentes de Bancos.

Depois os financiamentos estão mais facilitados, não é Sr. Luís?

O local de aquisição dos mesmos também é igual e cirurgicamente seleccionado, não é Sr. Luís?

Mas para que V. Ex.ª faça um correcto juízo sobre o “pagante” desta farsa referiremos alguns factos do seu passado.

Comecemos pelos pneus.

A Polícia Judiciária possuía um dossiê sobre a actividade de tráfico de estupefacientes do Sr. Luís Vieira.

O dossiê ainda existirá ou os seus “homens” já lhe terão dado sumiço?

Folha 12

O Sr. Vieira demonstrava o seu receio às pessoas que lhe eram mais próximas na candidatura ao S. L. Benfica, pois dizia: “se eu lá chegar, vem logo à ribalta o esquema do pó nos pneus”.

Nesta altura do negócio dos pneus apareceu um homem morto nas instalações da sua empresa.

Talvez o então titular do processo, um colega já aposentado, queira agora contar a história das ameaças que o Sr. Luís Vieira, acompanhado por um grupo de ciganos, efectuou à sua família numa esplanada em St.a Iria da Azóia.

Quando estes factos forem conhecidos talvez alguns responsáveis de transportadoras que efectuavam o transporte dos pneus queiram divulgar o que efectivamente transportavam.

Também, poderá ser que os responsáveis da empresa de Braga que adquiriu esta empresa ao Sr. Luís Vieira divulguem a forma como foram burlados, pois os elementos contabilísticos da empresa foram previamente falsificados.

Em Julho de 1993 foi julgado e condenado no Tribunal da Boa-Hora pela prática de um crime de roubo.

Foi condenado a 20 meses de prisão.

No acórdão do 3.º Juízo Criminal de Lisboa, o Juiz-Presidente, Afonso Henrique Cabral Ferreira, refere com alguma ironia que “esta história é digna da sétima arte” e destaca que “o Sr. Luís Filipe Ferreira Vieira foi o único que não se declarou arrependido pelo crime cometido”.

Afinal a “queda” para a sétima arte já é antiga...

O Homem que lhe deu a mão e a quem ele deve a fortuna que hoje diz ter, era um Director de uma Instituição Financeira, António Pedra Almeida Gomes, que, entretanto, se aposentou e, como já não era útil, foi “descartado”.

Folha 13

Aliás isso é uma das suas práticas, serve-se das pessoas e depois abandona-as.

Enquanto Presidente do Alverca há muitas histórias, mas focaremos a relacionada com a adulteração de resultados nas últimas jornadas num ano em que o Alverca estava em risco de descer de divisão, mas salvou-se “empurrando” para a descida o Beira-Mar.

Estes factos deram origem a um inquérito no Departamento de Aveiro, pois os mesmos foram conhecidos, após aliciamento efectuado ao guarda-redes do Beira-Mar Palatsi.

O Palatsi deu conhecimento ao então presidente Mano Nunes e deslocaram-se ambos ao Departamento da P. J. em Aveiro.

Apesar do inquérito ter sido distribuído ao elemento mais fanático pelo Benfica daquele Departamento o processo deu alguns “passitos”.

Havia no inquérito informação que revelava haver resultados combinados nas últimas quatro jornadas.

O Sr. Luís Vieira telefonou ao guarda-redes Palatsi dizendo-se director do clube que se deslocava a Aveiro na jornada seguinte.

Esse clube era um dos três que lutava por um apuramento para a Taça UEFA. Quão habilidade maliciosa o homem tem...!

O referido jogo terminou empatado, sem aparentes casos.

Todavia, os seus tentáculos tinham que se estender aos jogos onde o Alverca intervinha.

Aí conseguiu, nalguns casos directamente, noutros por intervenção de outras pessoas os seus objectivos.

Folha 14

Recordámos que um dos homens de quem se serviu foi do então presidente do Benfica, Sr. João Azevedo.

Como é seu apanágio, quando já não lhe servia, esquecendo os serviços prestados, descartou-o, conseguindo mal chegou à presidência do Benfica a sua expulsão de sócio.

Um dos jogos comprados foi em Campo Maior.

Existem actualmente alguns atletas, que então jogavam no Alverca, disponíveis para falar.

Nesse jogo o melhor goleador do Campomaiorense ainda na primeira parte simulou uma lesão e abandonou a partida.

Não obstante as facilidades concedidas o Alverca não conseguia marcar.

Já na parte final da partida quando o avançado Mantorras seguia com a bola o defesa que estava à sua frente mergulhou para o chão numa queda digna de um qualquer palhaço numa pista circense.

O Mantorras marcou e o Alverca venceu 0-1.

Outro dos jogos foi na Madeira com o Marítimo.

Aí foi contactado o seu familiar António Simões, então treinador-adjunto.

O resultado para, não dar muito nas vistas. foi um empate.

Não deixou de ser uma surpresa o Alverca ter conseguido empatar no reduto madeirense.

Na última jornada o Alverca recebia o V. Guimarães, candidato à Europa e o Beira-Mar deslocava-se a Vidal Pinheiro, estando o Salgueiros já com uma classificação tranquila.

Folha 15

Houve que atacar nas duas frentes.

Como o V. Guimarães não se vendia, pois pretendia ir à Taça UEFA, havia que comprar o árbitro.

Aí foram contratados com êxito os serviços do ex-árbitro Sr. Pinto Correia.

O Alverca venceu 2-1 (analisem-se as declarações dos responsáveis do V. Guimarães relativas a este jogo), mas não era suficiente.

O Beira-Mar não podia vencer, pois se assim acontecesse seria o Alverca a descer.

O Sr. Pinto Correia recebeu pelos serviços prestados neste encontro um veículo automóvel.

Curioso, também, é o facto deste senhor, depois de abandonar a arbitragem ter iniciado uma actividade, até então para ele, desconhecida, comerciante de pneus - mais uma coincidência.

Vamos ao jogo de Vidal Pinheiro.

Como comprar o Salgueiros para dificultar a vida ao Beira-Mar?

Através do presidente não, pois o Sr. Luís Vieira estava de relações cortadas, devido ao caso “Deco”.

Há uma expressão que o Sr. Luís Vieira profere com frequência: “Se não podemos ir ao General, vamos aos sargentos”.

Se assim o pensou, assim o fez.

Folha 16

Contactou três jogadores, os mais influentes e conseguiu os seus objectivos, pois o Beira-Mar não conseguiu ganhar, apesar da excelente exibição.

O jogo, que pasme-se ninguém estranhou, terminou 4-4.

O pagamento aos três atletas foi efectuado pelo Sr. Manuel Bugarim.

No início da época seguinte, estava o Salgueiros em estágio no Algarve, estes factos chegaram ao conhecimento do seu presidente.

Imediatamente suspendeu os três atletas e rescindiu posteriormente os seus contratos.

Entretanto os dois presidentes conciliaram-se.

Na parte final da época as posições dos dois clubes estavam invertidas, o Alverca em posição já tranquila e o Salgueiros em risco de descer.

O Salgueiros visitava o Alverca e foi combinado que o Alverca facilitaria.

Esta combinação foi conhecida.

No dia do jogo o então Director Desportivo do Alverca, Sr. Couceiro foi avisado telefonicamente que havia conhecimento, por parte de outros clubes, de tal intenção.

Também o titular do processo existente no Departamento de Aveiro foi avisado.

Como seria difícil efectuar a prova à posteriori, o referido investigador decidiu contactar telefonicamente os dois presidentes.

Assim, o jogo decorreu normalmente e o Alverca venceu.

Folha 17

Voltemos aos “passitos” do processo de Aveiro.

O Sr. Luís Vieira já então tinha os seus homens na nossa Instituição.

Foi avisado que as coisas estavam feias, pois haviam acontecido demasiados factos estranhos.

Então, aquela mente matreira decide efectuar uma carta anónima dirigida ao processo onde imputa toda a responsabilidade dos factos ocorridos ao então Presidente da Assembleia-Geral do Alverca, Sr. Eduardo Rodrigues, seu único sócio na empresa que comprara a Fábrica de Louças de Sacavém.

Quando o titular do processo, o tal fanático benfiquista de Aveiro, vem ouvir em declarações o Sr. Eduardo Rodrigues à sua empresa, em Alverca, por coincidência também, estava no gabinete do seu sócio o Sr. Luís Vieira.

Ali se manteve e foi ele que “conduziu” as declarações do seu sócio.

Também o Beira-Mar gostará de saber que não foi só prejudicado na época supra citada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Foi com dinheiro proveniente dele ou do Benfica que o Setúbal se “safou” na última época e o sacrificado foi novamente o Beira-Mar. Vamos aos factos. Recordar-se-ão do episódio do “rapto” do guarda-redes Moretto. Nesse ano o presidente do Setúbal chegou a anunciar que o Benfica é que pagou os ordenados em atraso ao plantei, pois conseguira contratar um jogador que já havia rescindido o contrato com o Setúbal. A História nunca foi realmente conhecida. Talvez o Sr. Rui João Soeiro que entretanto saiu de cena alguma vez fale quanto é que aceitou como dádiva para a sua conta pessoal. Entretanto, os actuais directores (Carlos Costa e Ronald Inácio) do Setúbal sabendo do que se passou contactaram o Sr. Luís Vieira e ameaçaram-no que se não

Folha 18

fossem ajudados contariam o que sabiam. Assim, o Sr. Luís Vieira contactou o seu homólogo (e companheiro de negócios) da Naval, entrou com a “massa” e o “caldinho” foi “cozinhado”. Foi um pouco mal confeccionado, pois cheirou a esturrado, mas até agora ninguém notou o cheiro a esturro.

Os negócios entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. Aprígio Santos são a pesquisa de terrenos em conta, nem que pertençam a reservas, pois vendem-nos a preço elevado ao fundo do BPN, havendo um conluio com o seu Presidente, Oliveira e Costa.

O lucro obtido é repartido entre os três, e os accionistas do Banco são severamente penalizados.

Ainda no Alverca fez o negócio “Mantorras”, estando nos dois lados da barricada, o que já de si foi muito estranho.

Na altura, com a concordância do Sr. Vítor Santos - Bibi, engendraram um esquema para sacarem um milhão ao Benfica.

A forma como tal se processaria consta do processo numa cópia manuscrita pelo Sr. Luís Vieira.

Como o Sr. Luís Vieira tentou enganar o Sr. Vítor Santos, este cedeu a informação à TVI, conseguindo impedir a concretização da negociata.

Recordamos que na altura o Sr. José Couceiro foi entrevistado nessa estação sobre esta transferência e quando lhe demonstraram que o Sr. Luís Vieira havia celebrado um contrato de cessão de posição contratual com a PGD, em seu nome pessoal, referiu de imediato que isso era um assunto de Polícia.

Tinha razão o Sr. Couceiro, desconhecia era que o Sr. Luís Vieira a controlava.

Folha 19

Como o dinheiro não saiu como havia idealizado, decidiu comprar jogadores à molhada ao Alverca para poder tirar o dinheiro que pretendia do Benfica.

O desnorteamento para sacar a qualquer preço foi de tal ordem que até venderam ao Benfica um jogador, Anderson, cujas direitos desportivos não pertenciam ao Alverca.

Quando o Sr. Luís Vieira percebeu que o Anderson não era do Alverca tentou que lhe devolvessem esse dinheiro, pois pretendia com ele comprar um apartamento para o seu filho em Miami.

Houve nesta altura um desentendimento com o Sr. Bugarim que não concordava, pois havia outras parcelas relacionadas com outros jogadores vendidos que não haviam chegado ao Alverca.

Esses valores saíram do Benfica em numerário, levantados por um ex-candidato à presidência do V. Setúbal e foram utilizados para adquirir pela empresa Turixira, cujo Presidente do Conselho de Administração era o Sr. Luís Vieira, terrenos na zona de Tavira.

Há três empresários que se quisessem falar poderiam esclarecer toda esta tramóia.

Um está disponível para falar, mas quando ouvido pela P. J. não sentiu confiança suficiente para “abrir o livro”, pudera...!

Outro antes de falar foi contratado a bom dinheiro pelo S. L. Benfica para a função: “estar calado”.

O terceiro está fora do País, mas perfeitamente localizado.

Não temos opinião formada sobre o nosso colega titular do processo “Mantorras”, mas sabemos quem o rodeava e recolhia informação privilegiada.

Folha 20

Foi essa informação privilegiada que levou o Sr. Luís Vieira a combinar com o Sr. Joaquim Oliveira a caixa no 24 Horas da sua ida à P. J..

Tal notícia foi previamente combinada entre os dois e o que se passou foi uma autêntica encenação (lá vem outra vez a queda para a sétima arte) do Sr. Luís Vieira.

Entender-se-á esta combinação, que retirou à P. J. a oportunidade de ouvir como arguido o Sr. Luís Vieira, quando se perceber quem está por detrás da empresa em Off Shore “Spinelli”, proprietária do Alverca.

Serão os Srs. Vieira e Oliveira?A desorientação foi de tal ordem que ao que consta, para se verem livres de um jogador que tinha contrato até 2008, rescindiram-lhe o contrato por mútuo acordo, mas sem ele saber.

Mas o caso “Mantorras” não é virgem.

Os adeptos do S. L. Benfica deveriam saber qual o destino que os Srs. Vieira e Veiga deram aos dois milhões de euros que dizem ter custado o jogador Kikin Fonseca ao Cruz Azul.

O site sportugal divulgou que o jogador veio a custo zero e eles, imediatamente, venderam-no para que se não falasse mais no assunto.

Outro negócio que era importante perceber foi o do jogador Marcel.

Na véspera da sua concretização, a sua anterior equipa foi jogar ao estádio da Luz.

Foram severamente prejudicados, de tal forma que quem prestou declarações à comunicação social foi o seu presidente, agastadíssimo com o que se passara.

Folha 21

Surpresa das surpresas no dia seguinte aparece a negociar o referido jogador.

Voltemos à época 2004/2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum), nomeadamente à sua preparação, na qual o S. L. Benfica em vez de contratar jogadores contratou pessoas para os órgãos sociais da Liga, controlando-a na sua totalidade.

Este assunto é deveras conhecido do público em geral, pois o Sr. Vieira chegou inclusivamente a tecer declarações em que confirmava nitidamente as suas intenções.

Porém, desconhecerá a maioria das pessoas o que foi negociado com o segundo clube com mais influência nesse ano na Liga (Braga).

O Sr. António Duarte (representante do Braga) e n.o 2 do Sr. Cunha Leal tinha que dizer ámen a tudo o que este último quisesse.

Os dois clubes foram durante a época escandalosamente beneficiados, mas no momento da decisão do campeonato, como o Braga ainda era candidato, ainda houve desentendimentos, mas decidiram oferecer o campeonato ao Benfica com a contrapartida do presidente do S. C. Braga construir, por adjudicação directa, o Centro de Estágio do Benfica, através da sua empresa de construção “Britalar”.

Já que falamos do Sr. Salvador era importante investigar as ligações que possui à Bragaparques e ao Sr. Vieira.

O Controlo dos órgãos da Liga não se limitava aos de maior visibilidade, pois o Sr. Vieira introduziu uma série de elementos que ainda hoje lá se encontram, nomeadamente alguns Delegados.

Um desses Delegados, de nome Reinaldo, foi contratado no Algarve através de um colaborador do Sr. Luís Vieira, o sobrinho do Presidente da Câmara de Albufeira.

Folha 22

Neste momento, já estão na Liga como Delegados dois funcionários das empresas do Sr. Reinaldo.

São os tentáculos do polvo a crescer.

Esse senhor Reinaldo foi o Delegado nomeado para o jogo Benfica-Porto da época 2005/2006 e que impediu, ainda sem as fichas de jogo entregues, a ida ao relvado, antes do início do encontro, de alguns elementos do F. C. Porto, nomeadamente um dos seus médicos e o seu presidente.

Coincidência das coincidências, na época transacta, 2006/2007, o mesmo Delegado foi nomeado para o Benfica-Porto.

Mas quem é este Sr. Reinaldo?

É um fervoroso benfiquista e proprietário de várias empresas no Algarve, direccionadas para a venda e aluguer de habitação.

É para as suas habitações que a Liga envia todos os elementos que têm de se deslocar para o Algarve.

Por outro lado, o Sr. Luís Vieira custeia os alojamentos de férias dos árbitros e árbitros assistentes, observadores, delegados e assim por diante que frequentemente passam férias nas instalações do Sr. Reinaldo.

O que receberá em troca o benemérito Sr. Luís Vieira?

Traçado que está o perfil do “pagante” de toda esta farsa era importante perceber o valor das importâncias que despendeu com a D. Carolina para que avançasse com o livro, para se disponibilizar a prestar as declarações que prestou, bem como com os funcionários da nossa Instituição que deram guarida a tal estratagema.

Sabemos que o Sr. Luís Vieira virá, como é óbvio, atendendo aos seus tentáculos, a ter conhecimento desta comunicação.

Folha 23

Não temos disso receio, apesar das ameaças veladas que alguns de nós já recebemos.

Conhecemos perfeitamente os seus homens, que brindes lhes oferece e como estão estrategicamente colocados.

Até ao nível da Direcção, mas isso há-de ser limpo, nem que para isso joguemos sujo, como o Sr. Luís.

O Sr. Luís frequentemente diz-se um exemplar chefe de família e não paga garrafas de champanhe.

É nosso conhecimento que o Sr. gosta de outros tipos de garrafas, nomeadamente frascos de perfume, não é?

E também conhecemos a sua veia caritativa para oferecer vivendas.

Para já fiquemo-nos por aqui, ok Sr. Luís?

Esta comunicação está a ser efectuada num PC da Instituição, mas que não está distribuído a nenhum de nós.

Talvez o seu homem de Vaiado dos Frades quando decidir descobrir em que local o documento foi efectuado tenha uma surpresa.

Recordaremos, por último, ao Sr. Luís Vieira que é do nosso conhecimento que o que conseguiu com a D. Carolina já havia tentado com a anterior esposa do Sr. Pinto da Costa.

Mal a separação aconteceu, convidou-a para passar a passagem de ano no Hotel Montechoro e, em seguida, tentou inúmeras jogadas, mas infelizmente para si a Sr.ª D. Filomena é uma senhora.

Folha 24

Por fim, sugerimos a V. Ex.ª, Sr. Procurador-Geral, que providencie para serem encontradas instalações para a equipa “milagrosa” na Rua António Maria Cardoso, pois os três episódios que a seguir contamos, assemelham-se a práticas ali, em tempos, realizadas.

1. Quando da audição do empresário António Araújo o mesmo foi aliciado na presença do seu advogado a imputar as responsabilidades ao presidente do F. C. Porto, dando-lhe como contrapartida o arquivamento dos seus processos.

2. A Sr.ª D. Filomena, ex-esposa do Sr. Pinto da Costa, foi ouvida por factos relacionados com a venda de um imóvel, num período em que já estava separada do referido Sr..

Estavam em causa os valores da venda, pois havia a suspeita que o valor de escritura não seria o valor real.

Prometeram-lhe o arquivamento dos autos, desde que se disponibilizasse a falar da vida do seu ex-marido.

Apesar de não ter aceite não se coibiram de lhe efectuar algumas perguntas sobre tal senhor.

3. Não obstante os intensos treinos, as audições da D. Carolina não correram sempre bem.

Assim, à cautela o seu treinador colocava-se atrás do colega que procedia à audição para, por gestos, lhe poder dar indicações sobre alguma dúvida que a mesma tivesse.

Entre outras indicações, recordamos a que se passou quando lhe perguntaram quem recebeu à porta da residência do presidente do F. C. Porto o árbitro Augusto Duarte.

A D. Carolina respondeu imediatamente que foi o seu ex-companheiro, mas eis que o seu treinador brandindo a mão em sinal negativo, lhe dá indicações em “V” com os dedos

Folha 25

indicador e médio, sugerindo-lhe duas pessoas e em seguida apontando para si, sugere-lhe que ela também recebeu o referido árbitro.

Assim declarou a D. Carolina, pois é bem mandada.

Realça-se que a D. Carolina quando este episódio se passou encontrava-se doente, inclusivamente acamada, não tendo sido, como é lógico, quem recebeu o referido Augusto Duarte.

Presumimos que as investigações a efectuar nos processos relacionados com o apito dourado deveriam começar pelos processos arquivados, pois atentas as informações de quem não aceitou os arquivamentos será de prever inúmeras anuências aos objectivos da equipa “milagrosa”.

Para tal deverão ser nomeados magistrados e polícias íntegros e sem máculas, para que se possa apurar todas as manigâncias praticadas.

Acreditamos que V. Ex.ª desconhecia todos os factos aqui denunciados e que providenciará para que seja reposta a verdade, culpabilizando os verdadeiros culpados e inocentando os que não cometeram ilícitos.

No entanto, como “o seguro morreu de velho”, enviaremos cópias desta comunicação a diversas entidades para que os factos aqui denunciados não “caiam novamente no silêncio”.

Assim, serão enviadas cópias para:

.Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional;

.Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol;

.DIAP - Porto;

.F. C. Porto e

.Produtora Utopia (como as filmagens começaram há dias, ainda poderão “enriquecer” a personagem do Sr. Vieira).

Folha 26

Aproveitamos a oportunidade para solicitar a V. Exa. que informe a Dra. Mizé Tung que também fizemos milhares de quilómetros e falámos (sem ter nada para prometer, nomeadamente arquivamentos) com centenas de pessoas.

Os depoimentos recolhidos são puros e verídicos, pois não houve qualquer tipo de manipulações, nem prévios treinos.

Possuímos gravações de imagem e som, bem como documentação que comprova o aqui exposto e estaremos disponíveis para as ceder, desde que vejamos que o sentido a dar a estes casos seja o sentido da verdade e da justiça.

Fá-lo-emos de forma anónima, como agora, pois não queremos colocar as nossas carreiras em risco.

Mas, caso vislumbremos alguma tentativa de manipulação dos factos, temos jornalistas “prontos” para divulgar como foi criada a maior FARSA DA JUSTiÇA PORTUGUESA.

Se à D. Carolina escreveram um livro indicando-lhe o guião, também poderemos indicar o guião a alguém que queira escrever um livro, eventualmente com o título “Tu, Luís...”.

Lisboa, 3 de Julho de 2007

Se o Benfica couber em Nápoles, metam-no lá!

O documento que serviu de denúncia à PGR do "Apito Encarnado" é do conhecimento público há quase um ano. No entanto, esse "conhecimento público" é muito relativo, porque foi transmitido quase em regime de exclusividade pela Net (como foi o meu caso), o que lhe retirou praticamente toda a eficácia e impacto.

O seu conteúdo, apesar do anonimato dos autores, é altamente verosímil, dada a relação causalidade com notícias que já eram do conhecimento de muitos de nós em circuito fechado e, com factos concretos, ocorridos durante a época futebolística a que o documento faz referência.

O que é grave e muito preocupante, é que os media (incluindo o "nosso" JN), nunca tenham investigado e publicitado este precioso documento. As televisões, estão como bem sabemos, nas mãos do poder centralista e, por não serem democráticas nem imparciais omitem o assunto por manifesta protecção aos eventuais infractores.

Isto, dá que pensar. As conclusões a que este silêncio bombástico nos podem levar são as mais sombrias e preocupantes possíveis. O país está minado por um carcinoma chamado Benfica e, ao contrário dos livros e filmes de ficção rasca produzidos para eliminar o FCP e Pinto da Costa, tem tentáculos espalhados por todo o lado, incluindo na PGR, parecendo o "famoso" procurador João Correia, um dos mais influentes.

O que me preocupa também, é que continue a existir entre nós, incluindo na blogoesfera dedicada às coisas do Porto, gente que, a pretexto de considerar menores os assuntos do futebol, vive aparentemente de costas voltadas para eles sem se dar conta da figura parva e ignorante que acaba por fazer.

Não faltará muito, por este andar, que estas coisas acabem por se reflectir nas suas próprias vidas pessoais e, então, nessa altura, veremos como se vão mostrar "interessados" em opinar.

O que pode acontecer, é que já seja demasiado tarde.