26 junho, 2010

O ridículo centralismo

Estamos tão "anestesiados" com o sistema centralista de governação, que parece que já não estranhamos certas notícias, considerando os factos nelas contidos como situações lógicas dentro da ordem natural das coisas.

É o caso de uma recente determinação oficial que estabelece o valor das multas a pagar por quem não respeitar os limites das áreas interditas nas praias junto a arribas em perigo de derrocada, ou então quem danificar os respectivos sinais de aviso de perigo. Do meu ponto de vista, a anomalia não é a determinação em si mesma, que se entende e se pode aceitar. A anomalia é que esta determinação tenha tido de ser aprovada em Conselho de Ministros! Num país com tantos e tão graves problemas a pedir urgentes soluções, os ministros perdem o seu tempo a discutir o sexo dos anjos. Haverá na Europa qualquer outro governo central que se preocupe com este género de minudências? Certamente que não, pela simples razão que nenhum outro país europeu tem um sistema governativo tão estupidamente centralizado como o nosso.

Este é um dos milhentos exemplos de má administração decorrente da inexistência de entidades regionais que se ocupem a decidir sobre este tipo de coisas, mesmo com o risco de haver regras diferentes em diferentes regiões do país (e daí, qual o problema? ) deixando o governo central livre para se debruçar sobre aquilo que realmente é de âmbito nacional, supra-regional, como por exemplo a defesa nacional, a política externa, a política financeira, etc.

Dentro deste mesmo registo, considero igualmente incongruente que quando a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto pretende que não se possa usar garrafas e copos de vidro no exterior dos bares, tenha de ir a Lisboa(!) tentar sensibilizar o ministro da Administração Interna (que aliás disse NÃO). Não é patente o ridículo e o disparate de ter de levar a um ministro da nação um problema que poderia e deveria ser resolvido a nivel municipal?

Enquanto não erradicarmos a mentalidade que permite e perpetua este tipo de coisas, implementando a indispensável reforma administrativa, não sairemos da cepa torta e continuaremos a exibir os piores índices de produtividade de toda a Europa. A regionalização, com todas as consequências que daí advirão na organização administrativa, não será a poção mágica que tudo irá resolver, mas representará certamente um dos primeiros passos de uma longa e indispensável caminhada.

Il nostro concerto / Pepino di Capri, série 2ª....

Peppino di capri - I' te vurria vasa'




Bom fim de semana

24 junho, 2010

O Público e o mangerico alfacinha


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A única coisa que ocorreu noticiar no jornal Público de hoje sobre o S João do Porto, foi falar sobre o S João, numa rua de Lisboa ...

O jornal Público pertence - como quase toda a gente saberá -,  ao Grupo SONAE de Belmiro de Azevedo, um "homem do Norte"...

Não me parece, que uma simples chamada de atenção do big boss da SONAE à Direcção do jornal Público, pela total ausência de cobertura da festa popular mais emblemática da cidade do Porto [e uma das mais participadas do país], pudesse comprometer a sua liberdade editorial. Pelo contrário, daria um sinal claro que está atento aos critérios de pluralidade do jornal, sem contudo neles interferir. Além de mais, serviria para lembrar os mais distraídos quem manda no Jornal.

Se o Presidente da República nas suas limitadíssimas competências executivas , assim mesmo, pode dirigir uns "recadinhos" ao Governo, Belmiro [ou Paulo] de Azevedo, como patrões, não poderão fazer uma  pertinente observação aos seus subordinados hierárquicos?

São estes, os grandes Homens do Norte? Ou, os eternos serviçais do[a] capital? E a "culpa" desta indecente subserviência ainda será de todos nós ?


23 junho, 2010

Boicotemos chips e Scuts

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Li noutros depoimentos algumas temerosas alusões à anarquia civil e fiquei baralhado. Afinal, onde é que está a semente da anarquia senão no próprio Governo?  Delicadeza excessiva é hipocrisia.

Movimento Pró Partido Norte, participará em directo na TVI.



Hoje (23-06-2010), pelas 14 horas, um elemento do  Movimento Pró-Partido do Norte, irá participar em directo na TVI, num programa sobre as SCUTS. O  representante do MPPNorte irá intervir a partir do Porto

Nota do RoP:
As nossas desculpas pelo lapso da 1ª. informação que referia entre as 15 e as 16 horas a transmissão do programa. A fonte da notícia teve origem no blogue do Movimento Pró-Partido do Norte.


22 junho, 2010

Empatar não é preciso

Há um importante detalhe que o Órgão Executivo do Movimento Pró-Partido do Norte não pode dar-se ao "luxo" de negligenciar desde já, que consiste em refrear os ímpetos perfeccionistas que eventualmente venham a verificar-se no seio dos seus militantes ou colaboradores. Este Movimento - que espero fervorosamente venha a constituir-se a breve prazo em Partido político -,  devia ter nascido há uma dezena de anos atrás, como tal, não deve perder mais tempo com questões de pormenor. O momento é de agir, não de discutir.  A acção terá necessariamente de ocorrer de forma firme, organizada  e coerente com o Manifesto do Movimento, mas com a máxima celeridade.

No interior da estrutura dirigente existem figuras políticas cujo perfil e experiência deveriam ser devidamente aproveitados para orientar os militantes mais jovens a quem seria passado o "testemunho"do know how para o futuro. As lideranças deverão ser naturalmente entregues à pessoas que estiveram na génese da criação do Movimento e sem quaisquer complexos, que por sua vez deverão eleger os elementos mais válidos e pragmáticos para os assessorar. Os preciosismos nestes momentos só servem para emperrar a "máquina", para empatar. Quem considerar ter algo a acrescentar de positivo ao Movimento que  preserve  a matéria  para momento oportuno. Agora, é hora de toque a reunir.

Recordo que foi por extravagâncias deste tipo que a Regionalização fracassou. Os "perfeccionistas" e resignados foram os melhores aliados do Centralismo. Diziam que o país era demasiado pequeno para ter regiões, e que a descentralização bastaria para tudo mudar. O resultado é o que se vê. Seria de grande utilidade para o Norte que agora reconhecessem [sem rancores] que estavam errados e deixassem o Movimento fluir naturalmente o seu curso.

O momento não é para discursos demasiado ambíguos e divisionistas. E muito menos para protagonismos inócuos. Há que ser prático e regionalista. Ser regionalista em momentos de profunda depressão como esta, é ser profundamente patriota. Não tenho a menor dúvida.