04 junho, 2015

03 junho, 2015

Jornal Porto24, agora semanário em papel


O Porto24 deu o “salto” para o papel e passa a ter edição impressa. A periodicidade é semanal e a nova ‘plataforma’ do jornal nascido em 2010 chega às bancas dos quiosques da Área Metropolitana do Porto já na próxima sexta-feira.

O “salto” dá-se por um conjunto de fatores, a começar por uma parceria com a equipa do Semanário Atlântico, que saiu pela última vez na última sexta-feira e contou com 19 edições. Segundo a diretora do Porto, Ana Isabel Pereira, o novo projeto surge também de um desejo que vinha sendo acalentado há cerca de 2 anos de passar para o papel o Porto24. 
O novo P24 – como é também conhecido – dará destaque a informação dos concelhos do Porto, de Matosinhos, de Gaia e de Gondomar, como vem, de resto, acontecendo no formato online. O novo semanário custará um euro e terá 32 páginas, com impressão a cores. A primeira edição terá uma tiragem de 6.000 exemplares a distribuir pela Área Metropolitana do Porto (AMP).
“O Porto24 em papel é complementar, não vamos duplicar conteúdos”, explica Ana Isabel Pereira, acrescentando que o P24 online se manterá como até aqui, “com a espuma dos dias, informação diária publicada o mais rápido possível e o mais completo possível”. A única diferença é que se completará com a edição impressa, que, acreditam os responsáveis pelo jornal, trará, por seu turno, maior prestígio e credibilidade ao órgão de comunicação – o único do género na cidade do Porto.
Aproveitando os recursos humanos do extinto Semanário Atlântico, o Porto24 conta com 4 pessoas na redação, mais 4 colaboradores externos.
Questionada sobre o investimento, a diretora do Porto24 refere que este é “um projeto contido e cauteloso em termos financeiros”, contando com a publicidade como principal modelo de negócio.
Para além da aposta na diferença no tratamento do que é a atualidade local – na Atualidade, não serão distinguidas secções como a Cultura ou o Desporto –, haverá 2 páginas dedicadas à Inteligência, que é como quem diz notícias sobre “startups, novos negócios, gadgets, universidades e investigação”.
O jornal trará a Opinião de figuras como o vereador do PSD na Câmara do Porto Ricardo Valente, o psicólogo e escritor Luís Fernandes, o diretor de programas do Porto Canal, Paulo Ferreira, ou o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro.
As páginas centrais ficam reservadas para “reportagens de fundo ou entrevistas”, seguindo-se a segunda grande aposta do novo Porto24: a Praça, secção na qual se publicará informação sobre “Comes & Bebes”, “Artes”, “Compras” “Corpo & Mente” e “Em Família”. O semanário terá ainda uma página dedicada a personagens da cidade – o espaço “Gentes” – e um cantinho dedicado à “Memória”, secção que já existe e tem destaque no formato online.
Jornalista desde 2004, Ana Isabel Pereira, que começou a trabalhar no extinto O Comércio do Porto, espera que o semanário Porto24, detido por uma startup incubada no Pólo de Indústrias Criativas do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, consiga “chegar a públicos diferentes” na AMP.

Nota de RoP:
A ousadia, a par da originalidade, anda há muito arredia desta cidade, em matéria de informação. Por isso, não espero grandes surpresas na forma de fazer jornalismo neste país.. Se anda toda a gente com medo, por que é que os jornalistas hão-de ser execepção? Coitadinhos, eles precisam muito de sustentar a família, blá-blá-blá...
Mas, como costumo dizer, quero muito estar enganado. Portanto, ver para crer. Na 6ª. feira vou ver como é, para contar como foi. Até porque agora deixei de ler o JN.

Porto, um passado que envergonha o presente

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Nota de RoP:

O tempo trás sempre consigo grandes verdades. A mais gritante, no contexto actual, reforça a convicção de que, ignorar o passado, compromete o presente e prolonga a realização do futuro. Gostava muito de ver em todos os nortenhos - e porque se trata aqui do Porto -, nos portuenses em particular, investirem na vida pública (não me estou a referir à política partidária) o que investem no futebol. Às vezes, fico com a ideia que esperam de um clube o que só a eles diz respeito. É uma tristeza.


01 junho, 2015

Recordar o Porto insubmisso é preciso

À falta de líderes, restam as causas. A partir de hoje, tentarei publicar algumas páginas do extinto (mais um) jornal portuense "O Primeiro de Janeiro" de várias crónicas de António Borges, sobre a revolução falhada de 03 de Fevereiro de 1927, contra o caduco regime ditatorial.  Espero que consigam lê-las e que compreendam a deficiente qualidade das imagens. Os jornais datam de 1977 e pertenciam ao meu falecido pai, um grande republicano, e democrata. Por isso, espero que compreendam. Para não vos maçar, publicarei, aliás, tal como o jornal, um por dia. Espero que gostem, e que avaliem a irreverência e a valentia de outrora, e a confrontem com o conformismo vergonhoso de agora.



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