13 novembro, 2009
12 novembro, 2009
A crise do FCPorto - uma reflexão
Sobre JF já foi dito tudo o que havia a dizer. O seu obstinado conservadorismo no modelo de jogo, a sua teimosia doentia ao dividir os seus jogadores entre "protegidos" e "proscritos", a recusa em fazer real aproveitamento de jovens promessas, a sua postura receosa nos grandes jogos, etc. Muita gente, entre a qual me incluo, tira uma conclusão de tudo isto: JF não serve para treinador do FCP e quanto mais depressa sair, melhor ( a propósito, é confusão minha ou JF renovou o contrato por duas épocas, esta e a próxima?).
Se sobre JF está tudo dito e repetido, o mesmo não se passa sobre a SAD. É uma omissão curiosa, uma vez que a SAD é a entidade patronal e como tal é dela que têm de sair as medidas correctivas que reponham a equipa na sua habitual senda de vitórias e bom futebol. A SAD está forçosamente a par da situação menos boa da equipa de futebol, e também não é crível que não tenha conhecimento da preocupação e até angústia que percorrem milhões de adeptos. Até ao momento não lhes ouvimos uma única palavra de conforto nem promessas de medidas que restabeleçam a nossa abalada confiança no que diz respeito ao resto do campeonato. Este silêncio é uma falta de consideração para com os adeptos que verdadeiramente são o clube. Se pensam que o clube é a SAD e todos os corpos directivos, estão muito enganados. O clube são os seus adeptos, sem adeptos não há clube e muito menos haverá SAD.
Acredito que a SAD também esteja preocupada e que esteja a trabalhar num plano de contingência, mas este silêncio vem infelizmente dar continuidade ao porte majestático que a SAD parece ter passado a adoptar nos últimos anos, com evidente prejuízo das vias de comunicação que deverão existir entre a cúpula do clube e os seus seguidores.
Espero que esta carência de comunicação venha a ser modificada muito brevemente, até porque os dirigentes da SAD não podem lavar as mãos como Pilatos, na medida em que os técnicos e os jogadores não constituem os únicos culpados dos nossos actuais problemas. Uma parte substancial do que está a acontecer resulta das estratégias financeiras e desportivas que têm sido implementadas e que, na minha modesta opinião, necessitam, se não de novos interpretes pelo menos de uma cuidada reflexão na procura de novas vias.
Depressão
Temos aqui uma primeira boa razão para levantar o moral, sabendo do benefício directo que estes lucros da banca produzem no bolso dos portugueses tendo em conta a insuspeita seriedade dos respectivos gestores...
Outra razão para confiarmos nos argumentos dos nossos governantes sobre a necessidade da construção das barragens e, particularmente, na meticulosa atenção reservada aos impactes ambientais... Por falar nisto, não foi o Jorge Coelho quem disse que não era rico num famoso programa de televisão, antes de transitar para o poleiro da Mota Engil?
Cá está um belo terceiro motivo para o nosso contentamento. Quando acontecem estes lucros, é garantido que o desemprego desce, e a gasolina também. Ah, e os vencimentos dos administradores idem, idem, aspas, aspas...
Quem diria! As companhias de seguros, sempre tão zelosas em servir os seus clientes! Não, não pode ser verdade! Decididamente, esta não é uma boa razão para ficarmos optimistas.
Como? Com a qualidade de vida que temos? Com a competência dos nossos governantes? Com a funcionalidade das nosssas Instituições? Com a saúde da nossa Democracia? Não pode ser, a União Europeia não sabe fazer relatórios, é o que é.
Obs-Caro Rui Farinas, não seremos nós que estamos de mal com a vida? Ou somos mesmo Calimeros?
11 novembro, 2009
Bruxelas aponta falhas no programa nacional de barragens
De acordo com a Sic Notícias, que veicula a informação, o documento refere que ficaram estudos por fazer como aqueles para avaliar os impactos das novas barragens na qualidade da água.Na bacia hidrográfica do Douro, por exemplo, a construção de cinco novas barragens “irá deteriorar significativamente” a qualidade da água.
Link
tudo dentro da «normalidade», a Norte... Até à independência final. E, por que não?
10 novembro, 2009
Regionalização
Tenho que utilizar a página do leitor para desancar na maioria dos políticos portugueses,nomeadamente naqueles que já defenderam a Regionalização e que agora, bem situados e bem concentrados na capital do império à deriva, ignoram, escandalosamente, esta Reforma prevista na Constituição desde 1976!
Quem é o senhor Jorge Lacão para vir afirmar que “regionalizar não é uma prioridade para este governo e para o país”? Para este senhor, e para o governo, uma das prioridades é o casamento entre pessoas do mesmo sexo !!!
O que estes cavalheiros pretendem é continuar a concentrar, adicionando mais e mais sectores a uma capital cada vez mais Obesa, menos flexível, menos eficaz e muito menos solidária (Nada para a “província”. Tudo para a capital)!
Gostaria de os ver trabalhar e viver (com ordenados baixos e nível de vida precária) nasRegiões fora da capital, como a região Norte, por exemplo, que a leva a ser a terceira Região mais pobre da Europa!
A criação das preconizadas Cinco Regiões, atendendo às características de desenvolvimento económico e social, serão um excelente instrumento natural de aplicação do espírito de solidariedade inter e intra-regional, contribuindo para a democraticidade da administração dos interesses públicos regionais, e seu desenvolvimento, que se encontra num estado comatoso! Será muito vantajoso para os cidadãos, empresas e país, a criação de um Poder democrático regional, bem estruturado, nascido da regeneração desta administração pública que nos tem governado.
Só deste modo poderemos ter um país menos desigual, com mais justiça social e económica, e com uma melhor distribuição da riqueza produzida por cada região, mas não só. E acima de tudo para que o Norte e o Porto (assim como outras regiões) deixem de ser vilipendiados, como aconteceu com o desvio dos dinheiros oriundos da União Europeia, para Lisboa, a propósito do “spill-over effect”!
Se tudo continuar como até aqui, com as regiões a definhar, a luta das pessoas tornar-se-à inevitável!
É preciso dizer basta! Unidos vamos dar um novo rumo a este pobre país!
Renato Oliveira
Obs.- Esta carta foi enviada pelo autor para o correio do leitor dos jornais JN e Correio da Manhã
Políticos = Vigaristas
Ora aqui temos mais um bom motivo para continuarmos [como autênticos carneiros] a acreditar neste regime «democrático». Pergunto-me, um tanto estupfacto, confesso, o que pensarão neste momento os portuenses que foram a votos nas últimas legislativas.
Concurso da segunda fase do metro volta a ser adiado
Ora toma, Zé Povinho portuense, aqui está a segunda dose [que é a forma gastronómica de dizer traição] !
09 novembro, 2009
Jesualdo Ferreira
Degradação de Estado e seus derivados
08 novembro, 2009
Aqueles que Júpiter quer perder
O pior vem depois. A justiça portuguesa afunda-se cada vez mais no descrédito. A própria Procuradoria Geral da República que deveria ser um órgão acima de todas as suspeitas, dá sinais nunca desmentidos de procedimentos se não desonestos, pelo menos revestidos de inqualificável desleixo. Ainda na imprensa de hoje se podem ler notícias de demoras incompreensíveis na tramitação de documentos referentes ao processo Face Oculta. Dadas as figuras públicas envolvidas e considerando antecedentes conhecidos, a opinião pública tem toda a legitimidade para acreditar na possibilidade da existência de favorecimentos ilegítimos e de fortes movimentações de tráficos de influência. Esta desconfiança leva essa mesma opinião pública - na qual eu me incluo - a encolher os ombros em relação àquele processo, na convicção de que é mais um que, por incomodar poderosos, vai dar em "águas de bacalhau".
Há uma citação latina que diz que "Quos vult perdere Júpiter dementat prius" que significa que " aqueles que Júpiter quer perder, começa por lhes tirar o juízo". Parece que é o que está a acontecer. O atrevimento atingiu um nível tal como se os corruptores - activos e passivos - tivessem chegado ao grau de loucura que os vai perder.
Um dia, a bem ou a mal, este panorama vai terminar, porque estamos a atingir níveis impensáveis de manter no seio de uma União Europeia. Mas enquanto isso não acontece, o país vai-se enterrando na porcaria (para não lhe chamar outra coisa) perante a preocupação das maiorias impotentes e a satisfação cúmplice da minoria aproveitadora.