Ana Gomes faz a diferença. E não deixa dúvidas |
Ana Gomes reagiu esta sexta-feira à tomada de posição do PS sobre as declarações que a ex-eurodeputada havia feito sobre a transferência do futebolista João Félix para o Atlético Madrid.
"Agradeço ao presidente Carlos César o afã de esclarecer o óbvio: não represento o PS e o que digo e escrevo só me vincula. Sendo socialista, e não apparatchik, não abdico de dar uso à minha cabeça... Já César, usa o que pode face a Vieira: a César, o que é de César. E viva o Partido Socialista!", pode ler-se no tweet.
Renovar o Porto:
Os últimos tempos têm-me levado a questionar como andará a trabalhar a cabeça de alguns agentes das instituições judiciais deste miserável país. Reporto-me propriamente ao desempenho face às suas próprias consciências... O que é que eles pensam (se é que pensam) da opinião de um grande número de cidadãos sobre os seus métodos de trabalho enquanto funcionários do Estado responsáveis por diferentes processos.
Para falar apenas do casos mais conhecidos (entretanto silenciados), destaco o dos Emais, do chamado "Polvo Encarnado", e mais recentemente do "Hacker" Rui Pinto, esse "monstro" malfeitor, rápida e zelosamente encarcerado por esses cavalheiros. O que irá naquelas cabecinhas de funcionários públicos? Que imagem pensam eles deixar na opinião pública livre, honesta e descomprometida? Da sua integridade profissional? Do seu sentido de responsabilidade? Do seu carácter? Será que atribuem nota positiva aos seus próprios desempenhos? Até pode ser que sim, só que para que outros acreditem, importa cumprir certas premissas: uma, é a coerência, e a outra a honestidade! Mas, será que tanto num caso como noutro têm revelado esses dotes? Pois cá para mim, não! De todo. Basta comparar a rapidez, o empenho com que prenderam Rui Pinto, com a frouxidão pacífica como lidam com os processos do Benfica para termos fortes dúvidas sobre a sua idoneidade. Cheira mesmo a trafulhice. Lá diz o ditado, para ser sério, primeiro é preciso parecê-lo, e a Justiça também não foge à regra, apesar das suas mui labirinticas "leis" (será por acaso?).
Para falar apenas do casos mais conhecidos (entretanto silenciados), destaco o dos Emais, do chamado "Polvo Encarnado", e mais recentemente do "Hacker" Rui Pinto, esse "monstro" malfeitor, rápida e zelosamente encarcerado por esses cavalheiros. O que irá naquelas cabecinhas de funcionários públicos? Que imagem pensam eles deixar na opinião pública livre, honesta e descomprometida? Da sua integridade profissional? Do seu sentido de responsabilidade? Do seu carácter? Será que atribuem nota positiva aos seus próprios desempenhos? Até pode ser que sim, só que para que outros acreditem, importa cumprir certas premissas: uma, é a coerência, e a outra a honestidade! Mas, será que tanto num caso como noutro têm revelado esses dotes? Pois cá para mim, não! De todo. Basta comparar a rapidez, o empenho com que prenderam Rui Pinto, com a frouxidão pacífica como lidam com os processos do Benfica para termos fortes dúvidas sobre a sua idoneidade. Cheira mesmo a trafulhice. Lá diz o ditado, para ser sério, primeiro é preciso parecê-lo, e a Justiça também não foge à regra, apesar das suas mui labirinticas "leis" (será por acaso?).
Para que certos cretinos não tentem intimidar-me com faltas de respeito ao Estado, informo, sem ponta de presunção, que sou neto de um oficial do exército medalhado com a Torre e Espada (a mais alta condecoração nacional) com nome gravado numa rua da cidade do Porto, facto que me enche de orgulho. É um orgulho alimentado pela sua coragem e integridade não tanto pelo seu estatuto multi-relevante. Como não canso de dizer, o estatuto é apenas estatuto. Sou também filho de um Inspector da PJ, igualmente competente e honrado. Ambos já falecidos, ambos cidadãos íntegros!
Se meu avô teve a coragem de colocar no banco dos réus um determinado presidente da Câmara por suspeitas de corrupção, não cedendo a uma subtil tentativa de o "amansar" para evitar julgamento, o meu pai testemunhou pessoalmente a corrupção que pairava naquele tempo na PJ (foi Inspector), que tantos prejuízos pessoais lhe causaram por desalinhar do esquema vigente... Isto, no tempo do outro regime, em plena ditadura! Um regime também hipócrita, que apesar disso não se arvorava em democrata, como fazem os políticos contemporâneos com o mais nojento dos cinismos. Tenho idade suficiente para saber muito bem como funcionavam as coisas nesse tempo e como funcionam agora, e não tenho a menor dúvida de que pouco falta para voltarmos atrás, a uma ditadura pidesca. A corrupção dos tempos que correm é muito maior, e mais descarada, que naquele tempo, porque apesar de tudo as pessoas ainda tinham vergonha. Hoje, até os políticos denunciam essa ausência de pudor. Nunca vi o país tão pobre de valores como agora! Nunca!
Por isso pergunto: como é possível que um ex-traficante de droga, um tipo com currículo de ladrão ousa pedir a um partido de governo para se demarcar da posição de uma ex-deputada (Ana Gomes) sobre um assunto do foro judicial em que o seu clube foi envolvido? Como? Eu respondo: porque a classe política deixou-se prostituir sem dar por isso (que ainda é pior). E aqui, entra a passividade do presidente da República e do próprio 1º-Ministro, todas as outras instituições relevantes pactuam por subalternidade hierárquica. É este o quadro miserável em que vive hoje o país. E é muito triste vermos tão pouca gente a insurgir-se, revoltar-se mesmo com esta pouca vergonha. Ontem, por exemplo foi o ministro da Administração Interna a fazer figura de urso com um palavreado trapalhão de irresponsável, quando interrogado sobre a incompetência do combate aos fogos, atirar-se contra um presidente de Câmara para poupar a rotineira incompetência dos governos nesta matéria. Dá vontade de lhes bater. As suas reacções causam revolta, estimulam a violência popular. O que lhes tem valido é que, como alguém disse um dia, o povo é sereno... Se assim não fosse já outra revolução constava da nossa História.
PS-Sobre os incêndios em Portugal ando há ANOS a escrever sobre isto. Já cansa. Sobre a contínua incapacidade dos governos para lidarem com este trágico problema. Prometem isto e aquilo, e volta tudo à incompetência de sempre. Só sabem é aldrabar, e mesmo assim mal. São uns inúteis. Era um boa oportunidade para se queixarem das abstenções...
Se meu avô teve a coragem de colocar no banco dos réus um determinado presidente da Câmara por suspeitas de corrupção, não cedendo a uma subtil tentativa de o "amansar" para evitar julgamento, o meu pai testemunhou pessoalmente a corrupção que pairava naquele tempo na PJ (foi Inspector), que tantos prejuízos pessoais lhe causaram por desalinhar do esquema vigente... Isto, no tempo do outro regime, em plena ditadura! Um regime também hipócrita, que apesar disso não se arvorava em democrata, como fazem os políticos contemporâneos com o mais nojento dos cinismos. Tenho idade suficiente para saber muito bem como funcionavam as coisas nesse tempo e como funcionam agora, e não tenho a menor dúvida de que pouco falta para voltarmos atrás, a uma ditadura pidesca. A corrupção dos tempos que correm é muito maior, e mais descarada, que naquele tempo, porque apesar de tudo as pessoas ainda tinham vergonha. Hoje, até os políticos denunciam essa ausência de pudor. Nunca vi o país tão pobre de valores como agora! Nunca!
Por isso pergunto: como é possível que um ex-traficante de droga, um tipo com currículo de ladrão ousa pedir a um partido de governo para se demarcar da posição de uma ex-deputada (Ana Gomes) sobre um assunto do foro judicial em que o seu clube foi envolvido? Como? Eu respondo: porque a classe política deixou-se prostituir sem dar por isso (que ainda é pior). E aqui, entra a passividade do presidente da República e do próprio 1º-Ministro, todas as outras instituições relevantes pactuam por subalternidade hierárquica. É este o quadro miserável em que vive hoje o país. E é muito triste vermos tão pouca gente a insurgir-se, revoltar-se mesmo com esta pouca vergonha. Ontem, por exemplo foi o ministro da Administração Interna a fazer figura de urso com um palavreado trapalhão de irresponsável, quando interrogado sobre a incompetência do combate aos fogos, atirar-se contra um presidente de Câmara para poupar a rotineira incompetência dos governos nesta matéria. Dá vontade de lhes bater. As suas reacções causam revolta, estimulam a violência popular. O que lhes tem valido é que, como alguém disse um dia, o povo é sereno... Se assim não fosse já outra revolução constava da nossa História.
PS-Sobre os incêndios em Portugal ando há ANOS a escrever sobre isto. Já cansa. Sobre a contínua incapacidade dos governos para lidarem com este trágico problema. Prometem isto e aquilo, e volta tudo à incompetência de sempre. Só sabem é aldrabar, e mesmo assim mal. São uns inúteis. Era um boa oportunidade para se queixarem das abstenções...