... chega-se à triste conclusão que não temos equipa para lutar pelo campeonato. Não me lembro de ver o FCPorto ter equipas tão previsíveis e fáceis de controlar como esta e as dos últimos 3 anos. O futebol praticado é por demais previsível e lento para surpreender os adversários. Os jogadores continuam a cometer muitos erros.
Há um hábito que define as dificuldades dos nossos jogadores para provocarem desiquilibrios, que é jogarem com frequência de costas para a baliza adversária muitas vezes ainda no seu meio campo, o que os obriga a rodar para ver a quem devem passar a bola com o risco de a perderam por terem logo atrás um adversário para a roubar.
Por outro lado, e apesar das muitas correrias, para trás e para a frente, da posse de bola e do jogo afunilado, não se vêem desmarcações rápidas, o que facilita igualmente os defesas contrários. Acresce, evidenciar-se outra vez uma grande falta de confiança na concretização. Os jogadores quando chegam junto da áera adversária fazem-mo com tanta ansiedade que, ou não acertam na baliza, ou acertam nas pernas do adversário, ou enviam a bola para as mãos do guarda-redes. Sinal dessa ansiedade, é o maldito vício de colocarem as mãos na cabeça logo após efectuarem os remates. Estes gestos traduzem sobretudo uma manifesta falta de confiança e com um grande inconveniente, que é transmitir a negatividade ao resto da equipa (e até a nós, espectadores).
Que diabo, pelo menos que o NES saiba acabar com essa tremideira das mãos na cabeça, própria de perdedores, porque isso só é tolerável em jogadores que raramente falham, o que não é o caso dos nossos, infelizmente.
Como só vi o jogo a partir dos últimos 10 m da 1ª. parte, não sei se o árbitro deu as fífias a que estamos habituados, mas, por aquilo que vi, não foi por ele que não ganhamos. Por último, falta muita maturidade à equipa, falta-lhe sentido de oportunidade, enfim, aquela ratice dos grandes jogadores.
Do treinador, só digo que estou cada vez mais decepcionado, tal como estou com o presidente.