26 março, 2010

Phil Collins



Bom fim de semana

Air Race Porto/Gaia/Lisboa - Partilhar o que nos roubaram

Decorridos vários anos de sucessivas tentativas de decresdibilização e de aniquilação do FCPorto pela parte do Poder Central de Lisboa - que entretanto ajudou a empurrar o Boavista e o Salgueiros para os escalões secundários -, os portuenses foram confrontados com outro tipo de assalto, desta feita, menos subtil: a usurpação e consequente desvio do evento da Red Bull Air Race, do Porto para Lisboa. Naturalmente, que esta patriótica decisão veio gerar muitos protestos entre os portuenses e aumentar a revolta com as vilanias de que continuam a ser vítimas pelas hostes centralistas. Muito se falou e escreveu sobre o assunto.
Entretanto, por razões ainda pouco claras [que o futuro se encarregará de explicar], o Presidente da Câmara de Lisboa, autor da malandrice, estabeleceu um acordo de cavalheiros com os Presidentes das Câmaras saqueadas [do Porto e Gaia] de onde resultou a alternância da realização da prova entre Porto/Gaia e Lisboa. Por aquilo que me apercebi, a notícia aparentemente positiva, não gerou o entusiasmo que se esperaria junto dos portuenses. Soube-lhes a refeição requentada...
Por seu lado, o edil portuense, homem de vistas curtas e com imensos complexos centralistas, aceitou o acordo com a mesma humildade que o pedinte aceita a esmola, convencido de ter retirado da cartola um rechonchudo coelho para tripeiro consolar. Alguns, ao que parece, ficaram mesmo consolados, o que é um péssimo sinal.
Para mim, isto é estranho. Quer dizer, sempre que nós chamámos a atenção para a discriminação que se continua a fazer com o Porto e o Norte do país, vendo verbas comunitárias [QREN] que nos estavam destinadas a serem desviadas para Lisboa, somos imediatamente tratados como calimeros, agora, quando fomos roubados como fomos com a Red Bull Air Race, ainda temos de negociar com os larápios e dar pulos de contentes? Mas, que gente é esta que agora vive entre nós? Serão tripeiros mesmo, ou simples imigrantes?
Honra terão de me prestar por não me deixar embarcar em modas. Aqui, sempre me opus a slogans politicamente correctos. Nunca augurei nada de bom com aquelas lindas frases como, "do Porto para o Mundo", que nos andaram a impingir como se fossemos tontos, ou com os discursos castradores da nossa identidade. Cada vez me convenço mais que o Povo do Porto, o mais castiço, o povo da rua, é o menos culpado pela situação decadente da cidade.
Se há classe social a quem devemos pedir responsabilidades, é à da alta burguesia. Foi essa classe que mais concessões fez ao centralismo e que permitiu a espoliação dos sectores mais fortes da nossa economia. Sedes de Bancos, de Jornais, de Seguros, de Empresas, de Televisão, organismos do Estado e empresariais que em tempos de Ditadura se impunham no Porto, em Democracia já não existem! Como é possível? Será que os ignorantes dos nossos políticos desconhecem que foi pela degradação social e económica da Democracia que Adolfo Hitler implantou a Ditadura e acusou os judeus de todos os males da Alemanha? Imaginam porventura estes cavalheiros a quantidade de inocentes que morreram acusados por crimes que não cometeram? Não, estou convencido que esta geração de políticos não leu nada sobre o assunto.
Por isso, talvez só mesmo a ignorância explique por que é que 90,3% de um painel de entrevistados respondeu SIM a um inquérito promovido pelo semanário Grande Porto à pergunta: «É boa a solução encontrada para que a Red Bull Air Race se dispute alternadamente entre Porto e Lisboa?». Entre eles, contam-se personalidades bem conhecidas dos portuenses, como o Manuel Serrão, o Carlos Abreu Amorim e o actor António Reis. Só três, votaram NÃO, sendo o socialista Pedro Baptista o mais conhecido.
Mas que raio está a acontecer com os portuenses? Onde pára o orgulho tripeiro, para além das portas do Estadio do Dragão?
Pessoalmente, preferia mil vezes ver completamente reabilitados dois ou três quarteirões do centro urbano do Porto, do que as corridas de aviões da Red Bull, mas, já que Rui Rio [e quem nele votou], não tem capacidade para tanto, pedia-se-lhe, no mínimo, que soubesse presevar o que foi de sua lavra [e de L.Filipe Menêzes]. A Air Race foi um evento a que os tripeiros e todos os portugueses aderiram entusiásticamente, dinamizou durante uns dias o turismo e o comércio locais. O espectáculo impressionou favoravelmente e a economia mexeu, ainda que por poucos dias.
Então, porque é que Rui Rio e L.F.Menêzes, não subiram a parada uma vez aberto o precedente pelo Presidente da Câmara de Lisboa de desviar para a capital um evento do Porto e não incluíram no pacote negocial uma outra contra partida em regime de alternância? Por que é que não negociaram também o Rock in Rio alternadamente? Aí sim, toda a gente saía bem na fotografia - incluindo o Presidente da Câmara de Lisboa -, e Porto e Gaia teriam revertido a situação. Agora, regozijarmo-nos por repartirem connosco aquilo que antes nos usurparam, parece-me próprio de atrasados mentais, de coitadinhos.

25 março, 2010

Outra pérola jornalística

Dizem que Hugo Gilberto, o pivôt do programa Trio de Ataque, é simpatizante do FCPorto. Não sei se é verdade, mas se é, preferia que não fosse, porque a simpatia que revela pelo clube é do tamanho de um feijão, comparada com a que denuncia pelo seu chefe/editor, o benfiquista que diz ser paredista, Carlos Daliel. Futebol é futebol, tacho é tacho. A propósito, aqui vai uma boa dica para fundar um clube com um nome pragmático para este tipo de adeptos: Futebol Clube dos Tachistas.
Se Hugo Gilberto é portista, esta frase que deixou hoje plasmada no JN, depois de mais um programa emitido a partir de Newark, desmente-o. Leiam só isto: « Neste mundo português o benfiquismo é uma religião cheia de incansáveis praticantes. Milhões de emigrantes e luso descendentes que não perderam a fé nos últimos 20 anos - terríveis na história do clube. Convenço-me que vale e Azevedo se enganou naquela conversa dos 6 milhões. Mas por defeito. São muitos mais...»
Eu percebo que Hugo Gilberto queira passar a mão pelo pêlo ao chefe para ter garantida e atalhada a promoçãozinha da praxe. Eu percebo os miolos fedorentos dos lambe-botas e percebo os dos oportunistas, mas não os suporto mesmo que saiba que dormem com o cachecol do Dragão ao pescoço todas as noites. E ainda percebo melhor a superficialidade das suas declarações e o manifesto desinteresse em as fundamentar. Como é timbre na TV pública [já nem falo das outras], a palavra de ordem, é sobrevalorizar o Benfica inferiorizando o FCPorto.
Nos recentes desacatos no Algarve, foi por demais evidente a intenção de colocar o odioso para cima do FCPorto. As câmaras da tv só apontavam para os adeptos portistas insinuando o lugar do eixo do mal, ignorando os adeptos benfiquistas. Estes, só foram contactados, para "neutralmente" darem opiniões sobre o que estava a acontecer... Como devem calcular as respostas foram "esclarecedoras".
Eu tenho a certeza que o Benfica ainda é o clube com mais adeptos no país, mas tenho também a certeza que o número de 6 milhões é, além de abusivo, anedótico. Fontes credíveis, já se fartaram de desmentir estes dados, mas como quem gosta de viver de fraudes pouco se importa com o rigor das coisas, não é de surpreender que amanhã nos estejam a impingir números mais ambiciosos e nos vendam a ideia de que, afinal, já não sou 6, são 10 ou 11 milhões de benfiquistas que nem sequer totalizam o número de portugueses espalhados pelo Mundo.
Ao Hugo Gilberto, à sua massa cinzenta, não lhe ocorreu indagar quantos adeptos teria hoje o FCPorto se os órgão de comunicação lhe tivessem dado a cobertura promocional correspondente ao número e à importância dos troféus conquistados estes últimos 30 anos. E desinteressou-se ainda por referir que tendo o Benfica ficado estes últimos anos em 2ºs, 3ºs e 4ºs lugares no Campeonato nacional e nada tendo conquistado a nível internacional, lhe foi dado tratamento de campeão. Com a mesma promoção, até o Alguidares de Baixo tinha mais sócios.

Por favor, não se riam. Isto é benfiquês, mas eu traduzo.

O lamento benfiquista pela demissão de Hermínio Loureiro:

"Hermínio Loureiro e os Órgãos da Liga vêm desenvolvendo um trabalho de credibilização do futebol português que merece o reconhecimento de todos aqueles que durante anos sentiram a falta de transparência, independência e isenção destes mesmos órgãos. O Benfica compreende a frustração que Hermínio Loureiro deve sentir em função dos obstáculos que permanentemente tem enfrentado na batalha pela moralização da Liga portuguesa". [in JN]

TRADUÇÃO PARA PORTUGUÊS
«Hermínio Loureiro e o nosso contratado Ricardo Costa, encarregado especial para zelar pelos interesses do Benfica na Liga, merecem o reconhecimento da nação benfiquista que durante anos se sentiu impotente com a superioridade do FCPorto em campo e, como tal, tentaram vencê-lo, com sujos jogos de bastidores e com Processos forjados para o aniquilar, agradecendo ainda assim, toda a colaboração prestada com fantásticos resultados. O Benfica, compreende ainda, a frustração que Hermínio Loureiro deve sentir em função do atestado de incompetência que a Federação lhe passou, e agradece, do coração, por ser o nosso pau mandado que desmoralizou completamente a Liga Portuguesa»

24 março, 2010

Foi você que pediu um grande f.d.p.?

Não? Não sabe o que é? Eu explico, assim como quem trepa por uma parede, querendo trepar por outro género de "paredes" ...

Um grande f.d.p. é um benfiquista, Presidente de uma [arbitrária] Comissão Disciplinar da Liga de Futebol, que é cumplíce silencioso de uma cilada armada dentro de um túnel do estádio do seu clube, contra 2 atletas de um clube adversário, que os pune, tarde e a más horas, sem provas consistentes das infracções cometidas com 4 e 6 mêses de suspensão, que espera sadicamente pelos respectivos efeitos colaterais e que, depois de os conseguir, vê a Federação Potuguesa de Futebol a ter o "desplante" de reduzir a pena para 4 e 6 jogos. O que é que a FPF vai fazer com este palhaço? Rifá-lo, ou lançá-lo no meio da claque dos super-dragões?

Salazar, eu nunca te gramei [o cardeal Cerejeira ainda menos], mas regressa, estás perdoado!
É um pesadelo viver nesta pocilaga.
PS-Qualquer semelhança com a imagem da foto, é pura coincidência...
PS2-Gostava de ver alguns adeptos "portistas" incomodados com estas coisas, mas estranhamente, isto parece não os incomodar.

23 março, 2010

O futuro próximo de Jesualdo Ferreira

Mesmo sabendo que às terças-feiras o jornal A Bola publica excelentes crónicas do Miguel Sousa Tavares, que defende em terra hostil [como poucos], as cores do FCPorto, só através da Net é que sou capaz de as ler, já que, gastar o meu dinheiro com esse jornal, para mim, é o mesmo que fazer Hara-Kiri. É excessivo? Pois será, talvez, mas que querem, chateia-me só de pensar que estou a dar pérolas a porcos, nem que seja uma vez por semana. Chateia-me este hábito muito portuguesinho e permissivo de deixar o crime sem castigo. Vale-me a blogosfera portista, que se encarrega de me fazer chegar, de borla, as suas crónicas.
Apreciei o artigo desta semana do Miguel, naturalmente, por ser honesto e por me rever em quase tudo o que lá vem escrito. No entanto, resolvi retirar-lhe alguns excertos, dado ter ficado com a impressão de lhes descobrir algumas contradições. Comecemos pelos primeiros:
«Pinto da Costa e Adelino Caldeira eram a imagem exuberante da derrota.»
«O que eles vão fazer, porém, já todos sabemos: apresentar aos sócios a cabeça de Jesualdo Ferreira, para assim tentarem desviar as atenções dos erros próprios de que são responsáveis.»
Miguel Sousa Tavares até poderá ter razão para apontar erros a PdCosta e a Adelino Caldeira, pela política de contratações seguida esta época, mas não concordo com as suas profecias quando diz que eles [PdC e AC] "se preparam para apresentar aos sócios a cabeça de Jesualdo"... Já sei que o que vou dizer não é muito ortodoxo, mas se há alguém dentro da estrutura de um clube que pode influenciar a política de contratações, esse alguém é o treinador! Mas para isso, é preciso ousar, ser afirmativo, exigir,ter coragem para dizer não!
Vejamos. Jesualdo Ferreira foi convidado para trabalhar com o FCPorto, estabeleceu um contrato. Provavelmente, é de admitir, foram-lhe apresentadas condições. Além das remunerações, de prémios e objectivos, foi-lhe transmitida uma lista de jogadores para a constituição do plantel, ou então, exigiu-a, ele mesmo. Em qualquer dos casos, Jesualdo foi bem sucedido nas 3 primeiras épocas, o que não é coisa pouca, mas também em qualquer dos casos [bem sucedidos] continua a ser responsável pelos resultados desportivos. Porém, por alguma razão objectiva os adeptos [salvo raras excepções] nunca se convenceram totalmente desse sucesso. E, não me venham com estas análises simplistas que dão muito jeito à comunicação social anti-portista, que é por causa do seu benfiquismo. O José Mourinho também não era, nem é portista, e os adeptos adoravam-no! Boby Robson, idem, idem.
Às vezes, fico com a impressão que alguns adeptos seguem o raciocínio corporativista dos comentadores desportivos e de outros treinadores que tende sempre a proteger a imagem dos treinadores transferindo as responsabilidades do foro desportivo para cima das Direcções dos Clubes. Se há coisa que raramente faço, é proteger os mais poderosos, bem pelo contrário, mas no caso do FCPorto, manda a justiça dizer, que se o clube não foi gerido na perfeição, foi, pelo menos, muito melhor gerido que os clubes adversários, e neste caso, alguns adeptos parecem esquecer-se de contabilizar os muitos anos de sucesso que, com SAD ou sem ela, o clube conquistou. Ninguém está acima da crítica, nem mesmo Pinto da Costa, mas convém não soltar os cães todos ao mesmo tempo, num ano em que as coisas correm mal. Pergunto-me o que diriam alguns comentadores se Lisandro e Lucho estivessem ainda no plantel e os resultados fossem os que temos agora...
Além do mais, quando se trata de apontar espingardas, os ataques ao FCPorto vão preferencialmente para PdCosta, já se sabe, é por demais previsível. Mesmo quando ganha, continua a ser atacado pela comunicação social. Mas, os adeptos ainda não perceberam o veneno que por sistema os media anexam às notícias que envolvem o nosso clube. Sem darem por ela, são apanhados na ratoeira adoptando o discurso dos nossos adversários, e isso é deplorável. Depois, esquecem-se que, apesar da sua grande competência profissional, José Mourinho foi catapultado para a ribalta do futebol mundial no FCPorto, não no Sporting, no Benfica ou no União de Leiria! Há uma dívida de gratidão do FCPorto para com Mourinho, mas há-a também no sentido contrário.
Voltando à crónica do Miguel. Acrescenta: «O FCPorto não teve atitude nem futebol. Nem crença nem ciência.» Depois prossegue: «Jorge Jesus teve qualquer coisa de Mourinho, na confiança que soube dar aos jogadores, na coragem durante o jogo e no conhecimento perfeito do adversário que revelou ter.» Ora, aqui estou perfeitamente de acordo com o Miguel, mas é exactamente isso que falta ao Jesualdo, e até era desnecessário citar Mourinho, porque essas características num treinador são fundamentais para o futebol moderno. Se faltam jogadores, se a equipa está desfalcada, é nestas ocasiões difíceis que se descobrem os grandes líderes sem que contudo lhes deva exigir milagres. Numa época há a sorte e o azar, mas também há a boa gestão dos recursos humanos, ou então são os recursos humanos que não prestam. Não prestarão mesmo? Todos? Então porque os contrataram? Porque os aceitou Jesualdo? Falta uma 2ª. equipa ao plantel, e a primeira, deixou de jogar futebol só porque perdeu Lucho e Lisandro? Este diagnóstico não será demasiado cruel e injusto para os restantes 9 jogadores?
Nada tenho de pessoal contra JFerreira, estou-lhe grato porque atingiu excelentes objectivos em 3 épocas seguidas, por isso quero imediatamente afastada a ideia do crucifixo. Poupem-me por favor! Mas, bolas, temos de admitir [incluindo ele próprio] que este ano ele não esteve bem. Acontece, mas é assim. Porque também não custa nada inverter o sentido convencional da crítica. Se o treinador é elogiado quando é bem sucedido, se os epítetos de glória recaem sobre ele guindando-o para a fama e para a fortuna, porque razão nunca são reconhecidos na mesma proporção os méritos às direcções dos clubes? Nós já sabemos que não vivemos num país sério e democrático, e que o centralismo tem contribuído para desvirtuar os méritos do nosso clube, e isso é gravíssimo, mas não podemos é deixar-nos enganar pelos seus cantos de sereia. É de nossa obrigação, estarmos sempre alerta!
Agora, colocando-me no lugar de JFerreira, depois do descalabro no Algarve, o que eu faria era colocar o meu lugar à disposição deixando à SAD o peso da decisão de o manter até à Taça [se chegar à final]. A partir daí, acontecesse o que acontecesse, saía do FCPorto de cabeça levantada. Não o fazendo e se tiver o azar de perder a Taça, não só prejudicará o clube como afectará profundamente o prestígio até aqui conquistado e merecido. Ah, e a sua imagem de homem sério será inevitavelmente afectada.

22 março, 2010

O benfiquismo socrático

Tantos são os cambalachos a envolver o 1º. Ministro que é realisticamente improvável estar inocente em todos eles. Essa, é a razão pela qual, a discussão técnica das performances governativas deixou de me interessar. Num país completamente virado ao avesso, chega a ser ridículo falar das questões de pormenor da accção governativa, como fazem os jornais com aquela brincadeira das setas para cima ou para baixo... O carácter e a honra, são as primeiras prerrogativas que um governante deve ter, e logo a seguir vem a competência. Sem as duas primeiras, a competência pode ser mal direccionada o que equivale a dizer que pode beneficiar o próprio, mas com prejuízo para o país.
Para mim, repito, até prova em contrário, a política em Portugal é uma fraude, uma aldrabice repetida, e enquanto tal, a minha única preocupação é saber quando é que nos podemos livrar do modelo.
Como se isto não sobrasse, o senhor Sócrates encarregou-se de levantar a fasquia da sua mediocridade, quando disse, com toda a naturalidade do mundo que, era adepto do Benfica e que os portistas não lhe podiam levar a mal por preferir que o Benfica vencesse a Taça da Liga, esse troféu expressamente inventado para o seu clube de coração poder ganhar qualquer coisa.
Pois se assim é, senhor Sócrates, também não me leve a mal por não lhe reconhecer a mínima categoria para ser 1º Ministro. Desculpe, mas se a fortuna me desse o ensejo de necessitar de um motorista, não me leve a mal, mas nunca o escolheria a si. Não é por nada, mas gosto de andar sempre com gasolina no depósito...

Primeiro Ministro dos Portugueses?

“Descobrimos” nós Portugueses que o Sr.Primeiro Ministro é benfiquista desde que nasceu!

Tudo bem, tem todo o direito de o ser! Contudo é inadmissível, na minha opinião, que sendo
O primeiro-ministro de todos os portugueses, venha para a comunicação social afirmar que
quer que o benfica vença os jogos que terá com outros clubes portugueses, alinhando
publicamente por uma facção vermelha, em detrimento de outras cores que deveria resguardar!

E já que ficou muito feliz pela vitória do seu benfica, na taça da liga da cerveja, assuma que
o país merece e precisa de um primeiro-ministro que governe Portugal e que não divida,
ainda mais, os portugueses em cidadãos de primeira e cidadãos de segunda!

É que desta maneira, sem ser recatado, adensa-se a teia de relações e compromissos pouco
claros, com interesses de diferentes índoles, como se tem provado nas campanhas eleitorais,
onde aparece o dirigente mor daquele clube a dar apoio ao actual primeiro-ministro!

E parafraseando alguém: “Não havia necessidade”!


Renato Oliveira

Porto