Fernando Lima, presidente da Sociedade Lusa de Negócios, deverá ocupar o cargo máximo da Maçonaria portuguesa a partir de Maio
Fernando Lima, ex-presidente da construtora Abrantina e da antiga Engil, que sucedeu a Miguel Cadilhe na presidência da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) deverá ser o próximo grão mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL). A lista de Fernando Lima, classificada por fontes do i como potencial vencedora, concorre contra uma outra liderada pelo médico Prata da Costa. A eleição, que ocorrerá em Junho, é por voto secreto e nela participam os mestres de todas as lojas maçónicas que integram o GOL.
Fernando Lima subiu a chairmain da SLN em 2009, com o objectivo de reconstruir o grupo, pela defesa dos interesses de mais de 350 accionistas e 4.260 colaboradores. Na altura defendeu uma nova imagem corporativa para o grupo, através da sua reestruturação com uma aposta reforçada nos sectores da saúde, imobiliário e automóvel. O principal intuito era o de recuperar os prejuízos de 2008, que ascenderam a 170 milhões de euros. O maior activo da SLN era o Banco Português de Negócios (BPN), entretanto nacionalizado.
GOL Fernando Lima deverá substituir António Reis, que foi eleito em Junho de 2005. O actual grão-mestre é professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e vice-presidente do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi também militante activo da oposição democrática ao regime salazarista, dirigente do movimento estudantil, co-fundador do Partido Socialista e redactor da revista Seara Nova, fundada por Raul Proença, entre outros. Como oficial miliciano, participou na preparação e execução do 25 de Abril de 1974, tendo integrado o destacamento da EPAM (Escola Prática de Administração Militar) que ocupou os estúdios da RTP.
O Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa é a mais antiga e representativa obediência maçónica portuguesa. Fundado em 1802, esteve nas origens da revolução liberal de 1820 e da Revolução Republicana de 1910. Forçado à clandestinidade durante o Estado novo, reorganizou-se no pós-25 de Abril, recuperando parte do seu património.
Em 1984, uma cisão ligada às maçonarias anglo-saxónicas ditas regulares criou a Grande Loja Regular de Portugal. Esta obediência dividiu-se em duas em 1997 e instalou um segundo supremo conselho do grau 33. Hoje também existe a grande loja feminina de Portugal.