25 setembro, 2015

Moreirense 2 - FCPorto 2. Isto não é futebol, é masoquismo!

Julen Lopetegui
Tudo o que tinha a dizer sobre o modelo de jogo do FCPorto já disse. O encontro desta noite com o Moreirense só veio confirmar os comentários dos meus últimos posts. Isto não vai lá só com garra, com portismo, é preciso mais futebol, mais velocidade, melhores desmarcações e pressão alta, coisa que Lopetegui não consegue realizar.

Com maior ou menor dificuldade, lá conseguimos marcar o 1º. golo, mais uma vez de livre, ou seja, resultante de um remate bem colocado de Maicon (um defesa). Como  se não bastasse os erros da época passada, voltámos a repetí-los, adormecendo à sombra do golinho miserável, lá fomos outra vez trocando lentamente a bola para o lado, para trás, com toques e toquesinhos, deixando o tempo passar, parecendo contentes e convencidos que o resultado estava feito. Curiosamente, ao intervalo estávamos a ganhar e eu não me entusiasmei por aí além com o facto. O segundo tempo veio, a velocidade e a vontade de marcar o segundo golo parecia pouca, indiciando mais um jogo sofrido com esse colosso do futebol mundial chamado Moreirense...  Resultado: o golo chegou, mas foi para entrar na balisa de Casillas...

Então, lá fomos nós outra vez à procura do prejuízo com um bocadinho mais de velocidade, com pouca lucidez, quase sempre de uma forma desesperada, o que nunca dá bom resultado. E de novo, foi o talento individual de um jogador (agora, Corona) que num ressalto de uma bola dividida lá conseguiu introduzí-la no fundo das redes. Quando tudo apontava para uma victória sofrida, o pânico instalou-se na cabeça dos jogadores e o segundo golo do Moreirense aconteceu, quase aos 90 minutos.

Hoje, não estou com disposição para discutir detalhes. Começo  sim, é a consolidar a ideia que Lopetegui não sabe bem o quer. E eu, também já não sei bem o que ele quer.  Nem o que quer o FCPorto. 


“ISENÇÃO DE TAXAS POUPA 12 MILHÕES À CÂMARA DO PORTO”

A decisão faz com que o município “evite demolir a expensas próprias o edifício, devolva as taxas de licenciamento acrescidas de juros – conforme estava judicialmente condenada –, pague indemnizações aos atuais proprietários e abra na cidade uma ferida que por largos anos demoraria a ser sarada”, reforçou esta sexta-feira, Rui Moreira, presidente da autarquia.
Numa conferência de imprensa nos Paços do Concelho em que esteve acompanhado pelo vereador do Urbanismo, Correia Fernandes, Rui Moreira salientou que a solução encontrada pela câmara garantia “o cumprimento da lei, a execução plena das sentenças judiciais transitadas em julgado, a resolução de um problema que representava um ónus gravíssimo para o seu orçamento municipal e a receita fiscal que advirá da continuação da atividade económica do imóvel e das centenas de empresas que nele operam”.
O autarca destacou ainda que ficava finalmente concluído um processo que podia representar para a Câmara “custos superiores a 12 milhões de euros”. E lembrou que a questão do Shopping do Bom Sucesso tinha caído nas mãos da equipa que lidera desde 2013 com um panorama negro. “A Câmara encontrava-se condenada, sem direito a mais recurso, e obrigada a demolir o edifício, com um custo nunca inferior a 10 milhões de euros, atingindo-se mais de 12 milhões de euros com a adição da devolução das taxas já em sua posse e respetivos juros”, enumerou Rui Moreira.
Recorde-se que a aprovação de isenção de taxas do Shopping do Bom Sucesso foi aprovada com o voto contra dos 3 vereadores do PSD e as abstenções do vereador da CDU e da vereadora do PS Carla Miranda.
Na altura, Rui Moreira e o seu executivo justificaram as “taxas de valor zero” com o facto de existir uma diferença entre o que os proprietários pagaram até aqui e o que a Câmara devia ter devolvido ao longo dos anos.
“A impossibilidade do pagamento de taxas está relacionada com o facto de o tribunal não ter identificado todos os condóminos. São 1.053 frações. Se o tribunal não consegue citar 5 dos 1.000, a Câmara muito mais dificilmente o fará”, explicou então o vereador Correia Fernandes. “Eram taxas que até agora se escondiam na ilegalidade”, assinalou.
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, Rui Moreira sublinhou que, “além de impossível na prática”, a cobrança por inteiro dessas taxas seria “injusta uma vez que recairia sobre os atuais proprietários, isentos de responsabilidade em todo o processo e, certamente, na sua maioria, incapazes de assegurar o pagamento”.
Uma ação judicial datada de 2007 decidiu a legalização do Shopping do Bom Sucesso ou a sua demolição no prazo de 42 meses. Antes, em 2000, outro processo judicial havia considerado a obra ilegal. Uma nova lei saída no início deste ano, porém, enquadra a legalização do edifício.
Nota do RoP:
Passo a passo, Rui Moreira vai resolvendo problemas (bicudos) que outros não souberam (ou não quiseram) resolver. Há uma diferença muito grande,  para melhor, em relação a Rui Rio. Rui Rio, só adensava os problemas.

21 setembro, 2015

Juro que não confundo o Dragão com l' Ópera de Paris!

Casillas foi um dos melhores do FCPorto
Que me desculpem aqueles para quem a apreciação do futebol depende dos resultados. Ontem, com o Benfica e na quarta-feira passada com o Dínamo de Kiev, foi o resultado, mais o brilho de algumas individualidades (André André, Aboubakar e Casillas) que salvaram a angústia porque passaram muitos portistas. Nos dois jogos, repetiu-se a cena de uma primeira parte trapalhona, com os erros do costume. Das duas, uma, ou o sistema de jogo não funciona, porque os jogadores não conseguem assimilá-lo, ou o treinador ainda não descobriu a fórmula correcta de o fazer assimilar nos treinos. Mais uma vez, foi o sangue na guelra de um jogador com o contributo de outros, que na segunda metade resolveram um jogo que chegou a pender mais para o lado do Benfica, na 1ª. parte, não  fosse a atenção e experiência de Casillas. 

Naturalmente, agora que as coisas acabaram bem, poucos se importam com o que virá a seguir. A mim, preocupa-me o futuro próximo, a instabilidade da equipa e sobretudo as dificuldades que o treinador Lopetegui continua a ter no desenvolvimento do jogo ofensivo dos flanqueadores, onde Brahimi não faz um cruzamento de jeito, e se perde a rodar sobre si próprio quase sempre de costas para a baliza e cada vez mais fácil de anular pelos adversários. Tenho por isso alguma dificuldade em perceber como é que Lopetegui ainda não convenceu Brahimi a dosear o individualismo e soltar a bola mais cedo, antes de a deixar nos pés dos adversários. Isto não compreendo, porque vem sendo uma constante, e não me venham com as qualidades técnicas do jogador porque fui daqueles que também me deslumbrei nos primeiros jogos e golos que fez quando chegou ao FCPorto. Tenho memória passada, mas a presente também tem de entrar na apreciação.

A segunda parte foi, como sabemos, muito diferente da primeira, é verdade. Mas não terá a ver essa mudança (para melhor), com a necessidade de desempatar o jogo que jogadores e treinador se soltaram daquele futebol irritantemente lateralizado para finalmente correrem na direcção certa e chegar ao golo? Ou, alguém acredita que o golo foi fruto de uma estratégia consistente? Curiosamente (ou nem por isso) houve de facto o envolvimento de 4 jogadores na construção da jogada de onde resultou o golo (Osvaldo, Brahimi, Varela e André André), mas esse envolvimento felizmente só aconteceu porque nenhum daqueles 4 jogadores se lembrou (incluindo o Brahimi) de parar a bola e passar para trás, concluindo com sucesso uma manobra atacante. Agora, digam-me: por que é que isto só aconteceu quando o tempo do jogo se estava a esgotar? Não é correr riscos desnecessários? Por que será então que os jogadores tendem a bloquear nos flancos, a passar a bola para trás e para os lados de um forma quase suicída? Se o problema do treinador é não ter flanqueadores "natos" que saibam correr as laterais e cruzar, por que não lhes dará esses ensinamentos?

E o que dizer do ritmo? A forma como joga este FCPorto será compatível com o ritmo demasiado lento que lhe imprime? Ou, se calhar, não resultaria mais eficaz se carregasse um pouco no "acelerador" fazendo melhor pressão nas linhas avançadas bem cobertos pelos médios recuados? Estou cansado de ver Brahimi a desperdiçar o talento com voltinhas, indo primeiro para as laterais e a seguir voltar ao meio com as costas para a baliza, perdendo vezes sem conta a bola e permitindo contra-ataques perigosos aos adversários. Será este um problema assim tão complicado de resolver?

Por último: o remate de primeira, e os 3 ou 4 toques para dominar a bola. Quantos jogadores temos visto a rematar de pronto, quando tal é pedido? Ainda ontem, já depois do golo, o enorme André André perdeu uma oportunidade para fazer o 2º. golo se estivesse mentalizado e preparado para isso. Optou por passar a um colega por falta de confiança no remate espontâneo. Já com o Dinamo de Kiev aconteceu o mesmo. E estou a falar só do melhor jogador em campo, a par do fantástico Aboubakar.

É claro que fiquei - tal como todos os portistas -, aliviado e contente com o resultado final, mas acho que o que nós precisamos é de confiança, assim como o treinador e os jogadores . Lopetegui é um homem frontal com os media, gosto dessa frontalidade. Mas já não posso dizer o mesmo dos seus métodos de jogo. Até ver.

Acho que lhe falta uma pitada de audácia.