17 maio, 2008
RELAÇÃO DE MARCAS DE LIXO TÓXICO
Estranha-se e depois repugna
Tal como eu tenho vindo a alertar, também José leite Pereira, no seu estilo discreto, vem afirmar que o que se está a passar é bem mais do que futebol.Mas está na hora de começar a reagir e começar a fazer pagar todos aqueles que de um modo ou de outro potenciam e beneficiam desta vaga de portofobia em curso. A começar, por exemplo, pela empresa detentora de um dos pasquins que mais se tem notabilizado pelo ódio que nutre à cidade do Porto. Por estranho que pareça, essa empresa, a COFINA, tem até sede nesta cidade. Julgo que é chegada a hora de sentirem na carteira a nossa repugnância. Todos os produtos desta empresa renegada devem ser boicotados pelos portuenses. São eles:AutoMotor Correio da Manhã Destak Máxima Máxima Interiores JNegócios PCGuia Record Rotas & Destinos Semana Informática
Publicada por António Alves
Comentário sério de um anónimo não portista
# autor desconhecido
17 de Maio de 2008 14:12
O Portugal em que vivemos hoje
Um cônjuge para se divorciar, basta pedir; Um empregador para despedir um trabalhador que o agrediu precisa de uma sentença judicial que demora 5 anos a sair. Na escola um professor é agredido por um aluno.
O professor nada pode fazer, porque a sua progressão na carreira está dependente da nota que dá ao seu aluno. Um jovem de 18 anos recebe €200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma €236 depois de toda uma vida do trabalho.
Um marido oferece um anel à mulher e tem de declarar a doação ao fisco. O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro. O Estado que gasta 6 mil milhões de euros no novo Aeroporto recusa-se a baixar impostos porque não tem dinheiro. Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2.000 habitantes; cada Ministro tem 4 polícias guarda-costas; o Governo diz que não precisa de mais polícias.
Numa empreitada pública, os trabalhadores são todos imigrantes ilegais que recebem abaixo do salário mínimo e o Estado não fiscaliza. Num café, o proprietário vê o seu estabelecimento ser encerrado só porque não tinha uma placa a dizer que é proibido fumar. Um cão ataca uma criança e o Governo faz uma lei.
Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é de causas sociais. O IVA de um preservativo é 5%. O IVA de uma cadeirinha de automóvel, obrigatória para quem tem filhos até aos 12 anos, é 21%. Numa entrevista à televisão, o Primeiro-Ministro define a Política como 'A Arte de aprender a viver com a decepção'. Estaremos, como Portugueses, condenados a aprender a viver com este Primeiro-Ministro?
Renato Oliveira
16 maio, 2008
Multar ou Caçar Multas?
Hoje, há bocado, lá continuava a prestimosa corporação, na mesma Circunvalação e praticamente no mesmo local, a caçar incautos.
Não tenho nada contra a PSP, pelo contrário. Também não alinho naquela vulgarizada opinião de que toda e qualquer coima por infracção rodoviária, ou de outra natureza, é uma "caça à multa". Simplesmente é verdade que a caçã à multa existe e este é um desses casos. Pergunto em que é que a segurança da circulação rodoviária, isto é a segurança de bens e pessoas, melhora pelo facto de se "caçarem" condutores apanhados a circular, naquela quase auto-estrada, a 70 ou 80 Km/h. Pergunto também se esta atitude da PSP contribui para o prestigio da corporação.
Em contra-partida, precisamente também hoje, eu e muitos outros condutores ficamos parados na faixa descente da Av.da Boavista, por duas vezes, ambas nas cercanias de dois estabelecimentos de ensino, e isto porque as pressurosas mães que vão buscar as suas criancinhas às referidas escolas, param e esperam por elas em plena faixa de circulação, muitas vezes fechando-a totalmente. As buzinadelas são o único recurso de que os "engarrafados" dispõem, mas revelaram-se de pouco efeito. Enquanto esperava que a condutora dum flamejante Mercedes (nada contra!) resolvesse acabar por encostar à direita ( em segunda fila, claro) assim desentupindo a avenida, pensei se os polícias entretidos a multar gente na Circunvalação, não seriam melhor empregues naquele local, a impedir que pessoas provavelmente com muito dinheiro mas com pouco civismo ou pouca inteligência, complicassem a vida dos outros. Será tão difícil as chefias da PSP perceberem isso?
Peço desculpa pela falta de originalidade deste post, mas é a forma que encontrei de aliviar a minha indignação.
p.s. Depois de se saber que a ASAE impõe aos seus funcionários quotas de multas e quejandos, estou a admirar-me de quê?
Maldito futebol
Em Portugal, é comum ser adepto de futebol, e essa é uma condição que tolhe a racionalidade. Em Portugal, que tem, cada vez mais, um só centro de decisão, os cordelinhos são maioritariamente movidos por gente que, mais do que nas virtudes da pátria ou no milagre de Fátima, acredita nas propriedades patogénicas do presidente do F. C. Porto. Ou seja, como os que mandam e julgam, regra geral, odeiam mais o Pinto da Costa do que amam as próprias mães, é impossível que haja equilíbrio. Adeptos que são - e essa é a camisola que mais custa a despir -, agem como tal, mesmo que escondidos atrás do diáfano manto da incorruptibilidade.
P.S. - E mais, não posso deixar de dizer mal desse "Lone Ranger" fanhoso que encheu os programas televisivos, dizendo que é bom todos os dias e que, fizesse ele as leis, mais implacável e justiceiro seria.
O meu comentário:
Só não concordo com o chavão de "o futebol tolher a racionalidade". O que tolhe a racionalidade não é a paixão clubística ao futebol, é outra coisa muito simples que se esconde atrás dela: a desonestidade moral e intelectual dos indivíduos.Muitos outros padecem desse mal e não querem saber do futebol para nada. Estou a lembrar-me de um autarca...
Procuram-se, procuradores sérios
15 maio, 2008
PLACA TOPONÍMICA DA RUA CORONEL ALMEIDA VALENTE
De: Rui Valente
Data: 07-05-2008 16:13:07
Para: Direcção Municipal da Via Pública (CMP)
Assunto: PLACA TOPONÍMICA DA RUA COR. ALMEIDA VALENTE
À ATENÇÃO DO EXMO. SR. ENGº., SÉRGIO BRANDÃO
Exmos. Senhores,
Faz hoje exactamente 48 dias (19-03-2008), que o Sr. João Aguiar, coordenador desse departamento, me telefonou a informar que o assunto supra referenciado seria resolvido com toda a diligência, ainda que sem me ter apresentado qualquer prazo. Pela atenção e simpatia demonstradas, aceitei dar mais algum tempo, procurando compreender, tanto quanto possível as v/ dificuldades para resolver um problema simples, como este deveria ser. Desde então, nunca mais me foi dada qualquer informação sobre o andamento do processo e a placa continua por substituir.
Muito antes dessa data (19-03-08), já me tinha desdobrado em contactos (e-mails) para vários dos v/ departamentos camarários, procurando disponibilizar-vos todo o tipo de informações e documentos entretanto requeridos por, aparentemente, não terem em v/ poder biografia suficiente sobre o Coronel Almeida Valente. Maior foi a minha estranheza, precisamente por ter sido na CMPorto - no fim da sua carreira militar - que o meu avô desenvolveu (na qualidade de vereador) a sua actividade.
No dia 15 de Janeiro de 2008, foi-me enviado pela chefia dessa Divisão um e-mail, com este texto:
"Relativamente ao assunto em epígrafe e em resposta aos vossos mails enviados em 2007/12/10 e 2008/01/13, vimos por este meio informar V. Exa. que , as placas toponímicas (R. Conde de Abranches, R. Conde D'Aurora e R. Coronel Almeida Valente), fazem parte de uma encomenda em curso. Aguardamos a chegada das mesmas para sua colocação."
Na resposta, chamei logo a v/ atenção para a hipótese de se tratar de um possível equívoco, uma vez que as placas toponímicas referidas como fazendo parte de uma encomenda em curso, já lá se encontravam devidamente colocadas não carecendo portanto de ser reencomendadas. As únicas em falta no quarteirão são mesmo a do Coronel Almeida Valente e do Dr. Carlos Ramos.
Face a estes factos, cumpre-me recordar V. Exas., do seguinte:
Decorrido quase meio ano (ou mais) após as minhas primeiras reclamações e considerando a dimensão do problema, não têm V. Exas. qualquer pretexto para eventualmente invocarem falta de paciência e compreensão da minha parte.
Não me foi dada qualquer garantia objectiva que iriam de facto tratar do assunto. Todas as v/ respostas foram vagas e imprecisas.
É nos pormenores que se revelam as competências, e sendo a Câmara Municipal do Porto presidida pelo Dr. Rui Rio, homem reputado pelo rigor e pela seriedade, estranho que V. Exas. não queiram transmitir essa imagem.
A partir deste momento, caso não me seja dada uma resposta concreta sobre a data da instalação da placa no espaço máximo de 15 dias, interpretarei o vosso silêncio ou outra resposta ambígua, como uma prova de desconsideração pela figura do meu avô, e como um testemunho de negligência desses serviços camarários, pelo que saberei proceder em conformidade.
Com os m/ cumprimentos,
Rui Valente
Hipocrisia ou desleixo? Ou as duas coisas?
Esta, é já a flexi-segurança na versão centralista portuguesa. Meus amigos, nós não estamos na Dinamarca. Um pouco à imagem do olha para o que eu digo, como a proibição de fumar...
É fácil mandar nos outros, mas saber mandar não é para qualquer badameco.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, evocou, por seu lado, a "grandeza de alma" e a "força moral" de Delgado e considerou que "o destino dos povos é feito pelo contributo dos homens e mulheres que são capazes, em momentos decisivos da História, de assumir o papel de intérpretes da vontade colectiva".
Esta frase de circunstância do nosso honorável Presidente da Câmara até podia ter alguma expressão política se a cara dissesse com a careta. Estejam atentos, porque já a seguir revelarei aqui a forma como na Câmara do Porto é respeitada a memória dos seus cidadãos mais ilustres.
14 maio, 2008
Aquilo que José Mourinho não fez
O JARDIM DO MARQUÊS DE POMBAL
Como ele explica ou depreende, seguramente baseado em informações credíveis, a degradação do jardim pode estar relacionada com mais um contencioso em que a nossa Câmara é fertil, entre esta e a Metro do Porto, provável responsável pela obra, e (ou) com o empreiteiro a quem ela foi adjudicada.
É aqui que o problema entronca sempre, quanto à capacidade de Rui Rio gerir estes imbróglios tão frequentes em qualquer empreitada: as obras acabam por ficar paralisadas no tempo e no espaço, para desgosto e prejuízo dos portuenses.
Em casos como este, é que a sensibilidade estética e ambiental dos decisores se devia manifestar e sobrepôr-se às questões burocráticas na procura de conciliar o mais possível as várias vontades e compromissos. Este aspecto, é tão necessário em pessoas com responsabilidades públicas -como Rui Rio devia ter - quanto o perfil da personalidade se revela fundamental.
13 maio, 2008
MORREU IRENE VILAR (ONTEM)
Obras de sua autoria:
No Porto: Monumento a Camões, garcia da Horta e Gulherme Suggia
Em Paredes: Monumento ao Bombeiro
Em Vila N. de Gaia: Mon. ao Artilheiro no Reg.Artilharia Nº.5
Em Santo Tirso: Moumento a S. Rosendo
Em Matosinhos: Monumentos ao Pescador, Florbela Espanca e Abel Salazar
Em Lisboa: Monumento a S. Miguel Arcanjo, no Comando Geral da PSP
Em Penafiel: Monumento a D. António Ferreira Gomes, Padre Américo
Concebeu vários monumentos a Fernando Pessoa em Durban (África do Sul), São Paulo (Brasil) e em Bruxelas, na Bélgica
Era uma artista do Porto e como tal, não mereceu os holofotes da comunicação social centralista. Nunca se falava dela. Este é o Portugal dos Soares, Cavacos, Guterres e Sócrates que temos. Compete-nos prestar-lhe homenagem, a Irene Vilar a escultora e mulher, não aos políticos que temos, claro.
RESPOSTA AO "NORTEAMOS"
12 maio, 2008
Os exemplos da capital...
Agora, gritem em uníssono. Um... dois... três! Calimeros, Calimeros, Calimeros! Nós somos Calimeros!
Dr. Rui Rio? Dr. Rui Rio? Então? Não canta connôsco? Está ceguinho ou apenas mudinho?
Peço desculpa nobre cavalheiro, tinha-me esquecido que V. Exa. só gosta de levantar a voz aos portuenses.
Desculpe-me V. Exa.
"A portofobia"
Uma noite, num dos episódios a que assisti, o ‘super pai’, que também era empresário do sector têxtil, recebia na empresa dois empresários do norte com os quais contava fazer um bom negócio. Na empresa trabalhava também uma senhora de ar fino e sofisticado, sócia e namorada do empresário. No correr da acção os empresários do norte lá aparecem. Dois sujeitos de fato e gravata, cabelo empastado em brilhantina e uma carregada pronúncia tentando imitar a nortenha. As negociações lá começam e, às páginas tantas, um dos homens do norte protagoniza uma descarada cena de assédio sexual à senhora fina lisboeta. Claro que ela se queixa ao sócio e namorado, este acaba com o negócio e despede indignado os dois 'abrilhantinados'.
Para mim foi um choque. A espúria e premeditada associação entre pessoas do Norte e comportamentos socialmente reprováveis era demasiado óbvia para passar desapercebida. Na época a guerra do futebol já corria há muito mas, tirando isso, nunca tinha imaginado que numa televisão nacional se pudesse, de modo tão execrável, insultar uma parte significativa da população do país.
Em tempos mais recentes também não faltam exemplos de coisas deste tipo. Passando pela ‘Floribela’, uma série supostamente para crianças, a quem tratavam por “estúpida tripeirinha”, o que é sempre uma boa maneira de ir ensinando preconceitos, até aos ‘Gato Fedorento’ que, seguindo uma velha tradição televisiva, sempre que pretendem caricaturar alguém tosco e rude metem-lhe pronúncia do norte ou alentejana se for alguém preguiçoso. Estes, que passam facilmente da piada fácil ao insulto mais asqueroso, têm um boneco em que pretendem representar o típico autarca corrupto. Obviamente que tem pronúncia do norte e aparece num estúdio de televisão com a imagem da cidade do Porto como cenário. Para ser verdadeiro, por tudo o que ficamos a saber nos últimos tempos, deveria ter a mais refinada pronúncia alfacinha e uma das pontes sobre o Tejo como pano de fundo. Mas a intenção – ser verdadeiro - não é essa claramente.
Isto tudo serve para dizer aos caros Vítor Pereira e José Rocha que a preocupação deles não se justifica: a portofobia já vem de longe, vai continuar, e este episódio do futebol não lhe acrescenta nada. Aliás, a portofobia foi mesmo promovida a ideologia de Estado como se pode constatar pelo desprezo com que este governo trata o projecto do metro do Porto, a iniquidade com que auxilia a recuperação urbanística lisboeta e praticamente ignora a do Porto, ou no modo como cobardemente se prepara para nos alienar o aeroporto aos interesses da sua megalomania. Quanto ao futebol: sentenças em que o mesmo órgão, cuja génese resulta duma eleição entre clubes e a sua constituição reflecte a correlação de forças em jogo, é simultaneamente investigador, instrutor do processo, acusador e juiz, e cujo presidente é arauto mediático – mas só depois do incontornável Correio da Manhã – da sua própria sentença, são mais medalhas de honra do que opróbrio. O campeonato que interessa é aquele que se disputa nos relvados europeus e não o medíocre torneio de classificação que por cá se disputa. Um dos clubes do Porto que está a pagar a ousadia de ser melhor que os outros há muito que age localmente e pensa globalmente. Está a anos-luz dos seus adversários internos, há muito que pertence a outro mundo e espera ansiosamente que se institua a verdadeira liga europeia para se libertar definitivamente da mesquinhez interna.
Está claramente na hora de dizer BASTA! A tudo isto. Caso contrário, o melhor é retirar a palavra INVICTA do Brasão desta Cidade antes que D. Pedro IV se revolva no túmulo.
Dia 24 de Maio às 17 horas vai realizar-se uma manifestação contra as portagens na Avenida dos Aliados. É também uma manifestação contra o tratamento desigual e a discriminação.
É este o momento, Dr. Rui Moreira!
Do futebol e a sua importancia
A atitude de desvalorização do fenómeno futebol é, na realidade, e sem muitos se aperceberem, uma atitude induzida pelas centrais centralistas de formatação de mentalidades.Há muito que querem fazer passar a ideia que o povo do norte devia de deixar de dar importância ao futebol. Não há nada de inocente nem de bondade nisto. O povo do norte não dá mais inportância ao futebol que outro qualquer. O facto é que em regra os seus clubes são melhores que os outros mesmo lutando com armas desiguais.O que está verdadeiramente em causa é o assalto ao negócio.
E, ISTO? POLITIZA OS PORTUENSES?
OS INTECTUAIS DE MEIA TIGELA, QUE ADORAM PÔR A CABEÇA DE FORA PARA ATACAR O TERRÍVEL UNIVERSO DO FUTEBOL E RESPONSABILIZAR AQUELES QUE O APRECIAM PELO DECLÍNIO DO PORTO, TÊM AQUI UMA BOA OPORTINIDADE PARA REFLECTIREM E PARA QUEBRAR UM BOCADINHO A ROTINA DE TANTA SAPIÊNCIA. ESTÃO SEMPRE A DIZER O MESMO, O QUE PARA INTELECTUAIS É MUITO POUCO...
ALÉM DO FUTEBOL, HÁ TAMBÉM ISTO E MUITO MAIS, QUE SE CALHAR, SE PERDEREM UM POUQUINHO DE TEMPO A INVESTIGAR O "FENÓMENO", CONCLUIRÃO QUE ESTAS "BANALIDADES" MUNDANAS SÃO CAPAZ DE ALIENAR AS POPULAÇÕES MUITO MAIS DO QUE O TENEBROSO MUNDO DA BOLA.
11 maio, 2008
RUI MOREIRA, EU IREI PARA A RUA! FAÇA-SE OUVIR!
O momento que o Porto atravessa é um sufôco. Nós estamos a ser humilhados e tratados como verdadeiros colonizados e isso não podemos mais permitir.
Os acomodados, aqueles que "furam" toda e qualquer iniciativa de rejeição popular a esta discriminação regional, não podem continuar a cooperar com esta desonra. Tenham brio, esqueçam por momentos os seus empregos, as suas coutadas de conforto pessoal e unam-se às populações!
Vamos Rui Moreira, dê o passo que falta, você não está só!
Basta!
Futéis e submissos
"Crónica de uma morte anunciada"
Depois de ler a crónica de Rui Moreira no PÚBLICO de hoje, convenço-me de que os meus temores se vão realizar.
Rui Moreira é um espectador privilegiado deste problema, fruto da sua intervenção activa como presidente da Associação Comercial do Porto, e poderá ter acesso a informações que não foram divulgadas. Daí a importância da sua crónica de hoje.
Questiona ele se " alguém persuadiu Sócrates de que o seu repto aos empreendedores do Norte, a propósito da privatização do ASC, fora um erro de cálculo? Será por isso que GQT ( Governo Que Temos) prepara a privatização da ANA e faz ouvidos de mercador aos que responderam ao seu desafio?"
Mai a frente afirma que " Alguém lhe terá dito que, para que Lisboa possa dispor de um novo aeroporto de raiz destruindo o valor da Portela, é preciso que a ANA seja privatizada, e que este negócio só será atrente e viável se incluir o ASC no pacote. Não admira, porque, se este fosse entregue a outro proprietário ou concessionário, poderia crescer muito, nos dez anos que serão precisos para terminar a construção do novo aeroporto de Lisboa, transformando-se entretanto num perigoso concorrente".
Acrescenta depois esta frase que é um apelo: " Assim, e se nada for feito, o ASC ficará integrado num monopólio privado. (...) essa é a pior das soluções para a região".
Segue-se uma autêntica afirmação de impotência. " Os privados que se interessaram pela oportunidade pouco mais podem fazer e a Junta, que já fez muito ao encomendar um estudo científico que demonstra a razoabilidade da solução reclamada, está condicionada pela chantagem do Metro. Dos partidos, nada há a esperar, porque o PSD está mercê dos anti-regionalistas que detestam o Norte, enquato o PS-Porto se especializou em mendigar benesses do GQT."
Termina assim. " Acho que, enquanto é tempo, os cidadãos do Porto têm de voltar à rua para gritar: "Basta" !"
É a última solução, uma solução de desespero, mas teremos nós quem encabece este movimento, e compreenderão os nortenhos, especialmente os portuenses, o que está em jogo? Quererá o próprio Rui Moreira aceder a um eventual apelo para que avance? O que pensam a Associação Industrial, a Universidade, a Junta Metropolitana, a própria Diocese, os grandes empresários, as figuras gradas da região? Vamos permitir a morte do aeroporto, e da região com ele? Vamos continuar impavidamente a deixar-nos conduzir para um triste futuro, como um rebanha de ovelhas a caminho do matadouro?
Interrogo-me se haverá, em tudo isto, precipitação da minha parte. Gostaria que houvesse, mas quando me lembro do silêncio absoluto de Sócrates na sessão solene na Associação Comercial, quando desafiado por Rui Moreira a falar sobre vários temas importantes para a região, entre os quais o ASC, não posso deixar de temer que estamos na presença de uma autêntica "Crónica de uma Morte Anunciada".