22 maio, 2009

ÚLTIMA HORA!

Às 21 horas do dia 22 Maio do ano de 2009, os portugueses assistiram à entrevista mais repugnante que uma pretendente a jornalista jamais realizou. Manuela Moura Guedes, de seu nome, é o rosto da arrogância dos orgãos de comunicação social do século XXI. A entrevista que devia fazer ao Bastonário da Ordem dos Advogados [e que não fez, porque aquilo foi mais um massacre] veio reforçar a admiração que já tinha pelo advogado António Marinho Pinto. Nem a PIDE seria capaz de tanto.

Faltou ao senhor bastonário um detalhe: exigir da senhora "jornalista"mais respeito. Só a partir dessa premissa é que devia prosseguir com a entrevista.
Uma lástima!

sou revivalista, sim!

É preciso ter muita lata


((Alberto Fernández Lop, especialista do Programa de Águas da WWF, garante que esta campanha se insere no âmbito de um movimento mundial que pretende identificar as barragens que são obstáculos para os rios. “Nos Estados Unidos demoliram-se mais de 700 barragens por razões de segurança e económicas. Na União Europeia, França foi o país pioneiro ao eliminar vários obstáculos na bacia do Loire”. )

Por cá há quem ache a música do Paulo Gonzo muito bonita...

Metro do Porto desperta interesse de empresa de Lisboa

Concorrentes à exploração [valor do concurso 265 milhões de euros] da rede do Metro do Porto:
GRUPO 1
Transdeve + Efacec + Empresas rodoviárias regionais [actual exploradora da rede]
GRUPO 2
Keolis + Arriva Portugal + Barraqueiro [detentora de 50% do capital] + Empresa do grupo Mota Engil
GRUPO 3
Veolia

Nota:
seria interessante para a região se os senhores do grande capital do Norte [Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e outros] reforçassem a posição da Transdeve a fim de evitarem uma eventual transferência da exploração do Metropolitano para as mãos da concorrência, entre a qual consta a empresa lisboeta Barraqueiro. Seria, em casos como este, que gostaríamos de ver a união e o tal apego regionalista do empresariado nortenho ou, o que quer que isso seja, fazer prova de vida...
E, por falar em apego à região, tenho algumas reservas quanto à anunciada fusão entre a SONAE e a ZON. A Sonae está interessada, mas a Zon, nem por isso... Ainda se lembram no que deu a OPA da Sonae à Portugal Telecom?

Origamis






Trapalhadas aeroportuárias

Hoje no i: Indefinições no modelo do novo aeroportos afasta investidores

Rui Rio, um autarca com sorte

Grosso modo, quase toda a gente gosta de relevar a seriedade como uma das mais importantes qualidades do ser humano, sobretudo quando se trata da seriedade dos outros. Eu, não devo fugir à regra, embora por aquilo que conheço de mim [nunca nos conhecemos suficientemente bem], e do elevadíssimo preço que se tem de pagar por isso, me tenha como uma pessoa séria. Isto, tanto quanto é possível ser-se sério numa sociedade muito pouco séria.

Dito isto, e apesar de compreender o cepticismo das populações em relação aos políticos, por anos e anos de decepções e falta de rigor, tenho uma enorme dificuldade em perceber a lógica racional dos admiradores do actual Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio. A primeira coisa que dizem quando se lhes faz a pergunta "o que é que Rui Rio fez de verdadeiramente importante para o desenvolvimento da cidade", é esta : é um homem honesto. E quando se lhes pergunta: e as obras que realizou? Os empregos que gerou? As iniciativas que tomou? Os problemas que não resolveu, os que provocou e aqueles que empolou? As respostas aí, já são mais tímidas e titubeantes.
Vejamos. Será que os portuenses precisam de um Presidente de Câmara apenas para servir como modelo de seriedade? Haverá alguma empresa que aceite exclusivamente a seriedade, para admitir nos seus quadros, alguém que se pretende qualificado para uma determinada função, como única exigência? A um médico que se candidata para trabalhar num hospital ou numa clínica privada, difere-se-lhe o cargo só por ser sério? É claro que não. O candidato tem de apresentar os respectivos certificados académicos e, experiência profissional. É neste ponto que os eleitores de Rui Rio deviam pensar para descobrirem o que é que ele fez para nos provar o que ganhou dessa experiência profissional, e se foi capaz de a transformar em competência profissional, caso contrário, ao votarem nele estão apenas a satisfazer um capricho altamente prejudicial para a cidade do Porto.

A juntar a tudo isto, seria importante, já que enfatizam tanto a seriedade de Rui Rio, que ele esclarecesse [e ainda não o fez], as contas altamente negativas das corridas RedBull [de aviões ]e do Circuito da Boavista, e das suspeitas sobre a Porto Lazer. Então nestes casos concretos, RR mandou a seriedade e o rigor de férias? Em que ficamos?
Estou à vontade a criticá-lo, porque também não acredito que Elisa Ferreira seja Mulher para lhe ganhar o lugar. Isto, porque começou muito mal a apresentação da sua candidatura, e quando se começa mal, já sabemos o que acontece. Além de ter perdido uma bela oportunidade para brilhar, para sair desta moda rasca e oportunista de fazer política como quem faz chouriços, Elisa Ferreira, não desistindo do Parlamento Europeu, deu uma manifesta prova de falta de confiança de poder vencer Rui Rio nas urnas, dando um tiro em cada pé.

Pela sua forma de ser, pelo seu dinamismo, estou convicto que faria melhor que Rui Rio, mas esta atitude vai derrotá-la. Oxalá me engane.
Obs:
Quero acreditar que Elisa Ferreira seja uma mulher séria, porque parto do princípio que, até prova em contrário, toda a gente o é.

20 maio, 2009

TGV versus LightAlfa - à atenção do actual e futuro Governo!

(sugestão de Carlos Macedo e Cunha via Facebook)

A TECNOLOGIA do TGV tem 150 anos, não inova em nada, é só força bruta. Ao contrário do Alfa, que usa a ciência e é pendular, no TGV o bogie, o chassi e os carris são tradicionais, mas maiores; só o motor eléctrico substituiu a locomotiva a vapor.

O LightAlfa usa compósito, ligas de alumínio e carbono, e HDPVC na carruagem e chapa de aço reforça do, em vez de ferro fundido no bogie. O fio dos motores é de liga de alumínio em vez de cobre. Tudo o torna mais leve, flexível nas curvas e exige muito menos betão nas pon tes e retirada de terras nas serras.

O LightAlfa é tecnologia de ponta, faz 240km/h de média, quase igual ao TGV e, ao invés deste, não está nas mãos de só nove empresas de quatro países.

Ao ligar Faro a Braga pelo interior, o Train de Grand Developpement (TGD) com ramais para Badajoz e Vigo e gastando 1,5 mil milhões de euros, traria emprego a 78 firmas e 18 mil cidadãos portugueses.

Só seis empresas de França, Reino Unido e Alemanha estão certificadas para vender carris, material eléctrico e electrónico, carruagens, etc. para o TGV.

Espanha tem três empresas certificadas para as pontes e a infrastrutura.

Exige-se quatro anos e milhões para certificar.

Não estarão num cartel?

Estimativas de países que pensaram investir ou já fizeram TGV mostram brutais derrapagens. Os três grandes da UE exportariam para Portugal 65 a 74% dos 5 mil milhões, a Espanha uns 20% e as nossas três mega-empresas 8 a 9%.

Mas três gerações (de Portugueses) teriam que pagar mais 4 mil milhões em juros e sobre lucros ao cartel e cada um dos nossos 5 milhões de empregados mais 500€/ano de impostos em subsídios do Governo ao consórcio do TGV.

Se o racional e inovador é o LightAlfa, que lobby de Bruxelas está a forçar um ministro a nos meter goela abaixo uma dívida irracional e uma velha tecnologia? Por que estes dados não chegam a José Sócrates?

Jack Soifer

PS: Consultor sueco, com experiência em 12 países, e membro activo de várias associações. Autor de 33 papers/livros em 6 países e colunista de imprensa sobre temas de turismo, sustentabilidade e inovação em 3 países. Conferencista e formador em Portugal, Brasil, França e Suécia.

Pois, pois...

Teixeira dos Santos não vê vantagem em divulgar rendimentos dos gestores

O ministro das Finanças considera, no entanto, que no âmbito das empresas públicas as regras de transparência devem ser respeitadas.

O ministro das Finanças diz não ver vantagem na divulgação generalizada dos rendimentos individuais dos gestores de empresas, mas salientou que nas empresas públicas a transparência deve ser respeitada.

"Não vejo vantagem de irmos para uma divulgação generalizada", disse Teixeira dos Santos na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

O ministro afirmou, no entanto, que "no âmbito das empresas públicas essas regras de transparência devem ser respeitadas e nas empresas onde o Estado é accionista [minoritário] a decisão é da maioria, mas o Estado, se preciso for, deve votar vencido".
[Fonte/JN]

...lá dizia o Orwell que todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros.

19 maio, 2009

Rua de Santa Catarina, em obras...

Posted by Picasa
Ver a cidade do Porto a ser devidamente cuidada é de aplaudir. Pena é, que os responsáveis tenham acordado tarde e ainda por cima quando há eleições por perto... Para quem se considera sério, parece-me, no mínimo suspeito.

Mas, onde é que isto vai parar?

Já não há palavras para descrever o despudor, o total vazio de dignidade que assolou a sociedade portuguesa em todos os sectores. Se estávamos à espera de uma surpresa pela positiva, podemos tirar o cavalinho da chuva, porque não será para os próximos tempos. Não interessa se lá por fora este mal também faz escola (estou-me a lembrar de Inglaterra), porque, se falarmos na Europa, não há nenhum mais medíocre que o nosso, no melhor, e sobretudo, no pior.
Os políticos, imitam-se uns aos outros, só as siglas dos respectivos partidos diferem. A doutrina é toda igual, os protagonistas é que mudam. Se um, pratica uma acção censurável, logo aparece outro a tentar fazer pior, com um absoluto e total desprezo pelos cidadãos. Eles já sabem que ninguém os leva a sério, por isso optam pela fuga para a frente deixando cair pelo caminho as frágeis máscaras de seriedade que durante longos anos fizeram questão de ostentar.
Os casos Freeport e BPN são o paradigma da corrupção política da actualidade. Dias Loureiro deve pensar [pensará?] que por teimar em manter o lugar de Conselheiro de Estado, a coberto da presunção de inocência, transmite maior credibilidade a essa possibilidade. Está equivocado. Pela minha parte, considero que esta posição é uma flagrante denúncia da sua culpabilidade. Lopes de Mota, representante do Governo numa instituição de alta responsabilidade da justiça, segue-lhe o "exemplo", servindo de arma de arremesso político à oposição, e não tuge, nem muge. Os representantes do Governo criticam Dias Loureiro por não se demitir, e a oposição critica o Governo por não demitir o Procurador da Eurojust.
O Presidente da República, escudado atrás da cómoda situação de espectador passivo, "garante-nos" que as instituições funcionam. Resumindo: é tudo farinha do mesmo saco...
PS-Mais "farinha" [não é Maizena] aqui, e aqui também.

Luís Filipe Vieira versus No Name Boys


MP contraria versão do presidente do Benfica e acusa38 membros da claque benfiquista de vários crimes

O Ministério Público conclui que LFVieira apoiou a claque No Name Boys e participa caso à Comissão Disciplinar da Liga de Clubes.

Aguardemos calmamente como vai a Liga de Clubes tratar deste assunto, visto estarmos na presença de um manifesto julgamento em causa própria, tendo em conta as conhecidas ligações ao Benfica do Presidente do Conselho Disciplinar da Liga. O MP "absteve-se" de acusar Luís Filipe Vieira. Será que está a empurrrar a bola para o "Justiceiro" Ricardo Costa? Ler aqui.

18 maio, 2009

A Segurança que merecemos?

O cidadão comum sente que o problema da criminalidade - tanto a pequena como a violenta - vai de mal a pior e cada vez se sente menos seguro. Os sucessivos governos, acolitados pelas altas instâncias das chamadas forças de segurança, tentam tapar o sol com uma peneira e, fieis à sua continuada política de desonestidade intelectual que consiste em negar a evidência e atirar-nos com estatísticas duvidosas, vêm a público dizer que não, que a insegurança é impressão das pessoas, que está tudo sob controle, que não há razão para nos preocuparmos. Aproveitam para mencionar novas leis que, dizem eles, foram feitas para aumentar ainda mais a nossa segurança.

Muita gente acreditará nesta música celestial, sobretudo os que vivem fora dos grandes centros, onde o problema se põe de forma mais atenuada. Para esses, recordo recentes palavras do procurador-geral da República. O facto de ser um personagem que não me merece simpatia, por razões que não vêm ao caso, não invalida que seja alguém com uma posição privilegiada que lhe permite uma visão abrangente do fenómeno da criminalidade. Pinto Monteiro diz aquilo que o cidadão comum já tinha percebido mas que, vindo da sua boca, tem uma relevância especial. Ele diz que as leis actuais:

- permitem libertar perigosos delinquentes
- impedem investigações de crimes económicos de grande complexidade
- facilitam que se faça letra morta de várias formas simplificadas de julgamento ou de resolução de conflitos
- esquecem o direito das vítimas

Eu acrescentaria que autorizam também que criminosos que deveriam aguardar julgamento em prisão preventiva, estejam apenas sujeitos à obrigação de se apresentarem de vez em quando às autoridades policiais. Basta ler os jornais para perceber que muitos deles, para "aproveitar o tempo", vão realizando as suas mal feitorias no intervalo das apresentações. Tudo isto, note-se em grande parte fruto da reforma de 2007.

Se cada povo tem o governo que merece, então esta será provavelmente a Segurança e a Justiça que merecemos...