30 janeiro, 2009
O Absurdo Centralista
...
Depois, como diz Vivien, a contínua imiscuidade do Estado e do governo em todos os assuntos, faz com que o cidadão perca o hábito do esforço pessoal, com que se destrói toda a iniciativa individual e colectiva, toda a energia cívica; e os cidadãos, acostumam-se a aguardar que tudo venha de cima, que tudo lhes seja dito como é.
Então, como da capital do Estado vêm todos os juízos e todas as opiniões, a gente das províncias chega a uma efectiva impotência de pensar por sua conta. E como a imprensa de província é quase sempre decalque literal da capital do estado, aparece desta maneira uma opinião pública fictícia que ninguém se atreve a desmentir.
Há algo pior: a emigração da gente das províncias para a capital e das aldeias para as vilas. Entre nós, Madrid absorve grande parte do melhor das províncias, para fazer apodrecer sem dar fruto muitas e selectas inteligências na pestilência do seu ambiente nojento. Os artistas não são estimados enquanto não forem consagrados em Madrid, e têm à força de ir lá e acomodar-se ao gosto da crítica madrilena, sacrificando para isso a sua originalidade. deste modo, a corte esteriliza a vida nacional."
Moutinho, José Viale. Introdução ao Nacionalismo Galego. Livraria Paisagem, 1973, Porto.
nota: substituam imprensa por JN + RTP e Madrid por Lisboa e o texto continua, principalmente hoje, 35 anos depois de publicado, a ser ainda mais pertinente.
Um Apito Afinado, Finalmente!
Segundo noticiou o Porto Canal, estação de televisão regional do Norte, o Tribunal Constitucional (TC) validou a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de três de Novembro de 2008, que considerou as escutas telefónicas ilegais, possibilitando a João Bartolomeu, presidente da União de Leiria, recorrer do castigo que lhe foi aplicado pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga.
João Bartolomeu foi punido, em Maio de 2008, com um ano de suspensão e multa de quatro mil euros no âmbito do processo Apito Final, em que União de Leiria e o seu presidente foram acusados de corrupção, na forma tentada, no jogo com o Belenenses da época 2003/04. Da decisão, resultou ainda uma multa de 40 mil euros à SAD.
Com esta decisão do TC - de que já não há recurso -, o F. C. Porto e o seu presidente Pinto da Costa, a quem foram aplicados pela justiça desportiva a perda de seis pontos no campeonato de 2007/08 e uma suspensão de dois anos ao dirigente, podem solicitar a anulação dos castigos.
Do mesmo modo, o Boavista, que desceu à Liga de Honra, decisão tomada também com base nas escutas telefónicas, poderá igualmente apelar.
Contactada pela Agência Lusa, fonte ligada ao processo confirmou que no despacho de quarta-feira (28 de Janeiro), o TC "decidiu não tomar conhecimento do objectivo do recurso interposto pela Federaração Portuguesa de Futebol (FPF), por constatar que o Supremo Tribunal Administrativo não recusou a aplicaçao de qualquer norma constante de acto legislativo".
De acordo com o acordão do Supremo Tribunal Admnistrativo de 2008, a FPF foi intimada a proceder à devolução das escutas telefónicas a João Bartolomeu.
À FPF resta solicitar uma conferência de juizes do próprio TC para se pronunciar sobre este despacho.
OBS.
Federação Académica do Porto - Gestão Autónoma do Aeroporto Sá Carneiro
Em honra da nossa amiga paulista
neli araujo
Educação
Nota:
Arquitecto Manuel Correia Fernandes (in JN)
Este fenómeno não é apenas português ou europeu. A «crise histórica» que já estamos a viver tem uma escala planetária e, como já todos percebemos, não é apenas financeira, económica ou social, mas tem uma dimensão global e marcadamente política e
tem no defeituoso exercício da democracia a sua principal origem (eu, diria adulterado, na vez, de defeituoso, porque os defeitos corrigem-se, o adultério político, não. Pune-se! ).Assino por baixo e, por cima
Cliping (Dois em um)
29 janeiro, 2009
A «escaldante» água na fervura do Director do JN
28 janeiro, 2009
Frases pessimistas ou, realistas? A escolha é vossa
MAP/JN
AMP/TSF
Paulo Campos na Visão
27 janeiro, 2009
O outro Regime e este
26 janeiro, 2009
Associação de Cidadãos pede gestão autónoma do aeroporto
Alto e para o baile! Solidariedade indiscriminada, não!
25 janeiro, 2009
Gestão Autónoma do Aeroporto Sá Carneiro - Sessão Pública
No passado dia 22 de Janeiro decorreu, no auditório do Clube Literário do Porto, uma sessão pública organizada pela Associação de Cidadãos do Porto.
A sessão, conduzida por alguns dos dinamizadores deste movimento cívico, versou sobre a temática da Gestão Autónoma do Aeroporto Sá Carneiro, tendo sido expostas as preocupações relativamente ao modelo proposto para a privatização da ANA. Foram também apresentados os instrumentos de luta e divulgação a utilizar pela ACdP.
É entendimento da AcdP que o modelo para a privatização da ANA em bloco comporta sérios riscos não só para a Região Norte, como para todo o País, questionando-se relativamente à eficácia tanto de modelos baseados em monopólios, como de modelos com participação exclusiva de privados. Esta dúvidas são sustentadas tanto pela experiência internacional como por estudos desenvolvidos por entidades de credibilidade inquestionável.
A ACdP entende assim que estruturas de importância estratégica não podem ser geridas em função das mais-valias financeiras que o seu negócio proporciona, mas em função do desenvolvimento das regiões, onde esta mais-valia é injectada directamente no seu tecido económico, gerando receitas adicionais no turismo na opção Gestão Autónoma ,na ordem dos 400 milhões de euros, aumentando a competitividade das empresas exportadoras e a criação de 25000 empregos.
A vocação do Aeroporto Sá Carneiro tem que ser a de um instrumento estruturante ao serviço do Noroeste Peninsular e de duas das regiões mais deprimidas da Europa. Não é suposto que seja apenas parte de um negócio lucrativo para quem o explorar a partir de Alcochete.
A este nível, foi apresentada uma solução concreta e inovadora para o modelo de gestão do aeroporto, denominada de Parceria Público-Privada Auto-Regulada, segundo o novo modelo de Negócio Social proposto pelo Prof. Mohammad Yunus. A propriedade e gestão é privada e das autarquias, mas o seu objecto social não é a maximização dos seus lucros, mas o desenvolvimento da região, medido por indicadores económicos concretos. Após a recuperação do capital investido pelos accionistas, o aeroporto passará a ser a verdadeira fonte de rendimentos para as acções de desenvolvimento da região.
Para a defesa da Gestão Autónoma do Aeroporto Sá Carneiro, a ACdP tem desenvolvido algumas acções junto da população, destacando-se a afixação de cartazes em algumas das principais zonas da Cidade do Porto, incluindo os Aliados, Bolhão, Gonçalo Cristóvão, Cedofeita, Boavista, Ribeira, Campo Alegre e o Palácio. Está previsto um aumento da intensificação das suas acções junto da população proporcional ao aumento da dimensão do já enorme silêncio do Governo relativamente a todo este processo.
Na sessão pública foi também apresentado o site www.acdporto.org, onde podem ser encontrados, informações sobre a ACdP e as posições que defende, incluindo a apresentação desta sessão pública, e também diversos documentos relativos ao processo de privatização da ANA.