09 fevereiro, 2018

Rui Rangel, a vergonha da Justiça!

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Rui Rangel e Fátima Galante só vão conhecer na próxima quarta-feira as medidas de coação, no âmbito da Operação Lex, da qual são arguidos.
Rui Rangel e Fátima Galante não apareceram esta sexta-feira no Supremo Tribunal de Justiça. Os seus advogados, João Nabais e Paulo Sá e Cunha, respetivamente, chegaram cerca das 10 horas. (do JN) [ler o resto aqui]
Nota de RoP: 
Os tempos mudaram, não há dúvidas, e em muitos aspectos não foi para melhor. Desde sempre, a maldade dos homens acompanhou as sociedades, não é de agora. A opção pela via da marginalidade tem diversas explicações. Uma, é a pobreza extrema, outra é a demência, e a mais execrável de todas, a ambição desmedida a coberto do poder.                                                              
Rui Rangel é Juiz, ainda vai ser inquirido, e já deixou graves sinais do seu baixo carácter. Não compareceu no Supremo Tribunal, mesmo depois de ter beneficiado de mais alguns dias do prazo para se apresentar, como lhe confere o estatuto. É esta a diferença entre o passado e o presente. Em casos destes, quando homens com responsabilidades semelhantes eram apanhados pela Justiça, alguns, por preservarem alguns pingos de vergonha, chegavam ao ponto de se suicidarem. Mas, que diabo, já nem se esperava tanto! O mínimo dos mínimos que se podia prever de Rui Rangel, é que respeitasse a Justiça, já que não sabe respeitar-se a si próprio quando foge da Lei como um homenzito banal.
A dignidade é o único estatuto válido. As profissões, são um substantivo, uma actividade. Valem o que valem, como aqui se percebe.  

08 fevereiro, 2018

Do centralismo ao futebol


Ninguém me pode acusar de radical, se fôr sério, e estiver atento ao que tem vindo a público sobre as ligações obscenas do Benfica com figuras influentes na área desportiva, financeira, informativa e judicial. Se acrescentar a este já expressivo grupo a classe política, não corro o risco de exagerar, porque é também conhecida a ligação fanática que têm com o clube do regime. Só os leitores assíduos do RoP sabem, fazendo uma retrospectiva do que venho aqui escrevendo, e mesmo denunciando, apenas sustentado em comportamentos e observações atentas do que vai acontecendo pelo país.

Sempre estranhei e censurei a conduta segregadora da comunicação social de Lisboa com o Porto e o FCPorto, e foi por essa percepção que cedo me apercebi desse cancro chamado centralismo. Naturalmente, a comunicação social foi sem dúvida o sector mais contaminado,  o que mais deu nas vistas. Por contágio seguiram-se todos os outros sectores, e nem vale a pena elencá-los um, a um. Com coerência, começaram por nos retirar os poucos meios de comunicação social que ainda possuíamos. Jornais e rádios, todos foram à vida. Televisão, não foi preciso porque ainda não a tínhamos, só agora a temos, e mesmo assim foi preciso o FCPorto para o conseguir (a melhor decisão de Pinto da Costa dos últimos anos). 

A tudo isto juntou-se o futebol, e claro, o sempre presente Benfica, essa "jóia" da coroa que os centralistas querem entronizar no ADN dos portugueses como se fossem todos animais domésticos de mau gosto. Hoje, sabemos a porcaria, a vergonha nacional que é o Benfica...

Que me tolerem a imodéstia, mas quem estava no caminho certo era eu, e não alguns tantos que andaram todos estes anos a fazer de conta que tudo o que acontecia de mau ao FCPorto, e à cidade, nada tinha a ver com política e centralismo (que nem sequer sabiam o que era). Para esses, o FCPorto tinha de jogar contra tudo e contra todos, como se tivessemos o dever de vergar aos caprichos mafiosos centralistas, e abdicar do direito à Justiça. Quem se amolavam, eram os treinadores e os jogadores, como comprovam os últimos 4 anos... Falar de Pinto da Costa, da sua aparente apatia perante o que se passava tornou-se  uma heresia para certos adeptos. A gratidão, levada ao extremo, traiu-os tornando-se, sem o perceberem, cúmplices dessa negligência.

Apesar disto, folgo em saber que foram precisos vários anos para surgir nas redes sociais um blogue portista (Baluarte do Dragão) onde já se começa a associar o futebol à política, e a perceber como o centralismo está inevitavelmente ligado ao escândalo do Benfica.

Que tempo perdido não termos votado sim à Regionalização! Pergunto: e hoje? Seríamos capazes de votar outra vez contra a regionalização? Querem saber a minha opinião? Penso que nem assim nos mobilizávamos.

Não, eu não gosto de radicalismos. Apenas acção e bom senso, quando tal se impõe.

07 fevereiro, 2018

Porto Canal, cuidado com a liberdade da treta

Não conheço profissão mais paradoxal que a de jornalista. Agarram-se como lapas a argumentos que eles próprios, por isto ou por aquilo, não conseguem respeitar, mesmo que violando o próprio código deontológico. 

Ontem, Júlio Magalhães, decidiu ir ao telejornal da noite esclarecer o jornal "I" de uma provocação de 1ª página que fez contra o FCPorto, supostamente por ser subsidiada por várias câmaras nortenhas. Esclarecer não tem mal nenhum, mas pareceu-me mais uma atitude de subserviência do que isso. Acho que não devia fazê-lo; antes de mais, porque se tratou de uma não notícia, portanto de uma provocação sem fundamento, como aliás toda a gente sabe, e depois porque não se responde a pasquins, combate-se, senão passamos a alinhar pelo mesmo estilo.

A cereja no bolo, de Júlio Magalhães, foi quando, depois de explicar tudo muito bem, acabou com um mimo, que foi elogiar o jornal "I", quando tinha acabado de falar do centralismo dos media da capital... Se há coisa que a mim me repulsa é ver alguém criticar uma coisa, e logo a seguir elogiá-la. Pode ser um "anjo" de pessoa, mas fico logo de pé atrás com o seu carácter.

São personalidades destas que podem destruir o melhor dos projectos porque não partem para ele com as ideias bem definidas. Como na Democracia, não podemos abusar da liberdade que ela nos faculta sem a disciplinarmos. O Porto Canal só pode conviver com a bipolaridade Generalista/FCPorto se impuser estatutos que a equilibrem.

Por exemplo, imaginemos que um dia o Porto Canal Generalista convida alguém que a pretexto do escândalo dos emails decide desvalorizar o caso, e que além disso critica veementemente as denúncias do Francisco J. Marques no Porto Canal/FCPorto. Em tese, segundo os critérios editoriais do jornalista Júlio Magalhães, nada impedirá uma situação dessas. Aliás, já por várias ocasiões pude observar alguns convidados com vontade de venderem o peixe encarnado como vendem nos outros canais, mas até ver, o bom senso conteve-os. Se amanhã, aparece alguém atrevido e faz a experiência, pergunto: é para continuar? O Porto Canal Generalista passará a seguir o exemplo dos canais de Lisboa e abandalhar a ética com medo de ser acusado de coartar a liberdade? E depois? Terá capacidade para gerir um imbróglio dessa natureza com os interesses do Porto Canal/FCPorto o seu patrão?

Pode compreender-se a situação, porque ela não é fácil, mas sem nunca abdicar da condição de canal assumidamente focado na descentralização. Esqueça-se a ideia de chamar ao canal gente que está ou esteve ligado ao centralismo porque nada de positivo lhe vai acrescentar. Por fim, há um detalhe no qual Júlio Magalhães deverá pensar muito bem antes de se "abrir" a gente e a instituições manifestamente inimigas do Porto e do FCPorto. Se, não tiver o cuidado de seleccionar os convidados, um dia ainda vai ser ele a poluir o Porto Canal com o mesmo lixo tóxico que vemos nos canais de Lisboa.





06 fevereiro, 2018

Meirim, o presidente de disciplina da FPF, indisciplinado

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Onde paira a integridade deste homenzinho?

Este, é outro cartilheiro que se tivesse o "azar" de viver num país a sério, há muito estava a prestar contas à Justiça. 

Portugal perdeu a dignidade e arrisca-se a perder também o estatuto de país civilizado que nem a União Europeia consegue mascarar.

O Governo português, representado pela Secretaria de Estado do Desporto, não lê jornais, não vê televisão, nem ouve a rádio, coisa inusitada em órgãos de soberania, por norma  atentos ao que se passa no mundo. Se assim procede, não pode saber o que vale este homem. Confia, sempre nos pupilos (como nos incêndios...). A coberto deste lindos argumentos, foi incapaz de evitar que um dos seus militantes tivesse sido preso por crimes impróprios a representantes de alto gabarito, como foi o 1º. Ministro Sócrates. Tudo dentro da normalidade (como nos intermináveis escândalos). 

Talvez devêssemos mudar o nome a Portugal, e inventar outro, como Entroncamento, por exemplo, designativo mais indicado a coisas fenomenais, no pior sentido da palavra.


05 fevereiro, 2018

Se há virtudes na sociedade portuguesa, a frontalidade não é certamente


Na realidade, é um pesadelo viver neste país, e ainda acreditar que a corrupção é um fenómeno circunstancial. Não é! Nem todos somos corruptos, mas o país já tem gente demais a construir essa reputação. Gente graúda, frise-se... 

Para que a interpretação do que digo não deixe dúvidas, passo a informar desde já, que os escassos programas que vejo nos canais lisboetas são uma excepção à regra das minhas preferências, e que mesmo assim, não significa que confie absolutamente na integridade intelectual de quem neles participa. Refiro-me concretamente á "Quadratura do Círculo", e ao "Eixo do Mal", ambos na SIC, de Pinto Balsemão (responsável-mor pelo que se faz de melhor, e pior, na SIC).

Foi num desses programas ("Eixo do Mal") que, depois de ouvir ambíguas críticas aos casos dos bilhetes oferecidos pelo Benfica ao actual Ministro Mário Centeno, pude confirmar os cuidados com que todos os participantes abordaram o tema para evitarem tocar no nome do Benfica. Curiosamente, o programa "A Quadrtura do Círculo" não foi transmitido, como é habitual às 5ªs feiras, com os comentadores do costume, sendo substituído por outro sem qualquer aviso, para debater o processo que envolve o juiz Rui Rangel. Dei por mim, a tentar perceber por que razão o assunto não pôde ser debatido na "Quadratura do Círculo", mas não cheguei a nenhuma conclusão...  Estranhei, no mínimo.

Já com o "Eixo do Mal", uma conclusão pude tirar: ninguém foi capaz de discutir o caso com a frontalidade que ele merecia. Como noutros casos, criticaram em função das suas simpatias políticas, o que é natural, mas com muito menos objectividade do que é habitual. Estranhamente, quase todos apontaram baterias para o Ministério Público com acusações de cumplicidade com o Correio da Manhã, sem destacarem o ponto mais importante e ao mesmo tempo complexo: a coragem, e as dificuldades que estão a colocar à Procuradora Joana Marques Vidal para prosseguir o seu trabalho.

No fim, pensei para comigo quão difícil é, neste país, conviver com a Lei, quando há uma multidão invisível de gente graúda a vulgarizá-la, ora através de alterações convenientes, ora a ignorá-la. O Juíz Rui Rangel é apenas um grão de areia na engrenagem dos que estão nesse grupo. Assim, torna-se praticamente impossível limpar de corpos estranhos os bastidores da lei, e da investigação policial.

A dureza da Lei é coisa não grata para muitos que deviam ser os primeiros a impô-la, está comprovado. As televisões conseguiram invadir áreas sagradas, como a da Justiça, e banalizaram-na, tornando-a frágil e recreativa. Os media, são os principais manipuladores sociais, e  a Lei não é excepção;  não porque a estimem, mas para a controlarem.  

Não sei até que ponto é consistente aquilo que foi dito no programa, mas a ser verdade que o Correio da Manhã tem fontes de informação no Ministério Público, se tem, é preciso prová-lo para depois se fazer aquilo que nunca se conclui, que é julgar, e condenar exemplarmente  quem anda a poluir éticamente o país.

Tenham a relevância social que tiverem,  a Lei, é mesmo assim: dura. Quem não apreciar o género só tem uma alternativa: viver sem chular os outros. 

04 fevereiro, 2018

Sr. Pinto da Costa, nunca pensei que me fizesse sentir vergonha deste FCPorto tão medricas


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A paciência tem limites, mas há muitos que abusam dos limites da paciência, e esses não merecem  tolerância.  

Estou farto, e decepcionado, com o comportamento de Pinto da Costa, e dos restantes membros da SAD. É inadmissível que um clube como o FCPorto, permita ser tão maltratado e desconsiderado como tem sido nos últimos anos pelas instâncias do desporto. O senhor Presidente Pinto da Costa não tem o direito de usar, e abusar, do respeito que conquistou junto dos portistas no passado, para os desrespeitar, precisamente agora que pouco ou nada tem feito para continuar a merecer a sua consideração. Que Pinto da Costa não se importe, é um problema seu, agora, se pensa que todos os portistas se revêem nesta maneira permissiva e cobardola de administrar o clube, pensa mal, mesmo que tenha a apoiá-lo meia dúzia de portistas de conveniência. 

Pessoalmente, e enquanto portista e ex-sócio, sinto-me envergonhado com a permissividade  do FCPorto na lida dos constantes atropelos à Lei, por parte da FPF, da Liga, e da própria Secretaria de Estado do Desporto, sempre que se trata do nosso clube.

Todos esses organismos, todos, repito, estão descaradamente apostados em ignorar as queixas do FCPorto. Só não vê quem não quer, ou a quem não convém ver. Os árbitros, são o reflexo mais que  evidente do desprezo, e mesmo hostilidade, que votam ao nosso clube. Temos provas cabais disso, e parece que temos medo de as apresentar.

Isto é tão revoltante, quanto insuportável. Até um clubezeco de bairro como o Estoril, se dá ao luxo de gozar com um problema que é seu (a insegurança de uma bancada do seu Estádio), deturpando e ocultando pareceres técnicos  do relatório do próprio LNEC.  O presidente do FCPorto permite que um responsável do Estoril chegue ao cúmulo de insinuar que fomos nós que encenámos a derrocada da bancada para ganharmos na secretaria o jogo. 

Tenham paciência. Um bandido é um bandido, não é outra coisa. O que temos de fazer para nos defendermos deles é exigir, repito, exigir, e não pedir que as autoridades intervenham. Se estas se recusam também a trabalhar, só temos é de exigir ao GOVERNO, e não pedir, que assuma as suas responsabilidades.

Se mesmo assim, não tivermos resposta, só temos uma saída: desobediência civil. Ou então, entregar o FCPorto aos facínoras.

PS:
OK, o FCPorto ganhou, e passou para a frente, e quando ganha, ninguém ousa tocar no ídolo, no irrepreensível Presidente. Espero que tenham a mesma postura calma e tolerante se o Sérgio Conceição não bastar para evitar outro descalabro. Que os Deuses nos ajudem! Só podemos contar com a fé, está visto (mais uma vez).