29 outubro, 2011

Jeff Buckley

Pode berrar um bocadinho Rui Rio, nós compreendemos



Lembro-me bem, como foi "sensato e ponderado" o início da relação de Rui Rio com o FCPorto, a marca e instituição mais famosa da nossa cidade. Recordo-me também, do que afirmou Rui Rio quando caiu de supetão na cadeira da Câmara Municipal do Porto, dizendo que "não era por berrar [foi este o termo] contra Lisboa que o Porto se afirmava".

Como o tempo é implacável a repor coerência e alguma justiça nas coisas, hoje, é o autarca do Porto quem teria vontade de elevar a voz para se fazer ouvir junto dos seus colegas de partido no Governo, uma vez que estes o estão a tratar com a mesma sobranceria e desprezo com que ele tratou o Presidente do FCPorto... Hoje, é Rio a reclamar sensatez e ponderação ao Ministro da Economia por este não lhe responder aos apelos diplomáticos solicitando uma reunião para discutir com a Junta Metropolitana do Porto questões relacionadas com o Metro e as portagens das SCUT.

Fiel à sabedoria popular que diz que "quem com ferros mata, com ferros morre", o  Ministro Àlvaro Santos Pereira mandatou a secretária do secretário das Obras Públicas para responder ao nosso ilustre autarca, provando-lhe assim o alto grau de estima e consideração em que o tem.

Em circunstâncias normais, se o Porto tivesse na Câmara um Presidente à altura dos pergaminhos e da história da cidade, não me liam aqui a ironizar com uma situação tão grave, lesiva e desconsiderante para os portuenses. Mas, neste caso concreto, apetece-me dizer apenas isto: bem feito, você tem o que semeou Dr. Rui Rio!

Só se lastima é que o povo que não o elegeu, tenha de pagar por tabela o preço da sua cobardia e do seu servilismo com o Terreiro do Paço. Tal qual, como agora tem de pagar pelas asneiras cometidas por sucessivos maus governos do país. E depois, sabe, às vezes, é mesmo preciso berrar e noutras até, recorrer às armas. Não há revoluções pacíficas.  E as revoluções só acontecem quando a Democracia não existe...

28 outubro, 2011

Movida do Porto, sem rei, nem rio


Copos, lixo e moradores
Quando começou a movida da Baixa do Porto, recordo-me de ter ficado com algumas reservas com o entusiasmo manifestado por algumas figuras públicas do burgo, entre as quais Rui Moreira, que confrontado com o desagrado de alguns moradores pelo ruído que entretanto ali se instalou respondeu que "isso eram reacções de pessoas com a mania de falar mal de tudo", e que achava muito bem, porque era importante revitalizar o centro do Porto, etc., etc. Não posso garantir que as palavras tenham sido exactamente estas, mas foi isto que reti na memória e suponho não fugir muito à verdade.

Na altura, o meu cepticismo nada tinha a ver com a movida, que aliás sempre apoiei [e apoio], mas sim com as declarações que fui entendendo sobre os seus benefícios para a cidade. Invariavelmente, aquilo que mais ouvia dizer foi que: "era preciso chamar gente ao centro do Porto", "que a cidade estava a ficar deserta e que era necessário repovoá-la, etc". Entretanto, alguns moradores reclamavam e com toda a legitimidade, que à noite era impossível dormir com o barulho. Um desses moradores, uma senhora, adiantava que tinha optado por residir no Porto, prescindido mesmo de adquirir uma casa com garagem mais barata nos arredores, por preferir viver no sossego do centro. Por instantes,  imaginei-me naquela situação e perguntei-me se reagiria de maneira muito diferente daquela senhora...

É claro que para os comerciantes da zona, sobretudo ligados à noite, a movida só tinha [e tem], virtudes, era tudo magnífico, porque como é comum nas pessoas, preferem avaliar as coisas com os olhos no umbigo e nem sequer se dão à maçada de pensar nos outros. Ora, tendo embora concordado com a reanimação nocturna do Porto, sempre pensei que a prioridade para repovoar a Baixa teria de ser dada à reabilitação urbana para residentes, e não chamando a si a população dos arredores para diversões nocturnas, devolvendo o deserto à cidade, no dia seguinte.

A ideia da movida foi óptima, o timing é que não.  Primeiro, a Câmara do Porto devia ter apostado fortemente e há muito tempo na recuperação dos edifícios degradados e por quarteirões, de forma a evitar que [como se tem visto], entre um prédio recuperado permanecessem casas a cair de podres, com todas as implicações de ordem sanitária e ambiental que isso implica, já para não falar da segurança... Além de que me parece a pior maneira de atrair moradores. Pessoalmente, e ao ritmo a que a reabilitação urbana avança no Porto, não era eu quem queria viver numa casa entalada entre outras arruinadas.

Agora, aí estão os jornais cheios de reclamações de moradores da Baixa, queixando-se do ruído, dos lixos, da anarquia dos horários de encerramento, do álcool, do comportamento dos utentes e da falta de policiamento. Há já em curso uma recolha de assinaturas de moradores contestatários, dispostos a exigir a reposição da ordem à Camara do Porto com manifestações, inclusivé, à porta da casa de Rui Rio.

E eu, acho muito bem. O Porto nunca esteve tão imundo, como agora. É uma vergonha.   

27 outubro, 2011

Rui Rio não há meio de desligar o complicómetro


Rui Rio
Se tivesse de escolher um adjectivo para definir Rui Rio, acho que o que lhe assentava melhor era o de: "conflituoso".

Não há caso onde ele esteja envolvido que não descambe para o litígio. Se juntarmos a isto a sua incapacidade genética para emperrar as coisas e o total desfazamento entre a reputação que tem [ou tinha], e a realidade nua e crua, teremos reunidos os condimentos para tentar descobrir o que viram nele os seus eleitores. Esta, é só mais uma das suas já habituais incongruências.

Isto aconteceu. Jorge Fiel não está a ser catastrofista

Cimeira devia ser em Cracóvia


Para se pouparem ao desgaste psicológico do processamento dos mortos, os nazis entregavam essa tarefa mórbida a prisioneiros, que recompensavam com uma ração extra de comida, senhas para o bordel de Auschwitz ou outras pequenas regalias.

Eram judeus, apelidados sonderkommando, que passavam em revista os corpos dos judeus acabados de morrer na câmara de gás decorada com chuveiros.

Extraíam-lhes os dentes de ouro, posteriormente fundidos em barras.

Despojavam-nos de anéis, pulseiras, brincos, e procuravam com detalhe todos os orifícios do corpo onde pudessem estar dissimuladas jóias ou dinheiro.

Cortavam-lhes o cabelo, posteriormente enviado para fábricas onde era usado como matéria-prima para confeccionar, entre outras coisas, peúgas de feltro para a tripulação dos submarinos.

Depois de processados os corpos, os sonderkommando transportavam-nos para os fornos crematórios.

Esta impressionante mecânica do processo de extermínio de milhão e meio de judeus, ciganos, homossexuais e presos políticos em Auschwitz é descrita e analisada pelo britânico Laurence Rees no livro "Auschwitz: The nazis and the final solution", que comprei na livraria deste campo de concentração, nos arredores de Cracóvia.

Domingo, ao visitar uma exposição sobre o terror nazi (1939-45) e soviético (45-56), no Museu Histórico de Cracóvia, localizado no edifício que serviu de sede à Gestapo, veio-me à memória o livro de Rees e as tenebrosas imagens da exposição de bens confiscados aos judeus - pares de sapatos, malas, próteses, roupas, óculos, pincéis de barba, carrinhos e enxovais de bebé, enxovais - que foi um dos mais violentos socos no estômago que levei quando visitei Auschwitz.

Os nazis levaram a Humanidade ao ponto mais baixo da sua história. Mas a sua derrota e a reconstrução europeia do pós-guerra foram as estacas em que assentou o maior período de paz e prosperidade do Velho Continente, proporcionado pelo diálogo entre países outrora inimigos institucionalizado primeiro timidamente com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e depois aprofundado até ao euro.

Nesta curva da estrada em que a Europa está, é importante darmos ouvidos aos conselhos de quem tem memória e o saber de experiência feito, como Helmut Schmidt, que, de cadeira de rodas e já para além da fronteira dos 90 anos, saiu do seu retiro para avisar: "Quem considerar que a sua nação é mais importante que a nossa comum Europa está a prejudicar os mais fundamentais interesses do seu próprio país".

Se calhar não seria má ideia que a próxima cimeira europeia se realizasse em Cracóvia, após uma visita demorada dos líderes aos campos de morte de Auschwitz e Birkenau. Talvez fosse mais produtiva.

[Fonte: JN/Jorge Fiel]

26 outubro, 2011

Puxa-saquismo ou petulância?


Este cenário, foi o que eu próprio fotografei há um ano...
Olhar para a casa dos outros, sem olhar primeiro, e bem, para a nossa, recomenda-se, antes de fazer figuras tristes.

Só quem não quer mesmo ver, é que pode ficar indiferente à negligência da Câmara Municipal do Porto com a recolha dos lixos e escandalizar-se com o que se vê lá fora. Tanto mais, quanto nessa e em muitas outras matérias, estamos longe de ser um país modelo.

Leiam aqui e tirem vocês mesmo a pinta a este portuense amiguinho de Rui Rio.

Fêcho do dossier Villas Boas


Villas Boas
Para fechar de uma vez com o dossier Villas Boas, gostaria de começar por dizer o seguinte: o direito à crítica é tão legítimo como o direito ao louvor, desde que obedeça a critérios de justiça e coerência.

Pessoalmente, sou mais vulnerável à sabedoria popular, do que à verborreia político-conservadora, que não se importa nada  de recorrer ao discurso populista quando lhe convém...

Se há coisa que me chateia solenemente, é ver alguém sentenciar categoricamente, como decidiria quem não se conhece, se estivesse no lugar de determinada pessoa. É um pressuposto, no mínimo abusivo, porque  intui e impõe a terceiros desconhecidos a sua opinião pessoal como sendo a única válida, e possível.

Vem tudo isto a propósito da forma abrupta como o ex-treinador do FCPorto, André Villas Boas entendeu deixar o clube. Até pessoas de quem tenho a melhor opinião, como é o caso do escritor Álvaro Magalhães, cometem esse lamentável erro. Senão, vejamos o seu comentário sobre a entrega do Dragão de Ouro a Villas Boas: "Foi bonito. O clube fez o que tinha que fazer: agradecer e dar o Dragão de Ouro. É uma atitude que enobrece. Foi ultrapassado o rancor. Qualquer um no lugar de Villas Boas tinha feito o mesmo, isto é mudar de cadeira, para outra mais bem paga e de maior prestígio. Ficar no Dragão seria estar a atrasar o seu destino".

Vamos lá a ver se nos entendemos. Ninguém pode censurar Villas Boas sobre o legitíssimo direito de olhar pelo seu futuro, e eu não o censuro por isso, e pelos vistos [agora], Pinto da Costa também, que mesmo assim, na altura não se coibiu de lhe chamar medroso... Critico-o sim, pelo timing, que sendo embora pertença exclusivamente sua, colidiu com o timing do clube, que ainda por cima era o do seu coração. E quando digo que colidiu com o timing do FCPorto, quero dizer com os interesses do clube, entre os quais se releva a escolha do treinador. Ainda falta saber, só o futuro esclarecerá, que consequências e preço terá de pagar o FCPorto pelo recurso ao SOS/Victor Pereira, para treinador principal. Pinto da Costa é mestre a arriscar, mas já se tem enganado...

Ainda sobre a decisão de Villas Boas, não creio que se ele tivesse optado por ficar só mais uma época, corresse o risco de hipotecar a sua carreira. Jovem, confiante, competente e com o talento que tem, não creio que, mesmo admitindo uma segunda época menos feliz ao serviço do FCPorto, faltassem as propostas. Já entenderia bem melhor a decisão se ele fosse mais idoso, se tivesse 40, 50 ou 60 anos. Podem-me dizer, que jogou pelo seguro e aceito o argumento, mas não me podem é garantir que outro não teria tomado decisão diferente, e sobretudo, repito, tratando-se de um treinador que fez questão de exaltar a sua condição de portista. Então, como é? Como ficam aqueles teóricos que dizem que: se pode trocar tudo, de mulher e automóvel, só não se troca de clube? Não faltará acrescentar ao ditado, "excepto por dinheiro?". Alguma coisa não bate certo, nesta lengalenga.

Agora pergunto: e se em vez do Chelsea, os milhões que o cegaram viessem da Luz, o discurso contemporizador seria igual, ou era outro? Que raio de portismo conformista é este como o de Álvaro Magalhães que considera a cadeira do Chelsea mais prestigiante do que a do FCPorto? Terá ele confundido o campeonato inglês com clubes? Que o Chelsea tem mais dinheiro, tem, mas... prestígio?! Além de que, salvaguardando o facto relevante de André Villas Boas ter desenvolvido um trabalho sério, vitorioso e competente ao serviço do FCPorto [uma extraordinária atenuante], não vejo uma diferença muito grande entre a sua fuga do FCPorto e a deserção de Durão Barroso para Bruxelas ou de Guterres para Comissário das Nações Unidas. Ambos foram olhar pela vida, não é assim...

É certo que a estes últimos, como altos representantes do Estado, se exigiria uma outra elevação, outra noção de ética, mas não foi o vil metal que também aqui esteve em causa? Será que Álvaro Magalhães também considerou prestigiantes estas decisões? Que no lugar deles fazia o mesmo?

É preciso pensar melhor antes de pormos a boca no trombone de outros. Porque, apesar do oportunismo ser cada vez mais global e descaracterizante, ainda há outros, e... outros.

24 outubro, 2011

Os comentadores desportivos da TVI

Valdemar Duarte
(lá banha tem ele]
Começo por dizer, que como espectador, nunca percebi a necessidade da presença de comentadores durante a transmissão de jogos televisionados, ainda por cima quando esses comentadores não têm categoria para desempenhar a função com moderação e seriedade. Já sei que falar de seriedade e moderação, num país que tem sido governado por gente pouco séria e nada moderada, é um contra-senso romântico, é quase como esperar que filhos de pais alcoólicos se tornem exímios mestres em bons costumes. Mesmo assim, acho necessário chamar a atenção para a falta de isenção deste tipo de gentinha, sobretudo agora que a Troika anda a reclamar austeridade, a torto e a direito, obrigando o Governo a asfixiar a vida a tanta gente útil e trabalhadora. Se os nossos governantes não andassem cronicamente distraídos, era por aqui que deviam começar a limpar a casa, mandando para o olho da rua estes inúteis comentadores, contribuindo assim para a redução despesista do país.  

Ora ontem, aos microfones da TVI, um tal Valdemar Duarte ao piano, acompanhado por Manuel Queiroz ao violino, foram os protagonistas de uma miserável sessão de mau jornalismo.

Um, segundo consta, benfiquista fanático,  useiro e vezeiro a denegrir tudo que cheire a FCPorto, e o outro, um presumível portista que, à imagem de outros acomodados "portistas", são incapazes de levantar a coluna vertebral sempre que estão no meio de lisbonários. Já não é a 1ª vez que dou conta da incapacidade de Manuel Queiroz contrariar a opinião quase sempre tendenciosa do parceiro benfiquista, quando há razões para o fazer. E tem-nas muitas vezes. Ontem, chegou mesmo a ser mais papista que o papa seu colega, insinuando uma grande penalidade pretensamente provocada por um jogador do FCPorto [Álvaro Pereira] sobre um jogador do Nacional, quando as imagens ainda nada garantiam. O senhor Manuel Queiroz, que escreve no semanário Grande Porto e se diz regionalista, só vai conseguir convencer os espectadores mais atentos dessa sua vocação política, quando tiver coragem para se opor sem modinhas aos centralistas, mesmo que em "casa" deles e em modo clubista-desportivo.

Os espectadores portistas sabem muito bem distinguir o bom futebol do menos bom, e também do mau e muito mau. Não precisam da opinião de fanáticos corruptos para saberem que ontem o FCPorto não fez um grande jogo, apesar de ter vencido o adversário por 5-0. Sobretudo quando esses fanáticos parasitas lançam para o ar atoardas do tipo "foram os piores segundos 45 minutos do campeonato!", numa tentativa clara de desvalorizar a victória do FCPorto. Tomara a qualquer clube jogar sempre mal, e terminar os jogos com victórias tão expressivas, não é! Mas, como esse clube [felizmente] não arrasta consigo o estigma "glorioso" do fascismo, vencer por cinco a zero só tem brilho na voz do bronco Jorge Jásus [que é a pronúncia do aldeão]. Esse energúmeno, Valdemar Duarte, esqueceu-se foi de exaltar a magnífica victória do seu Benfica, tirada a ferros e com a cunha, quiçá involuntária, do guarda-redes do Beira-Mar, que fez a obra-prima de colocar a bola direitinha nos pés de Cardozo... Foi amnésia, ou falta de seriedade? 

Foi falta de seriedade, afirmo eu! E de vergonha!

23 outubro, 2011

Glenn Miller Orchestra / Chattanooga Choo Choo

Criminilização de actos políticos. Opinar não chega

Carlos Abreu Amorim
Deputado independente do PSD,disse:

A incompetência política não é criminalizável. Mas existem instrumentos para aferir, do ponto de vista penal, o que é certo ou errado nas decisões políticas. Até porque uma decisão considerada errada agora pode revelar-se certa mais tarde e vice-versa.






António Cluny
Procurador Geral Adjunto do Tribunal de Contas, disse:

Substituir a apreciação política pela responsabilização penal é uma forma de isentar os políticos das responsabilidades a que estão obrigados politicamente. Além disso, é uma armadilha para os tribunais e uma tentativa de desviar a atenção dos cidadãos do julgamento político.




Carlos Jalali
Politólogo, disse:                                                                                

É essencial manter-se a fronteira entre o plano político e o judicial.
É por isso desejável que seja claramente identificado o campo das
opções políticas, que são julgadas no tribunal eleitoral, e os actos
praticados violando as leis.



Paulo Morais
Vice Presidente da Transparência Internacional, disse:

Não se pode penalizar um político por ter gerido mal. Mas o quadro legal existente chega e sobra para criminalizar quem actuou fora do enquadramento da lei. Por exemplo, quem efectuou ou autorizou despesas não previstas no orçamento.






João Cravinho
Ex-deputado socialista, disse:

Só  se  pode criminalizar  os actos  que  foram  cometidos  contra a lei
e   não  as opções  políticas,  mesmo  que venham  a ser  consideradas
erradas.  E para isso há leis suficientes para que essa responsabilização
criminal  avance.  A  pergunta que se deve colocar é porque razão não
se tem aplicado a lei.



Nota de RoP:

A conclusão que podemos retirar de todas estas opiniões é que a Lei existe, aquilo que tem falhado é a sua aplicação, que é a parte mais importante. Aqui chegados - e acreditando que em Democracia a Lei é mesmo para todos -,  o que é que urge fazer, realizar, cumprir, deliberar, executar, enfim, justiçar? 

Repare-se que, ao contrário de João Cravinho, na pergunta que atrás formulei [com sinónimos para todos os gostos], está implícita uma acção efectiva, uma decisão, e não, procurar descobrir a razão de coisas para as quais já conhecemos [de longe] a resposta.