Afinal, não foi tão breve quanto esperava o meu afastamento do Renovar o Porto. Tinha de ser, e não estou arrependido. Precisava de arejar um pouco, de me afastar deste pesadelo. Foram muitas as decepções este ano de 2016 para manter a mesma vontade de escrever.
Foi a política, mas sobretudo o comportamento dos altos responsáveis do FCPorto, a começar naturalmente pelo seu antigo líder, Pinto da Costa, que mais me decepcionaram. Sim, porque da (in)governabilidade política já estamos nós habituados, não obstante a ténue esperança de mudança que a nova constituição governativa possa suscitar.
Desde que me apercebi e me certifiquei que os últimos 3 anos de gestão danosa do FCPorto não foram resultado de causas imprevistas, e que o seu antigo líder já não queria liderar, sem o assumir perante os adeptos, focalizei o meu desgosto mais na sua negligência do que na desonestidade dos nossos inimigos. O termo é este, não me enganei, porque chamar adversários aos representantes de clubes de uma cidade-eucalipto, anti-democrática e hiper-centralista, que não reconhecem ao resto do país o direito a serem tratados por igual, não pode ser tratado de outra maneira, por mais que lhes doa (e eu sei que dói) ouvir estas verdades. Mas por que haveria eu de me incomodar com o vilão, se a vítima não só consente a discriminação, como desistiu de o enfrentar? De mais a mais, quando a vítima se esfalfa a processar adeptos que não dizem ámen com ela, em vez de o fazer a quem já deu provas sobejas de odiar o FCPorto, incluindo o próprio Presidente.
A decisão de não acautelar a situação dos adeptos no negócio abrupto com a MEO, que privou um grande número deles (talvez a maioria) do Porto Canal, foi outra das desconsiderações que não perdoo a Pinto da Costa. E reparem, nem sequer foi pela qualidade do Canal, que como sabem para mim, é o espelho do FCPorto actual, complexado, parolo e adulador. A antítese do que foi num passado recente. Deste FCPorto não me orgulho. Como não me orgulho dos políticos nortenhos que calam e consentem a discriminação de que somos alvo. Por isso, e como conheço a má fé dos media e sus chulos jornalistas, não me espantei com mais essa afronta de não destacarem o feito da equipa B do FCPorto que foi o verdadeiro vencedor do campeonato da 2ª. Liga, e não o Chaves que ficou em 2º., apesar de ser o clube com direito a subir de divisão, como é natural. Portanto, não são os nossos inimigos que precisamos de mudar, porque esses só não fazem pior se não puderem, mas sim a forma de lidar com eles, que não é seguramente o silêncio.
Para terminar, tenho a certeza, repito, tenho a certeza que se na próxima época as alterações em relação a esta e às três anteriores se limitarem à mudança de treinador e jogadores, por melhores que eles sejam, não serão suficientes para ganharmos títulos se a política de comunicação com os adeptos for a mesma e se nos deixarmos comer por lorpas como temos andado a fazer. Gravem isto para memória futura. É que, não acredito em milagres, mas sim na competência e na coragem.
Bem vindos ao Renovar o Porto