08 abril, 2011

Às Vezes o Amor - Sérgio Godinho




um bom fim de semana dentro do possível

Uma camilada com troco

FCPorto - Camilo Lourenço diz que regionalismo é erro de Pinto da Costa

O que ele realmente pensa...
 
Contabilizando os prémios de presença e de prestação na Liga dos Campeões e o "pool market" (resultante da venda de direitos dos jogos da principal competição europeia de clubes) os dragões arrecadaram perto de 15 milhões de euros em 2008/09 e cerca de 19 milhões de euros em 2009/10.
Camilo Lourenço sublinha que, apesar dos títulos conquistados, o FCPorto tem seguido, ao longo dos anos, uma estratégia demasiadamente regionalista, evocando até a "visão limitadora da aquisição do Porto Canal". "O principal erro do FCPorto foi o de não ter aproveitado para se transformar num clube e numa marca nacional. Depois de se ter afirmado no plano desportivo, o FCPorto teria a ganhar se não se colasse tanto a uma corrente marcadamente regionalista. O Barcelona vive bem com isso, mas a Catalunha é um mercado enorme", sublinha o jornalista, para quem Pinto da Costa deve alterar o discurso e as mentalidades dos adeptos para capitalizar por todo o País a marca FCPorto de modo a nesse capítulo rivalizar com o Benfica dentro de 10 ou 15 anos".
(in Grande Porto)

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O texto acima exposto, é a parte mais "interessante" de um artigo com declarações do economista (e benfiquista) Camilo Lourenço, publicado no Grande Porto de hoje, onde o conhecido comentador convencido da sua hiper-superioridade moral e intelectual, resolveu explicar à plebe da província nortenha o que é que Pinto da Costa devia fazer para o FCPorto rivalizar com o Benfica... Quem quiser, ou tiver paciência para ler os primeiros parágrafos do texto, pode clicar aqui. 

Muito me apetecia dizer, para responder, uma a uma, à verborreia insolente do mediático economista, mas optarei apenas por lhe "copiar" o estilo, limitando-me a fazer minhas palavras suas, na versão de um portuense-portista.  Então aqui vai o troco, caro economista:

Rui Valente sublinha(ria) que, apesar dos títulos conquistados (em regime ditatorial), o Benfica tem seguido, ao longo dos anos, uma estratégia demasiadamente centralista e sectária, evocando até a "visão monopolista da colaboração/cumplicidade, de dois canais de tv públicos, e dois canais privados  e sucedâneos". "O principal erro do Benfica foi o de não ter aproveitado para se transformar civilizadamente num clube respeitador e respeitável. Depois de, num passado remoto, se ter afirmado no plano desportivo, o Benfica teria a ganhar se não se colasse tanto a uma corrente marcadamente centralista e megalómana. O Real Madrid vive bem com isso, mas Castela é parte integrante de um país regionalizado", sublinha o bloguista tripeiro, para quem Luís Filipe Vieira deve manter o discurso trauliteiro e as mentalidades tacanhas dos adeptos, para continuar a capitalizar novos sucessos para a marca FCPorto,  de modo a, nesse capítulo, se aproximar da dimensão futurista do FCPorto,  dentro de 20 ou 30 anos".

Será capaz o futuro Porto Canal de fazer a diferença?


É já do conhecimento público que o Director da TVI Porto, Júlio Magalhães, foi sondado pelo FCPorto para incorporar o futuro projecto do Porto Canal na qualidade de Director. É certo, que esta foi apenas uma primeira abordagem no sentido de auscultar a disponibilidade do jornalista. Mas, independentemente da decisão final, parece uma excelente escolha. Júlio Magalhães, disse hoje ao semanário Grande Porto estar aberto a conversações, desde que o convite envolvesse  um bom projecto...

Além de se ter mostrado satisfeito com a ideia, pelo facto de  o projecto contemplar a criação de um canal quase generalista a nível de informação geral, JM enfatizou [e bem] a questão orçamental bem como os custos elevados que este tipo de projectos comporta, para terem viabilidade. Até aqui, tudo bem. Agora, a única parte destas declarações que me deixa com a pulga atrás da orelha, é não ter bem a certeza do que é que Júlio Magalhães entende por um bom projecto. É aqui que entronca um problema comum a um grande número de jornalistas, isto é, descobrir o que estão dispostos a fazer sem correrem o risco de servirem o público alvo com um prato requentado em lugar de um prato novo... Passo a explicar.

Um bom projecto, na óptica de um jornalista, pode cingir-se à ganância das audiências a qualquer preço, como sucede nas televisões centralistas, o que nem sempre reflecte qualidade e  diversidade. Em Portugal, os canais generalistas,  não sabem inovar, limitam-se a concorrer entre si, copiando-se reciprocamente... É muito comum, estações diferentes, transmitirem ao mesmo tempo as mesmas notícias, e mesmo a programação só difere [ou nem isso] nos figurantes e nos adereços . Ora, sem pretender ser mais papista que o papa, não era este tipo de televisão que pessoalmente gostava de ver implantado no Porto Canal. O Porto e o Norte, carecem de mais e melhor. Não podem, nem devem, cometer o erro de copiar a medíocridade do que já se produz. Tendo em conta a importância  das audiências, convirá não cairmos no "clássico" mais do mesmo. Importa aqui relembrar, o triste fim da NTV que por ter sido lançada no mercado deficientemente estruturada, acabou sugada pelas goelas gananciosas da RTP centralista.

Em primeira análise, o lado mais interessante da iniciativa, é o facto de não pretender confinar o novo Canal à área metropolitana do Porto, embora, como pioneira do projecto que é, lhe seja dedicado mais amplo destaque. O que importa, é que cubra todo o Norte do país, do litoral ao interior, o mais abrangente possível, de modo a tornar-se em pouco tempo, a voz e os olhos, de todos os nortenhos. No fundo, trata-se de fazer aquilo que nenhum dos canais generalistas existentes fez até hoje. O  mercado do Porto Canal será esse, só pode ser esse, e não aquele outro, falido e subserviente, que prometia janelas viradas para "mundos" cujos destinos já todos sabemos onde iam parar: a Lisboa... 

Esperemos então, que Júlio Magalhães traga ideias novas, e tenha pensado no assunto com a especificidade e atenção que o Porto e o Norte em geral, merecem e precisam.

06 abril, 2011

Os incendiários, são estes! Prendam-nos!


António Pedro Vaidechinelos

Rui Gomes da Selva



Paz, harmonia e amor. Bonitas e sonantes palavras! Juntas, formam a tríade, talvez mais idealizada de qualquer ser civilizado. Antes porém, importa não esquecer, que para se almejar tal desiderato, são necessários certos requisitos,  como sejam: o pleno emprego, justiça social, e salarial... Sem eles, tudo não passará de ilusórios processos de intenções. 

Vale isto por dizer, que fica muito bem mostrarmo-nos defensores da pacificação social, principalmente junto dos microfones da rádio, ou perante as câmaras de televisão, mas tal surtirá sempre efeitos antagónicos se desprezarmos as condições necessárias para lá chegarmos. Daí que, considere estranho que, havendo tanta gente a criticar os recentes actos de violência entre adeptos do Benfica e a Polícia de Segurança Pública, haja tão pouca a censurar aqueles que passam o tempo a alimentá-la. Émuito fácil criticar as massas com as costas quentes, quando sabemos que temos a opinião pública a dizer amém connôsco. Só  tarados aplaudem a violência como forma primeira de resolver os problemas. A violência gera violência.

Para variar, e passar para a crítica construtiva, gostava era de ouvir classificar de energúmenos, e de atiçadores de violências, alguns comentadores desportivos, como Rui Gomes da Silva e José Pedro Vasconcelos, que mesmo perante os moderadores [que não moderam nada] e companheiros de debate, não fazem qualquer cerimónia em destilar ódios  fomentando a revolta nos adeptos rivais, com as maiores manifestações de fanatismo a que o país assistiu desde o 25 de Abril a esta parte!

Os principais responsáveis  pela violência no futebol, são todos aqueles que, com ligações ao Governo e a instituições do Estado, se passeiam impunemente pelos bastidores e bancadas do Benfica, com total à vontade, num estado de perfeita inconsciência de classe. Esses sim, são os piores incendiários.  Era a esses, a quem em primeira instância, a Polícia devia lançar balas de borracha, já que no país, parece não haver outra autoridade com coragem para os chamar à ordem de forma mais cortez. Afinal, são eles o espelho fiel da bandalhice a que hoje o país chegou.

Se queremos acabar com a violência no Estádios, então comece-se pelo tôpo, pelos mandantes, e acabe-se com os discursos moralistas mal direccionados.  


05 abril, 2011

Um inquérito estúpido do JN

O Jornal de Notícias decidiu abrir à opinião pública um inquérito com a seguinte pergunta:  "Quem é o principal responsável pelo título do F.C. Porto?" . Depois, apresenta três alternativas separadas para resposta:

  • Pinto da Costa
  • Villas-Boas
  • Plantel
Caros amigos, acham que este questionário, tal como está formulado, tem alguma utilidade? Acham que o JN, quando o elaborou, levou em consideração a objectividade e respeitou a inteligência dos leitores? Pois eu, considero que a Direcção do JN,  nem sequer pensou no assunto. Limitou-se a brincar connôsco...

Levantar este tipo de questões, vale o mesmo que procurar saber se a responsabilidade pela boa construção de um edifício é do engenheiro, do mestre de obras ou dos operários! Com efeito, o Director do JN ainda não deve ter compreendido que o sucesso ou insucesso de uma empresa, obra, ou equipa de futebol, depende da conjugação optimizada de todos os intervenientes, embora a boa liderança seja a condição essencial.

Ignorando toda esta lógica, o que o JN está a tentar fazer, é copiar os miseráveis exemplos de jornalismo dos pasquins desportivos de Lisboa procurando encontrar combustível para lançar para cima do FCPorto e desestabilizar o grupo de trabalho!

Se há inquéritos estúpidos, este é um deles, e quem está a precisar de liderança é  o JN...



04 abril, 2011

A imprensa mundana divulga e elogia o FCPorto

Celebración a oscuras y pasada por agua [Marca]

Porto champion à Lisbonne ! [France Footbaal]

Il Porto di Villas Boas vince il campionato [Corriere dello Sport]

Porto s'assure le titre [LÉquipe]

Porto é campeão português em plena Lisboa contra o Benfica [JSports]

Victória do Título e da Honra!

Ontem, na vã tentativa de enaltecer o Benfica, os pasquins desportivos de Lisboa, em deliciosa sintonia, escreviam nas primeiras páginas : " O jogo do Título, contra o jogo da Honra"!

A ideia, percebe-se, era retirar brilho à substância da conquista de mais um campeonato pelo FCPorto no terreno do adversário, caso vencesse o desafio, e louvar o Benfica, se fosse ele o vencedor, colando-lhe a honra que, supostamente, o FCPorto não teria ou merecia... Habilidosos, estes grandes vigaristas! Escória de gente, aquela!  Vergonhosos representantes do jornalismo centralista! 

Mais uma vez, tramaram-se! Tiveram de engolir três sapos:

a derrota em casa, a perda do Título e... a perda da Honra!