01 março, 2014

Sara Sampaio, a top model tripeira que o Porto Canal não conhece...


Segundo a teoria da rentabilidade defendida pela comunicação social, estas imagens vendem. Até pode ser verdade, e nem vou discutir agora se concordo, ou não. O que sei, é que tal como os outros media, o Porto Canal segue a mesma tese, e sendo assim, em vez de recorrer à prata da casa (e que prata...), inspira-se na socialite que vem de Lisboa, limitando-se a copiar o que já é conhecido.

Ora aqui estava uma boa oportunidade para ser original e dar mais visibilidade ao canal da Senhora da Hora com gente do norte, sem precisar de se abastecer na capital... 


Já tinha prevenido que se não o fizessem depressa, seria a concorrência a fazê-lo. Foi o que aconteceu. Ontem foi a TVI que deu a melhor cobertura à notícia que dava a modelo portuense como a 28ª. mais sexy do planeta (num restrito grupo de 30) no site "Models.com".

Ah grande Hélder, já não há muitos tripeiros como tu

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27 fevereiro, 2014

FCPorto, uma alegria para durar?

São 18H40,  poucos minutos decorridos após o 1º. golo sofrido pelo FCPorto na sua deslocação a Frankfurt.  

Posso dizer, sem risco de me enganar, que está a acontecer o que já era previsível, ou seja, os jogadores começaram a jogar como sempre, a mostrar boa vontade, a correr como loucos atrás da bola, a procurar passá-la com a ansiedade do costume, a cansar-se tentando pressionar o adversário sem saber bem como, mas a bola raramente ameaça a baliza adversária. Causa: o sistema de jogo de Paulo Fonseca [se é que aquilo é um sistema] é o mais anárquico e suicída que alguma vez vi praticar num campo de futebol (sobretudo no Dragão).  

Não sei se o FCPorto irá sofrer mais um, ou dois golos, mas se tal acontecer ficarei menos surpreendido que convencido que  conseguirá dar a volta e marcar os golos suficientes para passar esta eliminatória. Acredito mesmo assim, mais na iniciativa individual dos jogadores, que no trabalho da equipa (e não é de agora), porque esse, foi completamente aniquilado pelo treinador. No futebol, como em tudo na vida, há a sorte e o azar, mas não há milagres. O que há de mais parecido com os milagres é a competência, só que para haver competência é preciso que haja um mestre competente e não um desvirtuador de técnicas e de tácticas. Veremos como será a 2ª.parte...

E a 2ª. parte...
começou com os erros do costume, com os jogadores a procurarem autonomamente organizar o jogo que o treinador não consegue. Com mais coração que cabeça, a equipa lutou muito mas sofreu golos inacreditáveis resultantes do posicionamento anárquico da defesa e não por causa da sua qualidade individual. Lutou, correu, acertou melhor o jogo e conseguiu o empate fruto da participação de um Ghilas raçudo que o treinador tardou a descobrir e a dar mais oportunidades. Não sou bruxo, prevejo simplesmente. O FCPorto sofreu de facto mais dois golos após o primeiro, mas soube conquistar o empate por mérito exclusivo dos jogadores. Nem sempre é verdade a máxima que diz que quando se ganha ou  perde, ganham ou perdem todos. Retirarei esta ideia se futuramente o treinador me provar que estou enganado. Neste jogo de tira-teimas, eu quero enganar-me,porque o êxito de Paulo Fonseca será o êxito do FCPorto.

Claramente, duvido que Paulo Fonseca saiba explorar este sucesso para o futuro próximo, e muito menos para o remoto. Se me enganar perco eu, mas não me importo se isso levar o FCPorto ao lugar que lhe compete que é a liderança.


26 fevereiro, 2014

Os vampiros de sempre precisam de sangue ...

Um dos rostos do centralismo

... e o FCPorto põe-se a jeito para lho dar.

Lá estão eles de novo, essa escumalha humanóide avençada por RTP's, SIC's e TVI's , a fazer o que melhor sabem, que é denegrir a imagem do FCPorto na pessoa de Pinto da Costa. Ei-los cheios de euforia estérica, a tentar abanar a estrutura do FCPorto para assim poderem ditar à vontade quem deve ser campeão dentro e (sobretudo) fora dos recintos de jogo. Ei-los a mostrar ao país (acordado) o que é para eles a verdade desportiva.

Decorridos tantos anos de ataques, ciladas, boatos e acusações, custa a crer que haja alguém neste país com um pingo de seriedade e inteligência que ainda duvide da prepotência do centralismo e pense que estas coisas não passam de rivalidades clubistas. O mais piadético, é haver ainda quem se iluda com o critério "democrático" como as televisões centralistas escolhem os adeptos do FCPorto para debates que nada têm de desportivos a não ser o nome. Primeiro, porque só falam de uma modalidade, que é o futebol -apenas uma das várias modalidades desportivas -, e depois porque no caso do FCPorto, o tema tem uma única finalidade que é tentar convencer a opinião pública que o nosso clube é beneficiado pelas arbitragens e em todos os jogos. 

No programa da RTP, "Trio de Ataque", o adepto portista é o Miguel Guedes, um rapaz com boa capacidade de argumentação, mas demasiado brando para reagir à altura  às provocações dos opositores, que passam frequentemente os limites do razoável. Na SIC, temos o José Guilherme Aguiar, um  político salta-pocinhas que a troco de uma avença se presta ao papel miserável de permitir tudo e mais alguma coisa ao seu rival vermelho (Rui Gomes da Silva), a pior  escória  dos políticos portugueses. Na TVI, está um Manuel Serrão que ainda vai ridicularizando os opositores, mas que até já se permite ser insultado em directo pelo tresloucado médico Eduardo Barroso. Finalmente, e também na SIC, agora convidaram o António Oliveira, um tipo esperto, mas altamente oportunista, portanto o tipo ideal para manipular.

Não admira pois que, já andem com sugestões, dizendo o que Pinto da Costa deve ou não fazer (querem que ele se demita) e quem deve ir para o seu lugar, como se os portistas não tivessem voto na matéria... E quem haveria de ser o putativo candidato? António Oliveira, claro. Como eles são tão nossos "amigos"... Mas o vampiro da SIC não se fica por aqui e quer que Angelino Ferreira, o Director Financeiro que se demitiu (recentemente), seja readmitido. Quem melhor que um "demissionário" para reocupar o cargo? O mesmo, claro. Eles adoram os homens vulneráveis do FCPorto para melhor deles se servirem e assim o abalarem.

Pela parte que me toca, esta gente menor, portistas de ocasião e anti-portistas, é a que menos me preocupa de momento, porque está identificada e sabe-se do que é capaz. Agora, o mesmo não se pode dizer do actual FCPorto. E nem me refiro ao actual momento desportivo e à inadequação aparente de Paulo Fonseca para liderar e treinar um clube com a história e as ambições do FCPorto. O que me preocupa (e já não é de agora), é a política de comunicação que é pobre. Não me refiro tão pouco ao site, que melhorou razoavelmente mas não tem peso em termos  mediáticos. Refiro-me à apatia (não sei se consciente) que o clube vem mostrando no que toca à produção de meios que ajudem a desmascarar essa máquina de propaganda anti-portista que se faz em Lisboa e que tantos dissabores tem causado à sua imagem e ao bom nome do presidente. Não me interessa que me digam que o FCPorto tem ultrapassado com sucesso (algumas vezes em tribunal e com custos elevados) a maioria das ratoeiras que lhe montam, o que me interessa é pô-los em respeito, de forma a salvaguardar a tranquilidade necessária para tratar exclusivamente do desporto. Será que ninguém entende o desgaste provocado por esta política de silêncio?

É isto que está a falhar. Hoje o FCPorto dispõe de uma ferramenta preciosa que é o Porto Canal e não está a saber tirar partido dela. E por favor, leiam bem o que escrevo, voltem a trás se tiverem dúvidas, mas não me interpretem mal, desistam de querer manipular o que não vos agrada. Não é honesto.  Não quero, nunca quis, um canal exclusivamente ligado ao desporto. Isso seria a pior coisa que se podia fazer. O que não quero é um canal indolente, permissivo, subserviente e copista. Sim, é verdade  que já faz o que outros não fazem, que é andar pelo interior norte e centro a dar a visibilidade que aquelas regiões precisam. Mas ainda é pouco. Se sobra tempo para os "notáveis" da capital, por que carga de água não há-de haver tempo para essa gente? Se o argumento tem a ver com o facto de se tratar de notabilidade, de vendas fáceis, então mais vale mudar o canal para a capital. Um canal do Porto para ter mundo não pode, nem deve, depender de Lisboa, nem dos seus protagonistas. Isso é antítese da descentralização. Não estou a dizer para lhes fecharem radicalmente as portas, até porque também lá existe gente interessante, o que estou a dizer é que o façam lá mais para diante, só depois de bem cobertas as regiões que tão carenciadas andam de atenção. Não é só uma questão de justiça, é uma questão de prioridades e lógica.

Se os vampiros querem sangue, é o FCPorto quem lhes está a oferecer as veias. E o Porto Canal, o que faz? Consente, calando. Mas, tal como no futebol, a culpa também é do clube, seu proprietário.

PS
O maior acto de portismo e de desprendimento material que os adeptos paineleiros do FCPorto podiam assumir era renunciar à participação em programas de debate desportivo na televisão. Por várias razões: porque esses programas são anti-democráticos, insanos para a mente, e têm uma principal missão: destruir o ciclo de sucessos do FCPorto. Mas, isso sou eu a sonhar. O portismo de muitos não vai tão além... É a vidinha. Mas, será que precisam assim tanto de dinheiro? Ou, estarão na miséria?


24 fevereiro, 2014

Mantenho o que disse sobre o Porto Canal

Quem tiver dúvidas sobre o que vou dizer a seguir, poderá, se entender dar-se a esse trabalho, procurar no Renovar o Porto tudo o que disse de positivo sobre o Porto Canal e que coincide em muitos aspectos com o que o antigo Presidente da Câmara escreveu sobre o mesmo no artigo que copiei do JN e que colei mais abaixo. Portanto, eu não vejo as coisas só a preto e branco, vejo-as conforme elas se me apresentam no tempo, sem fechar os olhos ao que considero negativo.

Entretanto, o tempo foi-se passando e as cores (coisas) bonitas do Porto Canal foram sendo paulatinamente dominadas por um excesso de confiança que às vezes roça a negligência e que devia merecer outra atenção da parte dos responsáveis. Há pormenores e pormaiores que não podem ser esquecidos a quem quiser fazer uma apreciação imparcial à forma como vem sendo gerido o Porto Canal. 

Desde as notícias em rodapé, que mesmo vizualizadas num ecran de 30 polegadas são passadas numa banda extremamente estreita que tornam a leitura quase impossível, sobretudo para as pessoas mais idosas e com limitações de visão, até às gravações repetidas cinco, seis e mais vezes, em espaços de tempo muito curtos, provam que algo está mal. A acrescentar a isto, os directos, as notícias na hora, parecem não constar na agenda editorial da direcção. Se nos queixamos (e com razão) da distorção de certas notícias dos canais de Lisboa, também nada se faz para as contraditar. Portanto, nestes aspectos as coisas não andam bem. Depois, assiste-se a uma confragedora bajulação com determinadas figuras públicas da capital já conhecidas e que no percurso das suas carreiras nem sequer mostraram grande interesse pelo Norte e pelo Porto em particular. Mas, o pior, quanto a mim, é a completa indiferença pela parte de quem dirige com a péssima impressão que estas coisas deixam nos espectadores mais atentos que, involuntariamente são empurrados para os canais de Lisboa por falta de comparência do Porto Canal.

É isto que Fernando Gomes não diz no seu artigo. Compreendo-o, porque ele precisa da televisão, mas não concordo. A avaliação para ser séria, tem de ver os prós e os contras, não pode fechar os olhos a erros básicos. E eles estão a ser cometidos com alarmante frequência.  

23 fevereiro, 2014

O Canal do Porto


Antes de abordar o tema que hoje me propus tratar, devo exarar aqui, de novo, a minha declaração de interesses - sou sócio do Futebol Clube do Porto e membro dos órgãos sociais do clube. Tal circunstância não impedirá, contudo, que eu possa pronunciar-me de forma isenta e objetiva sobre o papel cada vez mais relevante que o Porto Canal tem vindo a desempenhar na valorização da cidade e da região.

Quando foi público o interesse do FCP neste canal televisivo, que estava a passar por sérias dificuldades para se afirmar num meio altamente competitivo, logo houve quem pensasse que o Porto Canal viria a ser mais um canal de desporto, igual a tantos outros que vemos quando percorremos a enorme oferta de canais afetos a clubes desportivos que a televisão nos proporciona. No fundo, seria mais um canal para ser visto exclusivamente pelos adeptos mais ferrenhos fora dos dias em que houvesse transmissão desportiva. E isso, disse-se, seria redutor para uma região que tinha cada vez menos força em matéria de órgãos de Comunicação Social que pudessem falar ao país a partir do Porto e do Norte.

Mas, felizmente, não foi assim. Os receios dos que temiam ver enfraquecida mais uma voz, independente e autónoma, na defesa dos interesses gerais da cidade e da região, rapidamente se desvaneceram. O Futebol Clube do Porto e os profissionais competentes que trabalham no Porto Canal souberam não cair na tentação do trabalho fácil e redutor que significaria transformá-lo em mais um canal desportivo monocolor. Bem pelo contrário. A entrada do FCP na programação regular da estação televisiva deu origem a uma séria reformulação dos seus conteúdos enquanto canal generalista com uma vertente desportiva centrada no Futebol Clube do Porto, quanto baste.

Há muito que pensava fazer uma referência pública de apreço por todos quantos contribuíram para o sucesso deste projeto. Mas o que agora me levou a não protelar esta referência foi o aparecimento na semana passada de um novo programa que tem como principal protagonista Luís Filipe Menezes. Interpelado por Juca Magalhães, Menezes aborda os principais acontecimentos no país, com especial incidência na atualidade política e económica e uma vez por mês tem um convidado de sua escolha que participa no programa para debater assuntos de grande relevância nacional.

Confesso que pensei que este seria mais um daqueles shows de análise e debate político que enxameiam os canais televisivos todos os dias da semana. Mas não. Assistimos a um momento televisivo de grande qualidade, em todos os seus aspetos.

Desde logo o espaço criado para o programa. Sóbrio, elegante, bem desenhado, moderno, constitui a meu ver o cenário mais bem conseguido de todos quantos podemos ver em programas semelhantes. Depois, a postura e as questões tratadas por Luís Filipe Menezes. Não deixando de abordar a sua muito expressiva derrota nas eleições autárquicas, soube assumir os seus erros e ter palavras de apreço e incentivo para Rui Moreira, o candidato que o derrotou. A referência ao seu sucessor em V. N. de Gaia é justíssima. Eduardo Vítor tem relevado a obra do seu antecessor, sem nunca procurar atirar para cima do Executivo anterior as culpas do que ainda não conseguiu realizar, comportamento que, reconheça-se, é cada vez mais raro.

Por outro lado, Menezes conseguiu trazer ao debate o ministro Poiares Maduro, figura central da polémica que opõe o Governo aos autarcas e instituições nortenhas a propósito da repartição dos fundos comunitários, confronto que nessa semana tinha atingido o seu ponto mais crítico. E foi incisivo e incómodo para o ministro, levando-o a esclarecer algumas questões que até então continuavam duvidosas. Juca Magalhães soube intervir quando era necessário, sem dar a ideia sempre desagradável para quem assiste de que as perguntas e respostas estavam meticulosamente combinadas entre ambos. E, finalmente, a duração do programa tem o tempo certo.

Esta semana, o registo foi semelhante, anunciando-se desde já a participação de Miguel Cadilhe no próximo programa. Outra boa escolha. A manter-se esta qualidade em programas futuros, o Porto Canal pode orgulhar-se de estar a competir, neste domínio, com as mais poderosas estações televisivas, apesar da brutal diferença de meios que os separa.
Com a agonia da RTP a partir do Monte da Virgem, o Porto Canal é cada vez mais quem presta no Norte o serviço público de televisão. Repete-se, uma vez mais, a história no Norte - são os privados quem resolve, sempre, aquilo de que o Estado se demite.
(do JN)
Nota de RoP:
Amanhã escreverei algo sobre o que o olhos de Fernando Gomes não quiseram ver de reprovável do Porto Canal