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Na edição de hoje do JN, onde extraí esta notícia, vinha igualmente publicado um inquérito do Centro de Estudos Sociais, feito a magistrados judiciais e do Ministério Público, sobre o que eles pensavam da reputação da Justiça aos olhos da opinião pública. Muitos assumiram que não era a melhor, mas responsabilizaram a comunicação social pelo facto.
Mesmo reconhecendo que a nossa comunicação social não é exemplar, que está longe de se poder orgulhar do serviço público que produz, é inadmissível que os juízes atirem para cima dos jornalistas a exclusividade das culpas pela má justiça que temos. Os juízes, como diz, com razão, Marinho e Pinto, pararam no tempo da outra senhora. Sendo órgãos superiores do poder, deviam exigir dos seus pares um nível de justiça muito mais elevado, condizente com o prestígio que deviam ter, e que agora sentem que perderam.
Governantes e presidentes da República, também têm culpas no cartório, porque durante estes 39 anos de democracia foram incapazes de intervir usando da famosa magistratura de influência em casos como os do artigo acima publicado, podendo assim evitar que temas desta natureza afogassem os tribunais de processos sustentados em invejas e boatos. Por exemplo, processos como o Apito Dourado e as escutas, que deram azo a toda a espécie de especulações, a discriminações pessoais e regionais, tendo o FCPorto e os clubes nortenhos como epicentro, resultaram no ostracismo socio-económico de que hoje a região padece, quando podiam ser reprimidos com um simples "raspanete" dos órgãos de soberania atrás referidos.
Governantes e presidentes da República, também têm culpas no cartório, porque durante estes 39 anos de democracia foram incapazes de intervir usando da famosa magistratura de influência em casos como os do artigo acima publicado, podendo assim evitar que temas desta natureza afogassem os tribunais de processos sustentados em invejas e boatos. Por exemplo, processos como o Apito Dourado e as escutas, que deram azo a toda a espécie de especulações, a discriminações pessoais e regionais, tendo o FCPorto e os clubes nortenhos como epicentro, resultaram no ostracismo socio-económico de que hoje a região padece, quando podiam ser reprimidos com um simples "raspanete" dos órgãos de soberania atrás referidos.
Há inúmeros exemplos que indiciam a falta de elevação dos Chefes de Estado e dos governantes das últimas décadas. Sempre se notabilizaram pela lei do menor esforço, pelo não me comprometam, aliando-se preguiçosamente a supostas maiorias como almofadas de conforto, sem se incomodarem com as fracturas regionais que a sua indolência pudesse originar. O caso aqui noticiado é paradigmático da negligência desses órgãos de soberania e do péssimo "funcionamento" dos tribunais.
O crime de difamação do Presidente do Benfica praticado na RTP [a tal do serviço público], contra a integridade da pessoa do vice-Presidente do FCPorto, Antero Henrique, prova como em Portugal é possível a determinado tipo de pessoas* brincar com a Justiça [e com os senhores magistrados], e fazer as acusações mais indecorosas que é possível imaginar, sem que o acusador seja julgado e punido em tempo útil. O processo de Antero Henrique a Vieira foi levantado em 2005, já lá vão 8 anos, mais precisamente, 2.920 dias [sem os bi-sextos], 70.800 horas. E o arguido não compareceu mais uma vez em tribunal...
Afinal, a quem querem os senhores magistrados enganar? A eles próprios? Será assim possível medir o respeito da Justiça pelos cidadãos? Por que não esquecem o sindicalismo da classe colocando-se ao nível do simples operário? É imperativo saber ser digno do estatuto que outrora já tiveram. É um crime destruir os alicerces da democracia, como são, e sempre foram, a JUSTIÇA!
* Vale e Azevedo - curiosamente, também ex-presidente do Benfica -, não só escarneceu com a justiça como vexou todos os que a representam. Foi preso em 2001, mas em 2008 fugiu para Londres onde viveu como um nababo, voltando a ser detido apenas em fins de 2012.
Ninguém duvidará da celeridade desta mesma "justiça" se a provocação e a desobediência tivesse partido de um cidadão desconhecido, mesmo que muito honrado.
* Vale e Azevedo - curiosamente, também ex-presidente do Benfica -, não só escarneceu com a justiça como vexou todos os que a representam. Foi preso em 2001, mas em 2008 fugiu para Londres onde viveu como um nababo, voltando a ser detido apenas em fins de 2012.
Ninguém duvidará da celeridade desta mesma "justiça" se a provocação e a desobediência tivesse partido de um cidadão desconhecido, mesmo que muito honrado.