30 dezembro, 2009

Digo NÃO ao Acordo Ortográfico

Parece que dentro de dias vai entrar em vigor o novo acordo ortográfico. Tenciono ignorá-lo, não por teimoso conservadorismo, mas porque penso que é mais uma daquelas decisões idiotas, deslocadas e extemporâneas tomadas pelo tal cojunto de "homens sem arte nem ciência" que, para mal dos nossos pecados, se arrogam como nossos governantes. São os mesmos que hoje decidem uma coisa e amanhã decidem o contrário. Não faltam exemplos.

Para seguir as novas ortografias, teria de estar convencido que daí adviriam vantagens para o país e para o seu povo, mas quando me dizem que essas vantagens são " manter a unidade (?) entre os países lusófonos" e "afirmar e valorizar(?) o português no mundo", não os posso levar a sério. E interrogo-me também porque será que a Grã Bretanha, a França e a Espanha escolheram outros caminhos para valorizar as suas línguas (e as suas culturas) no mundo e para manter traços de identidade comum entre o país da "língua-mãe" e os territórios onde a sua acção colonizadora deixou ficar essa língua. Será porque nós temos uma visão mais inteligente do que a deles?

Este acordo ortográfico é uma cedência de Portugal ao Brasil, na medida em que passaremos a escrever como eles o fazem. Digo isto sem embargo de amar o Brasil e de invejar muitas das características do seu povo, sobretudo os do sul, no meio do qual tive o gosto de viver durante alguns anos. Mas eles são eles, e nós somos nós.

Pelo mesmo critério de uniformidade, nós portugueses, um dia compraremos não um fato, mas sim um terno, os bifes serão adquiridos no açougue, não mais poderemos oferecer camisolas do nosso clube preferido, mas sim camisetas, já que camisola é camisa de noite e jogador de futebol não usa isso! E também nos invernos não mais estaremos constipados - que é problema de intestinos - mas sim resfriados.

E por aí fora. Vai ser divertido! Entretanto, desejos de Feliz 2010 para todos.

Melhor 2010 para os amigos do Porto









Fiquem na companhia de Andrea Bocelli, com Caruso

Sim caro arquitecto, mas baixinho, como recomenda Rui Rio...


Segundo o JN de hoje, um grupo de empresários tenciona propôr à Câmara um evento alternativo ao saqueado Air Race [recuso-me a publicitar o nome]. Sinceramente, não vislumbro nenhum espectáculo no Douro que possa rivalizar com este, excepto uma corrida de barcos, ou, noutro cenário, o regresso da Fórmula 1 ao Porto, ou as corridas de mota do tipo Jerez de La Frontera (quadro que se me afigura improvável).

Apesar de realista, não deixa de ser incrivelmente tristonho e desmobilizador o discurso do autarca portuense. Vejam a linguagem submissa e mesquinha que usou face a esta iniciativa empresarial: "Há uma fila à porta [da Câmara] para alternativas à Air Race: "Não sei se vou travar o corrupio público. Ou é mesmo um evento com vantagem para a cidade ou eu digo não a tudo!" É o que melhor sabe fazer Rui Rio, dizer não, a tudo.

Não me surpreende o desconforto que sente Rui Rio com a aproximação ao povo, e que o irritem os corrupios públicos, mesmo que movidos por uma boa causa, como são este género de iniciativas. Contudo, pode haver luz ao fundo do túnel, se bem interpretei a ambição de Rui Rio. É que, se ele quer mesmo um evento de superior interesse para o Porto, só pode ser um dos espectáculos que atrás citei...

29 dezembro, 2009

Um marginal "justiceiro"

http://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1415549 (clicar no link)

Se o jornal Público, em vez de dar corda a quem a teve sempre partida, por não ser uma pessoa de bem, por ser um advogadozeco sem escrúpulos e descaradamente arbitrário, como é o Presidente da Comissão Disciplinar da Liga, denunciasse estes factos, que saltam aos olhos de toda a gente, à execpão dos cumplíces que protege, e instigasse os órgãos superiores da Justiça a investigar meticulosamente o trabalho sujo e sectário deste indivíduo, talvez prestasse um excelente serviço de cidadania à população da cidade onde está sedeado e pudesse atenuar ligeiramente o centralismo editorial de que também padece.
Senhor Belmiro de Azevedo, V. Exa. não lê jornais?