26 abril, 2008

Rescaldo do 25 de Abril

Vencer a Liberdade!
Foi com esta frase grande eloquente que ontem, no dia 25 de Abril, o Director do JN titulou a sua crónica de homenagem dedicada à efeméride. Com poesia q.b., mas com muito pouca profundidade.

É por estas análises coloridas e irritantemente superficiais que gerei anti-corpos para me defender de lugares comuns regimentais deste tipo. Vencer a Liberdade! Que poético.

Basta haver um (pa)checo-esperto, lá das alturas herméticas da sua sabedoria, a vender certezas (sic)tárias, que não falta quem a queira comprar. E, ai de quem se atrever a contrariar estas "sentenças", que é logo desclassificado e retirado da estante reservada aos "bons cidadãos".

A Liberdade é uma coisa fantástica, particularmente para quem ainda viveu (como eu) num regime onde era muito espartilhada, mas parece-me exagerado falar dela como valor acabado e inquestionável. É petulante reduzir a Liberdade a um valor "simplex" como está agora na moda, e falar dela com demasiada euforia, sobretudo se nos esquecermos do factor sócio-económico de uma grande faixa da população que sobrevive em precárias condições. É pouco sério.

Se falarmos da Liberdade com seriedade, sem lhe retirar a importância, mas também sem a enfatizar demasiado, é o suficiente. Porque a Liberdade é o primeiro de todos os valores, é um ponto de partida, e não uma espécie de eucalipto mitificado de bondade que tudo seca à sua volta.

Não sei precisar neste momento, o número exacto de desempregados e gente abaixo do limiar de pobreza que pelo Porto e o Norte do país vão engrossando a fila dos descontentes, mas sei que não é da falta de Liberdade que mais razão de queixa têm.

Para testar esta tese, experimentem perguntar-lhes se alguma vez conseguiram fazer as compras no supermercado e pagar o respectivo consumo com notas de Liberdade. Perguntem-lhes também, se houve algum Banco que aceitou abrir-lhes conta e conceder-lhes crédito para habitação ou carro, apresentando como garantia doses q.b. de Liberdade.

A resposta é tão óbvia quanto revoltante. O objectivo principal do 25 de Abril não foi somente abrir ao país as portas da Liberdade. Foi abri-las sim, para deixar entrar o que até então faltava em Portugal, como o desenvolvimento gerador de riqueza, um maior equilíbrio social e económico entre a população, e uma integração harmónica aos padrões de vida europeus.
Mas foi também, para fechar as portas à corrupção, ao compadrio, ao oportunismo político, ao banditismo, às oligarquias políticas, e à mediocridade.

Ora, se ainda estamos tão longe destes patamares de progresso, é risível falarmos da Liberdade como se fosse possível adquirir só com ela as asas que nos permitem voar para a vida ambicionada.

25 abril, 2008

DESLEIXO!


Isto que aqui vêem "foram" (porque já não são) caixas de iluminação de solo instaladas sob o parapeito do passeio que ladeia o Estádio do Dragão, junto à estação do Metro.
Estão colocadas ao longo do referido passeio espaçados entre si cerca de 2 metros. Não há um único que tenha lâmpadas e o respectivo vidro protector.
Neste momento, estão cobertos de água com os mais variados "ovnis" a boiar sobre a mesma.
Aposto que para assumir a negligência destes actos não há ninguém. Foi S. Pedro o culpado.
Autista e arrogante (mas seriíssimo) como é o nosso Presidente da Câmara do Porto tenho pouca fé que o alarme sirva para alguma coisa.
Votem nele outra vez.

24 abril, 2008

A fraude dos ideais de Abril



Se por esta altura alguns "democratas" que se juntaram ao Movimento das Forças Armadas (MFA) para pouco depois constituirem partidos políticos "democráticos", tivessem avisado os portugueses que iriam fazer de Lisboa uma zona priveligiada de desenvolvimento, desprezando o resto do país e delapidando a sua 2ª cidade mais importante, talvez aí, quem sabe, o povo tivesse boicotado a Revolução dos Cravos...

No poupar é que está o ganho...

Convém não esquecer que do Porto a Vigo são 150 km, isto sem contar que não se paga tanto de portagens nem de combustível, temos possibilidade de abastecer o nosso deposito com menos euros.
Temos possibilidade de usufruir das belas paisagens da Galiza e mais importante do que isso não investimos um tostão em mais um evento, que claro, neste país só se poderia realizar na nossa muy querida capitalzinha...aliás, enquanto não levaram a exposição da Exponor para lisboa não andaram descansados...admitia-se lá que uma exposição de automóveis tivesse a sua realização em Matosinhos...nem pensar nisso...(sim..para aqueles que não se lembram este evento realizava-se na Exponor)...

Posto isto e para os interessados deixo mais alguns endereços relativos a esta magnifica exposição automóvel:

http://www.ifevi.com/index.php?id_noticia=65

http://www.racingshowcaixanova.com/

http://www.eventosmotor.com/index.php

Vai tomar no c... Centralismo


Os mistérios de Sócrates

Se fosse possível auscultar a seriedade intelectual do ser humano, saberíamos exactamente qual é o estado de espírito de José Sócrates quando se ouve a si próprio e, preferencialmente, qual o nível de credibilidade que podíamos atribuir aos seus permanentes manifestos de optimismo tantas vezes deslocado da realidade. Como não é possível, só podemos intuir.

Ora, a minha intuição diz-me que Sócrates leva demasiado a sério a sua auto-confiança. Tão demasiado a sério, que se esquece do fundamental, que é do feedback do seu discurso nas massas, sem condicionalismos de classes e territórios. Não o fazendo, preferindo ignorar a sua condição de simples mortal passível de errar, Sócrates arrisca-se a cometer um erro bem mais grave: o do autismo.


Esquece, que antes dele, houve outros "Sócrates" (com nomes menos sugestivos), igualmente candidatos a filósofos, que também estavam cheios de certezas e que raramente se enganavam. E antes desses, outros igualmente 'seguros' imitaram o estilo sem contudo nunca terem conseguido dar provas da sua eficácia. Todos seguros à partida, mas todos derrotados no fim. Pouco ou nada do que desenvolveram das suas políticas agora se aproveita, o que nos leva a garantir sem margem para hesitações que se enganaram.


Apesar disso, o estilo fanfarrão, teórico, autista, continua, o que prova que Sócrates nada aprendeu com as asneiras dos outros. E é dramático que tal esteja de novo a acontecer, porque não é Sócrates nem "sus ministros" quem mais irá sofrer com as asneiras (eles ficam sempre bem, como os altos cargos empresariais o atestam no pós-política), é o país e a sua população. O cenário vai repetir-se, e é abominável que permitamos que se repita.


O Tratado de Lisboa é a menina dos olhos de Sócrates. Ele baba-se com o feito e imagina que nós portuenses também. Eu estou a borrifar-me para o Tratado de Lisboa, como muitos de nós se começam a borrifar para a entrada de Portugal na União Europeia, como outros começam a borrifar-se para a valia da nossa democracia. Tudo isto vem sendo contestado, até a própria Liberdade, porque se calhar a sua prática, em termos políticos, não é tão "livre" como parece.


A Liberdade é um bem precioso, mas numa sociedade moderna e justa, pouca valia tem se isolada de outros valores. Esses valores passam por uma distribuição mais equilibrada da riqueza, pelo acesso igual à justiça, por uma valorização de competências razoável, pelo respeito das regras do trabalho entre empregadores e empregados. Todos em teoria concordam com tudo isto, mas sabe-se que na prática (que é o que conta) as coisas não se passam assim.


E os jornalistas - os tais menssageiros do povo - sabem-no, mas também pouco se incomodam, desde que se mantenham encaixados em qualquer orgão informativo que lhes dê o pão. No JN de hoje, a autora desta crónica não encontrou tema melhor para abordar do que os dotes de alquimia do 1º. Ministro. Foi a mutação de um das letras dos três "D" do Movimento das Forças Armadas (MFA) que a inspirou. Segundo escreve, o "D" de Descolonização (a escôlha é dela) foi subsítuído pelo "E" de Europa, servindo para associar o 25 de Abril à ratificação (sem recurso a referendo) do Tratado de Lisboa. Que imaginação!


Já Rui Moreira, na recepção que concedeu a Sócrates, fez com apropósito o que dele se esperava , aproveitou a rara oportunidade de o ter na plateia para lhe acenar com os lembretes da Regionalização, do TGV e do Aeroporto Sá Carneiro. A mais não é obrigado.


Vamos lá a ver se Sócrates tomou boa nota dos seus reparos. Saiu sem dar uma única dica e isso pode querer dizer tudo. Veremos.

23 abril, 2008

Criatividade milionária

Esta charmosa senhora inglesa, de seu nome J. K. Rowling já foi casada com um português (creio que do Porto). As coisas deram para o torto e o casamento foi-se.

Nada de original, dir-se-à. O curioso desta história real é que ela encaixa perfeitamente naquele velho ditado que nos diz que a necessidade aguça o engenho. Pode não ter sido apenas uma questão de necessidade, mas consta que após o divórcio e com uma filha por criar, a senhora entrou numa profunda depressão chegando mesmo a pensar no suicídio.

Em boa hora mudou de ideias e fez-se à vida sem ter a mínima ideia do que a esperava. Pôs-se a escrever livros para crianças e inventou o Harry Potter (não, não se trata do Quaresma). A "brincadeira" transformou-a numa das 99 mulheres mais ricas do Mundo (estimada em 1bilião de dólares)...

Será que o ex-marido não vai reconsiderar???



Rui Rio, ainda há quem nele confie?

Ministério da Cultura diz que não recebeu nenhum projecto para o Bolhão

(Público) 23.04.2008, Margarida GomesDois meses depois de o Bloco de Esquerda (BE) ter questionado o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, sobre o polémico projecto de reconversão do Mercado do Bolhão, apresentando pelo promotor holandês TramCrone, o Ministério da Cultura informou ontem que não deu entrada nos "serviços centrais ou periféricos" do ministério "nenhum projecto" relativo ao Bolhão.

Os ministério informa ainda que, por se tratar de um edifício "em vias de classificação como imóvel de interesse público", qualquer projecto "será analisado pela Direcção Regional de Cultura do Norte no âmbito da leio nº 1107/2001 de 8 de Setembro que estabelece as bases da política e do regime estabelecidas nas cartas internacionais de defensa e salvaguarda do património, nomeadamente no que concerne à preservação das suas características arquitectónicas e à sua função".

A resposta do Ministério da Cultura está relacionada com um requerimento que o deputado do BE, João Semedo, enviou, no dia 15 de Fevereiro, ao ministro da Cultura, questionando-o sobre as medidas a "tomar para assegurar que o projecto em causa esteja de acordo com os conceitos arquitectónicos internacionalmente reconhecidos para a reabilitação do património". "Pretende ou não o Ministério da Cultura intervir no sentido de garantir a protecção que a lei e o relevo patrimonial e cultural do Mercado do Bolhão impõem?", questionava o documento, no qual o deputado do BE perguntava ainda ao ministro da Cultura se tinha conhecimento do projecto do promotor TramCrone relativamente ao Mercado do Bolhão.

Um requeimando idêntico foi apresentado esta semana pelos deputados comunistas Jorge Machado e Honório Novo, eleitos pelo círculo do Porto na Assembleia da República. Os parlamentares advertem para a importância de preservar um edifício que é "o símbolo social e cultural da cidade" e, tal como o BE, querem saber se o ministério tutelado por António Pinto Ribeiro tem conhecimento oficial do projecto já apresentado à Câmara do Porto, que concessionou ao promotor holandês a gestão daquele espaço pelo período de 50 anos.

Dr. Rui Moreira reeleito Presidente da A.C.P.




Palácio da Bolsa abre portas à comemoração do centenário






"Rui Moreira, presidente da ACP-Associação Comercial do Porto, será reeleito para novo mandato e José Sócrates, convidado de honra das cerimónias, escutará preocupações quanto ao TGV e privatização do Aeroporto Francisco Sá Carneiro."

O Parque Biológico de Gaia




O Parque Biológico de Gaia, empresa municipal é, a par do Corte Inglês e do Cais de Gaia, um dos ex-líbris de Vila Nova de Gaia.
Gerido com dedicação e sabedoria por Nuno Gomes Oliveira, este parque tem recebido os mais rasgados elogios de toda a parte, inclusivé do estrangeiro. Vale a pena lá ir.
Aqui está outro bom exemplo, do que pode ser feito em prol da qualidade de vida das cidades pelas autarquias para lá das chamadas "obras de fachada do cimento".

22 abril, 2008

A luta pelo poder no PSD, com galos e galinhas...

Cada um é livre de pensar o que quiser. Eu também não fujo à regra e para não variar, reafirmo o meu descrédito total em relação aos partidos políticos actuais, quer sejam os do governo, quer os da oposição.

Daí que, não esteja minimamente interessado em participar ou dissecar estes jogos (muitas vezes sujos) de bastidores disputados por membros de famílias desavindas, chamem-se elas PSD ou PS.

Pouco me interessa a opinião de uma Maria João Avilez, cópia rasca do "bon chic bon gendre"parisiense, ou de qualquer outro chefe de propaganda centralista. O que dizem ou pensam, para mim - desculpem-me a grosseria, mas é mesmo assim - é para deitar ao lixo. Não pertenço, nem pretendo pertencer a tais "famílias" ou seus aparentados. Estou noutra.

Mas não deixa de ser caricata a importância que é dada pelos media a esses jogos de poder, os infindáveis debates que se vão promovendo à volta do assunto como se o povo profundo - que não aquele subjugado aos favores dos aparelhos partidários - não estivesse farto de saber que se trata apenas de meras candidaturas individuais a altos lugares (empregos) do Estado e ao poder que ele confere. Não creio que qualquer pessoa experiente e lúcida acredite que algum destes protagonistas tenha dimensão para liderar um país. Mais do mesmo, é o que o futuro nos reserva.

Já que (garantem-nos os sábios) é só através dos partidos políticos que a democracia melhor se expressa, então talvez esteja na hora de nos disponibilizarmos para a criação de um novo partido capaz de romper com os laços putrefactos dos existentes e de transmitir credibilidade ao eleitorado por meio de acções de seriedade reais e aparentes, e não por discursos comparáveis aos vendedores de banha-da-cobra de qualquer jardim público.

Se a democracia é inseparável dos partidos, a criação de novos partidos é imperativa, principalmente quando os que há provaram à exaustão não serem capazes de dar conta do recado.

Os portugueses do Portugal profundo não se revêem nos modelos existentes de partidos políticos, que mais se parecem com empresas públicas transformadas em agências de emprego para os filiados do que organismos de estudo e execução de projectos com impacto objectivo na vida dos cidadãos.

Até lá, não há partido político para o qual me disponha a oferecer o meu voto. Nem um.

PNDD (seria a minha sigla para um novo partido: Partido Nacional Descentralizador Democrático)

Artigos favoritos de Renovar o Porto (JN de hoje):

IPATIMUP na dianteira do diagnóstico precoce

O exemplo de Guimarães

Exame e diagnóstico de cancro da mama num dia

21 abril, 2008

Porto, sempre em perda com Rui Rio

Dentro em pouco, o Porto, como qualquer aldeola, poderá deixar de ter cinema alternativo, por inépcia da Câmara que se recusa a perceber que tem a ver com o assunto. A Câmara é que autoriza ou não as mudanças de ramo. E se isso de "cinema alternativo" é muito nebuloso para Rui Rio e para o seu vereador da cultura ( há? quem é?), mesmo em relação ao mais comercial-xunga o Porto poderá ficar apenas com as salas junto ao Dragão, uma vez que todas as da Baixa feneceram com as grandes políticas de revitalização desta coligação de direita no poder camarário.

Olhem o que seria se não fosse a centralidade do Dragão que, por sua vez, nunca existiria se Rui Rio estivesse à frente da cidade há mais tempo.

A verdade é que se acabarem as 4 salas da Medeia na Boavista, onde os portuenses podem ver cinema de qualidade, na maioria de origem europeia, o Porto que ainda há pouco era um centro de cultura mundialmente conhecido poderá passar para o nível das cidades mais desertificadas culturalmente, feitas as contas, ao nível do terceiro-mundo.

É claro que o cinema alternativo, como toda a cultura, ao contrário dos espectáculos meramente comerciais como os do La Féria que deviam pagar e bem pago a utilização dos espaços públicos, tem de ser apoiado pelas instâncias estatais centrais, regionais (se as houvesse) e municipais, caso contrário não consegue sustentar-se, nem no Porto, nem em Paris, nem em parte nenhuma, toda a gente sabe porquê.

Esperemos que o PSD e os outros partidos da Oposição levantem a questão na Câmara e forcem-na a proibir a injustificada mudança de ramo que afastará, aliás, do centro comercial uma boa parte de clientes que lá vão fazer o circuito cinema-livraria.

Esperemos também que os outros comerciantes do centro percebam o que está em jogo.

(De Pedro Baptista)

Renovar o Porto

É incontornável. Rui Rio vai mesmo ficar na história do Porto, pelos piores motivos. Nem a fama de seriedade com que foi levianamente rotulado pelos seus seguidores, o livram de outra fama bem mais realista e concreta que resulta do facto de se ter transformado na "persona non grata" mais famosa dos portuenses de "couer".

Dos outros, dos portuenses de circunstância, dos ultra-leves, dos "cosmopolitas" serviçais de Lisboa, talvez não seja assim.

Mas esses, como Rui Rio, não contam, porque já muitos perceberam que em lugar de servirem o Porto, ocuparam as suas vidas a servir-se dele, em proveito próprio. Prejudicando-o e prejudicando o seu povo.

Parabéns ao Vitória de Guimarães

Sou português, portuense e portista. Depois, sou nortenho e anti-centralista ferrenho, pelo que defendo o direito ao mérito e o equilíbrio justo na distribuição da riqueza por todo o país .

Mesmo que um dia, o nosso clube dilecto, o Futebol Clube do Porto, passe por momentos menos épicos, faço votos e apelo a todos os portistas para que nunca se deixem cair na mediocridade - como fizeram e ainda fazem os adeptos de um certo clube de Lisboa - de não saberem reconhecer o mérito a quem o tem. De desenvolverem complexos de castração, o que vale dizer, que se valham de métodos desprezíveis para tentarem impedir os outros de crescerem.

Os adeptos do Guimarães (que nem sempre foram simpáticos com o FCP) são apaixonados pelo seu clube como nós somos pelo nosso, e isso é bom.

No próximo domingo, quero que ganhe o FCP, mas quero também que seja reconhecido ao Vitória de Guimarães o mérito que tem por estar em 2º. lugar e poucas vezes lhe ser dado o devido destaque.

Aqui ficam os meus sinceros parabéns.

Honra seja feita ao mérito...


... e o mérito está no Futebol Clube do Porto, e na capacidade para descobrir e gerar talentos como este: Lisandro Lopez!
É esta a "máfia" de Pinto da Costa, que nenhum governante deste país, apesar de não serem mais sérios do que ele, conseguiu imitar. Porque são uns incompetentes.

20 abril, 2008

CENTRALISMO=A INSURREIÇÃO= A VIOLÊNCIA

Insisto. Só quem viver com os pés na terra e a cabeça noutro planeta qualquer, é que ainda acredita (isto, se for daqueles que algum dia acreditou), que não se pode misturar o futebol com a política. O princípio até podia ser recomendável se nã fosse completamente surrrealista, mas é.

Cada vez me convenço mais que, em Portugal (como me custa agora, pronunciar este nome) o futebol tem servido para encobrir muita tramóia, muito oportunismo, muita projecção pessoal dos próprios profissionais da política. Se compararmos bem os escândalos financeiros do futebol com os da política e até do resto da sociedade, chegaremos à conclusão que estão longe de ser os mais expressivos em termos de prejuízo para o erário público.

O post anterior é uma excelente amostra para percebermos ao ponto a que chegou a noção de país neste rincão pobre e remoto da Europa mais civilizada. Um cineasta da capital, sem qualquer expressão internacional e mediocremente sucedido no país profundo, chegou a ponto de pensar que a credibilidade de uma notícia podia ser considerada séria mesmo quando oriunda das fontes mais suspeitas que possamos imaginar. Porque, para ele, ser juíz em causa própria é um acto de honestidade!

Vejam bem como estas mentalidades coincidem com as dos próprios mídia e fazedores de opinião de Lisboa que já mal utilizam o nome do país quando aparentemente a ele se referem, e que, sem o mínimo sinal de respeito falam dos interesses da capital como se fossem os interesses do país (apesar de tudo) real.

Quando vejo Sócrates a falar ao "país" com aquele porte de falso vencedor, com um sarcástico otpimismo completamente deslocado da realidade, a apontar o dedo afirmativo de uma competência que não tem, dá-me vontade de trepar pelas paredes...

Este homem não vive aqui, não levanta o rabinho de Lisboa, trabalha apenas e só para ela e anda a fazer de nós portuenses uma tribo de pacóvios.

Bem piores do que ele, são os lambe-botas do burgo, esses burgueses interesseiros e medrosos que sem relevância genuína vivem submissamente colados ao poder para se projectarem. São os piores inimigos do Porto. Os internos, aqueles que tudo continuam a fazer para emperrar o nosso desenvolvimento a nossa autonomia regional. Os que pactuam com esta humilhação. Calam-se, escondem-se, vivem arredados das carências do povo e quando falam dele, fingem vê-lo na sua própria imagem para melhor conviverem com a falsidade.

Como abutres, saem das escarpas das montanhas e voam apenas quando lhes cheira a cadáver, quando o trabalho de sapa foi feito por outros e candidatam-se ao poder mesmo sabendo que ninguém do povo os conhece.

Não será este cenário afinal, o que está neste preciso momento por detrás da demissão deLuís Filipe Menezes? É ou não é? Quem é Aguiar Branco? Que expressão pública tem este homem? O pouco que se sabe, é que é advogado e amigo de Rui Rio (o que não é bom presságio, note-se). Quem estará disponível agora para ouvir (se chegar a candidatar-se ao poleiro do PSD) este homem que, não mexeu até agora uma palha para tornar públicas as suas ideias em relação ao Porto e ao país (se é que as tem), que se manteve na penumbra impávido e sereno (como Rui Rio) face a estas arbitrariedades infligidas à nossa cidade? O que podemos nós esperar de personagem tão vulgar?

Eu só gostava de saber, é se vendo o que está bem à vista de todos (excepto, claro, os da teta partidária) haverá alguém que ainda se disporá a depositar um voto de confiança nesta gente e a acreditar na solenidade de qualquer acto eleitoral com protagonistas desta categoria!

Eu não serei seguramente. Quero demais ao meu país para me tornar mais um cumplíce da sua destruição.