Antes mesmo de os clubes de Lisboa e satélites, iniciarem a vergonhosa campanha de difamação contra o FCPorto, personalizada na figura de Pinto da Costa e na sua estrutura directiva, e que atingiu o seu climax no célebre processo Apito Dourado, era já evidente uma clara discriminação em quase todos os orgão de comunicação social. Tal como agora, rádios, jornais e televisões, tratavam o FCPorto com indisfarçável desprezo e com uma estratégia bem definida, que consistia, não só em desvalorizar os seus êxitos desportivos, como em inventar esquemas duvidosos sobre a maneira como eram conseguidos.
Tudo isto coincidiu e acentuou-se com a entrada de Pinto da Costa para a presidência do clube, precisamente o seu período mais vitorioso, consistente, e expansionista, que se traduziu em múltiplos sucessos a nível nacional e internacional. Não era preciso ser-se apreciador de futebol para observar o tratamento arbitrário dos media com o FCPorto e o seu Presidente, bastava estar-se atento. Por mais campeonatos que o clube nortenho ganhasse, os jornais desportivos dedicavam exclusivamente as primeiras páginas aos dois clubes de Lisboa, mesmo assim, com uma clara preferência pelo Benfica, sem que tal se justificasse desportivamente. Os generalistas faziam o mesmo, as rádios e as estações de televisão, idem, idem.
Como a esta espiral de discriminação e mau jornalismo, não se seguiu uma reacção categórica, ou uma clara rejeição pública das autoridades, com apelos à moderação e ao bom senso, a situação agravou-se, e hoje os media - inclusivé os do Estado -, fazem praticamente o que lhes apetece. Se os media já tinham poder antes, com o passar dos anos sentiram esse poder reforçado. Ora, entre muitas outras conjecturas, isto também revela uma outra realidade, e mais grave: Portugal nunca teve, quer a nível de chefes de Estado, quer de governantes, gente com categoria para ocupar cargos de tão alta responsabilidade. É um facto, um facto revoltantemente enfadonho... Resultado: a democracia, que devia ter sido tratada ao longo destes anos como uma flor, regada cuidadosamente para crescer forte e viçosa - e não violada na sua essência como foi e continua a ser -, está moribunda, prestes a morrer.
Independentemente da morte da democracia, o FCPorto e a sua legião adeptos, são os principais prejudicados na sua imagem com este status quo, apesar dos seus êxitos desportivos. Logo, caberá ao FCPorto e à sua direcção fazer algo mais para se defender, do que fez até aqui. A tese "o que é preciso é vence-los no campo", é muito interessante, mas não chega, e pode-nos um dia sair muito cara. Por enquanto, a jurisdição tem chegado para resolver os problemas que os nossos inimigos nos foram colocando, e a concentração competitiva os de ordem desportiva. Mas até quando é que o FCPorto poderá continuar a aguentar esta campanha difamadora? A intriguice indigna, o insulto, as insinuações venenosas, repetidas exaustivamente em quase todos os media? Não podemos contar com as autoridades, porque como sabemos, elas são parte do problema.
O desespero dos nosso inimigos está a enlouquecê-los. As perseguições, e os apelos à violência contra o n/ clube são sobejamente conhecidos. E o que faz o Porto Canal para denunciar tal concorrência? Nada. Em certos casos não creio que "o calado seja o melhor", acredito mais no impacto do "quem cala consente". Apesar de saber que a inteligência do povo nem sempre é a melhor, se a injectarmos com doses industriais de falsas verdades, ele até acredita. Que ninguém tenha dúvidas. Afinal de contas haverá exemplo maior de mentira, que o "nosso" Governo?