10 novembro, 2017

Pérolas a porcos, é generosidade que abomino

Mesmo um cantinho a dizer
que Pinto da Costa e Antero Henrique
foram absolvidos deve provocar azia


É natural, e perfeitamente compreensível, que o que vou dizer a seguir seja também um pensamento comum a outros portistas. Penso não cometer nenhuma asneira se der como certo, que o nosso estado de espírito comum já passou daquela fase inicial do choque, para  a fase seguinte da expectativa, sem por isso deixarmos de desconfiar do rumo que a Justiça dará ao caso "Cartilha Encarnada". 

Como é do vosso conhecimento, há já alguns anos que me inquieto com o alinhamento editorial do Jornal de Notícias. Sem nunca ter baixado para o nível de pasquim (como alguns da capital), foi mesmo assim perdendo o timbre tripeiro que o caracterizava. Jornal de distribuição nacional, orientou-se para o Porto e toda a região do Norte, de forma a compensar o excesso de informação desde sempre concentrado em Lisboa. Outros jornais da cidade entretanto foram desaparecendo, como o Comércio do Porto, Primeiro de Janeiro e Norte Desportivo. Curiosamente (ou, um sério caso de estudo), todos estes jornais acabaram com o advento desta falsa democracia. Se assim não fosse, tivéssemos nós a sorte de sermos governados por grandes estadistas e verdadeiros democratas, hoje o Porto não estava metido no colete de forças em que os vários governos centralistas pós Abril/74 o meteram. 

A verdade, é que se antes já andava desconfiado com a brandura do JN face a um centralismo galopante, fiquei ainda mais céptico com o seu novo rumo editorial e a nova administração. Para director, escolheram um tipo que poucos no Porto conhecem, de seu nome Afonso Camões, albicastrense e benfiquista... Mudaram um pouco a imagem, e acrescentaram-lhe mais Lisboa. Com a cumplicidade do "nortenho" Rolando Oliveira (filho de Joaquim Oliveira), e de outros administradores da capital, como o advogado Proença de Carvalho, foram assentando arraiais  na cidade, invadindo-a com luvas de pelica, para o transformarem em mais um jornal centralista.

Os centralistas, não são burros, mas também não se pode dizer que sejam inteligentes, porque todo o cuidado é pouco quando se tenta enganar gatos escaldados (como é o meu caso), só porque não despediram alguns dos jornalistas antigos com simpatias regionalistas, como é o caso de David Pontes, sub-director, e o ex-director de informação do Porto Canal, Domingos Andrade. 

Pessoalmente, a manutenção destes jornalistas nos quadros da empresa não me convence, nem assegura que o perfil centralista do JN não seja o objectivo principal. Tal como o DN, o Público, o "I", e demais pasquins, o JN continua a tentar branquear o mais que pode o caso "Cartilha Encarnada", e ainda hoje não deu o destaque devido à absolvição de Pinto da Costa e Antero Henrique no (não)  caso "Operação Fénix" como faz quando é para publicitar o Benfica ou para denegrir o FCPorto.   

Pergunto: o que pensará o FCPorto/Porto Canal sobre isto? Como tenciona lidar com um jornal que lhes tem servido de guia para os noticiários, e que ao mesmo tempo trabalha, com subtiliza grosseira, para a corte centralista? E o que terá a dizer Domingos Andrade? Nada? Não terá opinião, ou também obedece à voz do dono, como todos os cartilheiros da comunicação social dominada pelo nacional-benfiquismo? Já repararam como estes dois horrorosos monstros parecem almas gémeas? Centralismo, e benfiquismo?

Termino, confessando uma fraqueza que ainda não consegui superar totalmente, e que me está a incomodar.   A falta de um jornal credível do Porto tem-me coagido a comprar o JN, dia sim, dia não. Não o leio aos fins de semana. Antes, e durante anos a fio, comprava-o todos os dias. Mas esta dieta já é um progresso, para quem se habituou a rotinas de leitura diárias.

Como já aqui referi, não gosto de ser coagido, mesmo que seja por um vício que durante anos supunha saudável. É uma questão de tempo, e de alternativa... Não suporto a ideia de estar a dar pérolas a porcos.

09 novembro, 2017

Os rostos dizem um pouco, mas não dizem tudo

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João Paulo Rebêlo
(Sec.Estado da Juventude e Desporto)


A primeira decisão a tomar por quem de direito (que em Portugal não faço ideia o que seja) para acabar com a violência no futebol português, é dar um ponta-pé no traseiro destes dois cromos. 

Se não forem capazes de os despachar para o futebol do Burquina Faso, que então os mergulhem nas cloacas da terra. Mas não se esqueçam de tapar o nariz. 



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Augusto Baganha
(Presidente do IPDJ)

07 novembro, 2017

Apontamento em modo de alerta

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Impostores e vendidos

É claro que o post de ontem era ironia, apesar de realista. Às vezes, é preferível levar estas imundices públicas para o lado do sarcasmo, e impedir que a revolta  nos mate, do que sofrer pela consciência de não estarmos a sonhar.

As cenas de violência sempre que joga o Benfica, continuam com a cumplicidade inqualificável da comunicação social e do Governo. No domingo foi em Guimarães, com os media mais uma vez a trocarem o nome ao clube responsável.

Nem vale a pena falar da FPF, ou da Liga, porque já provaram ser uns incompetentes. Mais uns mercenários do mundo do futebol. Os jornalistas, os poucos que ainda possam ter uma pequena ideia do que é a dignidade, homens e mulheres, não podem queixar-se, se alguma vez sofrerem as consequências pela omissão do que se está a passar. Vão ficar conhecidos na história pelos profissionais da comunicação mais fanáticos do século XXI. Da fama já ninguém os livra.

Pela enésima vez, deixo o aviso: se o FCPorto não reclamar para si justiça, a quem de direito, sujeita-se a ser (mais uma vez) cilindrado por uma seita de mafiosos.

Se isso acontecer, não esperem pela minha compreensão, porque tudo tem limites. 

06 novembro, 2017

Sou eu que estou errado, peço desculpa aos ofendidos

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Tudo gente virtuosa...


Hesito, se o deva dizer, mas começo a pensar que os partidos políticos e os governos que sucessivamente juraram fidelidade à Constituição, foram todos muito sérios, muito competentes, e por isso sou eu que tenho uma perspectiva equívoca das responsabilidades.

Em síntese, concluí:
  • que é digno, e requintadamente pedagógico para os cidadãos, que os Governos, bem como os partidos políticos, não repudiem programas desportivos que passam o tempo a insultar e a conspirar contra os adversários. Mea culpa, que sempre pensei ser impossível usufruir da verdadeira Liberdade sem a contenção de respeito que os bons costumes recomendam.

  • que é natural, e profundamente eficaz para a união do país, permitir a deputados no activo, a participação nesses programas, tratando clubes de outras regiões com o fanatismo de verdadeiros jihadistas. Afinal, estava errado quando pensei que posturas dessas podiam gerar divisões separatistas e a perda de confiança na classe política. Afinal, incitam à paz e à união.  

  • que é normal, que todo o universo da comunicação, dos jornais às rádios, e às televisões, famosos por serem autênticos predadores de escândalos e desgraças, em Portugal tenham estabelecido um pacto de não agressão (informação) em relação a ilegalidades relacionadas com o Benfica. Fiquei portanto a saber, que o Benfica beneficia de um estatuto de impunidade, até para crimes homicidas, mesmo que tal privilegio não conste em nenhum artigo da Constituição.

  • que em Portugal, é um abençoado sinal de racionalidade, presumir que a multidão ligada, directa ou indirectamente, às instituições aqui referidas, é tudo gente séria, e de  convicções muito fortes.

Chiu! Não digam a ninguém, estou a pensar seriamente em assaltar um banco e convidar toda a família a participar. Que diabo, também tenho direito a ser respeitado. Acho que vou mudar de clube...


Sofia Coppola no arranque do Porto/Post/Doc


Image de Sofia Coppola no arranque do Porto/Post/Doc
Nicole Kidman

‘The Beguiled’ será exibido no grande auditório do Rivoli, pelas 21h30.
A sequela do filme promovido por Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA durante os mandatos de Bill Clinton, sobre alterações climáticas e um documentário sobre a cantora e modelo Grace Jones são outros dos destaques do Porto/Post/Doc deste ano citados pelo organizador Dario Oliveira.
‘Uma Sequela Inconveniente: A Verdade ao Poder’, de Bonni Cohen e Jon Shenk enquanto sequela do premiado ‘Uma Verdade Inconveniente’, é exibido no dia 30 de novembro e trata-se de “um filme que urge ver”, segundo Dario Oliveira.
O documentário ‘Grace Jones: Bloodlight and Bami’, de Sophie Fiennes, que passa dia 2 de dezembro, às 21h30, no Rivoli, é outro dos filmes apontados por Dario Oliveira e que aparece na secção Transmission (cinema cruzado com a música), sendo “muito mais do que um ‘biopic’” da cantora.
‘The Unseen’, do checo Miroslav Janek, exibido dia 1 de dezembro, pelas 16h30, no pequeno auditório do Rivoli, é outro dos destaques.
“É um filme inesquecível em que o Miroslav Janek acompanha uma escola de cegos a quem é distribuída uma máquina fotográfica e os miúdos fazem o registo diário das suas atividades. Como eles dizem, em determinado momento do filme, para que as outras pessoas saibam o que é o dia-a-dia deles. É um filme que retrata um quotidiano com uma poética de cinema e com uma franqueza impressionante”, resume Dario Oliveira.
O Porto/Post/Doc conta com uma competição internacional com 12 filmes e vários programas paralelos a decorrerem no Rivoli, no Passos Manuel, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e no Maus Hábitos.
No âmbito do programa ‘Highlights’, é exibido também em antestreia um dos filmes-sensação de Cannes deste ano: ‘120 Battements par Minute’, do marroquino Robin Campillo.
Há ainda um programa especial dedicado ao tema do Arquivo e Memória, criado em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, para exibir filmes recentes que utilizam material de arquivo, de onde se destaca o foco dedicado ao centenário da morte de Jean Rouch, “o revolucionário e grande amigo da cidade do Porto e de Manoel de Oliveira”, explica Dario Oliveira.
Com um orçamento atual que ronda os 130 mil euros, o festival espera agora pelo resultado dos apoios para o triénio 2018-2020.
Apostar na programação e, particularmente, num projeto educativo são outras prioridades, porque a “alfabetização a partir das imagens é fundamental neste momento”, afirma Dario Oliveira.
(Porto24)

05 novembro, 2017

Um Porto sólido, e solidário, bebe-se sempre bem


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Não faz o meu género deitar foguetes antes das festa, mas pelo que até ao momento foi capaz de fazer, em comparação com o que (não) fez Nuno Espírito Santo, tanto em termos de resultados, como no aspecto técnico e anímico, Sérgio Conceição deu passos de gigante.  Desse ponto de vista, o metro e noventa e um de NES, é de pigmeu ao lado de Sérgio.

Um homem que tem a coragem de lançar um guarda-redes novo e praticamente desconhecido como José Sá, e deixar a suplente uma vedeta de créditos firmados como Iker Casillas, sabendo o que isso significa num país como Portugal onde impera a má língua, só pode ser um homem de carácter. Aconteça o que acontecer, estarei sempre a seu lado.

Conceição, soube transformar uma equipa tímida e desmoralizada, por factores endógenos e exógenos, num conjunto de jogadores resistentes e combativos como já não havia memória. Pena é que o plantel seja curto, mas disso ele não tem culpa absolutamente nenhuma. Foi o que lhe deram para trabalhar. Mesmo assim, estou convencido que vai conseguir ter sucesso e ganhar troféus. E se tal não acontecer, é porque outros obstáculos se levantaram.

O que lhe desejo, assim como aos jogadores, é que sejam felizes, porque quem luta como eles têm lutado, é isso que merecem. E os adeptos também.