16 abril, 2011

Maçonaria... Para que serve?

Fernando Lima, presidente da Sociedade Lusa de Negócios, deverá ocupar o cargo máximo da Maçonaria portuguesa a partir de Maio



Fernando Lima, ex-presidente da construtora Abrantina e da antiga Engil, que sucedeu a Miguel Cadilhe na presidência da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) deverá ser o próximo grão mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL). A lista de Fernando Lima, classificada por fontes do i como potencial vencedora, concorre contra uma outra liderada pelo médico Prata da Costa. A eleição, que ocorrerá em Junho, é por voto secreto e nela participam os mestres de todas as lojas maçónicas que integram o GOL.

Fernando Lima subiu a chairmain da SLN em 2009, com o objectivo de reconstruir o grupo, pela defesa dos interesses de mais de 350 accionistas e 4.260 colaboradores. Na altura defendeu uma nova imagem corporativa para o grupo, através da sua reestruturação com uma aposta reforçada nos sectores da saúde, imobiliário e automóvel. O principal intuito era o de recuperar os prejuízos de 2008, que ascenderam a 170 milhões de euros. O maior activo da SLN era o Banco Português de Negócios (BPN), entretanto nacionalizado.

GOL Fernando Lima deverá substituir António Reis, que foi eleito em Junho de 2005. O actual grão-mestre é professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e vice-presidente do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi também militante activo da oposição democrática ao regime salazarista, dirigente do movimento estudantil, co-fundador do Partido Socialista e redactor da revista Seara Nova, fundada por Raul Proença, entre outros. Como oficial miliciano, participou na preparação e execução do 25 de Abril de 1974, tendo integrado o destacamento da EPAM (Escola Prática de Administração Militar) que ocupou os estúdios da RTP.

O Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa é a mais antiga e representativa obediência maçónica portuguesa. Fundado em 1802, esteve nas origens da revolução liberal de 1820 e da Revolução Republicana de 1910. Forçado à clandestinidade durante o Estado novo, reorganizou-se no pós-25 de Abril, recuperando parte do seu património.

Em 1984, uma cisão ligada às maçonarias anglo-saxónicas ditas regulares criou a Grande Loja Regular de Portugal. Esta obediência dividiu-se em duas em 1997 e instalou um segundo supremo conselho do grau 33. Hoje também existe a grande loja feminina de Portugal.

Ecos de sucesso, que o centralismo reprime. Sabia que...


... um jornal russo trazia isto: "Portugal está em crise. Os cofres estão vazios, há um exército de desempregados em crescimento. Neste contexto, o FCPorto parece uma ilha de prosperidade (...)

... outro jornal russo, acrescentava: "O FCPorto foi poderoso no ataque, onde tinha Hulk - o único a usar leggins no jogo (...) e que velocidade a do brasileiro no golo! Deu-se ao luxo de desacelerar antes de cortar a meta, como Usain Bolt. Makeev tentou travá-lo, mas não chegou a tempo"

... o desportivo espanhol MARCA, continuava: "O Villarreal chegou à terceira meia-final europeia da sua história, mas enfrentará o todo-poderoso FCPorto (...) É o pior adversário possível, impedindo uma final entre as duas melhores equipas da prova" 

... o Mediterrâneo, prosseguia: "O Villarreal enfrentará o clube com mais títulos do século XXI (...) Falar do FCPorto da última década é falar de títulos. É o clube europeu mais laureado do século XXI; já levantou, desde 2000, 21 troféus. Ninguém os supera. Bayern Munique e Dinamo Zagreb (com 16) são os que mais se aproximam"

... e o OLÉ, rematava: "O FCPorto é uma festa. Já conquistou o título português a algumas jornadas do fim do campeonato e agora chega às meias-finais da Liga Europa depois de despachar o Spartak  com um acumulado de 10-3 nas duas mãos"

Sobre o treinador André Villas Boas a revista Don Balón chamava-lhe: "O Special Two". "Apelidar de meteórica a trajectória de Villas Boas é uma expressão insuficiente" 

e o britânico Guardian sublinhava: "Villas Boas começa a emancipar-se da sombra de Mourinho". "É o jovem treinador mais excitante da Europa". "Chelsea está atento às credenciais"

[in O JOGO]


Nota de RoP:
É claro que todos estes encómios sobre o FCPorto só são possíveis na imprensa estrangeira, mesmo daquela afecta a futuros adversários, como é a espanhola! Por cá, os "nossos patriotas" da comunicação social [sobretudo na RTP e nas SIC's de, Pinto Balsemão] ], tudo fazem para tentar encobrir aquilo que possa ofuscar o brilho do "glorioso". É caso para dizer: se aquilo é ser patriota, então eu sou espanhol.

15 abril, 2011

Porto Canal, terá de fazer a diferença

Permitam-me voltar à carga com um tema, àcerca do qual escrevi vários artigos, e que sendo para mim um dos problemas de resolução mais premente para o Porto e todo o Norte de Portugal,  é natural que o faça agora com entusiasmo acrescido.

Concordo que a rivalidade seja o sal do futebol. Afinal, é ela, num país que não consegue sair do estado crítico - mesmo em Democracia -, que leva e empolga as massas a encherem os estádios. Mas, a rivalidade de que falo, não tem nada a ver com o clima de ódio e anarquia que os nossos (des)governantes permitiram que se instalasse no país. Esses [e não, todos nós, como agora gostam de dizer], são os primeiros responsáveis. Esses, e quem neles votou, e voltou a votar, apesar dos sinais evidentes de incompetência e de absoluta falta de seriedade, que pelo caminho foram deixando. Mas, não somos todos responsáveis, isso é que não! Pelo menos, da minha parte, não admito que me insultem e me incluam em urnas de que nunca fiz parte, e das quais sempre tive o bom senso de me excluir na hora certa. 

Apesar de idealizar para o futebol uma rivalidade sadia, em que os adeptos fossem capazes de conviver pacificamente com o fracasso de uns e o sucesso de outros, e até [por que não?] beber um copo com os rivais [claro que, com estados de espírito diferentes...], é impossível negar que os recorrentes apelos  ao ódio levados a cabo pelo Benfica me provocam uma revolta incontrolável! Chegados aqui, é muito complicado lidar com a rivalidade sadia, porque já não se trata de rivalidade, trata-se de autênticas declarações de guerra, face às quais, e à  inexistência de uma autoridade preventiva, só é possível retaliar com mais violência.

É neste contexto, de quase anarquia social e política, que vislumbro um papel de pioneiro no futuro Porto Canal, sob a tutela do FCPorto. Primeiro, por passar a dispor de um instrumento precioso de defesa do clube, coisa que a comunicação social do regime não lhe faculta com seriedade. Depois, por ter uma oportunidade de ouro [também em sentido lato] para democratizar os serviços de informação, fazendo-os chegar com regularidade a pontos remotos do país onde os outros só vão quando há uma desgraça [como  em Entre-os-Rios]. O carácter iminentemente portista, em termos desportivos, poderá perfeitamente conviver com o âmbito generalista/regionalista da informação, desde que se saibam encurtar distâncias entre o Norte Litoral e o Norte Interior e fazer ouvir as suas populações.

Há alguns programas no actual Porto Canal que deviam ser mantidos e outros melhorados. Não vou elencá-los todos, mas cito apenas alguns apenas para exemplificar: Caminhos da História,Terra, Territórios, Porto Alive, O Novo Norte. Outros programas, de debates e entrevistas, deviam ser criados com a participação de figuras do Porto e de outras cidades/localidades nortenhas, que, apesar da relevância cultural, têm sido votadas a um ostracismo miserável pelas televisões centralistas, como Hélder Pacheco, Germano Silva, Rui Moreira e outros. Há muita e boa gente, que não "aqueles de sempre", que podem e devem ser chamados a colaborar sem os complexos centralistas e cair na tentação do déjà vu. O futuro Porto Canal tem de ser também um novo canal, que dê oportunidade à diferença, a rostos novos, ideias novas e gente de todas as idades. Em Braga,   Bragança,  Guimarães, em Chaves, em Aveiro, Viana, etc., há um Mundo infinito de potencialidades a explorar no bom sentido. É também para essas cidades que o Porto Canal tem de se virar.

Talvez, quem sabe, possa ser o Porto Canal, pela "mão"  do FCPorto, a conseguir aquilo que mais ninguém conseguiu fazer até hoje: tornar o Norte numa grande região, etnica e politicamente unida. E respeitada...


14 abril, 2011

Os amigos do homem que ramente se engana

                                          Oliveira e Costa perdeu 275 mil euros no negócio com Cavaco
Dias Loureiro


RADAR Paulo Jorge Silva, o investigador tributário que participou no processo BPN, disse ontem em tribunal que Oliveira Costa perdeu 275 mil euros com a venda de acções a Cavaco Silva. A testemunha afirmou "não ter explicação para o negócio". Belém diz que Cavaco "era um docente universitário". [no i]

Oliveira Costa
À medida que o tempo passa e  se escreve a história, continuo sem perceber patavina desta treta que manda pagar salários principescos a gente que na política não passou da 'normal' mediocridade. Sim, porque convirá memorizar que Oliveira Costa [ex-Presidente do BPN] foi Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo de Cavaco Silva, bem como Dias Loureiro, foi ex-Ministro da Administração Interna e Administrador da SLN. 

E não é o facto de um estar a ser julgado por vários actos fraudulentos, e o outro, de ter enriquecido subitamente, que responsabiliza o actual Presidente da República no que toca a  capacidade para avaliar e escolher os colaboradores mais próximos. Estranha-se sim, é que tanto um como outro, tenham - cada um à sua maneira -, conseguido angariar fortunas sem, que para isso se tenham destacado especialrmente na actividade política. Este percurso ascencional [política/fortuna] pode levar os cidadãos a suspeitarem que a política funciona como um trampolim seguro para "vôos", financeiramente bem mais compensadores. 

Em Portugal, verifica-se que as más prestações governativas são muito bem premiadas, durante, ou à posteriori, deitando completamente por terra a lógica do mérito. Além de mais, não abona em nada na credibilidade de um PR que quando ainda era ministro afirmava, publicamente, nunca se enganar. Enganou-se sim, e demasiado.

PS-Por falar nisso. Que será feito de Duarte Lima?..

Discriminadores, incompetentes e burros!

Estado arrecada só 23% da receita prevista nas SCUT
[JN]

Mantendo-se o nível de tráfego nas ex-SCUT, valor das portagens em 2011 rondará os 56 milhões de euros


Portagens cobradas nas três vias (A28, A29 e A41/42) garantem menos de um quarto do dinheiro a pagar às concessionárias

Tráfego diário com diminuição de cerca de 61 mil veículos Os encargos da Estradas de Portugal em 2010 com as três ex-SCUT rondou os 237 milhões de euros e as portagens cobradas no último trimestre do ano ficaram-se pelos 14 milhões de euros. Ou seja, as receitas chegam para pagar cerca de 6% dos encargos.

Partindo dos valores do último trimestre de 2010, é possível estimar que as receitas com a cobrança de portagens cheguem aos 56,4 milhões de euros.

Se as rendas se mantiverem nos 237 milhões de euros, os proveitos chegarão para pagar 23,7% dos encargos da Estradas de Portugal.

De acordo com o boletim das parcerias público-privadas da Direcção-geral do Tesouro e Finanças as ex-SCUT, Grande Porto, Norte Litoral e Costa da Prata tiveram como receitas 12,1 milhões de euros, um montante que, refere o documento, poderá ser acrescido de mais cerca de dois milhões de euros, dado desfasamento que houve nos primeiros meses de implementação do sistema entre a passagem dos veículos e a respectiva cobrança de portagens. Sublinhando que ainda “estão a ser cobrados valores de portagens de Outubro de 2010”.

O mesmo documento dá conta que a Estradas de Portugal teve que pagar às concessionárias das três vias uma renda fixa que rondou os 237 milhões de euros.

Contas feitas os proveitos pagaram apenas 5,9% dos encargos fixos.

E as notícias não tendem a melhorar, uma vez que de acordo com o Instituto das Infra-estruturas Rodoviárias , nas três ex-SCUT registou-se em média, desde 15 de Outubro de 2010, data de início da cobrança de portagens, uma redução do tráfego diário superior a 40%.

13 abril, 2011

Onde está afinal o Presidente da República?




 PR que não sabe, não ouve nem vê,
não é um Presidente, é um burocrata
Longe de mim pretender o regresso aos idos tempos do Estado Novo, em que imperava o culto da personalidade e uma postura reverencial sobre os representantes do poder. Nada de confusões. Entre o oito, e o oitenta, há um ponto a partir do qual não convém avançar, sob pena de se radicalizarem posições, chama-se: bom senso. Mas, sejamos realistas: não será demitindo-se sucessivamente das muitas responsabilidades a que o mais alto magistrado da naçãoe é obrigado [o Presidente da República], que algum dia se fará esquecer a concepção majestática e hiperbólica da autoridade. 

É dramático termos de o reconhecer, mas os portugueses não têm tido sorte com os governantes. Nem o 25 de Abril conseguiu alterar essa antiga onda de azar. Tanto Sócrates, como Cavaco, sendo diferentes em quase tudo, geminam-se na mediocridade. Como Sócrates já é passado [por enquanto] e Cavaco continua como Presidente da República, é a este último que compete administrar o país, no mínimo, recorrendo à magistratura de influência. Mas, terá Cavaco Silva a mais leve ideia do que isso seja?  Sinceramente, não me parece. Já teve tempo e oportunidades de sobra para o provar, e chumbou em todas elas.

Os últimos casos de violência no futebol, onde os dirigentes [e adeptos] do Benfica perderam por completo o respeito pela legalidade, ultrapassaram há muito o âmbito desportivo e não prenunciam nada de bom para o futuro próximo. O vídeo acima plasmado, é apenas o mais recente must de selvajeria à ética social praticado por canalha bronca e irresponsável, afecta aquele clube. E, ainda bem que não me chamo Cavaco Silva, para não perceber que estas atitudes - dignas de um país 4º mundista -, não sendo oportunamente refreadas, só podem exacerbar-se, como é facilmente constatável. E vão continuar, caso Cavaco não se decida a ignorar a paixão ao protocolo, e passe a olhar para o país com olhos de ver, e... a agir! 

O que está a acontecer no futebol não é mais um mero arrufo entre rivais, é muito mais grave do que parece. Os ódios estão extremados, e podem detectar-se, não só em programas eufemisticamente desportivos, como através dos comentários reproduzidos na blogosfera e na imprensa.

Cavaco, ao que parece, não tem assessores [ou se tem, andam a dormir] que o ponham, realistica e imparcialmente, ao corrente do que se está a passar no futebol e dos perigos que podem constituir para a paz social a falta de uma voz autoritária fazendo apelo ao bom senso. Para não se arriscar a cometer asneiras, seria de toda a conveniência que o PR acompanhasse, a par e passo, todos os abusos cometidos, como os recorrentes apedrejamentos entre adeptos do Benfica e polícias, de declarações animalescas como as deste vídeo na Benfica TV, e de outras, reproduzidas em programas desportivos, com a cumplicidade das direcções de Televisão, entre as quais consta a RTP estatal. Sendo o Presidente da República o mais alto representante do Estado, é seu dever dar provas públicas de possuir uma noção perfeita da responsabilidade que tal representa. 

Se a violência se extremar para patamares incontroláveis, Cavaco, será o principal responsável. E, que não se admire depois se ele próprio vier a ser 'mimado' publicamente com tomates e ovos podres.

Ps-Continuo a defender que a atitude mais nobre que um portista podia ter, depois do digníssimo abandono de Rui Moreira do programa Trio de Ataque, era a falta de comparência. Por outras palavras: marcar pela ausência física, a força da grande alma portista. 

Miguel Guedes, por mais que tente, nunca conseguirá transformar uma besta numa pessoa...  

12 abril, 2011

Não há isenção possível

1A memória política do que nos aconteceu nos últimos anos é a chave para podermos decidir em consciência informada acerca do que está em jogo no próximo acto eleitoral. Não chegámos a esta situação deplorável por acaso. Nem por azar. Nem por sermos vítimas de uma qualquer perseguição dos mercados ou de outras forças tenebrosas e sinistras. Como já escrevi, alcançámos o presente estado de indigência política e financeira por culpa nossa. Porque fizemos as opções erradas. Porque tardámos em reconhecer o erro e, sobretudo, nele perseverámos. Porque esbanjámos a nossa confiança colectiva em gente sem sentido de Estado, para quem o interesse público se confunde com a conveniência imediata e quase sempre assume tonalidades indisfarçavelmente pessoais. Fomos irremediavelmente mal governados. Mas a escolha, sempre desastrada, foi nossa.

Ninguém nos impôs António Guterres por duas vezes. Ninguém nos disse para assistirmos, em estado de pacatez bovina, ao desbaratar do erário público em tresloucados obséquios estatais que não conseguiríamos pagar mesmo que a nossa economia crescesse a níveis europeus. Ninguém nos mandou acreditar na peta infame das Scut, "as auto-estradas que se pagam a si próprias", como então juraram. Ninguém nos ordenou o aplauso néscio quando surgiu a Expo 98 nem no momento em que se insuflou a Administração Pública até à actual dimensão paquidérmica. Ninguém nos amanhou Durão Barroso que venceu as eleições de 2002 com a promessa de um choque fiscal para logo subir os impostos quando se viu no Governo.

E ninguém senão nós escolheu José Sócrates. Com um currículo pessoal aterrador, sem a mais elementar preparação profissional, académica ou cívica, apto a instrumentalizar qualquer valor ou convicção e a quem apenas se pode reconhecer a obstinação daqueles que são capazes de tudo, mas mesmo de tudo, para manter acesas as luzes fátuas do seu ego.

José Sócrates incumpriu todas as suas promessas (lembram-se da regionalização?). Não assumiu um só erro próprio. Nunca teve a humildade dos que têm grandeza para pedir desculpa pelo estado miserável a que nos condenou. Para ele e para os que seguem o seu triste culto, os males em que nos afundámos devem-se a todos os outros: Oposição, mercados, agências de rating, presidente da República, terramoto no Japão ou derrame de petróleo na Florida. Mas nunca compreenderá que se Portugal é hoje caricaturado em toda a parte como um Estado quase falhado, a responsabilidade maior é dele, que tanto nos tem desgovernado - e nossa, que o elegemos.

2. Agora é claro que o fracasso do período de Sócrates vai muito para além da mera ineptidão governativa: este Governo mentiu aos portugueses acerca dos valores dos défices orçamentais e do estado calamitoso das finanças públicas! Fê-lo conscientemente, visando esconder os números que revelavam o seu próprio fiasco e o consequente estado de desgraça em que largaram o país.

Por pressão das instâncias financeiras europeias, o montante do défice de 2010 foi alterado para 8,6% em vez dos 6,8% ficcionados estridentemente pelo Governo. Por sua vez, o défice do ano anterior, 2009, elevou-se para 10%, galgando os 9,3% que tinham sido anunciados pelo Governo. Afinal, excedemos os limites do défice a que nos comprometemos na Europa e que serviram de álibi para os sacrifícios que depredam os portugueses - "está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice", dizia Sócrates...

Hoje, a nossa média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos. Temos a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a dívida externa mais alta dos últimos 120. O desemprego é o mais elevado dos últimos 80 anos e conhecemos a segunda maior vaga de emigração desde meados do século XIX.

Mesmo aqueles que pretendam ser independentes não podem ficar isentos nas próximas eleições - é um imperativo político, moral e higiénico, livrarmos o país e as futuras gerações daqueles que dolosamente iludiram e falharam todos os seus compromissos. Qualquer solução viável para Portugal nunca poderá contar com quem nos conduziu até à actual desventura - logo, a saída da crise terá de passar pela derrota de José Sócrates e dos seus acólitos.

(Carlos Abreu Amorim,in IN)



11 abril, 2011

Os 15 pecados de Duarte Gomes

Não sendo o futebol a principal temática deste espaço, o Renovar o Porto, como blogue enraizadamente portuense, sente-se no dever de reproduzir, com os limites que os meios permitem, os erros grosseiros de arbitragem do último Benfica-FCPorto, hoje publicitados no site do FCPorto. Fá-lo, solidário com o clube e consciente da desonestidade dos órgãos de comunicação social centralistas, privados e públicos, entre os quais contam a RTP, que revelando inqualificácel ausência de sentido de ética, branqueia todas as situações que possam prejudicar o FCPorto .



ESTE VÍDEO FOI RETIRADO POR COMPROMETER A SERIEDADE DOS VISADOS. A REGISTAR...

Arbitragens competentes, avaliadores competentes e uma direcção para a arbitragem competente foram as exigências apresentadas esta segunda-feira pelo FC Porto, em conferência de imprensa.

Mais de uma semana depois do jogo Benfica-FC Porto, que terminou com a vitória dos Dragões, que se sagraram campeões nacionais, o FC Porto reagiu através da exibição de um vídeo que apresentou 15 erros graves da arbitragem de Duarte Gomes.

Pela voz do director-geral para o futebol, Antero Henrique, o FC Porto fez saber também a indignação pela avaliação do observador Fernando Mateus e pelo silêncio da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Antero Henrique reclamou competência para a arbitragem e denunciou a clara alteração à verdade na classificação dos árbitros no final da época, quando um desempenho tão negativo como o de Duarte Gomes no jogo da Luz é premiado com a segunda melhor avaliação da temporada.

O FC Porto denunciou ainda a estranheza por o Ministério da Administração Interna ainda não ter tomado qualquer posição pública pelo “apagão” do Estádio da Luz, quando foi colocado em risco a segurança de milhares de pessoas.

Os lances da polémica

2 minutos: Assinalada falta de Otamendi num lance em que nem sequer toca em Saviola. Aimar protestou e viu cartão amarelo.

5 minutos: Fábio Coentrão bloqueia Hulk com o braço na área do Benfica. Não foi assinalada qualquer infracção.

6 minutos: Saviola atinge Helton já sem hipóteses de chegar à bola. Sem admoestação.

6 minutos: Aimar escapa, sem explicação, ao segundo cartão amarelo, após entrada dura, pelas costas, sobre Falcao.

15 minutos: Penalti assinalado contra o FC Porto, Otamendi e Jara estão ambos em contacto, mas só foi visto pelo assistente o contacto do jogador do FC Porto.

21 minutos: Sidnei atinge intencionalmente Falcao na face, com o cotovelo. Com a perna direita, ainda pontapeou o jogador do FC Porto. Não aconteceu nada.

31 minutos: Jara teatraliza lance na área do FC Porto, sai impune e Fucile vê amarelo.

34 minutos: Jara joga a bola intencionalmente com o braço, tentando enganar o árbitro.

36 minutos: Jara repete, na cara de Duarte Gomes, e, mesmo tendo o árbitro a certeza da segunda tentativa de engano, não mostra nunca o respectivo amarelo.

62 minutos: Entrada perigosa em tackle lateral de Fábio Coentrão. Já tinha visto o amarelo aos 21 minutos. Era expulsão por acumulação de amarelos.

67 minutos: Agressão inequívoca, ao pontapé, de Javi Garcia a Varela. Só viu amarelo.

69 minutos: Segundo amarelo a Otamendi num lance de corpo a corpo, junto à linha lateral, num claro exagero disciplinar, ainda mais tendo em conta o critério utilizado durante todo o jogo.

71 minutos: Agressão de César Peixoto a pontapé a Guarín. Sem castigo disciplinar.

78 minutos: César Peixoto, de novo, sobre João Moutinho. Rasteira clara. Árbitro nada assinalou e Peixoto acabou o jogo sem amarelo.

O meu Top 10. Ou, nós é que somos os parolos?

Café Majestic, no Porto
Sabia que, ser provinciano [não natural de Lisboa, segundo a óptica dos centralistas] é, socialmente, uma mais valia, por comparação com o «cosmopolitismo» da capital? Tem dúvidas? Talvez os factos o ajudem a afastá-las.

A 'província', apesar do empobrecimento resultante do tratamento discriminatório a que tem sido sujeita pelo centralismo e dos consequentes desvios de fundos para a capital, tem:
[Os textos a vermelhos são links]

*1 Prémio correspondente ao Nobel em outras actividades
*2 Já repararam que estão a tentar lançar no mercado o vinho Tejo? Não dá vontade de rir? Coitados...