Pirueta de alegria de Felipe |
Como pudemos constatar, não há victórias antecipadas, nem campeões garantidos, antes do tempo.
Quando comento sobre o plantel do FCPorto deste ano, limito-me a reconhecer o que todos os portistas reconhecem: a necessidade de reforçar o ataque e a defesa com mais 2 ou 3 jogadores. Sobre Nuno Espírito Santo já aqui escrevi, e digo-o a quem me conhece, que para já está a surpreender-me pela positiva. Não gosto de deitar foguetes antes do tempo, sou prudente, mas não posso deixar de dizer as impressões que registo em determinado tempo. As minhas dúvidas sobre o FCPorto mantêem-se, são as que os leitores já conhecem, estão no tôpo da pirâmide hierárquica.
Como todos vós, delirei com mais esta façanha do nosso clube. Treinador e jogadores, merecem os melhores elogios, embora me tenha custado muito ver a equipa jogar contra 9 adversários. Cheguei a temer o pior, que ainda íamos acabar por claudicar em superioridade numérica. Enfim, tudo está bem, quando acaba bem.
Há dois aspectos que não posso deixar de evidenciar, por me parecerem extremamente importantes. Primeiro, enaltecer a seriedade e a coragem do árbitro polaco por não ter hesitado em expulsar dois jogadores do Roma na sua casa. Em Portugal, com os nossos árbitros, o FCPorto não tinha essa "sorte", o mais que podiam fazer, era mostrar um amarelo, ou marcar uma simples falta aos infractores. Além disso, o árbitro teve o mérito de acompanhar de perto todos os lances faltosos, quer de uma equipa, quer de outra. Outro aspecto que me agradou foi a coesão, o espírito de equipa dos jogadores do FCPorto. Contudo, houve algumas peças que destoaram um pouco da maioria. Pela positiva destaco o defesa Felipe, não só pela importância do 1º. golo, mas também pela grande exibição que fez. Octávio, Marcano, Alex Telles, Maxi Pereira, Danilo e depois Layun estiveram todos fantásticos. Empenhados, mas não brilhantes, estiveram também Herrera, André André, André Silva, Casillas (apesar de duas excelentes defesas), Corona (apesar do excelente golo). Não gostei da prestação de Sérgio Oliveira, entra sempre nos jogos de forma demasiado relaxada e (tal como os dois Andrés) com fraca potência no remate. Urge melhorar também estes aspectos.
De resto, só podemos estar felizes. Falta saber se esta victória e o capital que ela trás vão servir como pretexto para Pinto da Costa considerar o plantel fechado, ou se vai mesmo investir nas peças que ainda faltam no plantel. Quando o ouvi, fiquei com a impressão que (agora) está satisfeito com o que tem, e isso pode ser a morte do artista...