Que queridos... |
Quem por aqui costuma passar, e ler as minhas crónicas, já sabe o que penso do chefe do governo e da Presidência da República. E também sabe que não ando com rodriguinhos, que troco as cores do arco íris, olhar para o branco quando a realidade me garante que é preto. Por norma, sou um cidadão educado, que respeita quem me respeita, mas que abomino falsários armados em virgens ofendidas com o vício mais horrível do mundo que é acusar terceiros dos crimes e das vigarices que eles próprios praticam. Esses, não podem contar com a minha simpatia, nem muito menos com o meu respeito, seja qual for o estatuto social. Borrifo-me.
Ontem, o presidente Pinto da Costa lá falou da incompetência do secretário de Estado do Desporto, e também o Francisco J. Marques mais tarde, no Porto Canal,no Universo Porto de Bancada. Nada que não seja do nosso conhecimento. O que estranho, no meio desta grande pouca vergonha, é que estas pessoas precisem de tanto tempo para citarem sem papas na língua o nome dos principais responsáveis que permitem a continuidade no activo de tipos vigaristas como o referido secretário de Estado.
Por que raio não acusam o primeiro Ministro e o Presidente da República se são as figuras com mais poder no país e têm o dever de acompanhar estes problemas mais do que qualquer outro cidadão e que, pelo contrário, têm a desfaçatez de não dizer uma palavra sobre o assunto. Opostamente ao que possam pensar, não é com este subserviente silêncio que o Porto faz ouvir a sua voz, dando o pretesto aos visados de pensarem que são muito temidos e respeitados.
Marcelo Rebelo de Sousa é um rato manhoso. Gosta de mostrar uma generosidade que não tem. É um adversário, inimigo mesmo, da regionalização, e a prova disso, é que ainda esta semana tratou logo de dizer que não vai haver regionalização, só porque António Costa caiu na asneira de pronunciar essa palavra (regionalização) que por hábito evita. Marcelo mete-se no que não deve, em vez de interferir no que é da sua obrigação. A magistratura de influência já devia ter sido usada e acontecido com a vergonha que grassa na justiça e no futebol português, mas não abriu a boca. Pois eu lembro-lhe que calar estas vigarices quando o governo não interfere, é apoiá-las. Então, o que será se não isso?