31 dezembro, 2015

2016 NOVO



Resultado de imagem para imagens de fim de ano no porto

Que toda a esperança, sensatez, emoção e felicidade, caiam como uma imensa chuva global, para fazer do mundo um sítio melhor para se viver. Anseio sinceramente que as expectativas para 2016 passem depressa a realizações de alegria e bem estar, para todos, principalmente para os que mais precisam.

BOM ANO!

30 dezembro, 2015

Criticar pode ser construir


Resultado de imagem para museu do FCPorto

Tenho duas opiniões antagónicas àcerca da comunicação virtual. Por um lado, permite aos cidadãos de todo o mundo trocarem opiniões sem sequer se conhecerem pessoalmente. Por outro, propicia aos frouxos e pobres de espírito, excelentes oportunidades para - a coberto do anonimato -, destilarem fel acumulado e insultarem, em vez de comentarem seriamente os seus pontos de discórdia. Esta, é uma das razões por que prefiro expressar-me no blogue e abdicar de maior visibilidade nas redes sociais como o Facebook onde os comentários são bem mais imoderados e impessoais. Só o tempo que ia perder a eliminar essa peçonha chamada anónimos, justifica a opção de me ficar pelo blogue. Prefiro assim. 

Costumo acompanhar, e por vezes comentar, na blogosfera portista, que é o mesmo que dizer que conheço a angústia por que estão actualmente a passar. Mesmo aqueles que, com louvável contenção, preferem esconder o que lhes vai na alma a criticar o FCPorto, a sua estrutura directiva, o seu presidente, ou o seu treinador. Pensam talvez que essa postura lhes confere um ascendente de amor clubista superior aos que dizem o que pensam.

Em Portugal, a crítica é ainda vista como uma coisa perniciosa, quase profana, um manifesto do mal. Ainda me lembro, com muita saudade, de uma espécie em vias de extinção (ou mesmo já extinta) chamada críticos de televisão que muito contribuíram para ensinar os espectadores  a avaliar mais a substância e a dispensar o fútil. Estou-me a recordar de um chamado Mário Castrim, que nos anos 70 assinava uma rúbrica no Diário de Lisboa, dedicada aos conteúdos de televisão. Hoje, se ainda fosse vivo, faria corar de vergonha os produtores de tv da actualidade. Os Big Brothers e os Dias Seguintes iam cedo à falência, mas o público passava a ter outro tipo de exigências...

Bem, mas vamos ao que interessa. Como é possível ficar indiferente ao FCPorto da actualidade e ao seu Presidente? Como é possível continuar a confiar num homem que já não é o mesmo? Os tempos mudaram, é verdade. Não podemos pedir que os métodos de acção de Pinto da Costa de hoje sejam os mesmos do passado, como sempre se impunha quando queria fazer ouvir a sua voz. Mas deixar de ter voz, ou falar de banalidades, não parece ser a melhor adaptação aos novos tempos.

Hoje o FCPorto tem uma "ferramenta" poderosa que outrora nunca teve, ao contrário dos clubes do regime que sempre foram privilegiados pelos media privados e do Estado, e contudo não tem sabido usá-la para defender os seus interesses legítimos. Tem o Porto Canal, mas Pinto da Costa raramente lá vai. Chama aos estúdios alguns autarcas do Norte e despreza o da própria cidade, apesar da amizade entre Pinto da Costa e Rui Moreira. Mas que raio de amizade será esta? Do tipo vai-vem, como a que parece ter com o presidente do Marítimo?

Ao contrário de outrora, o FCPorto de hoje promove jogadores antes de mostrarem o seu valor e de se integrarem no clube. Os jogadores usam o canal para spots publicitários de moda, como Quaresma (caprichoso), e recentemente com Osvaldo, que nem sequer teve ocasião para provar ser uma mais valia para o clube. Estimula-se a vaidade individual, antes da exigência desportiva, e espera-se que os jogadores entendam a mensagem como um sinal de rigor e austeridade. Jogadores e treinador, foram entregues a si próprios. O Presidente hoje já não aparece, como fazia antes, nos momentos chave para os defender da pressão dos media. Quando aparece, chega sempre tarde, para dizer nada. Será falso isto? Haverá algum portista honesto que não concorde com esta descrição? 

Sábado, o treinador Lopetegui vai ter um teste derradeiro, mas Pinto da Costa também... Se falhar, se não vencer em Alvalade, nada estará perdido, mas não deixará de ser um retrocesso de 2 pontos. Nada estará perdido, é verdade... Mas, colocará Pinto da Costa a sua teimosia à frente dos interesses do FCPorto e voltará a reforçar a confiança em Lopetegui?

Falemos claro. Houve épocas, não interessa agora como nem quando, que Pinto da Costa despediu treinadores com o campeonato a decorrer (cinco), sendo que o último foi Paulo Fonseca, portanto não é nada de insólito. A questão que se põe é: terá mesmo o presidente portista confiança nas competências do treinador, ou irá mantê-lo apenas porque acha que não vale a pena arriscar noutra pessoa? O momento, não é o ideal para ir ao mercado, mas então porque não o fez com calma no início da época passada e foi buscar Lopetegui cujo currículo era pouco mais que o de seleccionador dos Sub-19, 20 e 21 de Espanha?  Não foi uma aposta de risco? Portanto, corremos riscos na pré-época e agora tememos fazê-lo com Lopetegui a revelar óbvias dificuldades nos momentos decisivos? O risco é dele, é certo, mas isso para os portistas pode significar mais uma época sem ganhar nada, mas também o fim da confiança em Pinto da Costa...

Falemos mais claro ainda. Nada me move contra Lopetegui, até simpatizo com ele. Já o apoiei muitas vezes, mas nada é perene, porque antes do mais,  move-me tudo a favor do FCPorto. Não quero ver o nosso clube transformado num museu passadista, nem muito menos num palco de vaidades e oportunismos. Quero continuar a ver o FCPorto como um grande clube de futebol que é, de grandes jogadores, com ALMA e ALEGRIA, e não esta amostra tristonha que vemos agora. 

Lamento deixar no ar uma ideia demasiado negativa, mas tenho poucas expectativas na manutenção do primeiro lugar no Campeonato. Não vejo solidez, constância, força anímica, nem qualidade que me convençam. Estou apenas a traduzir com honestidade aquilo que os meus olhos vêem desta nossa equipa.

Mas, nada é impossível. Mais do que uma victória em Alvalade, interessa-me saber se equipa e treinador terão estaleca para manter a fasquia alta para o que resta das competições em curso.

PS-Nada do que está aqui escrito ensombra o muito de bom que Pinto da Costa trouxe ao clube. Há um tempo para tudo. Se as capacidades estão intactas, os méritos têm de ser traduzidos em acções. Se essas acções não têm a mesma objectividade, se ignoram sócios e apoiantes, é porque chegou o tempo de parar e dar o lugar a outros. O arquivo registará o passado e só ficará imune a desvios se houver a modéstia de reconhecer que o nosso tempo passou.


29 dezembro, 2015

FCPorto aburguesado, 1 - Marítimo, 3

Tello: um dos piores em campo, a par de Marcano
Ponto 1º:
Quando é o próprio Presidente a desvalorizar uma prova em que o seu clube participa, quem é que vai valorizá-la?

Ponto 2º:
Quando a confiança dos adeptos assenta numa espécie de fé beata e não na força mental da equipa e na qualidade técnica do treinador e dos jogadores, não há confiança que resista.

Ponto 3º:
Quando o Presidente dá proridade aos contratos milionários e aos museus, esquece a produção da equipa principal e reforça a confiança num treinador que já deu provas de não ter unhas para um clube como o FCPorto do "passado" recente, os resultados não podem ser outros que não estes. Nem sempre se aplicam as mesmas regras para casos diferentes...

Ponto 4º:
Quando se perde um jogo em casa com uma equipa como o Marítimo na véspera de um jogo importante para a manutenção do 1º. lugar do Campeonato a disputar na casa do adversário, é pouco expectável que a moral para esse jogo seja a melhor.

Nota:
Lamento que as prestações de jovens jogadores como o André Silva, Victor Garcia e Sérgio Oliveira, que até nem jogaram mal, tenha sido manchada por uma defesa de papel.  

28 dezembro, 2015

As 7 virtudes imortais do meu FCPorto

Preferia ver estes sorrisos no fim da época

Antes de mais, reitero aos amigos e leitores do Renovar o Porto os meus votos de boas festas e de um Bom Ano 2016, esperando que o Natal tenha sido bem passado e em óptima companhia.

Ainda 2015 não terminou e o FCPorto decidiu dar uma excelente prenda à comunidade portista e a Pinto da Costa (que fez ontem 78 felizes anos), com o anúncio de um contrato de direitos televisivos com a PT/Altice no valor de 457,5 milhões de euros. É sem dúvida uma boa notícia, levando em conta a actual situação do país e a necessidade de angariar verbas para os desafios e compromissos assumidos pelo FCPorto para um período de 12 anos. 

Há no entanto uma dúvida, que devia ser esclarecida quanto antes, que é saber se  a partir de Janeiro do próximo ano, os clientes da NOS deixarão de ter acesso ao Porto Canal e aos conteúdos desportivos. Sinceramente, não sei se isto vai ser assim e se é legalmente aceitável do ponto de vista contratual entre operador e cliente, mas se não é, então pode ter-se aberto aqui um precedente. No meu caso, por exemplo, sempre preferi a oferta da NOS, por conter um pequeno leque de canais mais interessantes que a MEO, não obstante a maioria serem praticamentes iguais. "Obrigarem" os portistas a mudar de operadora para verem o canal, é tudo, menos correcto. Veremos,  entretanto o que vai acontecer.

Sendo o negócio importante para o clube, não deixo contudo de manter alguma apreensão com a realidade que são os resultados desportivos. Chegamos ao primeiro lugar da Liga mesmo no fim da primeira volta (vale mais tarde que nunca, já sei) a um ponto de avanço do 2º classificado, o Sporting, com quem jogaremos, por ironia, no início da segunda fase fora de casa. A questão que me coloco, e coloco também aos leitores, é a seguinte: estamos confiantes, ou temos de estar confiantes?

A resposta que a mim me cabe dar e que apresentarei a seguir, é ao mesmo tempo um desafio às dúvidas que certamente nos invadem, a resposta dos leitores, caberá naturalmente a cada um.

Uma coisa vos garanto, se o FCPorto fôr a Alvalade e sair de lá com os 3 pontos, ficarei muito contente, mesmo que a exibição não convença, mas pessoalmente preferia que saísse com uma victória convincente. Para que tal possa acontecer, será preciso estarem reunidas certas condições. Vamos a elas:
  1. Concentração do 1º ao último segundo de jogo, e tempo de descontos
  2. Força física e psicológica (preferencialmente)
  3. Assertividade e concentração nos passes, remates e desmarcações
  4. Marcação alta com tempos de pressão correctos (*)
  5. Velocidade de execução
  6. Lateralizar ou atrasar o jogo q.b., só e apenas para reorganizar os ataques
  7. Ter calma, sem nunca a confundir com lentidão 
(*) Chegar à bola antes de o adversário a controlar

Eis aqui uma sinopse de itens capazes de fazer a diferença entre estar confiante e ter de estar confiante. A primeira, implicará cumprir restritamente as 7 virtudes acima citadas, para a segunda, é simples, é como jogar no Euromilhões e confiar que a sorte nos proteja.

Teremos nós equipa para num só jogo reunir essas virtudes?