09 novembro, 2012

Isabel Jonet, a néscia

Isabel Jonet está debaixo de fogo
Mais uma, a imitar o Ulrich e o Borges. Que medíocres!
Bem, vamos lá ver se colocamos os pontos nos "is". As nossas elites devem ter enlouquecido completamente. Acho mesmo que conseguiram contagiar-me, porque isto de tratar como elites  um grupo de cromos, incultos e incompetentes com salários e responsabilidades  imerecidas, pode já ser um sinal de senilidade. Tenho de me cuidar... O melhor remédio é passar a chamar-lhes merdas, que é a fatiota que melhor lhes assenta. 

Primeiro, obrigam-nos a pagar uma dívida monstruosa sem sequer nos explicarem onde, quando e como a contraímos, e depois ainda se dão à petulância de fazerem de nós parvos.

A patética, a atrasada mental,  presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, devia ser imediatamente despedida e proibida de abrir a boca antes de provocar algum ataque de loucura no povo. Mais. Deviam-lhe retirar todos os salários e as regalias e pô-la a viver a partir de agora do RSI, para se lembrar que não passa de uma simples mortal que um dia a terra há-de comer e apodrecer como uma merda que efectivamente é! Se é doida, então que se vá tratar! Isto, aplica-se igualmente a toda a tropa fandanga que anda a proferir [e fazer] barbaridades do mesmo jaez por tudo quando é canal de tv, talvez para ver se nos colocam depressa na idade da pedra.

Prendam-nos, ponham-nos a pão e água! Cretinos! Imbecis! Fascistas! Ó Otelo, porque é que só ameaçaste, por que é que não os mandaste mesmo para o Campo Pequeno? Estás a ver o resultado?

Podem ler a notícia aqui.  Depois, sugiro que vomitem.

PS-Peço desculpa aos leitores pelo vocabulário, mas é assim mesmo que vejo esta garotada. 

08 novembro, 2012

Traição à moda de Nuno Miguel Maia

Já aqui abordei há uns tempos o tema. Aparentemente, pode tratar-se de alguma "confusão" que se instalou na sociedade portuguesa [de modo particularmente acentuado depois do 25 de Abril], entre o significado das palavras traição e bufonaria. Volto hoje de novo ao assunto, "inspirado" por uma notícia do jornalista Nuno Miguel Maia publicada no JN, cujo título, em letras garrafais, rezava assim:  "COLEGAS E ESCUTAS TRAÍRAM GNR CORRUPTOS". Logo mais abaixo, em subtítulo, prosseguia: "Os 4 militares da GNR presos pela PJ por suspeitas de corrupção foram traídos pelos colegas, que os denunciaram, e por escutas telefónicas, das quais decorrem indícios de terem recebido "luvas" de chineses" (sic). 

O referido jornalista, que já se celebrizou negativamente pela forma pouco criteriosa como publicou certas notícias, parece querer ver as coisas ao contrário. Quando foi da caça às bruxas montada pela comunicação social centralista a Pinto da Costa, que despoletou o miserável processo "Apito Dourado", este mesmo rapazinho - que presumo ser do Porto - não se coibiu de copiar o mesmo tipo de difamações que os pasquins de Lisboa publicavam sobre o presidente portista, que como todos estamos lembrados, foram inqualificáveis. Deve pois tratar-se de um daqueles espécimes que abundam no nosso país, que andam a colocar a reputação dos verdadeiros jornalistas numa situação vergonhosa. Adiante.

Se consultarmos um bom dicionário de português verificaremos que o significado da palavra traição quer dizer: acto desleal, perfídia, aleivosia, infedilidade, emboscada, etc. Ora, voltando à notícia do JN, salvo melhor interpretação, traidores não foram os colegas que denunciaram os GNR's corruptos, como foi publicado, mas foram, isso sim, estes últimos, que traíram a instituição à qual juraram servir com honra e lealdade. Além disso, traíram os próprios colegas sérios. Esta inversão de valores é recorrente a este nível de jornalismo, e explica em parte o abandalhamento a que hoje chegaram muitos profissionais da comunicação social. Lamentavelmente, mesmo aqueles [poucos] jornalistas mais rigorosos, não têm feito nada de verdadeiramente importante para se demarcarem desses que andam a enxovar-lhes a profissão. Este laxismo só pode dever-se a duas coisas: ou é por corporativismo irresponsável, ou por medo de represálias [o que não deixa de ser uma cobardia]. Às tantas, os tais bons elementos, também pensam que denunciar colegas maus profissionais pode ser interpretado como um acto de traição, ou de bufonaria...

A propósito, vejamos agora também o que diz o dicionário Augusto Moreno sobre bufo: acção de bufar, homem avarento ou misantropo, polícia secreta, beleguim, burlesco. Como facilmente se conclui, esta palavra pouco tem a ver com a outra (traição), mas a qualificação que erradamente lhe querem dar, é a de um sinónimo, o que, diga-se de passagem, em nada abona a instrução do (bom) jornalismo.

Se juntarmos a este "magnífico" exemplo de como não deve fazer-se jornalismo aquilo que todos os dias vemos nos jornais desportivos e nos próprios programas do mesmo tipo, onde é privilegiado de uma forma descarada [sim senhor Presidente da República & Companhia] o Benfica, remetendo para segundo plano o FCPorto, que nos últimos 30 anos superou o clube lisboeta em número de títulos, tanto dentro de portas como internacionalmente, teremos o retrato completo do verdadeiro nível de jornalismo que hoje se faz em Portugal. E os (bons) jornalistas consentem, porque calam.

Como querem que os portugueses acreditem no futuro de um país, com gente tão ordinária?

07 novembro, 2012

Crónica de Manuel Serrão. A não perder.


De quem o Porto não precisa

Publicado às 00.20

 
O Porto não precisa de políticos que só estariam disponíveis para combater por ele em fim de carreira, dr. Rangel! Ainda o país não descobriu como e onde vai cortar os fatídicos 4 mil milhões, que pelos vistos nos separam de mais uma grande classificação na "escola" da Europa e já as próximas eleições autárquicas no Porto estão na ordem do dia. E ao rubro!

A primeira coisa que se discute é se já é tempo para discutir. Claro que é! Para um portuense que se preze, discutir o futuro da sua cidade está sempre a tempo e vem sempre a horas.

Por um lado, mais vale tarde do que nunca, em relação às questões e problemas que se vêm arrastando com os anos, como é o caso, por exemplo, da perda de importância da cidade e dos seus protagonistas nos contextos nacional e internacional.

Por outro lado, nunca é cedo de mais para pôr em cima da mesa questões estruturais que possam alavancar o futuro, como pode vir a ser o caso da fusão do Porto com Gaia.

Sem menosprezar o excelente trabalho contabilístico dos últimos anos (e também sem reduzir a esta dimensão as únicas mais-valias dos atuais e anteriores responsáveis autárquicos do Porto) a nossa cidade precisa de mais e melhor. Diria, até, de muito mais e muito melhor.

Quem pensa assim não pode achar que falta muito tempo para as eleições municipais de 2013 e não pode defender que o lançamento de discussões deste cariz são intempestivas.

Como me parece descabido agitar fantasmas como o despesismo, numa cidade que conheceu os melhores anos da sua história recente, quando Fernando Gomes soube pôr ao serviço do desenvolvimento do Porto o "pé de meia" que Fernando Cabral juntara, mais por falta de engenho e visão, que por cálculos contabilísticos.

Acontece que ainda existe mais uma razão ponderosa que recomenda que se abram cedo estas hostilidades no Porto. A lei de limitação de mandatos (que já tem quase mais "pais" do que artigos) precisa de ser clarificada de uma vez por todas. Não que a mim me ofereça alguma dúvida (sendo eu, aliás, contra uma lei que considero uma entorse à democracia autárquica), mas porque já foram publicitados tão "doutos" pareceres sobre as suas possíveis interpretações, que não seria de estranhar que um qualquer juiz viesse a aceitar discutir a coisa em tribunal uns dias antes das eleições. Com as consequências inerentes.

Como até parece que a clarificação desta lei de limitação de mandatos só interessa no caso do Porto (e para já só à anunciada candidatura de Luís Filipe Menezes) nada melhor do que iniciar atempadamente esta discussão para ver se ela acaba em tempo útil.

No terreno já temos o ainda presidente da Câmara de Gaia e Manuel Pizarro pelos socialistas. Era bom que a eles se juntassem todos aqueles que se andam a insinuar e a pôr a jeito, ou a pedir que os candidatem, porque esta discussão só ganha em se alargar.

Como aqui já escrevi em tempos que já lá vão, o Porto precisa de gente para quem o Porto seja bastante. De candidatos que sintam e amem o Porto, mas que não se deixem ficar nessa contemplação amorosa, afirmando ideias novas e interessando-se por uma cidade que não tenha como principal objetivo ser a miss Simpatia num concurso nacional.

Praticamente vencida a "guerra" das obras, o Porto precisa de candidatos disponíveis para se bater por ele e pelas suas gentes, nas guerras de defesa dos seus interesses, que não param de ser atacados. A crise, tenha ela a dimensão que tiver, agora ou no futuro, não pode continuar a servir de desculpa para capitulações perante o Poder Central, seja na questão do aeroporto, seja na constante mudança para a capital dos principais centros de decisão públicos e privados.

Do que o Porto não precisa, caro Paulo Rangel, é de gente que só se interessaria por ele em fim de carreira. Carreira essa, a sua, que, no que dependesse de mim, teria acabado no dia em que um político do Porto, eleito pelo Porto, prestou tais declarações.

Nota do RoP:
Por manifesta falta de tempo, só agora me foi possível publicar este oportuno artigo de Manuel Serrão, que considero bem contundente, e realista. 

06 novembro, 2012

Força Marinho! Que a verdade não te canse!

   
  • António Marinho Pinto

05 novembro, 2012

Que comichões andas a provocar Marinho! Não sei como ainda não tens a cabeça a prémio...


Tapar o sol com a peneira

 
A empresa Águas de Barcelos (AdB) publicou na sexta-feira passada, aqui no JN, ao abrigo do Direito de Resposta, um texto onde pretende pôr em causa a minha crónica de 24 de setembro, sobre a decisão de um "tribunal" arbitral de Lisboa que tinha condenado, em janeiro deste ano, o Município de Barcelos a pagar-lhe mais de 170 milhões de euros como compensação por os habitantes do concelho terem cometido o despautério de não consumirem os irrealistas volumes de água que essa empresa e o município haviam estabelecido em 2004.

O Direito de Resposta da AdB mais não é do que uma tentativa de tapar o sol com a peneira, procurando desviar as atenções do essencial (uma indemnização superior a 170 milhões de euros sem convincente fundamentação jurídica) para o acessório, ou seja, para aquilo que não constituía o cerne da minha crónica. A AdB diz, por exemplo, que os honorários dos senhores "juízes" arbitrais "não totalizaram o valor indicado" superior a 500 mil euros. Não, de facto o valor dos honorários foi "apenas" de 474 246,00 euros a que acresceu o IVA à taxa de 23%, ou seja, totalizaram na verdade um montante de 583 322,58 euros que as partes tiveram de pagar.

A empresa diz ainda que "não cobra qualquer aluguer de contadores" mas sim uma "tarifa de disponibilidade". Aceito. Não sei se o investimento da AdB foi muito grande como diz. O que sei é que uma parte significativa da rede de saneamento não funciona devido à não existência das respetivas estações de tratamento (ETAR) que estão previstas no plano de investimentos mas que não foram executadas.

Mas onde a posição da Águas de Barcelos se torna mais insustentável é ao tentar justificar um tarifário totalmente desfasado da realidade com base no qual obteve uma indemnização superior a 170 milhões. Diz a empresa no seu texto de resposta que o consumo de água por habitante foi fixado, em 2004, pela Câmara de Barcelos, tendo, alegadamente, em conta o histórico de consumos do concelho. Mas que histórico é esse que permitiu previsões que nunca se aproximaram da realidade e que em 2008 previam consumos de água quase 60% superiores aos que na realidade se verificaram? Quem fez os estudos que serviram de base a essas previsões completamente loucas? Ou se tratou de um erro grosseiro ou de uma alteração superveniente das circunstâncias ou então de uma moscambilha semelhante a muitas outras celebradas entre certos políticos e certos empresários à custa do erário público.

De qualquer forma, um tribunal digno desse nome, ao apreciar esse contrato, teria de aplicar, pelo menos, o regime do erro sobre as circunstâncias que constituíram a base do negócio (artigo 252.0º do Código Civil) ou então determinar a sua resolução ou a sua modificação segundo juízos de equidade conforme estatui o artigo 437.0º do mesmo código. Condenar uma parte a pagar à outra, integralmente, durante 30 anos, a diferença entre os consumos realmente verificados e os consumos errados que foram levianamente previstos não é um ato de justiça, mas sim um diktat totalmente à margem do Direito. Só assim, ou então com tarifários como os de Paços de Ferreira, é que se compreendem os lucros usurários de certas empresas.

Convém frisar, porém, que as projeções de consumos que integram o célebre "Caso Base" foram efetuadas depois da adjudicação provisória e que há uma ata em que as partes aceitam que esse "Caso Base" seja elaborado pela parte privada. De qualquer forma aquelas projeções não tiveram por base os consumos de água por habitante indicados pelo Município de Barcelos, pois esses consumos eram, à data em que foi feita a concessão, semelhantes aos que ainda hoje se verificam. Se as projeções tivessem por base os consumos reais nunca se teria verificado o erro colossal que serviu de pretexto para uma indemnização não menos colossal.

Por fim, espero que a AdB transcreva publicamente a norma do Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA) que impede o seu bastonário de comentar um processo findo ou uma sentença transitada em julgado. Eu sei que as arbitragens, sobretudo em certos negócios público-privados, só funcionam bem em segredo ou mesmo na clandestinidade. Mas não contem com o silêncio da Ordem dos Advogados.