24 março, 2012

Porto Canal, o marasmo continua

Não sei se é do meu pessimismo, mas, ou  muito me engano, ou o Porto Canal vai ser apenas mais um canal. Para já, ainda não se nota qualquer evolução nos timings dos noticiários e na qualidade/quantidade da programação. A repetição de programas gravados mantém-se, e no desporto não se está a tirar o melhor partido do canal, mais que não seja para defender o FCPorto das deturpações e falsidadades que sobre ele, os canais generalistas públicos e privados, continuam a anunciar. Neste capítulo no Porto Canal, verifica-se uma apatia mortificante, um silêncio de impotência face a estes ataques que contrasta com a propalada defesa do Norte, que a nova direcção prometera ser ainda mais enérgica que a anterior.  

Ainda ontem, o parvalhão do José Rodrigues dos Santos apresentou no telejornal, desta maneira a sua versão da queixa movida pelo pai de uma criança contra o Jardim Escola: "O FCPorto não quer que crianças de um infantário cantem uma canção infantil com o nome do Benfica."  Como toda a gente que leu a notícia original sabe, não foi o FCPorto, mas sim o pai da criança, que é adepto do FCPorto, quem apresentou queixa ao Ministério da Educação, aliás com fundamentos perfeitamente razoáveis. Não contente com a desvirtuação da notícia, a RTP, imbuída do espírito anti-portista que se lhe conhece - que aliás já nem consegue esconder -, decidiu entrevistar a funcionária do Jardim Escola, rodeada dos pais das crianças adeptos do Benfica para opinar sobre o assunto. Como era de esperar, todos dispararam contra o queixoso e aplaudiram a "inocente" ideia da direcção do infantário por ter levado a clubite aguda para um local onde seria suposto e.d.u.c.a. r, e não tentar fanatizar crianças.  

Obviamente, não é apenas por esta ocorrência que digo que o Porto Canal está a falhar com o prometido, mas se agora dispõe de um canal de televisão, não tendo de momento muita matéria para encher a programação, não se percebe por que é que não aproveitou para denunciar o comportamento da RTP, pela forma incorrecta e maliciosa como comunicou a notícia. Sempre teria outra visibilidade e muito mais  impacto que um simples comunicado no site do clube, que muita gente nem lê. Estou certo que todos os adeptos portistas, sem excepção, gostariam de ver o clube melhor defendido, na hora, e no momento certo, com a veemência que tão torpe comportamento impunha. Mas, nada.

Politicamente, a programação também pouco ou nada está a trazer de novo ao público. Pelo contrário, os debates são cada vez mais parecidos com os dos canais lisboetas, com os mesmos protagonistas também, e o tema da regionalização parece dar sinais nítidos de abrandamento.

Sinceramente, por mim, não estava à espera de uma revolução no Porto Canal, mas apenas de um pouco mais de originalidade e afirmação em matéria política. Não estou optimista, mas espero enganar-me, e que rapidamente comecemos a sentir o Porto Canal  mais próximo do Porto [e do Norte] e bem mais distante de tentações centralistas.

As "últimas" consequências


O CDS e o PSD reclamaram ontem na AR o apuramento de "responsabilidades" relacionadas com os contratos do TGV.

O CDS exige "que se vá até às últimas consequências" nesse apuramento, pois "é preciso saber quem, onde e como não protegeu o interesse público, não protegeu as contas públicas".

E, se o CDS disse "mata!", logo o PSD acrescentou "esfola!", num monólogo a dois tipo Dupond & Dupont: nós diríamos mesmo mais, é preciso "começar a responsabilizar quem tão conscientemente lesou o Estado português".

Vê-se enfim uma luz laranja azulada ao fundo do túnel da irresponsabilidade. Talvez, quem sabe?, CDS e PSD vão seguidamente apurar "quem, onde e como não protegeu o interesse público, não protegeu as contas públicas" no caso da venda do BPN ao engº Mira Amaral por 40 milhões, doando-lhe ao mesmo tempo 600 milhões como brinde (mais 303 milhões para o feliz contemplado pagar umas dívidas); ou no negócio dos submarinos do dr. Portas, que custou aos contribuintes algo como 941 milhões; ou ainda no dos sobreiros, que trouxe fama & proveito ao misterioso militante centrista Jacinto Leite Capelo Rego; ou...

E a crónica ficaria aqui até segunda-feira a enumerar negócios não fora, para tanto negócio que "lesou o Estado português", tão curta a vida. Aposta contudo que ir "até às últimas consequências" significa ir até às consequências do último apuramento de responsabilidades, isto é, até consequências nenhumas.

[Fonte: JN]

Responsabilidade, em Portugal, é isto...

Fraude de 270 milhões em obras nas escolas

A auditoria do Tribunal de Contas (TC) à Parque Escolar detetou 270 milhões de despesas ilegalmente autorizadas. O relatório já está no Ministério Público, que vai investigar as eventuais infrações financeiras.

Obras da Parque Escolar

O TC diz que há indício de responsabilização financeira de João Sintra Nunes, de Teresa Valssassina Heitor e de José Domingues dos Reis. Se os ex-administradores decidirem pagar, por iniciativa própria, a multa mínima de 1530 euros, livram-se de um eventual processo caso o Ministério Público (MP) confirme as irregularidades e as remeta para julgamento, na terceira secção do Tribunal. No entanto, se o MP decidir pela existência de matéria criminal, os ex-administradores podem enfrentar um processo-crime. Ou cível, no caso de o Estado entender que foi lesado.

[Fonte: JN]

22 março, 2012

Nazismo benfiquista sugere retoque na bandeira


Soube esta tarde, através de um amigo da blogosfera, e posteriormente em consulta ao JN, que responsáveis escolares de um Jardim de Infância da Ericeira ensinavam as criancinhas a trautear uma cançoneta aparentemente infantil, mas que nada tinha de inocente.




Guru do 2º. Reich
Como se pode ler na notícia linkada, a parte final da cançoneta foi imbecilmente desvirtuada com a frase "Viva o Benfica", o que denuncia de forma clara, a mentalidade salazarenta e neo-nazi de alguma gente afecta ao clube, justa e pertinentemente conhecido, como, o clube do regime.

Tão vulgar e previsível como a atitude reaccionária dos responsáveis do infantário, vai ser seguramente, a resposta do Ministério da Educação à queixa apresentada pelo pai da criança, que ao que consta, é adepto do FCPorto [mas podia ser de qualquer outro clube].



Guru do 1º. Reich [foragido]

Habituados que estamos à falta de nível e de sentido de Estado na acepção do termo, dos nossos governantes, o mais certo é que a queixa vá parar ao cesto dos papeis com a tradicional desvalorização da ocorrência, ao contrário do que aconteceria caso este acto insólito de estupidez levado a cabo num espaço frequentado por crianças de tenra idade tivesse lugar no Norte e a cançoneta fosse plagiada para "Viva o Porto".

Não há dúvida, em Lisboa, o Hitler tem seguidores de fazer inveja ao próprio, caso ainda estivesse vivo...      

Liberal-socialismo ou...



A "Economist" dizia há um mês que vivemos uma era de "Capitalismo de Estado", onde governos pouco democráticos impõem o "bem comum". É assim na China, Rússia, Coreia do Sul, Índia, Malásia, Venezuela, mas também é assim no nosso vizinho Marrocos onde a família real privatizou as empresas públicas e comprou a maioria das ações para si ao preço que ela própria fixou - e agora obstaculiza a concorrência. É igualmente assim na Turquia, no Médio Oriente e nos países da "Primavera Árabe". Um dia veremos no que vai acabar a crescente espiral oligárquica brasileira e quem vai pagar a dívida dos grandes eventos.
Embora se diga que a crise é económica, sabe-se hoje que não é exatamente assim. A crise nasceu duma coisa simples: rutura na confiança, o que significa falência da ética e da justiça. A quebra destes princípios rompe diariamente o "contrato social". Por um lado, os cidadãos deixam de receber os seus direitos porque a realidade das contas mostra o cofre vazio. Por outro, os contratos entre grandes empresas e Estado são invioláveis. Qual das coisas está certa? Entretanto, as pessoas querem mais Estado para as proteger mas não estão dispostas a pagar mais impostos. Quem faz então o milagre da multiplicação dos euros? Muitas destas perguntas levam-nos a discutir política, essa palavra maldita, que quanto mais se repete mais se detesta. Mas é aqui que estamos outra vez. No princípio. Na ideologia ou na sua ausência.
Por cá não foi tão óbvio este "Capitalismo de Estado", mas por incrível que pareça começou nas privatizações de Cavaco para acabar nos interesses irrevogáveis dos grupos económicos protegidos de Sócrates. Mercado? Preferencialmente com grupos amigos.

O "Capitalismo de Estado" parece bom enquanto cresce. Da Direita à Esquerda, toda a gente o apoia, ainda que por palavras diferentes. A Esquerda, por exemplo, defendeu sempre as grandes obras públicas, desde as barragens ("Construam o Alqueva, porra!") às sacrossantas novas escolas da Parque Escolar a que nem Ferreira Leite se opôs na campanha eleitoral de 2009. Já a Direita sempre pugnou, direta ou implicitamente, pela ideia de que todos beneficiam do enriquecimento dos mais ricos. No essencial, ambos os casos reforçam a economia dos grandes interesses.

Por causa deste delírio estamos hoje envolvidos na tentativa de pagar os gastos de uma suposta "social-democracia" que tentou fazer esta quadratura do círculo: ajudar os pobres, criar o 'welfare state' para a classe média e fomentar a economia com dinheiro do Estado. Agora não tem como pagar a conta. A resposta em curso é feita través de uma massa ideológica opaca e camaleónica, um "liberal-socialismo" improvisado, onde Passos Coelho e Vítor Gaspar podem gerir o país com medidas antagónicas como se tudo fosse coerente e moral. E para quê? Apenas para que o Estado pague as dívidas em que ninguém se revê. No dia em que o Estado claudicar, a democracia deixa de ser útil e os portugueses votarão em líderes justiceiros e radicais.

Margaret Thatcher tentou no seu último governo fazer passar uma lei em que todos os cidadãos deviam pagar algum imposto, por mínimo que fosse, para darem valor aos bens públicos. Este princípio liberal ajudou à queda do governo britânico levada a cabo pelos próprios membros do partido. Mas esta é uma realidade, 30 anos depois: a classe média aproxima-se perigosamente de uma ideologia que, provavelmente, desprotegerá ainda mais os pobres no futuro e nacionalizará os ricos, considerando que ambos têm de fazer mais pela vida do que viver das "rendas". Há muita gente sem futuro à vista porque já perceciona que os seus direitos futuros foram confiscados. E isto vai mudar radicalmente a sociedade e a política. A falência das seguranças sociais pelo Mundo, fruto do incumprimento nas dívidas, é o clic que falta.
[In JN]

Muito estranho...o silêncio da SCM sobre a origem dos premiados






Euro
Milhões
TotolotoJokerLotaria
Clássica
Lotaria
Popular
TotobolaTotobola
Extra
Totoloto
(antigo)
Loto2
Consultar Sorteios
 Totoloto
Sorteio: 023/2012 - Quarta-Feira Data do sorteio: 21/03/2012
Chave:1718344042+1Ordem Saída:1742184034+1
PrémioAcertosNúmero de vencedoresValor
1.º Prémio5 Números + Nº da Sorte0(1)
2.º Prémio5 Números1€ 24.169,72 
3.º Prémio4 Números103€ 293,32 
4.º Prémio3 Números5.909€ 5,11 
5.º Prémio2 Números91.191€ 1,98 
Nº da SorteNº da Sorte51.851Reembolso do valor da aposta de Totoloto
Estatísticas
Nº de Bilhetes/Matrizes498.775
Nº de Apostas1.356.326
Receita ilíquida apostas€ 1.220.693,40
Montante para prémios€ 604.243,23
(1) Previsão 1º Prémio c / Jackpot€ 1.900.000,00

21 março, 2012

Lisboa prefere os ratos de esgoto

A propósito do que aqui  postei, encontrei este vídeo sobre o mesmo assunto:


FCPorto - Só nos resta o Campeonato, vamos lá vencê-lo!

A respeito do jogo de ontem na Luz para a Taça da Liga, entre o FCPorto e o Benfica, uma curiosidade: o resultado foi igual [3-2], mas o vencedor foi diferente. Ainda bem que o FCPorto venceu o do Campeonato, que é muito mais importante, e perdeu o da Liga, embora tenha alguma dificuldade em perceber porque é que um clube como o FCPorto se sente obrigado a participar nesta competição, com todos os riscos que tal acarreta e sem as vantagens proporcionais. Entrar numa competição para ganhar, e dizer previamente que ela não tem muito interesse para o clube, parece-me ser um tanto incoerente e pouco motivador para os jogadores. Por isso me surpreendeu a atitude dos atletas do FCPorto, que mais uma vez se auto-motivaram, confirmando a opinião daqueles que dizem que este ano só se sentem motivados para jogar contra o Benfica, na Luz... 

Já sabemos que não se pode ganhar tudo, e sempre. A questão é que este ano, exceptuando a Super-taça, o FCPorto tem vindo, paulatinamente, a ser afastado das competições de maior relevo em que estava envolvido, como a Champions, a Taça de Portugal, a Liga Europa, e agora esta, ainda que de menor estatuto. Já escalpelizei por demais a questão do treinador, mas ontem, fiquei com a nítida sensação que o veredicto que lhe fiz estava correcto. Victor Pereira não controla a sua equipa. 

Ontem, quando o resultado estava em 1-2 a favor do FCPorto depois de uma reviravolta promissora, aconteceu aquilo que tem sido a imagem de marca deste Porto de Victor Pereira, a equipa deslumbrou-se, abrandou o ritmo de jogo, começou a relaxar na pressão alta, deixando os adversários a uma distância de 2 e 3 metros, o que lhes permitiu a aproximação com perigo da nossa área. A partir desse momento, pensei, como noutros jogos, que mais uma vez o FCPorto estava a semear o veneno que o costuma matar, isto é, a criar condições para sofrer o golo do empate. E foi o que aconteceu. Quem estava comigo a assistir ao jogo pôde testemunhar que adivinhei o golo do Benfica, à semelhança do que aconteceu noutros jogos e com equipas mais fracas, e no entanto não tenho dotes premonitórios. Com Victor Pereira estas situações são recorrentes. Quando a equipa treme, mesmo depois de estar a jogar bem, de se auto-motivar, os jogadores parece que não têm ninguém no banco capaz de os acordar, que lhes dê um berro, que acene, que enfim, dê algum sinal de inconformismo, de modo a que o grupo se recomponha. A equipa fica orfã de liderança. Ontem, jogamos algumas vezes bem, outras até dominamos, mas voltamos a falhar na consistência de jogo e na concentração. Resultado: perdemos mais um troféu.

Desculpas, podemos escolhê-las às dezenas, e algumas pertinentes. Os árbitros, por sistema, preferem errar mais para o lado do FCPorto do que para o dos adversários, e então quando o opositor é o Benfica exageram. O país em que estamos não é só centralista e desonesto na política, é-o em tudo, e o futebol não podia escapar. Não lutámos politicamente contra estas discriminações pensando que o "contra tudo e contra todos" faz milagres, e o resultado é isto. Podemos dizer que alguns jogadores não estão rotinados nos lugares [como Alex Sandro e Mangala], mas são desculpas. O FCPorto vencedor da Liga Europa e do Campeonato Nacional e da Taça do ano passado dispõe praticamente dos mesmos jogadores. Só perdeu Falcao, embora não se tenha reforçado como se impunha para o seu lugar. Será que isso explica uma mudança tão radical? Villas Boas foi embora sem avisar atempadamente, isso pesa, é verdade. Pinto da Costa fez uma aposta de risco in extremis. A culpa será dele? Eu acho que este ano, é um ano para esquecer. A par de alguma deficiente programação, esta época caracterizou-se também pelo azar. Mas não foi tudo. Não houve uma voz a pôr ordem no balneário, a lembrar aos atletas que os comentários nos twitters e nos facebooks não eram recomendáveis, sobretudo os do âmbito profissional.

Até aqui dizíamos que ainda nada estava perdido, agora podemos dizer que o pouco que há para ganhar é muito: o Campeonato Nacional. É isso que como portista fervoroso ainda almejo. Mas, apesar disso, se ganharmos o campeonato, não creio que o FCPorto seja o clube ideal para Victor Pereira crescer enquanto treinador. Os riscos são demasiado elevados e o preço nem se fala.   

20 março, 2012

Passos Coelho, outro descentralizador vigarista

Segundo a imprensa, Passos Coelho declarou na sua visita à Associação Comercial do Porto, que não era regionalista mas [há sempre um mas], que se considerava um fervoroso descentralizador. Além do aspecto fisionómico e das bandeiras partidárias, ainda não descobri o que é que distingue uns políticos dos outros. Em contrapartida, reconheço-lhes imensas coisas em comum, sendo a falta de carácter, a capacidade para intrujar e a deslealdade para com os eleitores, as três mais conhecidas. Bem, há quem diga que para se ser político  é preciso ter este perfil. Até pode ser, mas pessoalmente continuo convencido que o lugar de gente desta espécie é nas cadeias, fechados a sete chaves, por muitos e longos anos. 

Os jornalistas e toda essa gente que convive com os políticos é que parece que não pensam como eu. Enfim, lá no fundo, no fundo, até são capazes de pensar, só que a eles interessa-lhes não levantar totalmente o véu desta palhaçada global, senão lá se iam as audiências e o que resta da já baixa credibilidade do serviço público que nos estão a prestar.

Já o disse e repito [nunca me hei-de cansar], que nunca vi um jornalista a perguntar frontalmente aos governantes se, sendo eles os responsáveis pela (des)governabilidade do país, não deviam ser também eles os únicos a pagar a crise. Mas a isto, contra a suprema sensatez, eles chamam populismo... Se estivessem habituados a falar sem ambiguidades, sempre havia de aparecer algum dentro da Associação Comercial que perguntasse a Pedro Passos Coelho por que é que continua ele a ser anti-regionalista se a maioria dos países desenvolvidos da Europa já estão regionalizados, sendo líquido que o centralismo tem sido o maior covil de corruptos, não se percebendo por isso a argumentação dos "tachos"  para negar a Regionalização. 

Cansa tanta banha da cobra repetida. Meus senhores, se os governantes não querem a regionalização, queremos nós. Só precisamos é de o demonstrar com clareza, custe o que custar [como diz agora este aprendiz de feiticeiro]. Não voltar a votar será o primeiro passo. 

O segundo, é explicar-lhes porquê, dizer-lhes que não estamos dispostos a dar a nossa confiança a quem a tem cronicamente traído. Dizer-lhes: NÓS QUEREMOS A REGIONALIZAÇÃO! PARA ONTEM!

João Fernandes

João Fernandes

João Fernandes, director do Museu de Serralves, no Porto, vai ser condecorado pelo Governo francês como Cavaleiro das Artes e das Letras, na próxima sexta-feira. " É um reconhecimento pelo trabalho de divulgação das artes francesas que o João Fernandes sempre teve", afirmou Bernard Despomaderes, adido cultural do Consulado francês no Porto.

Em Serralves desde 1996 e director do museu há oito anos, João Fernandes vai abandonar a instituição depois do verão, para ocupar o cargo de subdirector do Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, um dos mais importantes museus da Europa.

19 março, 2012

Autismo

Isto de ter um "supremo magistrado" que mais parece um ET vindo de outra galáxia, é complicado. O nosso PR continua passeando pelo país, em acções das quais não se vê outra consequência que não seja gastar o dinheiro do Orçamento. Vantagens não vejo, teriam que me ser muito explicadas, talvez então eu conseguisse entender.

Agora andou pelo Nordeste Transmontano, a fazer discursos que provavelmente pretende sejam motivadores. Num deles, tentou explicar que a palavra-chave é "confiança", pois diz que acredita que "sem confiança os empresários não investem, não contratam mais pessoas, sem confiança é difícil atrair o investimento estrangeiro, sem confiança os capitais procuram outras paragens, sem confiança é difícil mobilizar os cidadãos". Que pena que o " supremo magistrado", o homem a quem os portugueses deviam poder recorrer como última esperança, ande tão ignorante do que nos rodeia a todos. Só o facto de certamente ter vindo de outro planeta, pode impedi-lo de não ter tido o pudor e o bom senso de falar em "confiança" a pessoas que têm assistido à destruição da sua região. Fecham maternidades,fecham urgências hospitalares, fecham escolas, fecham tribunais, aumenta o custo das taxas moderadoras na saúde, dificulta-se o transporte de doentes de centenas de aldeias para os poucos centros regionais onde ainda há assistência médica, vêm subir o custo da electricidade e vêm ser posto na rua o membro do governo que queria moralizar a situação de extorsão que a EDP faz aos consumidores, etc,etc, podia continuar por aí fora. E é a esta gente que este homem vem recomendar "confiança" ? Em quê e em quem? Não percebeu ainda que tudo o que tem sido feito no último ano apenas tem servido para desencorajar, desmobilizar? Confiança...!!

Noutro discurso na mesma região, o sr. Silva continua a mostrar que caiu de para -quedas neste país. Ele quer que cada região, cada cidade, cada concelho, cada actividade económica, juntem esforços, se mobilizem no sentido de se conseguir crescimento económico. Quando todos os sinais dados pelo Terreiro do Paço, a começar pela recusa da regionalização, indicam uma estratégia de concentração económica na capital e o consequente definhar do resto do país, especialmente do Interior,vir com este tipo de discurso, das duas uma : ou está a gozar com a gente, ou então não percebeu ainda os problemas do drama que o país vive. Qualquer destas duas hipóteses é incompatível com o cargo de PR, que ainda por cima é economista. Francamente, que tristeza...

Totoloto - jogo não recomendável

Sorteio: 022/2012 - Sábado Data do sorteio: 17/03/2012                    Chave: 2-7-20-24-44 + 1
Prémio Acertos Número de vencedores Valor
1.º Prémio 5 Números + Nº da Sorte 0 (1)
2.º Prémio 5 Números 2 € 16.400,21
3.º Prémio 4 Números 220 € 186,36
4.º Prémio 3 Números 9.490 € 4,32
5.º Prémio 2 Números 134.147 € 1,83
Nº da Sorte Nº da Sorte 69.421 Reembolso do valor da aposta de Totoloto

______________________________________________________________________________________
Totoloto
Sorteio: 021/2012 - Quarta-Feira Data do sorteio: 14/03/2012          Chave: 12-21-41-43-49 + 2
Prémio Acertos Número de vencedores Valor
1.º Prémio 5 Números + Nº da Sorte 0 (1)
2.º Prémio 5 Números 0 (2)
3.º Prémio 4 Números 125 € 439,15
4.º Prémio 3 Números 5.502 € 5,54
5.º Prémio 2 Números 84.560 € 2,16
Nº da Sorte Nº da Sorte 62.007 Reembolso do valor da aposta de Totoloto
________________________________________________________________________________________
Totoloto

Sorteio: 020/2012 - Sábado Data do sorteio: 10/03/2012                   Chave: 4-16-19-26-30 + 10
1.º Prémio 5 Números + Nº da Sorte 1 € 6.315.496,70
2.º Prémio 5 Números 5 € 6.950,47
3.º Prémio 4 Números 456 € 95,26
4.º Prémio 3 Números 14.135 € 3,07
5.º Prémio 2 Números 160.110 € 1,62
Nº da Sorte Nº da Sorte 118.210 Reembolso do valor da aposta de Totoloto


Após 17 sorteios consecutivos sem contemplar primeiros prémios, e também sem vários segundos, finalmente, ao Sorteio nº.020/2012, lá saiu [terá saído mesmo?!?!], um 1º. prémio! O anterior ciclo de negação foi ainda mais longo: 33 sorteios seguidos sem 1º. prémio, precisamente.

18 março, 2012

Basquete - FC Porto vence mais um troféu

O FC Porto bateu a Académica, por 58-47, conquistando a Taça de Portugal de basquetebol.

Uma final da Taça de Portugal é uma não notícia para as televisões do regime, se assim não fosse não seria remetida para a Sportv4! É claro que o futsal tem prioridade, ou não se tratasse de uma modalidade com "antiga" tradição em Portugal... Um biombo perfeito para os milhafres disfarçarem o insucesso de outras modalidades...  

A divulgação do horário do jogo quase que não se viu. Foi preciso pesquisar muito bem para, após algumas informações erradas, descobrir a hora certa do jogo. Uma trampa mesmo, o nosso jornalismo.

Basquete - FCPorto na final da Taça de Portugal


O norte-americano Robert Johnson foi este sábado decisivo a apurar o FC Porto para a final da Taça de Portugal de basquetebol, impondo-se nos instantes finais do triunfo 66-62 sobre o Benfica, num emotivo espectáculo em Fafe, onde estiveram cerca de 1.500 espectadores.
Johnson (19 pontos e sete ressaltos), o jogador mais valioso do desafio, decidiu quando a 10 segundos do fim converteu 2 lançamentos livres e, na resposta “encarnada”, roubou a bola a Theodore Scott, permitindo a Carlos Andrade sentenciar com mais 2 lançamentos livres, após a correspondente falta.
Apesar de nem sempre ter sido bem jogado, o desafio foi intenso e, além dos detalhes, o triunfo “azul e branco” (esta época tinham perdido os dois embates anteriores com o rival) foi consubstanciado na forma como conseguiu travar o forte jogo exterior do Benfica no segundo tempo: os pupilos de Carlos Lisboa não fizeram qualquer ponto desta forma, contra os 21 da primeira.
O Benfica pareceu adormecido nos instantes iniciais em que o FC Porto chegou facilmente aos 9-2, no entanto os “encarnados” despertaram para o jogo exterior (4/6 em triplos) e, com um parcial 11-0, passaram para a liderança (14-10) que foram mantendo.
João Gomes destacava-se com 8 pontos e 3 ressaltos, enquanto nos “dragões” a “estrela” Gregory Stempin chegou ao intervalo com apenas um ponto e sem qualquer êxito na luta das tabelas, que somente conseguiria aos 24 minutos.
A perder 21-15 no primeiro período, o FC Porto continuava sem conseguir estancar o jogo exterior “encarnado” (7/10, contra 4/13 do “dragão”) nem parar Betinho (15 pontos e seis ressaltos até ao intervalo), nem um líder em campo que lhe permitisse contrariar as mais consistentes soluções de banco do rival.
A equipa de Carlos Lisboa deteve sete de vantagem, permitiu reduzir até 2, mas chegou ao intervalo com os mesmos seis de avanço (38-32), no parcial mais equilibrado (17-17).
Os campeões nacionais recuperaram terreno no terceiro período, marcado por mais erros mútuos e com vigilância mais atenta a João Gomes, com apenas 2 pontos.
O jogo estava instável e Carlos Lisboa pediu tempo para serenar os seus pupilos (Theodore Scott chegava à quarta falta) que nos instantes finais mantiveram viram Diogo Carreira assegurar a vantagem magra (48-47) com que iniciaram os 10 minutos finais.
O comando no marcador foi sendo alternado e a 1.28 minutos do fim dos portistas tinham vantagem de quatro (57-61), mas a 15 segundos do “gongo” registava-se empate 62-62: foi então que Robert Johnson marcou 2, roubou a bola ao ataque encarnado e assim permitiu aos “dragões” esperarem agora pelo resultado do Sampaense/Académica para saber qual o outro finalista.
Presentes em todas as finais
No final do jogo, o treinador do FC Porto, Moncho Lopez expressou o seu contentamento: “Estamos muito contentes, porque ganhamos uma meia-final, mas nada mais do que isso. É uma satisfação jogar no domingo outra final, pois estivemos presentes em todas esta época.
Admitindo que na primeira parte a equipa não conseguiu travar “a ascendência do adversário”, o técnico portista explica que depois o FC Porto fez “um grande trabalho defensivo”, o que “permitiu equilibrar o marcador e, a pouco e pouco, construir a vitória”. “Gerimos muito bem as emoções”, sublinha Moncho Lopez.
“A vitória do FC Porto poderia ter sido nossa. Poderia ter caído para um lado ou outro. Foram detalhes. Uma bola que entrou e outra que não”, disse por seu turno Já treinador do Benfica, Carlos Lisboa.
“Além da grande disparidade em termos de lances livres (24-9 para o FC Porto), foi um grande jogo de propaganda para o basquetebol. A modalidade está de parabéns e nós tristes por termos perdido”, concluiu o técnico encarnado.
Este domingo, 18 de Março, o FC Porto defronta a Académica, que venceu o Sampaense. O jogo é às 15h30.