Paulo Rebelo Aldrabão |
É assim. Em Portugal é possível manter no poder um aldrabão imberbe uma infinidade de tempo. Dão-lhes demasiado tempo para fazerem o que lhes dá na gana, ou para não fazerem nada, e outro tanto para brincarem aos homens crescidos.
Este nosso povo habituou-se pacificamente à trafulhice dos políticos e do próprio patronato. Os cidadãos honestos sofrem na pele este ambiente de balbúrdia e de impunidade. Alguns, mais adaptáveis, procuram como podem imitar os políticos, ou mesmo aproximarem-se deles para seguirem o mesmo estilo de vida.
Este nosso povo habituou-se pacificamente à trafulhice dos políticos e do próprio patronato. Os cidadãos honestos sofrem na pele este ambiente de balbúrdia e de impunidade. Alguns, mais adaptáveis, procuram como podem imitar os políticos, ou mesmo aproximarem-se deles para seguirem o mesmo estilo de vida.
Mas, lá está a velha história (que repugno). Votar por votar, dá nisto. Nós, portistas, agora estamos muito indignados, mas a verdade é que gajos destes (é assim que merecem ser tratados) minam completamente os valores da democracia adulterando-os e mentindo com quantos dentes têm. Todos os dias, e a toda a hora, porque não têm quem os discipline e ponha na ordem. Os líderes preferem olhar para eles como "subditos" de confiança, o que não é nada prestigiante para os partidos que representam.
Há algo de medieval e servil nisto, nos eleitores para com os políticos atrevidos e trapaceiros. Hoje, ser apanhado numa rede criminosa, para alguns parece uma honra, tal o à vontade com que encaram as câmaras de tv. O dinheiro para eles é o topo da montanha da sua importância pessoal. Pensam que quem os censura não os imita porque não têm esperteza para tanto. Nem sequer lhes ocorre por um minuto que alguns desses "palermas" talvez morressem de vergonha se enriquecessem como eles.
Acredito que gente dessa estirpe hoje seja rara. Mas, chegou a hora de exigir mais da democracia que apenas o direito ao voto que lhes permite aceder ao poder. Há outro direito que ainda não temos, e de que ninguém fala: o direito de também podermos votar para erradicar da política os maus políticos, e em tempo útil.
Por exemplo, inúteis como o rapazito da imagem. Desses direitos ninguém ousa falar. Nem os votantes. Mas devíamos. Porque, mais importante que saber o que queremos é saber o que não queremos. Olhar para um gajo destes e saber a mediocridade que é, apetece-me fugir do país.
Acredito que gente dessa estirpe hoje seja rara. Mas, chegou a hora de exigir mais da democracia que apenas o direito ao voto que lhes permite aceder ao poder. Há outro direito que ainda não temos, e de que ninguém fala: o direito de também podermos votar para erradicar da política os maus políticos, e em tempo útil.
Por exemplo, inúteis como o rapazito da imagem. Desses direitos ninguém ousa falar. Nem os votantes. Mas devíamos. Porque, mais importante que saber o que queremos é saber o que não queremos. Olhar para um gajo destes e saber a mediocridade que é, apetece-me fugir do país.