28 agosto, 2015

Processo porta 18? Ou...



...neste cavalheiro nem a Justiça pode tocar?

O testa de ferro, como é habitual em casos como este, é quem vai (irá?) pagar as favas... E, previsivelmente, coerentemente com o novo figurino do JN, sulista, sensacionalista e anti-portista, a direcção trata de salvaguardar a imagem do presidente do clube do regime, antes que as represálias se façam notar. Que nome se terá de dar a esta espécie de fruta?

25 agosto, 2015

Os anónimos às vezes deixam cair a máscara

Por que será que isto não me espanta?

Nem sei como começar. É tanta a decepção com este país - e em particular, por razões de afinidade regional -, com a cidade onde nasci e fui criado, que a minha vontade era deixar de me preocupar com estas coisas e alistar-me no clube dos videirinhos. Mas, para desgraça de certos migueis de vasconcelos que visitam o Renovar o Porto a coberto do anonimato para me insultar, tenho uma má notícia para lhes dar: não vão ter sorte. Eu vou continuar.

Quase apostava que sei quem é o autor desses comentários anónimos, mas como ainda não o posso provar, vou manter comigo (por enquanto), as suspeitas...

Tenho a certeza que a maioria dos leitores que me visitam com regularidade podem testemunhar como vi com entusiasmo a notícia da compra do Porto Canal pela FCPorto Media, SA. Mesmo antes de tal acontecer, já acompanhava com curiosidade, o Porto Canal, porque apesar das conhecidas limitações técnicas e financeiras, sempre abrangia temáticas e áreas geográficas que me eram caras. Assim aconteceu desde o início, ainda o canal era dirigido por Bruno de Carvalho, um ex-candidato à presidência do Benfica... Quando soube do interesse do FCPorto em adquirí-lo, pensei cá para os meus botões, que finalmente o Porto e a região nortenha ia livrar-se das amarras centralistas e melhorar toda a programação e informação.  Pura ilusão. Júlio Magalhães, o homem escolhido pela directoria do FCPorto, foi e é, um autentico flop como director geral. Eu só o conhecia da TVI,  não tinha má opinião sobre ele, ainda que apenas fundada na imagem bonacheirona de apresentador descontraído.

Antes de prosseguir a minha exposição, considero importante para mim e para os leitores colocar-me no lugar do actual director-geral do PCanal, para tentar descobrir como teria agido caso me convidassem para um cargo da mesma responsabilidade e tão mediatizado. Como qualquer mortal ao cimo da terra, a questão do salário seria para mim muito importante, e teria naturalmente de estar relacionada com o tipo de recursos logísticos e orçamentais que me fossem oferecidos. Como não sei em que princípios assentou a contratação de Júlio Magalhães, nem faço ideia se lhe foi exigido um projecto, não me é possível detalhar nem escalonar responsabilidades. O que sei, é o que qualquer espectador interessado e atento pode avaliar com os seus próprios olhos e a conclusão não é positiva. Se fosse eu o autor do projecto, e se este fosse aprovado, é porque me tinha sido garantido à priori o capital combinado para o concretizar. Se me falhassem com as condições estipuladas contratualmente, incluindo as de ordem financeira referentes ao projecto, só tinha um caminho a seguir: sair pela porta grande e agradecer o convite.

Como nada tem sido comunicado aos sócios (eu não sou, mas já fui),  e devia ser, porque o FCPorto é dono maioritário do Porto Canal (detém 82,4% das acções), a partir daí a porta para a especulação ficou aberta. Logo, ninguém de ambas as partes pode queixar-se com o que os próprios accionistas semearam. É que, há uma coisa que parece ainda não ter sido bem assimilada: a propriedade de um canal com ambições generalistas nas mãos de um clube de futebol pode ser incompatível com os interesses do clube e até com a descentralização. Por mais que queiram separar as águas entre serviço público e de clube desportivo, haverá sempre um dia que o choque de interesses será inevitável. E se falarmos de descentralização ou de regionalização, as contradições serão mais evidentes. Melhor teria valido, digo eu, apresentarem-se frontalmente como canal desportivo, porque o que está agora a acontecer é um regresso ao déjà vu, é mais um faz de conta. Inicialmente, fui a favor da ideia de uma televisão mista de informação generalista e desportiva, mas pensando que nunca desistiriam de enfatizar as causas da nossa região, agora assim é retroceder.

Além de mais, a política descentralizadora que teoricamente está a ser realizada pela direcção do Porto Canal, com a abertura de delegações um pouco por todo o país, está a ser feita ao contrário, isto é, sem primeiro acautelar os alicerces e a solidez da sede. Quando a própria sede do Porto Canal emudece e fecha as portas a Rui Moreira, o autarca-mor da 2ª cidade do país - criando outro foco de especulação - e convida autarcas de outras cidades para comentar, algo não anda bem... E quando a sede tem de recorrer tantas vezes a gravações de programas e entrevistas, muitas delas com figuras sobejamente conhecidas através dos canais de Lisboa para preencher os tempos de emissão, não se pode dizer que as coisas estejam no bom caminho.

E repito, é nos detalhes que se podem prever as coisas importantes. E os detalhes mostram-nos coisas que preferíamos não ver, como falhas frequentes de imagem, adereços como mesas e balcões danificados dias e dias seguidos, imagens distorcidas dos comentários, programação descoordenada, camera-mans (ou womans) cometendo erros de enquadramento e focagem (o mais recente, constava de uma reportagem sobre a pesca da sardinha, e as imagens filmadas mostravam repetidamente que eram carapaus). Enfim, um sem número de coisas e coisinhas que impossibilitam o espectador interessado de acreditar que são supervisionadas pelos respectivos responsáveis, incluindo, os accionistas.

Sei que isto não é simpático para os visados, mas é a realidade. E seria melhor que em vez de se deixarem melindrar por verem expostas situações concretas de laxismo, tivessem a humildade de as reconhecer e reparar. Deviam era canalizar essas frustrações para outras latitudes, essas sim as fontes certas dos nossos problemas  tão nefastas para a nossa região e para o próprio país.. Reagir prestando vassalagem a tudo o que vem da capital, é o sintoma mais servil que o norte pode evidenciar, e não o contrário. Eu, para defender a minha cidade e região (sou nortenho assumido), não me inibo de apontar o dedo a quem a ataca, seja essa entidade sulista, ou nortenha. Não me sinto mais português por tratar com pinças de delicadeza pessoas ou instituições que andam há muitos anos a prejudicar-nos. Se eles não gostam de ouvir certas coisas, nós também não temos de gostar do que nos têm feito, nomeadamente, através dos media.

Se o Porto Canal pretende ser uma imitação do que abunda em Lisboa, então não precisa de ir primeiro a Roma, pode atalhar caminho e instalar já a sede em Lisboa. Já me chega o Público, e agora o JN, como maus exemplos de empresas de comunicação "sediadas" no Porto mas com todo o poder na capital. Para esse peditório de hipocrisia e de capitulação, nunca darei. 

PS - A  propósito da vulgaridade de certos programas  pirosos e plagiadores no PCanal, o canal  lisboeta Q, "Altos e Baixos"conhecido pela ironia e crítica mordaz, já descobriu uma fonte de inspiração para trabalhar: o Porto Canal...O que mais me constrange é ver o nome do FCPorto ligado a tanta mediocridade. Aquilo é tudo, menos Porto.

24 agosto, 2015

RECADO A UM GRANDE COBARDE ANÓNIMO ...

QUANDO TE BARBEARES PELA MANHÃ E TE OLHARES AO ESPELHO, COSPE NO QUE VÊS, POIS JÁ TENS MUITA SORTE EM AINDA PODERES RESPIRAR. 


ISTO, CASO NÃO SEJAS UM BATRÁQUIO...



Porto Canal, será mesmo um orgão de comunicação social?

Portistas fazem aposta na tecnologia. 
"Mais transmissões em directo, incluindo de outras equipas do Norte, maior atenção às modalidades, equipa B e camadas jovens, investimento tecnológico para a passagem para o HD, mantendo o orçamento de dois milhões de euros": esta é uma parte da planificação do Porto Canal, segundo Júlio Magalhães, o seu director-geral, com entrada em vigor "no início de Outubro". 
Além disto, "a emissão passa a abrir às 8 da manhã" e haverá "aumento da produção própria diária de 12 para 16 horas e as restantes com programas". Tudo de acordo com a estratégia de expansão segundo uma política "de âmbito nacional e não de cariz regional", pois, além das seis delegações já existentes, "uma delas em Lisboa", a ideia é, "dentro de alguns anos, chegar a todo o País". 
Referindo-se ao canal como "generalista" de "conteúdos muito variados, como cultura, cinema, história, entre outros", Júlio Magalhães destaca a opção feita pela CP "por conteúdos do canal para os seus comboios Alfa". 
Quanto a audiências, "0,3 a 0,4 no plano nacional; no Norte, 0,6 ou 0,7, por vezes um ponto percentual. No último sábado foram mesmo dois pontos", indica. Com uma equipa "que engloba 40 profissionais, 18 dos quais jornalistas", o director lembra que "o Porto Canal nasceu num tempo de crise, mas nunca despediu e o objectivo é reforçar". Além dos estúdios na Senhora da Hora, vão começar obras no Estádio do Dragão para mais instalações.
Nota de RoP:
A ser verdade o que aqui é anunciado (e tenho reservas, porque já fui defraudado várias vezes com declarações de Júlio Magalhães), impressiona esta mania doentia de "informar" através dos meios mais improváveis, no caso no  Económico Digital, o que pode explicar tudo. Para Júlio Magalhães, é no Diário Económico que os nortenhos e os portuenses buscam informação...
Mas, não é apenas Júlio Magalhães quem tem todas culpas do cartório, porque ele é apenas um director incompetente, são os accionistas/administradores que o designaram para o cargo. E são responsáveis por não se dignarem informar e esclarecer regularmente - já nem digo os adeptos - , mas sobretudo os sócios do FCPorto do que têm projectado para o canal,  porque são parte interessada no negócio, particularmente por não vislumbrarem qualquer evolução, quer na programação, quer nos conteúdos informativos. 

23 agosto, 2015

Que FCPorto queremos para este ano? Mais do mesmo?


JULEN  LOPETEGUI

Não há portismo sem sentido crítico. Quero com isto dizer que, como portuense e portista que não se limita a gostar do Porto pelo que faz, ou não faz, o seu clube mais representativo, comunico aos leitores mais sensíveis que não terei esta época a tolerância e a paciência que tive na que passou. Sou censor severo da crítica irracional, ou do assobio estérico, mas nunca deixarei de escrever o que penso para agradar, ou desagradar a alguém.

Durante o decorrer da temporada passada estive sempre com o treinador Lopetegui, nomeadamente quando o deixaram sozinho frente a uma comunicação social hostil ao FCPorto, ignorando o facto de este desconhecer a realidade portuguesa e o relacionamento do nosso clube com os media. Uma falha clara e de algum modo estranha de Pinto da Costa, que nos tinha habituado a atalhar caminho sempre que alguém ousasse prejudicar o FCPorto. E não aceito a desculpa da idade. Se já não se sente com capacidade para dar o corpo às balas, só tem uma solução: é mandatar alguém da sua confiança para o fazer.

Mas não foi só nesse aspecto que estive com Lopetegui, foi também quando toda a gente questionava a rotatividade que ele decidiu aplicar na composição das equipas. Pareceu-me natural e sensato que o fizesse, visto ser tudo novo para ele quando cá chegou. Além de que a originalidade é para mim uma virtude, não um defeito. Há quem goste muito de evocar fábulas como se de matemática se tratasse quando se fala de futebol. Abusa-se delas. Termos como, "no futebol não há nada para inventar" , deviam ser banidos do vocabulário futebolístico, porque ao usá-lo, sem se darem conta, estão a negar a revelação de novos talentos, daqueles jogadores que arrastam multidões ao futebol, como Pélés, Maradonas e Messis. No futebol, como na arte, há tudo ainda para inventar. 

Um ano de adaptação a um clube como o FCPorto, é mais do que suficiente para o conhecer e para ganhar embalagem ganhadora. Um ano, note-se, se levarmos em conta as novas engenharias contratuais em que a necessidade de realizar capital obriga o clube a vender os melhores jogadores e a admitir outros emprestados, com, ou sem opção de compra. Nestas condições, porventura incontornáveis, os riscos de insucesso são maiores, quer para o treinador, quer para o próprio clube. Mas cabe sempre ao treinador (o contratado) aceitá-las, ou não. Se as aceita, já não pode (não deve) defender-se à posteriori de eventuais dissabores com o argumento da perda de jogadores fulcrais. No caso vigente, saíram 7 ou 8, mas entraram outros tantos igualmente promissores. Portanto, para resumir, Lopetegui já não tem margem de manobra para falhar.

Já tinha aqui referido, no jogo de abertura contra o Victória de Guimarães, que ainda tinha visto alguns "vícios" do passado recente. Ontem, voltei a observá-los (para pior), e o resultado foi o que se viu... Em que ficamos: serão os jogadores que não carburam, ou é o treinador que não consegue deles extrair o melhor rendimento? Uma coisa eu sei. No seu sistema de muita posse de  bola, falta o mais importante: pô-lo funcional. É preciso passar bem, evoluindo na direcção atacante com desmarcações muito bem treinadas, com os jogadores a trocarem posições mas com (como agora se diz) critério, ou seja, com objectividade, não na para as linhas laterais (como costuma fazer Brahimi), mas para o centro da baliza. É visível e notório que Brahimi não é um extremo, não gosta de descer o corredor para cruzar, a sua posição no terreno favorita (no meio) está mal explorada.

Queria evitar de entrar pelos campos técnico-tácticos, mas alguma coisa está a falhar neste modelo de jogo de Lopetegui que não consegue pressionar logo pela linha atacante. Os jogadores da frente simulam a aproximação aos adversários quando a bola está em seu poder, mas sempre muito distantes, o que os obriga a recuar (os que recuam), misturando-se com os médios, só passando a controlar o jogo desde esse sector. As probabilidades de roubar a bola aos adversários nestas condições são mais remotas e menos passíveis de sucesso porque raramente conseguem desorganizar e surpreender os defesas. Isto é tão óbvio que até no Dragão pudemos ver várias equipas a pressionar confortáveis. Portanto, sou levado a concluir que esta história da posse de bola e com este estilo de jogo não traduz obrigatoriamente domínio. 

Como já tenho dito outras vezes, esta é a minha percepção do futebol que continuo a ver nas equipas de Lopetegui. Vale o que vale, mas é a minha opinião, aquela que me parece mais realista. Por isso, se Lopetegui não encurtar a distância que lhe falta para olear a equipa e formar os jogadores para uma dinâmica de futebol de ataque produtiva, duvido que tenha paciência para sofrer o que sofri  a época passada (já disse que não sou masoquista). E cheio de razão.


PS-Por favor, poupem-me com a ladainha do "ainda estamos a começar". Já nos chegou que o Presidente decidisse falar quando já nada podia resolver.