05 janeiro, 2019

Para os políticos o crime compensa. Vamos lá votar pessoal!

Macedo. Ninguém vai para a cadeia
no caso dos vistos gold


Relações perigosas entre Carlos
Alexandre e Orlando Figueira
António Figueiredo: 4 a 7 anos
(de pena suspensa...)
Vara nas mãos de juiza que
vai ponderar a sua prisão


04 janeiro, 2019

Eu abstinente me assumo

Nota de RoP: Apesar do eventual humor, tal é a ausência de sentido ético do cartonista que 
coloca em segundo plano mais uma das habituais barbaridades cometidas por benfiquistas... 

Ainda há 3 dias publiquei o artigo anterior, da autoria de Paulo Baldaia por considerá-lo interessante para os cidadãos. O autor, também jornalista, limitou-se a chamar a atenção aos mais distraídos para a realidade actual do país e para os perigos que o populismo comporta. Por isso, e por mais paradoxal que pareça, custa-me generalizar a péssima opinião que tenho de um grande número de colegas seus (talvez a maioria). Mas, a culpa não é minha, porque se são mais os que desprezo do que os que admiro, é porque muito mal têm feito ao país leitor. 

Vejamos agora como termina este artigo de Manuel Molinos (do JN) sobre o mesmo tema (o populismo):

"Na verdade, o futuro do país pertence ao povo e, recorde-se, há um número importante de portugueses que dão sempre a maioria à abstenção em todas as eleições. São estes leitores que podem, à força de uma mensagem populista, sair do conforto do sofá e fazer com que aquilo que parecia impossível volte a acontecer".

Ora, o senhor Manuel Moinhos parece pertencer ao clube dos seguidistas que diabolizam os abstencionistas, em vez de se interrogarem se não são os que têm votado irresponsavelmente quem oferecem o poder aos que não o merecem! É que eu próprio sou um desses abstencionistas, e vou continuar a ser. Sabem porquê? Por duas razões. Primeiro porque não quero meter um voto numa urna para um partido que não me dá garantias. Por outro porque não acredito na seriedade da classe política. Votar por fézada, não é comigo. Quero projectos sérios, equilibrados, sensatos, justos. Não alinho em promessas. Os partidos políticos só nos dão promessas, nunca cumprem o essencial, que é melhorar progressiva e factualmente a qualidade de vida da população.

Imaginem como exemplo a seguinte alegoria - que nada tem de disparatada, embora pareça - , se pensarem bem. Imaginem um tipo carente de uns dinheiros que se dirige ao Banco para pedir crédito oferecendo como garantia a sua própria integridade pessoal. Normalmente a resposta do credor é sempre a mesma. Não só não confia na palavra de honra de quem pede emprestado e promete pagar, como lhe exige como única alternativa um valor pecuniário correspondente ao que foi pedido, chamado fiador. 

Faz sentido, não faz? Agora pergunto: será que é menos arriscado apostar nas promessas dos partidos que na seriedade de um homem honrado? Haja sensatez, os que votam acham mesmo que é por preguiça ou desinteresse que há cada vez mais abstencionistas? Acham mesmo? Não, é tão só porque não têm como confiar nos políticos. 

Será preciso explicar porquê? Será mesmo preciso? Votos em branco? Então já nos esquecemos da quantidade de políticos a contas com a Justiça? Não conhecem as causas e quantos? Terei de lembrar a vocação de alguns para o homicídio? Se quiserem ainda posso dar um jeito para os devolver à cadeia.

Se não sabem a resposta continuem a votar que lhes fica muito bem, mas aguentem as consequências. 






01 janeiro, 2019

Gente a precisar de outros partidos

Paulo Baldaia
O Brasil dá hoje posse a Bolsonaro, quando acontecer por cá não estranhem. O populismo de Direita que faz caminho nas democracias ocidentais também vai aparecer em Portugal. E nem se percebe que possa causar surpresa, quando há uma percentagem significativa de eleitores a quem nunca ninguém ajuda a dar a volta à vida.
Alternando entre governos do PS e governos do PSD, em Portugal, há sempre mais de dois milhões de pobres. Mesmo com um governo apoiado para toda a Esquerda, os pobres continuam pobres, porque aos pobres parece vedado o acesso ao famoso elevador social. A este exército de eleitores juntem um de idêntica dimensão, constituído por gente de classe média baixa, a viver nos subúrbios das grandes cidades, para quem as melhorias na vida significam quase sempre maior capacidade de endividamento, a pagar com juros altos quando a crise chega. Sabem quem andou a votar nos populistas da América, do Brasil e da Europa? Pois é!
Para estes eleitores agrada um discurso que apresenta os outros como o problema, mais ainda se tratar todos os políticos como corruptos e as elites como estando interessadas em manter tudo como está. Incluir promessas de que tudo vai mudar ajuda. Mais ainda se a promessa for a de reduzir drasticamente as funções do Estado. Sabendo-se que entre os pobres e os remediados há um grande potencial de eleitores para um partido populista, é fácil de perceber que esse potencial também existe nos eleitores com mais rendimentos.
Há muita gente cansada de pagar tantos impostos para ter do Estado os serviços que tem tido. Uma vez mais, com esses partidos - quatro anos PSD/CDS e outros quatro PS com apoio do PCP e do BE - vivemos em recorde permanente de carga fiscal e com serviços públicos, como a Saúde, a Educação, as Infraestruturas ou os transportes, em permanente deterioração. Não falta quem queira ver o Estado pelas costas.
Pensar que Portugal está imune a populismos de Direita é não ter a noção que há um número significativo de eleitores que já não acredita que o atual sistema partidário seja capaz de resolver os seus problemas. Reconhecer que isto é assim não faz de ninguém populista, fechar os olhos à espera que não exista é que faz com que esse potencial vá crescendo.
JORNALISTA

31 dezembro, 2018

UM BOM ANO 2019 PARA TODOS OS PORTISTAS!




Com os agradecimentos do Renovar o Porto pelos votos de retribuição.



ESCOLHAS DO ANO (MUITO POSITIVAS)
  • SÉRGIO CONCEIÇÃO,  TODA A EQUIPA E JOGADORES
  • JÚNIORES DE SUB15 E SUB17, SÉRGIO FERREIRA E TULIPA
  •  ANDEBOL E HÓQUEI EM PATINS, MAGNUS ANDERSON E GUILLEM CABESTANI
  • ADEPTOS DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO

ESCOLHAS DO ANO (VERGONHOSAS)

  • DIRIGENTES DO BENFICA,  INSTITUIÇÕES DESPORTIVAS, E IPDJ
  • GOVERNO PORTUGUÊS E PARTIDOS DA OPOSIÇÃO
  • COMUNICAÇÃO SOCIAL DE LISBOA
  • SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
  • JUÍZA ANA PERES 

30 dezembro, 2018

BOM ANO A AFASTAR NUVENS

Domingos de Andrade
Director JN

É entre um ele e um ela, afogueados pelo deserto, e sem perguntas: Que importam esses véus sob os quais te escondes - Eu afasto-os tal como o sol afasta as nuvens.
Quando olhamos o Novo Ano também queremos deixar para trás o que nos doeu, o que nos fez perder o rumo, o que se entranhou como areia fina e nos toldou os dias. Não apenas como seres individuais, mas como integrando um coletivo, ou vários, da família aos amigos, à cidade e país. Para não chegar à Europa e ao Mundo, porque já é pedir demasiado.
Abre-se o ano com protestos, depois do balde de água fria do discurso de Natal do primeiro-ministro. A austeridade é um estado latente dentro do Estado. Dos professores aos enfermeiros, da justiça à prometida contestação das mudanças nas leis do trabalho.
É ano de eleições, europeias e legislativas. E talvez nunca como agora tanto esteja em causa na construção do que somos como país e como europeus, quando os populismos já não são um verbo de encher, quando os partidos dão argumentos de falta de transparência que os levam ao descrédito, quando a artimanha das chamadas "notícias" falsas adensa a teia de obscurantismo em que começamos a mergulhar mais fundo nesta pós-democracia que já estamos a atravessar.
Como povo, é reduzida a nossa capacidade de mobilização cívica e a dependência de ciclos eleitorais e de partidos que procuram também eles um caminho. Mas sendo o que aí vem um ano eleitoral, pelo menos num ano eleitoral está na altura de cada um perceber onde é que pode ir mais longe na intervenção social, não pensando que o seu papel na vida pública se esgota em depositar um voto de quatro em quatro anos.
Irmos além do circo, como cidadãos, como leitores, como eleitores, é o grande desafio para 2019.
Bom ano, a afastar as nuvens.
*DIRETOR