13 fevereiro, 2009
Pistas...
Exigir, a contar desta data, de Sua Exa. o Presidente da República, as seguintes condições:
- árbitros sócios e adeptos fanáticos do FCPorto em todos os jogos nacionais e internacionais que participe.
- que seja levantado um processo sumaríssimo a Luís Filipe Vieira cada vez que ele diga Ah, ou respire
- o monopólio absoluto de todos os orgãos de comunicação social (incluindo os jornais gratuitos), com sede e direcção executiva, obrigatória, na cidade do Porto
- a nomeação de uma equipa especial de inspectores da PJ (adeptos fanáticos do FCPorto), para investigarem as fontes de riqueza do Presidente do SLB
- prosseguir com as investigações até se encontrarem provas susceptíveis de incriminar LFV. Caso não seja possível descobrir elementos de prova (o que não é difícil), aplicar-lhe uma pena de prisão perpétua por se recusar a falar
- extinção, ad eterno, do SLB
Em nome da transparência e dos bons costumes, assinam, os cidadãos do Porto
Para que serve, esta Procuradoria?
Cut-price city breaks
A Blasfémia, ou a grande Cabala?
O buraco de ozono made in Lisbon
Hoje, o Record deu férias ao veneno habitualmente destinado o FCPorto e resolveu solidarizar-se com a saúde das vacas. Não há problema, porque o Jogo, de Joaquim Oliveira, trabalhou em seu lugar. A Bola, faz jus à imagem de transparência e rigor, do futebol jogado, daquele blá-blá-blá que o A. Pedro Vasconcelos gosta de usar para passar por sério, no programa Trio de Ataque.
Há muita gente a viver da venda destes pasquins, mas pessoalmente ficaria muito satisfeito se o patrão os mandasse para a rua. Há muita gente séria, desempregada, e esta escumalha não merece um cêntimo do que recebe, porque o que faz não é trabalho, é poluição social.
Nota:Espero que nenhum portista que se preze, gaste o seu dinheiro para alimentar este lixo, e que, o senhor Pinto da Costa saiba cortar relações definitivas com o amigo da onça, Joaquim Oliveira. Ah, e já agora, que a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação) dê sinais de vida, quanto mais não seja para justificar a sua existência ou provar que regula alguma coisa.
OBS.
Nem de propósito. Às vezes há lapsos que acontecem por bem. Foi o meu caso. O nosso amigo Vila Pouca fez aqui um comentário para o facto de, a reprodução do Record que plasmei aqui acima pertencer à edição de ontem, o que devia implicar a alteração do respectivo texto. Só que, se o fizesse renunciaria a este precioso reforço sobre o que lá escrevi. Ora, aqui o têm, actualizado e mal cheiroso...
12 fevereiro, 2009
Um pouco de poesia
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neli araujo
História para centralistas menores
Última Hora -A propósito de centralismo, mais um período de azia que se avizinha para os correlegionários centralistas: a fruta estava podre. Menos podre, porém, do que os cérebros que a pariram.
Aeroporto de Beja e Aeroporto Sá Carneiro
Porto no Ocho Léguas (El Mundo)
via fugas
48 horas para perderse en Oporto
La ciudad del Duero es para andarla sin prisa, despistarse entre sus retorcidas calles de corte decadente y aparecer al otro lado del río, donde esperan sus terrazas, buenas dosis de vino y unas vistas sobre la urbe que uno de los argonautas fundó casi por casualidad.
11 fevereiro, 2009
Trio de Ataque, um programa falido
FELÍCIA CABRITA-Grande mulher, grande jornalista!
Mário Soares avisa que falta de transparência pode gerar clima de revolta em Portugal
Não é lisboeta, não senhor!
Um apontamento:
10 fevereiro, 2009
09 fevereiro, 2009
A sociedade e a clubite vermelha
08 fevereiro, 2009
FCPorto / Benfica,muito mais que futebol
Indo aqui ao lado, a essa Espanha em que muitos querem ver uma identidade colectiva paralela à nossa, temos o exemplo da rivalidade entre Madrid e Barcelona, também decalcada na relação entre as principais equipas de futebol dessas cidades. Mas é um exemplo que em nada reflecte o caso português. Barcelona nasceu e cresceu como importantíssimo porto do trato mediterrânico, no coração de uma região que sempre viveu à margem das Castelas (à Catalunha correspondia, no tempo de Carlos Magno, a Marca Espanhola, zona-tampão de defesa do império, e nunca essa influência dos francos se perdeu). Enquanto capital, Madrid é a invenção de um outro império, o de Filipe II (primeiro do nome em Portugal), que para ali mudou a corte em 1561. Uma e outra seguiram os respectivos rumos, transformando-se em grandes metrópoles. Tal como cá? Não.
Pelas condições naturais, isto é, pelo extraordinário porto natural que é o estuário do Tejo, Lisboa era, na Idade Média, a única cidade cosmopolita e de dimensão europeia no reino, enquanto o Porto era um bem menor burgo que, embora mantendo desde cedo ligações comerciais ao exterior, designadamente ao Norte da Europa, crescia a um ritmo muito mais compassado. Se já assim era, muito mais passou a ser com o Estado moderno, desenhado ainda num período tardo-medieval e solidificado com todas as letras no tempo d' El rey D. Manuel, o primeiro, senhor absoluto da pimenta, pai formal do centralismo português: "Mas um Estado forte, poderoso, rico e centralizado, servido por um numeroso funcionalismo dedicado e fiel, não é senão dificilmente compatível com uma ampla autonomia municipal: e assim, os municípios portugueses, que no período medieval tinham gozado da mais vasta autonomia administrativa e financeira, viram-se severamente limitados nessa autonomia pela intervenção do poder central manuelino" (Diogo Freitas do Amaral, in "D. Manuel I e a construção do Estado moderno em Portugal").
Assim continua a ser, em boa parte, num país que rejeitou a regionalização. Se em Espanha (lá voltamos nós) as autonomias são garante da unidade de uma Nação heterogénea, por cá, em 1998, foram vistas pelo eleitorado como potenciais veículos para a desagregação da unidade nacional (e não deixa de ser curioso, ao rever os resultados do referendo, notar como a mudança administrativa foi rejeitada a Norte, onde o conservadorismo se sobrepôs ao inconformismo).
A cidade do Porto será, apenas, a face mais visível desse inconformismo. E a que mais o cultivou, porque teve forte afirmação, dos tempos do trato internacional do vinho àqueles em que estava na vanguarda da dinâmica industrial das regiões vizinhas. Mas essa face vai-se perdendo. Os bancos portuenses desapareceram e surgiram outros que, com sede no Porto, é em Lisboa que existem de facto. Empresas mudam-se para a capital. Homens de negócios buscam a proximidade do poder, o verdadeiro, isto é, o central. Pessoas estabelecem-se junto ao Tejo, ou nos arrabaldes, porque aí terão mais possibilidades de progredir em carreiras profissionais. E quase toda a informação que o país consome é produzida em Lisboa. Dos grandes jornais portuenses, só o JN mantém a estatura, e a televisão, provavelmente o mais influente molde das personalidades deste tempo, emana quase totalmente da capital: onde estão os comentadores, os notáveis, os famosos e toda a substantivação imaginável, que se promove mutuamente numa espécie de circuito fechado, em que o país exterior entra de vez em quando.
Dimensões distintas
Confrontar cidades passa, evidentemente, por dizer que uma é muito maior do que outra. Mas sê-lo-á assim tanto? Segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (o próximo recenseamento geral da população só ocorrerá em 2011), a população da Grande Lisboa, no fim de 2006, seria de 2 019 529 pessoas, enquanto no Grande Porto habitariam, nesse momento, 1 279 923. A diferença é significativa, certo, mas fica claro que o Porto e concelhos circundantes constituem um aglomerado urbano de significativa dimensão, que, porém, não consegue garantir às pessoas que o habitam qualidade de vida que se aproxime da que há na capital, onde os salários, segundo é recorrentemente noticiado, são superiores em 50% aos do resto do país, onde o poder de compra dos cidadãos é o triplo do que têm os portuenses, que estão no coração da região do país mais penalizada pelo desemprego.
Quase metade do crédito concedido pela banca é injectado em Lisboa, enquanto o Porto fica pelos 11,9%. É outra dinâmica, já se vê. Segundo elementos da Área Metropolitana do Porto, do quarto trimestre de 2004 ao segundo trimestre de 2006 foram constituídas na Grande Área Metropolitana de Lisboa 14 594 sociedades, mais do dobro das que se formaram na Grande Área Metropolitana do Porto (6837). E a dimensão das empresas é totalmente díspar, como se vê pelo capital social das sociedades constituídas: 1011 milhões de euros em Lisboa, grosso modo, contra 223,5 milhões de euros no Porto. Também no balanço entre sociedades constituídas e dissolvidas o Porto está em desvantagem. E o crescimento patente no número de fogos construídos - de 2004 a Fevereiro de 2007 - confirma a regra: 41 212 contra 19 342. Que mais? Lisboa (falamos ainda das grandes áreas metropolitanas), onde se vai concentrando a população mais qualificada, levantou das caixas multibanco, de 2004 a 2007, perto de 18 260 milhões de euros, enquanto o Porto tirou das paredes 8,4 mil milhões (lembram-se da diferença da população?).
NOTA RoP
Por motivos técnicos, não fiz o link deste excelente artigo de Pedro Olavo Simões, com receio que passada a actualidade (como já sucedeu), ele venha a ser suprimido do blogue. O artigo, é mais uma lição para aquelas pessoas que ainda têm dificuldades em perceber os efeitos nefastos do Centralismo, preferindo interpretá-lo, como simples manifestação de bairrismo.