21 maio, 2015

Valores, ou histórias da Carochinha


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Caros leitores,

Desafio-vos a alguma contenção intelectual para, através de um pequeno jogo de faz de conta, regressarmos por momentos à ingenuidade da infância, ou da adolescência, se entenderem ser mais adequado.

Serve este breve e imaginário prólogo, para moderarmos um bocadinho o estado de revolta que as principais figuras públicas e instituições da nossa cidade/região nos têm causado com o encolher de ombros, face aos avanços abusivos do centralismo.

Admitamos então, que tudo o que venho escrevendo sobre certas pessoas e instituições, está errado, que não correspondem à realidade, que tenho exagerado. Se quiserem, alonguem esses equívocos àquilo que tenho opinado sobre a Democracia e a própria Liberdade, que não é verdade avaliá-la como um projecto falhado, e que a Liberdade de expressão não é a nova máscara das ditaduras modernas.

A seguir, imaginemos que essa liberdade é real e que por isso acreditamos não existirem em Portugal assuntos tabu, que além do Sexo dos Anjos do Júlio Machado Vaz e da cópia foleira do Sexo à Moda do Porto, da Ana Guedes, tudo é claro, tudo é debatido sem excepção nem rodeios. 

Agora, vamos também fingir que acreditamos que os órgãos de comunicação social se interessam positivamente pelo resto do pais e que tratam todos por igual. Podemos ficar por aqui no jogo de faz de conta, mas mesmo assim deixar algumas questões no ar, como as que se seguem:
  1. Aceitando como verdadeira a ideia que a nossa Democracia é de facto idónea, companheira gémea de um Estado de Direito, como é possível que a Regionalização estando ainda articulada na Constituição de 1976 continue a ser ignorada e tratada como um assunto tabu? 
  2. Como acreditar na eficácia dessa Democracia se os altos responsáveis do país continuam a assobiar para o lado há cerca de 40 anos, sem darem cavaco às tropas, substituindo-se abusivamente à autoridade suprema, que é a própria Constituição? E que credibilidade terá tal Democracia se impede a soberania popular de intervir para afastar e acusar esses ir(responsáveis) de abuso do poder, e incriminá-los por alta traição? Isto, convém sublinhar, se estamos a tratar de coisas sérias?!
  3. Falando agora da Liberdade. Será possível levar a sério tal liberdade quando nela está instalada o medo? Não o medo natural que qualquer humano tem de ter, mais que não seja para se manter vivo, o medo de atravessar uma rua às cegas. Não! Falo no medo de ter opinião, de poder dizer ao patrão, por exemplo, que discorda de determinada medida por achá-la nefasta para empresa. O medo de ter opinião, o medo por exemplo, de dizer ao Presidente Pinto da Costa que ficamos decepcionados com ele por se ter remetido ao silêncio e não defender o clube, como lhe era habitual. 
  4. Como é possível acreditar não haver tabus na comunicação social portuguesa, quando todas as televisões instaladas em Lisboa, e até no Porto Canal (que acabou com o único programa de jeito sobre temáticas regionais, Pólo Norte) praticamente não abordam questões de ordem regional, ou mesmo de cariz descentralizador ? Como podemos querer uma coisa (a regionalização) que ignorámos? Além de ser tabu, também haverá medo? Ou será tudo mais uma grande farsa? 
  5. Como pode haver Liberdade e comunicação, se o Porto Canal não a teve para esclarecer os portuenses das razões da ausência em estúdio de Rui Moreira, que é só o Presidente da Câmara do Porto, que goste-se ou não, foi o único portista que teve a dignidade  de deixar a falar sozinhos os promotores do Trio de Ataque? Além da falta de coragem, ou o que quer que seja, pode um canal destes falar do Porto esquecendo-se destas obrigações para com os principais interessados, os portuenses?
  6. Por que é que o Porto Canal, o tal cujo Director costumava classificá-lo como uma janela para o mundo, se demitiu das temáticas regionais, quando nem com a própria cidade revela vontade de servir?  
  7. Por que razões misteriosas Pinto da Costa, agora que o FCPorto detém (segundo o próprio alega) a maioria das acções do Porto Canal, decidiu não tirar partido desse privilégio numa altura em que o clube e a cidade mais precisavam e tinha fortes motivos para o fazer? Por quê? Terá sido ameaçado por fantasmas, ou pelos patrocinadores? E o pobre coitado do Director-Geral, estará sob a lei da rôlha, para não dinamizar o canal? Será por incompetência, falta de recursos financeiros, ou medo de represálias? Atenção, que não estamos a falar de vidas privadas, isso é o que menos nos interessa. Falámos do FCPorto, do Porto Canal, de Pinto da Costa, e dos seus deveres com sócios e adeptos. Falámos de coerência, de objectividade.
  8. Como é possível combater o centralismo com as consequências terríveis que tem gerado na nossa região e no nosso clube, quando, em vez de denunciarmos e repelirmos esses abusos, dá-mos cobertura exaustiva a ocorrências com adeptos benfiquistas? E como é possível conviver sadiamente com um jornal (JN) que passou a imitar os pasquins lisboetas com publicações de notícias e casos falsos? Que moral terá o Sr. Pinto da Costa para criticar o Correio da Manhã?
Agora, peço-vos que regressem à maturidade, que esqueçam o faz de conta infantil, que respirem fundo e equacionem como puderem e souberem, estas indagações, para que vejam se dá para levar a sério alguma coisa, ou se preferem continuar a ser tratados como crianças. 


A decisão está tomada. Acabou o JN para mim

Ao Sr. Director Geral, Afonso Camões

De: Rui Valente ..............@outlook.com)
Enviada:quarta-feira, 20 de Maio de 2015 12:18:34
Para:leitor@jn.pt (leitor@jn.pt)
Exmo. Senhor,

Boa tarde!

Remeti-lhe uma carta no dia 18 de Fevereiro deste ano, à qual, como previa, não se dignou responder-me.

É só para o informar, que ao fim de 40 anos de leitor/pagador do JN, decidi terminar com a fiabilidade.

A estratégia de deitar mão ao último reduto da imprensa portuense comigo não resultou. Mais informo que tudo farei para impedir essa vil empreitada.

Eu sou portuense! E você?

Rui Valente
Porto


Nota de RoP:
A carta que enviei ao Director do JN pode ler-se aqui 

Desta feita, não estive para usar uma carta, porque o actual Director do JN não merece a consideração de um sêlo dos CTT. Foi para o correio do leitor, não para ser publicado, porque obviamente não faria sentido que o destinatário o fizesse.

Desta forma, alguém há-de ler o email, e isso basta-me. Se o entrega ao chefe, ou não, isso já não me compete saber. 

20 maio, 2015

Negócios limpinhos, limpinhos, limpinhos




Será que o Porto Canal vai abrir o telejornal com esta notícia, ou continuará preocupado com os adeptos benfiquistas?.. 


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Chamam-lhe o Rui Gomes da Selva por qualquer razão



19 maio, 2015

A suprema humilhação!

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Não posso negar que a leitura de um jornal me faz falta. O simples hábito de folhear um jornal é em si mesmo viciante, mas nada compensa sustentar um mau vício de um jornal qualquer... Gosto de ser informado, não gosto de ser manipulado.

Como tal, substituí o JN pela leitura de um livro muito interessante, que é uma espécie de diálogo entre entrevistador e entrevistado sobre a vida de Sarmento Pimentel (o entrevistado), um homem incomum, que dedicou parte da sua vida a lutar pela causa republicana (05 de Outubro de 1910). Por essa época, a causa da república correspondia à causa da democracia, do pós 25 de Abril de 1974. Decorridos 105 anos, nem uma, nem outra, se realizaram na plenitude dos seus ideais mais nobres. Está quase tudo por fazer.

Sem querer ser maçador, porque não sou muito de rebuscar factos históricos, permito-me transcrever parte do texto de um episódio dessa entrevista. Aconteceu aquando da sua passagem pelo Porto onde Sarmento já alistado no exército, travou conhecimento com Basílio Teles 

Na sequência de uma crise política Sarmento Pimentel foi aliciado pelo então comandante do 3º-Esquadrão de Cavalaria do Porto, D. Luís da Cunha Meneses para convidar Basílio Teles a formar um novo governo. «Mas com que força?» perguntou ele. - «Se o senhor aceitar, nós encarregamo-mos de lhe garantir apoio militar» respondeu Sarmento. O outro respondeu: «vocês são novos, são generosos, são patriotas. Mas as coisas não são tão fáceis de resolver como vocês julgam. Eu só poderia formar governo se o povo me aceitasse, numa democracia em que fosse respeitada a vontade popular, a vontade de um povo que não está politizado e que se deixa conduzir por caciques que o enganam e exploram. E ficariam a pensar que tenho a ambição de ser um ditador, um João Franco ou outro qualquer que pretenda impor a sua vontade ao país.»

Mais de um século decorrido, estas declarações podiam ser feitas hoje com a mesma pertinência, o que em nada honra a actual classe política. Mas pronto, naquela época [tal como agora] as coisas não iam bem, mas sempre havia Sarmentos Pimenteis, Basílios Teles, Guerras Junqueiros, Sampaios Brunos, Gomes Teixeiras para agitar as águas. Hoje, não temos nada, nem ninguém!

Quando os portuenses concentraram num dirigente de um clube de futebol toda a confiança por ser a única personalidade que através do clube, defendia tenazmente a sua cidade e a própria região, por falta de políticos que o fizessem, isto já não era um bom sinal. Mas quando esse homem, que soube como poucos, liderar um clube e guindá-lo para patamares de glória desproporcionais à importância internacional do próprio país, de repente desiste de lutar, sem contudo assumir a desistência, a situação dos portuenses fica bem pior.

Essa personagem, já sabem, era Pinto da Costa, e digo era, porque começo a ficar profundamente decepcionado com o desprezo que tem votado aos portuenses, sobretudo aos portistas. Pessoalmente, e enquanto portista, sinto-me traído. Traído pelo desrespeito de, durante uma época inteira, não ter tido a humildade de se dignar explicar o porquê do seu silêncio, o porquê de permitir que o FCPorto fosse prejudicado de forma escandalosa, deixando técnicos e jogadores (de todas as modalidades) entregues a si próprios aos ataques indecorosos da comunicação social centralista. Comunicação social essa, na qual o Porto Canal procura inspirar-se no que ela tem de mais kitsch.

Mas, o que a mim me trespassa o coração como um punhal, é Pinto da Costa permitir que um canal que ele diz (sem ainda o ter provado) pertencer ao FCPorto, esteja a ser mais criterioso na defesa de causas alheias do que das próprias. Quem me conhece minimamente, sabe que em circunstâncias normais, se vivêssemos num país de gente séria e com governantes idóneos, também eu aprovaria o gesto de solidariedade com os adeptos benfiquistas agredidos pela polícia em Guimarães. Mas, sabendo a estrutura directiva do Porto Canal e do FCPorto, tão bem quanto nós, que esse país normal não existe, que pelo contrário, somos acusados de tudo e mais alguma coisa, que já fomos várias vezes agredidos, injuriados, e que até nos incriminam de coisas que não cometemos, acho um acto da mais reles bajulação, da mais abjecta falta de dignidade, a cobertura que deram à ocorrência.  

Não me arrependo de ter aqui defendido como poucos Pinto da Costa de todas as acusações que lhe fizeram, nomeadamente no malquisto processo Apito Dourado. Nem os seus amigos próximos foram tão longe. Mas, se fosse hoje, garanto que não o faria. Basta! Não estou para colaborar mais neste circo, porque para palhaço não tenho qualquer vocação.   

PS - É meia-noite. O Porto Canal continua seriamente empenhado em vitimizar a polícia e proteger os adeptos benfiquistas. Note-se que nem sequer consideraram a hipótese de os agredidos terem feito algo de errado... Copiam os media centralistas. Tal e qual. Até a Ministra da Administração Interna já foi chamada a liça. Só falta o Cavaco.

Não detectei um pingo de ousadia ou solidariedade para defender o clube que o sustenta, e bem precisou. Nem os comentadores desportivos se atreveram a ir tão longe. Tudo isto me parece surreal, tudo me parece um pesadelo neste Porto de vergonha. Só falta pintar o símbolo de vermelho e colocar-lhe umas asas...

18 maio, 2015

Que ternurento é o Porto Canal !

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A esta hora, 20H06, o telejornal do Porto Canal abriu emissão com um "nobre" acto de civismo e de "protecção" aos adeptos benfiquistas das agressões da PSP, após o jogo dos vermelhos com o V. Guimarães. Para realçar a solidariedade, chamaram aos estúdios uma advogada dos supostos agredidos com o tempo de antena que as vítimas do clube centralista merecem. Grande espírito de civilidade, sem dúvida!

Pena é que não tenham tido uma palavra de solidariedade e de  coragem (sim coragem, senhor Júlio Magalhães) para censurar a polícia quando os adeptos, e até os atletas do FCPorto, são agredidos nos estádios de Lisboa, como ainda há dias sucedeu com a equipa de andebol com o Sporting com petardos)! E não faltaram ocasiões! Isto, é de uma cobardia humilhante! Mas que droga de portuenses são estes? Que submissão tão vergonhosa! 

Oh, Ana Guedes, estarás com medo de perder o emprego? Sossega que a TVI reserva-te um lugarzinho se o Porto Canal estourar.

Que desgosto tenho por ver esta gente sem alma num canal do Porto... São só decepções, atrás de decepções.

Terça Feira
Segunda sessão de solidariedade com adeptos benfiquistas com abertura do telejornal no Porto Canal!

Uma vergonha! Sinto vergonha deste Porto Canal masoquista que trata com mel quem anda a tratá-lo com fel.

Nem sequer admito discutir a razão da ocorrência, porque situações como esta, e ainda mais graves, nunca foram avaliadas com a mesma atenção e coragem com adeptos e atletas do FCPorto.

Estou enojado com estes masoquistas e cobardes!

Orfandade no Porto

Mais um dia se passou sem ler nem  comprar o Jornal de Notícias. Como é bom de ver, mais que o conteúdo, o que realmente me faz falta é o hábito matinal de leitura que fui desenvolvendo durante anos a fio. Se antes da actual administração o JN não era um jornal perfeito (quando digo perfeito, quero dizer autónomo, sem edições territoriais), mas que ainda se conseguia ler com algum conforto, agora, começa a tornar-se perigoso pelo protagonismo que vem dando a figuras e valores do centralismo. Vendo as coisas pelo lado positivo, poupo mais de 8,00 euros por semana, não poluo o cérebro com mais um jornal contaminado por vírus lisbonários, e compenso um hábito nefasto com outro mais seguro e mais saudável, que é ler um livro (que só eu escolho) em vez de jornais tóxicos.

Mas vale a pena sabermos quem está por detrás do "novo" Jornal de Notícias, e como a estratégia   foi montada procurando não levantar muitas ondas no processo de aniquilação do que restava da sua já parca autonomia. Na presidência do Conselho de Administração do JN está o advogado Proença de Carvalho mais 6 administradores, dos quais apenas Rolando Oliveira é o mais conhecido por ser filho de Joaquim Oliveira, antigo proprietário da Controlinveste, agora Global Media.  Portanto, tudo gente praticamente anónima à região donde tem origem o jornal (não tarda, aparece aí um atrasado mental a negar a origem do jornal).

Então, nomearam para Director-Geral um tal Afonso Camões, outro ilustre desconhecido (de Castelo Branco) para os nortenhos. Para acalmar as hostes e não imprimirem uma mudança demasiado radical, mantiveram David Pontes (um regionalista) como Sub-Director, curiosamente o anterior pivôt dos poucos programas com interesse do Porto Canal, chamado Pólo Norte, que entretanto desapareceu surpreendentemente da programação, e finalmente escolheram Domingos de Andrade para  Director Executivo, curiosamente também, o anterior Director de Programas do Porto Canal...

Como podem ver, todo o elenco da estrutura actual do JN torna muito confusa a definição de um alinhamento ideológico, ou territorial, e não me parece que seja por acaso. O facto é que, pouco a pouco, vão aparecendo aquelas figurinhas que estamos cansados de ver nos media lisbonários, políticos e outros, que nada podem acrescentar de positivo aos nortenhos em geral, e principalmente aos portuenses. Mas não estranhem, porque no Porto Canal está a acontecer o mesmo...

No JN, desportivamente, o Benfica começa a ser o protagonista principal, o tom de vermelho é bem mais evidente que era o azul da anterior direcção. E, como já referi noutro post, o Conselho Editorial é composto por uma série de figuras públicas nortenhas que mais não são  que uma espécie de sêlo de garantia para manter as elites locais em sentido, isto é, abúlicas e cooperantes:

Conselho Editorial do JN
  • Alberto Castro , António Cunha, António Marques, António Pinto de Sousa, António Pires de Lima, Cristina Azevedo, Fernando Gomes, Germano Silva, Gomes Fernandes, Hélder Pacheco, Joaquim Azevedo, Joaquim Oliveira, Jorge Nuno Pinto da Costa, Jorge Vilas, Luís Braga da Cruz, Manuel Cotão de Assunção, Manuel Carvalho da Silva, Manuel Serrão, Manuel Violas, Marques dos Santos, Miguel Cadilhe, Paulo Varela, Pedro Bacelar de Vasconcelos, Purificação Tavares, Rosa Mota, Rosário Machado, Rui Osório, Rui Reininho, Salvato Trigo, Sobrinho Simões e Teixeira dos Santos.
Como podem observar, é um conjunto heterogéneo de pessoas, que vai da política, à ciência, passando pelo desporto, onde  também consta o nome de Pinto da Costa, que, como é de prever, dificilmente reagirão a mais um ataque à autonomia da imprensa portuense. Isto não acontece por simples consideração emuito menos por acaso. Trata-se de uma estratégia de anestésico intelectual através de honrarias espúrias que mais não passa de um grupo de meninos bem comportados e submissos ao poder de Lisboa. Por todas estas indefinições, não auguro nada de brilhante para o Porto Canal e para o Porto cidade. A degradação sobe, de dia para dia. Não creio que o Porto Canal tivesse chegado a este ponto de perfeito amadorismo, como está agora, se Pinto da Costa fosse o que já foi no passado recente. Das duas uma, ou não se interessava pelo projecto, ou se se interessasse, procuraria fazer alguma coisa de jeito com ele, tanto para o FCPorto, como para a autonomia da cidade, porque ninguém como ele sabia o quanto isso era importante para nós (reparem que já falo no passado).

Mas, tivemos o azar de possuir um canal de televisão no momento errado, e não é indissociável o marasmo do canal com a alteração comportamental de Jorge Nuno Pinto da Costa, igualmente passiva.

Nada acontece por acaso.

17 maio, 2015

Um FCPorto sem líder dá nisto. E a bipolaridade também...


... a saber:
  1. Pinto da Costa (não foi bipolar, foi inexistente)
  2. Equipa com boas exibições na Champions e perdulária nas competições nacionais, quase displicente (Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga).
  3. Nas modalidades, exceptuando os júniores A, o basquete e talvez o andebol, a bipolaridade esteve quase sempre presente.
Tenho como certo um facto: quando o principal responsável por uma organização, seja ela uma empresa, uma repartição pública, ou um clube, se demite de liderar, de corrigir o que é preciso corrigir, de intervir quando é preciso intervir em prol dessa organização, a culpa pela má gestão, é antes de mais, sua. A seguir, são todos os membros na escala descente da estrutura directiva, e depois a equipa técnica e respectivos jogadores. 

Se já tínhamos sido esbanjadores noutros jogos, quando o rival centralista perdeu pontos e se impunha aquela garra tão característica nos nossos jogadores e que agora não passa de uma recordação, hoje foi uma desolação, um baixar de braços como não me lembro de ver numa equipa do FCPorto. 

Ficou-me a impressão mais triste que um adepto pode ter, que foi ver uma equipa a jogar mal, sem alma, sem ambição, sem vida, como em outros jogos decisivos. Com a mesma "determinação" do senhor Pinto da Costa... Coincidência? Não! Não acredito em concidências tão abrangentes. A postura desta temporada de Pinto da Costa, foi de todos os desgostos que tive como adepto, o maior, e não tenho dúvidas da influência com efeito dominó que teve em quase todas as modalidades e escalões. Ninguém me demove esta convicção.

Há quem ainda pense que o problema desta época se pode resolver na próxima com uma limpeza de balneário e de treinador. Não se iludam, caros amigos, a limpeza vai ter de começar pelo tôpo da pirâmide.Urge promover eleições, e depois sermos mais cautelosos na escolha do futuro presidente do que costumamos ser com os governantes. Se fôr o caso, receio muito o sentido do voto dos quaresmistas. Gostam mais das árvores que das florestas...

Porque abutres, e pagadores de promessas não é o que falta, e não é só na casa dos vermelhos, podem estar certos (quem é o actual presidente da Federação? Quem é?).