06 janeiro, 2018

Serviço público ou privado?


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Manuel Luís Mendes

Quando houve, no país, o debate sobre os malefícios e benefícios da televisão pública, ficou claro que a sua existência se devia ao facto da informação neutra e equidistante ficar mais salvaguardada numa estação televisiva pública do que sob a alçada de uma entidade privada sempre mais sujeita aos interesses particulares, do que ao bem público.
Por isso, a RTP seria a única a defender o pluralismo e neutralidade da informação, algo que os privados não garantiriam.
Só que na transmissão do jogo entre o FCPorto e o Rio Ave a parcialidade foi demasiado notória.
Durante todo o encontro não houve uma palavra para a espetacular exibição dos portistas!
Não. Para os comentadores houve sim muitas dificuldades por parte dos vila-condenses que não conseguiam suster os ataques dos dragões.
O mérito não foi, pois, dos líderes do campeonato mas do demérito do adversário.
Chegou – se ao cúmulo de terem ficado escandalizados com uma entrada mais dura de Soares a merecer amarelo, mas nunca vermelho, como pediam os comentadores. Depois, qualquer situação mais incómoda e simples para os da casa, era um perigo constante e um alarme incrível…
Serviço público? Talvez, mas a Benfica TV não faria melhor…
O que importa é que o FCP fez uma exibição de gala e se não houvesse tanto desperdício a goleada seria histórica.
Essa a realidade, embora os telecomentadores de serviço a tenham iludido. 
Como estamos no Natal, haja tolerância, esperando que, no novo ano, algo mude para que tudo não fique na mesma…
Admitindo que no melhor pano cai a nódoa, seria avisado que a RTP ganhasse a consciência de que tem um estatuto que defende o interesse do país e não de um qualquer facciosismo de circunstância. Deveria ser – a tem de ser! – como a seleção nacional de futebol :a equipa de todos nós. Tem de saber que é mais um serviço cívico do que uma empresa particular. O seu lucro é a informação rigorosa e não os dividendos dos acionistas. 
E se algum profissional da casa, não aceitar esta postura, então só lhe resta um caminho :sair pela porta por onde entrou para a Benfica TV, Sporting TV ou Porto Canal…
Aliás, isso aconteceu com vários jornalistas e daí não veio nenhum mal ao mundo. Pelo contrário, houve bom senso e seriedade. Não enganaram quem lhes pagava e foram servir outros patrões.  Tudo certo, pois. 
Inadmissível é parecerem o que não são : independentes. Como diz o povo, quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele…
Quanto ao Governo, que tutela o setor, não pode assobiar para o lado e fazer de avestruz. Tem de ser mais interventivo. 
É que sujeita – se a perder, no desporto, os créditos que tem granjeado noutras áreas, com consequências eleitorais imprevisíveis. 
Boas Festas  a todos os leitores do Porto24, independentemente de clubes, são os nossos votos sinceros. 
(de Porto24)

05 janeiro, 2018

Assim não, senhor Pinto da Costa!

O texto a seguir, é a argumentação do FCPorto para justificar a desistência do recurso da suspensão com 3 jogos do hoquista Jorge Silva, no último jogo com o clube mais corrupto do mundo, o Benfica. 

A saber:

"O FC Porto não vai recorrer da suspensão de três jogos aplicada ao hoquista Jorge Silva, depois da expulsão no Pavilhão da Luz, na sequência de um lance em que o argentino Carlos Nicolia, jogador do Benfica, acrescentou uma boa dose de teatro, hesitando entre agarrar-se à perna ou ao rosto durante o exercício de dramatização. Mesmo seguros de que a razão lhes assiste, os responsáveis portistas não vão solicitar a revisão da decisão da dupla de arbitragem junto do Conselho de Justiça e têm uma boa razão para isso: até hoje ainda não receberam resposta ao recurso interposto a propósito da expulsão do mesmo Jorge Silva em Oliveira de Azeméis, em maio do ano passado, num lance em que o avançado não teve qualquer intervenção", escreveu o clube.
(O JOGO)
Assim, não! Isto é inacreditável. Deixar de recorrer da defesa de um atleta como Jorge Silva, expulso de forma abjecta por um árbitro manifestamente desonesto, com as consequências que tal comportam para o FCPorto, justificando a decisão por não terem recebido resposta do primeiro recurso enviado ao Conselho de Justiça sem ensaiar outras alternativas, é o mesmo que dizer: vá lá, continuem, podem roubar à vontade! Isto é um baixar de braços pusilânime que nada empolga quem trabalha no clube, nem quem é seu adepto. Uma vergonha para o FCPorto!

Às vezes, pergunto-me se a insanidade mental invadiu a SAD portista, ou se é apenas uma consequência da terceira idade. Se não há dinheiro para defender o clube, mais vale fechar a loja. Isto é miserável!

04 janeiro, 2018

À atenção do Programa Universo Porto da Bancada

É este o rosto do Nuninho (a senhora está a mais).  Ele bem se
esconde, mas a Net tem destes inconvenientes...

Não sei se é por ingenuidade, ou para não perder totalmente a "atenção" do Jornal de Notícias - que já não é muita -, tanto Francisco J. Marques como os responsáveis pelo blogue Baluarte Dragão, parecem andar distraídos com o alinhamento editorial deste diário portuense. Não é a pluralidade de opinião que aqui está em causa, é o critério com que é usado. Critério esse que só ainda não copia absolutamente o padrão da imprensa centralista de Lisboa porque ainda é cedo, mas já deram passos enormes nesse sentido (desonra lhes seja feita).  

Como é sabido, o JN é o único jornal nacional sediado no Porto que durante anos se afirmou de norte a sul do país, sem precisar de se descaracterizar. Lastimavelmente, começou a perder essa peculiaridade há uma dezena de anos, sem deixar de "privilegiar" o Porto e o Norte, como é natural a um jornal fundado nesta região.  Para os portuenses, pelo menos para aqueles que sentem os malefícios do centralismo, a última remodelação directiva (e administrativa)  piorou em todos os sentidos, principalmente o político. Como raposas matreiras, logo trataram de ampliar a cobertura a outras regiões mais a sul, com Lisboa à cabeça, sem deixar obviamente (para já...) de atender o Porto e o Norte. Assim, enquanto os deixarmos seguir esta estratégia, até podem gabar-se que descentralizaram mais o jornal, e que até aumentaram as vendas. Mas isso, será sempre um argumento pervertido e mercantilista, porque parte de quem o dirige é completamente alheio à região e aproveita-se de uma estrutura criada de raiz no Porto, por gente do Porto, para dela tirar partido em benefício dos interesses egocêntricos da capital.

A última intervenção de um dos traidores do JN (jornal da cidade que lhe deu emprego), de seu nome Nuno Miguel Maia, um obcecado a quem Pinto da Costa supostamente terá feito muito mal, tal é a perseguição que lhe anda a fazer há anos, é bem reveladora. Lá vem ele assinar o artigo abaixo plasmado, sempre, sempre a apoiar o Benfica e a procurar prejudicar o FCPorto. Não ficarei nada espantado se um destes dias vier a público o seu nome como mais um avençado do Benfica. 

É tempo, de Francisco J. Marques, assim como o Baluarte Dragão se deixarem de salamaleques com o JN, porque já não é um jornal de portuenses. Longe disso, é mais um jornal capturado por centralistas que, como se constata, nada de útil trazem à cidade.  E só se atreve a abordar o caso dos emails para não perder clientela, mas nem por isso deixa de publicar aberrações como a do energúmeno Nuno Miguel Maia. Muito do que agora é confirmado no Universo Porto da Bancada já eu percebia, mesmo sem elementos comprovativos de índole jurídicos. Regi-me por algo mais pragmático, que consiste em saber ler muito bem a diferença entre o ser, e o parecer. Não me enganei. Fosse isto sorte, estaria multimilionário! Confirmem-no aqui, se assim entenderem (Data de 08/11/2012)...

Como é possível conviver tão bem com o lixo?

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03 janeiro, 2018

Benfica, o clube mais corrupto do planeta

Podemos dizer, sem corrermos o risco de falhar, que a teia mafiosa montada pelo actual presidente do Benfica no futebol nacional, é o maior escândalo a que o mundo assistiu desde que este desporto existe. Já aconteceram outros casos, inclusivé nos próprios órgãos dirigentes da FIFA (7 elementos, em Maio de 2015), mas nos campeonatos europeus, apenas se conhecem esquemas de corrupção com a Juventus, Lazio e Fiorentina, em Itália, e em França, o Marselha. Nenhum deles teve a dimensão e a a vaga de cumplicidade que se está a detectar com o Benficagate.

Na Itália, país conhecido por habituais tendências mafiosas, todos os clubes implicados foram despromovidos, a Juventus também com a perda de títulos conquistados nos dois anos anteriores, só o Milan se safou por falta de provas, e no caso do Marselha, foi-lhe retirado o título de campeão e o seu presidente preso. Não obstante a gravidade destes casos, nenhum tinha uma rede de poderes e de influências tão grande e tão diversificada como a que tem o Benfica. Isto, é assustador para os portugueses de bem, e uma vergonha incomensurável para um universo enorme de figuras públicas tidas como respeitáveis.

Não imagino como isto irá acabar, porque dada a enormidade das figuras envolvidas no escândalo, será praticamente impossível punir todos os que cooperaram directa e indirectamente com esta rede de chantagistas. Porém, algo terá de ser feito por quem de direito (investigadores e juízes) para salvar o país da vergonha mundial. Um dia, que não imagino quando será mas que terá fatalmente de acontecer, quer o senhor primeiro ministro, quer o senhor presidente da República - contrariados ou não -, lá terão de sair a terreiro para tentar convencer-nos que são aquilo que não são, isto é: homens superiores. Não vale a pena. Só lhes pedimos é que pelo menos deixem a Justiça trabalhar, e que não interfiram.

Mais que o mundo pestilento do Benfica contemporâneo, importa acreditar que ainda haja no país meia dúzia de homens e mulheres de honradez inequívoca, com autoridade moral para o limpar. Pena é, que uma justiça tão lenta vá permitindo aos bandidos continuarem na senda do crime, e a competirem com quem trabalha honradamente.

Além de imoral, é uma injustiça dobrada.

31 dezembro, 2017

Senhor Pinto da Costa, decida-se e defenda o clube com dignidade!


Continuo a pensar que para agilizar a resolução do escândalo dos emails será preciso algo mais que denunciá-los. Não se trata de pressionar os investigadores, porque é importante que a investigação seja feita com o maior dos rigores, e para isso é preciso tempo. No entanto, tendo em conta a dimensão deste caso e as influências que com certeza estão a ser movidas para o abafar, é fundamental que o FCPorto assuma uma posição mais determinada para o evitar, ou no mínimo, para bloquear a sua profusão.

Não duvido que dentro do clube haja gente com experiência jurídica para escolher a melhor estratégia para casos desta natureza, mas também não podemos esquecer que a liderança do presidente não é mesma de outros tempos, e que a sua capacidade de antecipação de prevenir os problemas agora deixa muito a desejar. Se a liderança pessoal de Pinto da Costa não é a mesma (e não é, de facto), então que haja o bom senso entre os elementos da SAD para a partilharem, no sentido de ajudar o presidente a encontrar a solução mais indicada para o FCPorto. Repito, para o FCPorto, ou seja, para o universo portista. Todo!

É preciso não esquecer que este escândalo tem contornos mafiosos gigantescos, com gente mal formada e intelectualmente corrompida, disposta a tudo para manter o poder e respectivos privilégios. Por isso, continuam activos e confiantes na sua missão, e não vão parar enquanto não forem detidos pelas autoridades. Atenção que isto não é só no futebol que acontece, é em todas as modalidades praticamente, como pudemos ainda ontem confirmar no jogo de hóquei, onde os jogadores do Benfica só conseguiram ganhar com a ajuda preciosa de um árbitro descaradamente corrupto. Digam o que disserem, os pontos da victória do Benfica já ninguém os tira, pelo menos em tempo útil...Não são as denúncias dos emails isoladas que vão restituir ao FCPorto os pontos perdidos por influência dos árbitros, até porque como atrás referi, ninguém pode dar como garantido que a resolução deste escândalo seja concluída a tempo de travar os danos entretanto causados ao  FCPorto.

Até a RTP, e o exército de chulos (e chulas) que ali fingem fazer serviço público, não teve problemas para justificar a não transmissão do jogo com o Paços de Ferreira, lançando as culpas para a Liga de Clubes, o alvo a abater do Polvo dos cartilheiros...  Enfim, tudo isto é tão vergonhoso, que me faz corar, só de imaginar o que vão pensar deste país os cidadãos estrangeiros de países civilizados! Então, quando souberem que os media e o próprio governo corroboram num escândalo destas dimensões, não apenas por omissão, mas também com cumplicidade. Insisto nesta tecla: o FCPorto tem motivos fortíssimos para desafiar o Governo a explicar-se, mas com respeito e seriedade. Porque, o secretário de Estado do Desporto que o representa, está provado e comprovado, é absolutamente disfuncional, e desonesto! Se eu neste espaço público não me privo de o afirmar - e não é por má educação -, por que é que o FCPorto, com um afamado departamento  jurídico, não obriga o Governo a retratar-se? 

Resumindo e concluindo: se chegados ao fim da temporada desportiva tivermos sido outra vez ludibriados, com perdas e danos, porque nada fizemos para acelerar o processo das investigações, confiando demasiado na celeridade da Justiça, de nada irá adiantar a lamúria, e outros responsáveis terão de se retratar, coisa em que não acredito no FCPorto dos últimos anos...

PS-Não quero fazer de ave de mau agoiro, não senhor.  Quero apenas seguir o exemplo do seguro que morreu de velho...

BOAS SAÍDAS DE 2017, E MELHORES ENTRADAS PARA 2018!