Ordem do Ministério Público para ficheiros do hacker é relativa a cinco processos já suspensos
O juiz Carlos Alexandre autorizou o pedido do procurador Carlos Casimiro para destruir os ficheiros de Rui Pinto apreendidos na Hungria relativos a cinco processos já suspensos nos quais o hacker é investigado, uma vez que estas provas são consideradas ilegais.
Entre os dados que serão destruídos, segundo adiantou no domingo "Correio da Manhã, estão parte dos emails do Benfica enviados para Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, mas também do processo no qual o clube da Luz é alvo de investigação por parte do Ministério Público.
Apesar da eliminação dos ficheiros, cenário que o Benfica prefere não comentar, as águias continuam na mira da Polícia Judiciária (PJ), que procura outros elementos, nomeadamente com a ajuda de Rui Pinto, agora informador, que possa utilizar.
"Autoriza-se desde já à PJ a imediata destruição de todas as cópias efetuadas e analisadas no âmbito dos presentes autos (...). Em virtude de terem sido obtidos de forma ilegal, não só constituem prova ilegal como afetam um conjunto indeterminado de sujeitos que importa proteger (...)", pode ler-se no requerimento do Ministério Público, o qual sem a oposição de Carlos Alexandre, terá sido efetivado de imediato - situação possível também porque o Benfica não se constituiu como assistente nos processos.