O hacker gaiense Rui Pinto acusou um procurador português de ter ocultado "deliberadamente" a sua colaboração com outros países, que terá originado a abertura de um processo do Eurojust, agência europeia criada para lutar contra formas graves de criminalidade organizada.
Na sua conta pessoal de Twitter, o jovem começou por relatar que, no passado dia 19 de fevereiro, houve uma conferência de imprensa na sede do Eurojust, com a presença dos procuradores franceses Jean Yves Lourgouilloux e Eric Russo, e de representantes de vários Estados-membros, incluindo Portugal.
"Nessa ocasião, foi anunciada a abertura de um processo Eurojust que visa investigar, entre outros, os crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e associação criminosa. Foi ainda explicitamente referido pelos procuradores franceses que apenas foi possível iniciar esse processo devido à minha colaboração como testemunha junto do Parquet National Financier, e da entrega de 12 milhões de documentos. Ainda assim, esse facto foi deliberadamente ocultado do processo em que sou investigado em Portugal", acusa, na mensagem publicada esta tarde.
"José Eduardo Guerra, adjunto do membro nacional de Portugal no Eurojust, limitou-se a confirmar a existência de um processo com número de identificação 50566, registado por França no Eurojust, para obter o auxílio de diversos Estados-membros, e referiu que 'da documentação e informação que nos foi disponibilizada não resultam elementos que nos permitam confirmar ou infirmar a colaboração com autoridades de outros Estados-membros que alega ter prestado'", escreveu ainda Rui Pinto, acrescentando que o procurador foi oficiado, em julho, "para esclarecer a que diz respeito esse processo e qual o envolvimento do gabinete de Portugal no mesmo", não tendo ainda respondido.
Na sua conta pessoal de Twitter, o jovem começou por relatar que, no passado dia 19 de fevereiro, houve uma conferência de imprensa na sede do Eurojust, com a presença dos procuradores franceses Jean Yves Lourgouilloux e Eric Russo, e de representantes de vários Estados-membros, incluindo Portugal.
"Nessa ocasião, foi anunciada a abertura de um processo Eurojust que visa investigar, entre outros, os crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e associação criminosa. Foi ainda explicitamente referido pelos procuradores franceses que apenas foi possível iniciar esse processo devido à minha colaboração como testemunha junto do Parquet National Financier, e da entrega de 12 milhões de documentos. Ainda assim, esse facto foi deliberadamente ocultado do processo em que sou investigado em Portugal", acusa, na mensagem publicada esta tarde.
"José Eduardo Guerra, adjunto do membro nacional de Portugal no Eurojust, limitou-se a confirmar a existência de um processo com número de identificação 50566, registado por França no Eurojust, para obter o auxílio de diversos Estados-membros, e referiu que 'da documentação e informação que nos foi disponibilizada não resultam elementos que nos permitam confirmar ou infirmar a colaboração com autoridades de outros Estados-membros que alega ter prestado'", escreveu ainda Rui Pinto, acrescentando que o procurador foi oficiado, em julho, "para esclarecer a que diz respeito esse processo e qual o envolvimento do gabinete de Portugal no mesmo", não tendo ainda respondido.
"É para dizer, ou o Senhor Guerra é uma pessoa muito desatenta, ou há aqui marosca à portuguesa", rematou.
Nota de RoP:
Acho muito curioso, quiçá fascinante, o preciosismo de certos jornalistas, com a descrição que fazem de Rui Pinto. Como se o público não soubesse, fazem sempre questão de elucidar os leitores do curriculum do rapaz. Ora é o "pirata Rui Pinto", ora é "o hacker Rui Pinto", ora é "o gaiense Rui Pinto", enfim, uma definição quase meticulosa.
Se este comportamento fosse habitual, não se estranhava. Agora, não é isso que acontece com outros protagonistas Por exemplo: já alguma vez leram: "o assassino Duarte Lima", "o gatuno Duarte Lima", "o ladrão Ricardo Espírito Santo", "o corrupto/corruptor Luís Filipe Vieira", "o clube desleal Benfica", "o aldrabão Sócrates", "o campeão da batota Benfica", enfim, por aí fora. Com esta gentalha, os jornalistas já contêm os adjectivos.
Portanto, o critério usado não é o mesmo, como acontece com certos árbitros de futebol... Sucede, que Rui Pinto é um caso diferente, e nem sequer ainda foi julgado para o rotularem. Ele cometeu de facto algumas ilegalidades,ou melhor, imprudências da juventude, actos de longe menos gravosos que os praticados por muitos políticos, e outra gente "importante".
A Europa percebeu isso. E como tal, concluiu que os governos de certos países (como o nosso) não dispunham de técnicos qualificados para investigar crimes altamente danosos e camuflados. Crimes esses, difíceis de detectar. Daí, decidiram inteligentemente, puxando para si as competências de indivíduos como Rui Pinto. Os tais "Piratas"...
Então, não seria muito mais adequado chamar-lhe "Pirata Bom", sem revelarem constantemente o local de nascimento?
Acho muito curioso, quiçá fascinante, o preciosismo de certos jornalistas, com a descrição que fazem de Rui Pinto. Como se o público não soubesse, fazem sempre questão de elucidar os leitores do curriculum do rapaz. Ora é o "pirata Rui Pinto", ora é "o hacker Rui Pinto", ora é "o gaiense Rui Pinto", enfim, uma definição quase meticulosa.
Se este comportamento fosse habitual, não se estranhava. Agora, não é isso que acontece com outros protagonistas Por exemplo: já alguma vez leram: "o assassino Duarte Lima", "o gatuno Duarte Lima", "o ladrão Ricardo Espírito Santo", "o corrupto/corruptor Luís Filipe Vieira", "o clube desleal Benfica", "o aldrabão Sócrates", "o campeão da batota Benfica", enfim, por aí fora. Com esta gentalha, os jornalistas já contêm os adjectivos.
Portanto, o critério usado não é o mesmo, como acontece com certos árbitros de futebol... Sucede, que Rui Pinto é um caso diferente, e nem sequer ainda foi julgado para o rotularem. Ele cometeu de facto algumas ilegalidades,ou melhor, imprudências da juventude, actos de longe menos gravosos que os praticados por muitos políticos, e outra gente "importante".
A Europa percebeu isso. E como tal, concluiu que os governos de certos países (como o nosso) não dispunham de técnicos qualificados para investigar crimes altamente danosos e camuflados. Crimes esses, difíceis de detectar. Daí, decidiram inteligentemente, puxando para si as competências de indivíduos como Rui Pinto. Os tais "Piratas"...
Então, não seria muito mais adequado chamar-lhe "Pirata Bom", sem revelarem constantemente o local de nascimento?