17 fevereiro, 2012
"Porto Vivo" / de José Ferraz Alves
No Diário Económico de 15 de Fevereiro, Rui Moreira, presentemente ex-Presidente da Porto Vivo, diz que "estou a herdar uma batata quente, que não posso nem tenho condições de assumir", mostrando-se indisponível para continuar o mandato terminado no final de 2011, se os accionistas não fizerem injecção de capital, colocando de lado responsabilidades da Câmara do Porto e focando-se no IHRU de Lisboa. Para continuar a ler clicar aqui: http://www.porto.taf.net/dp/node/8313
Um FCPorto atípico, que não se encontra
Escusado será dizer, que como portista e portuense, estou completamente decepcionado e triste com o resultado do jogo de ontem contra o Manchester City. Resumidamente, poder-se-ia dizer que este jogo não foi mais do que a enésima réplica de exibições anteriores, com a diferença não despicienda de esta vez ter sido disputado contra um colosso [desportivo e monetário], do futebol mundial. O FCPorto realizou uma primeira parte de qualidade, com os jogadores concentrados, rápidos e pressionantes, e uma segunda, igual a muitas que temos visto este ano, lenta, nervosa e desconcentrada.
Corroborando embora, aquela ideia dos adeptos que acham que se deve apoiar o treinador, este ou qualquer outro, enquanto estiver ao serviço do clube e for cronologicamente possível vencer as provas em que participa, não deixo por isso de pensar que até para a solidariedade clubista há limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de perdermos o nosso sentido crítico. Senão vejamos: em qual das partes do jogo de ontem e de outros [como o de domingo contra o União de Leiria], devemos reconhecer os méritos e os deméritos do treinador? Na primeira parte, que levou os adeptos a acalentar a esperança de podermos dobrar este importante obstáculo, ou na segunda que a deitou por terra com requintes de masoquismo impróprio para cardíacos? Suponho que é aqui que podemos encontrar um ponto consensual, ou seja, que a confiança e desconfiança dos adeptos num treinador se alicerça na regularidade exibicional das equipas. Ora, é precisamente isso que não tem acontecido esta época, porque, como sabemos, os jogos têm duas partes de 45 minutos...
Já aqui escrevi [e não me devo ter enganado] que a explicação parcial pelo mau início da época foi condicionada por um conjunto de circunstâncias mais aleatórias do que é habitual no FCPorto, que tiveram início na saída abrupta de Villas Boas e culminaram nas contratações tardias de jogadores como Danilo e Alex Sandro, já para não especular sobre o aproveitamento de outros como Iturbe, ou sobre a contratação de um ponta de lança de qualidade garantida. Quando isso acontece - e no FCP, felizmente não acontece muitas vezes -, as decisões do presidente ficam automaticamente limitadas, tanto em termos de oferta/procura de contratações, com em termos temporais. Estranhamente, creio que pela primeira vez, tive a sensação que algo não ia correr "normalmente" esta época, porque aconteceu um conjunto de peripécias e indefinições [como a própria permanência de Falcao], que não são habituais no nosso clube.
Apesar do acima exposto, agora, pouco há a fazer a não ser aguardar por melhores dias. Os jogadores e o próprio treinador disseram que ainda nada está perdido e isso só lhes fica bem, mas para ultrapassar obstáculos o FCPorto habituou-nos a contar não apenas com a força de vontade mas, sobretudo, com uma organização de excelência e apostas de risco calculado. Este ano, pelas razões já apontadas, as coisas não se passaram assim. Resta saber, se ainda vamos a tempo de ganhar qualquer troféu interessante.
16 fevereiro, 2012
Serviço público que o JN não faz, para não perder a massa da publicidade da Santa Casa
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Prémio | Acertos | Número de vencedores | Valor |
1.º Prémio | 5 Números + Nº da Sorte | 0 | (1) |
2.º Prémio | 5 Números | 0 | (2) |
3.º Prémio | 4 Números | 144 | € 402,70 |
4.º Prémio | 3 Números | 6.952 | € 4,63 |
5.º Prémio | 2 Números | 101.340 | € 1,90 |
Nº da Sorte | Nº da Sorte | 134.378 | Reembolso do valor da aposta de Totoloto |
Estatísticas | |
Nº de Bilhetes/Matrizes | 519.910 |
Nº de Apostas | 1.446.293 |
Receita ilíquida apostas | € 1.301.663,70 |
Montante para prémios | € 644.323,53 |
(1) Previsão 1º Prémio c / Jackpot | € 4.500.000,00 |
São mesmo rascas, estes gajos!
À medida que os anos avançam e a democracia definha, os partidos portugueses parecem apostados em competir por baixo, pelo troféu da vulgaridade. Perderam de tal modo o respeito aos cidadãos que já agem como se estivessem sozinhos no mundo, num enorme ring, idêntico àqueles que mostram mulheres desmioladas a chafurdarem na lama, a agarrarem os cabelos umas às outras. Além do sexo, a diferença entre uma coisa e a outra, está na linguagem. Elas, exibem os corpos e emitem gritos histéricos, eles, os políticos, soltam diarreias verbais, qual delas a mais nauseabunda, usam gravata, e são esteticamente chatos.
Não seria muito grave se a falta de nível dos avençados da política se ficasse por aqui, e soubessem compensar os disparates verbais com boas medidas de gestão governativa. O problema, é que, a boca, ou o que se diz através dela, é uma espécie de ante-câmara do cérebro que serve, na maior parte dos casos, para prevenir o ouvinte do grau de inteligência do falante. Por isso, não tenhamos ilusões, pela boca, morre mesmo o peixe. Só é pena - e digo isto com toda a sinceridade -, é que o realismo do ditado não seja expresso literalmente... Se a democracia não protege os cidadãos de governantes facínoras e irresponsáveis, então que Deus se lembre deles e os afaste do convívio entre os vivos, caso contrário são eles que nos matam a nós.
O artigo que se segue, de Fernando Santos, director do JN, é elucidativo. Esta gentinha, da política não quer mesmo nada com as coisas correctas, com a honra e o rigor. Fica-se sempre pelas meias-tintas. Até com a corrupção gostam de brincar! Como brincam com a Constituição, adaptando-a aos interesses da clã [ou, será Klan?] que detém o poder.
Rui Valente
Rui Valente
Corrupção e GPS até 150 euros |
Coloque
a sua imaginação a duzentos à hora. Suposição: tem o pedido de
licenciamento de uma obra entupido num serviço do Estado dos muitos de
cujo parecer depende. O funcionário, erguendo o pescoço por entre uma
quantidade infindável de processos, acaba amolecido e por prometer
retirar o seu dossiê do amontoado graças a um GPS dos baratinhos com que
lhe acena - prendando-o mesmo. Eureca! O tipo é diligente, preenche um
formulário a dar conta da recepção da prenda - inferior a 150 euros -
que nunca mais o desorientará a caminho do infantário ou da casa dos
sogros e continua impávido e sereno à espera, fora dos trâmites normais,
de ser diligente para o próximo cidadão exasperado com a burocracia.
Um cenário assim, através do qual se trafica influência a preço de saldo, faz sentido? Não, não, não. Três vezes não.
Perante tamanha negativa, só pode ser de espanto a preparação de uma lei-quadro, anunciada pelo Ministério da Justiça, "para a criação de um Código de Conduta e Ética para a Administração Pública", susceptível de chegar um dia destes à mesa do Conselho de Ministros.
O pressuposto é estapafúrdio. O Ministério coloca preto no branco a ideia de que "este Código de Conduta estabelece que as ofertas de bens recebidas em virtude das funções desempenhadas deverão sempre ser registadas e não exceder o valor máximo de 150 euros". Ou seja: de algum modo dá o visto bom à "transumância", embora estabelecendo-lhe um preço (deduz-se não ficar consagrada em letra de lei uma dedução de IVA destinado a encher os cofres do Estado).
Pugnar por uma sociedade bacteriologicamente pura poderá ser do domínio do virtual. Não deve é deixar de ser um objectivo a perseguir, só possível se em nenhuma circunstância se abrirem linhas de fuga de princípios inegociáveis. E o tráfico de influências é hoje um flagelo para o qual é uma estupidez estabelecer graduações.
Assim como assim, o país já vive em demasia sob o espectro da afamada cunha para tudo e mais alguma coisa. Fica difícil entender como é possível alguém estar a equacionar a hipótese de formalizar brechas - a oferenda caricatural de um GPS é transmissível a um estojo de beleza para a madame funcionária pública ou companheira do decisor ou de quem lhe leva os papéis ou mete em sistema informático os processos carecidos de deferimento. E se alguém tem dúvidas sobre o jeitaço, basta imaginar a profusão de prendas possíveis a troco de 150 euros incluindo a nova moda aberta a tudo, a dos cartões ou cheques--prendas!
Está a ser engendrada uma lei absurda, em contraponto ao estatuto disciplinar dos trabalhadores da Função Pública, que prevê a pena de despedimento para funcionários que, "em resultado da função que exercem, solicitem ou aceitem, directa ou indirectamente, dádivas, gratificações, participações em lucros ou outras vantagens patrimoniais, ainda que sem o fim de acelerar ou retardar qualquer serviço ou procedimento".
Decididamente, convém fazer abortar um tremendo disparate - este indesculpável e sem direito ao argumento do memorando da troika para funcionar como guarda-costas. Viabilizar as prendas só agravará o último estudo elaborado no âmbito da Comissão Europeia e segundo o qual 97% dos portugueses consideram a corrupção um dos grandes problemas do país...
[do JN]
Nota de RoP:
Este artigo fez-me lembrar um episódio ocorrido nos anos sessenta numa pequena cidade do norte da França, onde tive a "infeliz" ideia de deixar uma gorjeta a um empregado de café pensando que estava em Portugal. Qual foi o meu espanto quando o homem com toda a dignidade agradeceu, mas recusou a "simpatia"... Eram outros tempos, mesmo em França, mas de qualquer maneira, registei a atitude.
15 fevereiro, 2012
Por que será...
...que sinto um orgulho indescritível [com "o" fechado], sempre que o clube do regime perde? Por que será que não revejo no Benfica um pingo de afinidade nacional? Digo mais: em qualquer jogo que este clube ordinário dispute com outro estrangeiro, eu torço muito tripeira e patrioticamente pela equipa estrangeira. Em nome de Portogália!
Que Pinto da Costa reaja já às investidas centralistas, senão será tarde
Podia falar-vos da troca de mimos rasteira e oportunista, entre o líder da concelhia do PSD, Pedro da Vinha Costa e o Presidente socialista da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, mas isso, apesar de constituir mais um flagrante testemunho de mediocridade da nossa classe política, e de justificar o enorme desprezo que ela me infunde, não o vou fazer, porque é como discutir o sexo dos anjos. Apenas adiantarei que, quando pensava existir uma opinião positiva e consensualmente generalizada sobre a boa gestão dos Portos do Douro e Leixões, eis senão quando, surge do nada este exemplar político, Pedro da Vinha Costa, putativo candidato a um poleiro gostoso [o da administração da própria APDL, presumo], a dizer que o Presidente da dita empresa é um boy socialista e que ali foi colocado como tal, querendo talvez com isto dizer que só pode haver boa gestão com boys, do PSD...Também, o boyzinho e colega de partido, o líder da Concelhia do PSD-Porto, Ricardo Almeida, não perdeu tempo a juntar-se ao coro para dizer que a administração da APDL "faz má gestão". Na política, como no futebol, o que é verdade hoje, amanhã é mentira [está a ver Dr. Rui Rio, como afinal é o futebol que anda a aprender golpes baixos com os políticos?].
Pertencendo embora à esfera do desporto, o assunto que a seguir quero abordar não deixa de ter um cunho fortemente politizado, que é como quem diz, despudoradamente clubetizado, ou centralista, se preferir. Refiro-me ao castigo que o neo-eleito Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol acaba de inflingir ao Director-Geral da SAD, Antero Henrique e a Rui Cerqueira, Director de Comunicação do FCPorto. Parece-me, que começa agora a levantar-se o véu que fez alguns desconfiar porque é que o clube do regime apoiou com tanto entusiasmo a candidatura do ex-dirigente portista Fernando Gomes à presidência da Federação... Mal teve tempo de aquecer o lugar, e já está a pagar os juros de eventuais promessas que terá feito a Luís Filipe Vieira de fazer uma gestão "à altura" das pretensões do Benfica e do elevadíssimo senso de seriedade dos seus dirigentes [vulgo, "fazer as coisas pelo outro lado"...]
Sabendo - porque é público -, como se tornaram habituais as emboscadas e as agressões no Estádio da Luz, é bom que a estrutura directiva do FCPorto comece a arrepiar caminho no sentido de se defender de futuras investidas benfiquistas com o intuito claro e objectivo de fragilizar o FCPorto e o afastar da concorrência à conquista do Campeonato. Exigir tratamento igual, é o mínimo que pode fazer.
O FCPorto tem agora um canal de televisão, o qual tem todo o direito, e o dever até, de usar, para desmascarar, sem papas na língua, o que já está a ser premeditado há muito tempo. Pois que dele faça bom proveito!Quem fez esta denúncia à federação e que provas possui para castigar tão rapidamente os supostos beligerantes é aquilo que devia ser imediatamente comunicado à comunicação social.
O passado recente diz-nos que não podemos confiar na isenção e muito menos na seriedade dos dirigentes da federação, como tal, exige-se que a SAD saiba responder sem tibiezas e se necessário, apresentar um veemente voto de desconfiança a este conselho de disciplina da Federação, que à imagem do anterior [da Liga], actua com dois pesos e duas medidas, consoante as cores dos intervenientes, sempre em benefício do clube do regime.
O FCPorto tem agora um canal de televisão, o qual tem todo o direito, e o dever até, de usar, para desmascarar, sem papas na língua, o que já está a ser premeditado há muito tempo. Pois que dele faça bom proveito!Quem fez esta denúncia à federação e que provas possui para castigar tão rapidamente os supostos beligerantes é aquilo que devia ser imediatamente comunicado à comunicação social.
O passado recente diz-nos que não podemos confiar na isenção e muito menos na seriedade dos dirigentes da federação, como tal, exige-se que a SAD saiba responder sem tibiezas e se necessário, apresentar um veemente voto de desconfiança a este conselho de disciplina da Federação, que à imagem do anterior [da Liga], actua com dois pesos e duas medidas, consoante as cores dos intervenientes, sempre em benefício do clube do regime.
Antevendo a lentidão dos órgãos de Justiça nesta matéria, que só tarde e a más horas reconhece a razão ao FCPorto, como os 6 pontos que nos foram surripiados no campeonato de há dois anos e que agora não podem ser repostos, é imperioso que Pinto da Costa recupere a fibra e a frontalidade que sempre o caracterizou e leve, até às últimas consequências, a defesa dos interesses do clube.
Caso contrário, nem mesmo que Victor Pereira me surpreenda com um futebol de primeira água, o FCPorto terá a mínima chance de ganhar o campeonato nacional.
13 fevereiro, 2012
Victor Pereira
Victor Pereira |
No dia em que deixar de pensar pela minha própria cabeça, perderei a minha liberdade, e se há coisa que eu não quero perder, é a minha liberdade. Até porque é a única coisa válida de que [ainda] podemos desfrutar, desta democracia apalhaçada.
Como qualquer portista que se preza, gosto do FCPorto, e detesto ver o meu clube e quem o representa, do Presidente, ao roupeiro, nas bocas do mundo, e dos seus inimigos [adversários era assim que se chamavam antigamente], que são muitos, como se sabe, fruto de campanhas difamatórias levadas a cabo há longos anos pelos media centralistas e por jornalistas mercenários, sem pingo de dignidade. A esses, jamais darei oportunidade de comentarem aqui. A porta está-lhes fechada. É como quem guarda a casa de ladrões...E é, ao mesmo tempo, a única arma que me resta para mostrar quanto é forte e convicto o meu desprezo por toda essa canalhada.
Dito isto, estou à vontade para dizer o que penso de Victor Pereira. Não acredito nele, enquanto treinador. Como pessoa, nada tenho a apontar, até porque não o conheço, mas enquanto treinador, faça ele o que fizer no futuro acho que já teve tempo de sobra para mostrar o que vale, e quanto a mim, as valias não se têm mostrado famosas.
Tenho consciência, que ao criticar Victor Pereira estou implicitamente a criticar Pinto da Costa, que foi afinal quem decidiu dar-lhe a suprema oportunidade de treinar uma equipa de top como é a do FCPorto, mas o certo é que ele não está a saber aproveitá-la. E quando digo que não acredito em VP, "faça ele o que fizer", não estou a dizer que se ele vier a ser campeão me recuso a reconhecer-lhe valor por mero capricho, estou a dizer apenas que para se ser um treinador de sucesso é fundamental que tanto os adeptos como, principalmente, os jogadores, sintam cedo essa liderança. E é isso que falta a VPereira.
Tenho consciência, que ao criticar Victor Pereira estou implicitamente a criticar Pinto da Costa, que foi afinal quem decidiu dar-lhe a suprema oportunidade de treinar uma equipa de top como é a do FCPorto, mas o certo é que ele não está a saber aproveitá-la. E quando digo que não acredito em VP, "faça ele o que fizer", não estou a dizer que se ele vier a ser campeão me recuso a reconhecer-lhe valor por mero capricho, estou a dizer apenas que para se ser um treinador de sucesso é fundamental que tanto os adeptos como, principalmente, os jogadores, sintam cedo essa liderança. E é isso que falta a VPereira.
Antes de prosseguir, importa-me salientar um detalhe. Pinto da Costa, não estava [creio], propriamente certo da saída de André Villas Boas, porque se o estivesse, se tivesse tido mais tempo para ir ao mercado à procura de um novo treinador, duvido que optasse pela opção Victor Pereira. Acontece aos melhores. Desta vez, as circunstâncias [e Villas Boas], empurraram Pinto da Costa para a decisão mais difícil, e consequentemente, para a mais falível. Mas Pinto da Costa pode falhar, porque o seu histórico enquanto dirigente fala por si, e não belisca em nada a sua competência. Portanto, apoiar o clube sim, esconder o que os meus olhos vêem das performances do actual treinador, é que já não consigo. É claro, a Pinto da Costa, na qualidade de Presidente, e enquanto for matematicamente possível, compete-lhe apoiar o treinador que ele próprio escolheu, mas ao adepto não se lhe pode exigir o mesmo. Eu sou tanto adepto, como sou cidadão. Se critico os maus governantes, também posso criticar maus treinadores. Primeiro, está sempre o clube, esse permanece.
Vou directo ao assunto. Incluídas as vicissitudes da pré temporada [e foram muitas], que de facto não ajudaram muito à coesão e à preparação do plantel, a verdade é que Victor Pereira já teve tempo de sobra para afinar a equipa. Ontem, uma das coisas que mais me incomodou foi ver o grupo a jogar a passo de caracol, sem detectar sinal do treinador, no sentido de instruir os jogadores a imprimirem mais velocidade ao jogo. É confrangedora a dificuldade de VPereira para ler os jogos e agir em conformidade. Ontem, acima de tudo, pedia-se mais velocidade e mais pressão, coisa que durante a primeira parte não aconteceu. Depois, havia um jogador, Varela, que estava nitidamente em baixo rendimento, e que apesar de defender melhor do que aquele que veio a substituí-lo, James Rodriguez [só na 2ª.parte, e a mudar o rumo dos acontecimentos], há muito que vem dando sinais de instabilidade. Ora, se o treinador, aposta em Varela porque lhe dá mais garantias defensivas, será que não estará a fazer o mesmo com o James Rodriguez e a hipotecar as performances ofensivas? James, não será um relógio suiço, é verdade, mas esta época quem o terá sido? Hulk? Maicon? João Moutinho? Álvaro Pereira? Guarín? Belluschi? Otamendi? Não será a equipa toda que está mal? De quem será essa responsabilidade? Dos jogadores? Então, os treinadores o que é que estão lá a fazer?
Há aspectos este ano, que estão a correr nitidamente mal, e é preciso falar deles. Mesmo consideradas as dificuldades próprias da gestão do sucesso, porque a época anterior foi sensacional, as desmarcações são imprecisas, revelam pouco treino, ou um treino defeituoso, senão já teriam sido aperfeiçoadas. Os passes são previsíveis, demasiado fortes, ou demasiado fracos, e demasiadas vezes errados, permitindo uma coisa que era impensável aqui há uns anos, que é ver as equipas visitantes no Dragão a circular demasiado a bola. A velocidade é inconsequente e as jogadas perdem-se com uma frequência exasperante . Enfim, subsiste no grupo, uma indisfarçável dificuldade em circular a bola, e em elaborar jogadas de ataque objectivas. A quantos jogos pudemos nós este ano assistir com alguma consistência técnica, do princípio ao fim? Para quem se deve virar o adepto se a equipa evolui pouco? Para o porteiro? Para o Presidente? Para a SAD?
Que diabo, quer queiram ou não, é ao treinador que compete alterar a produtividade do conjunto, e a mais ninguém. Não se trata de crucificar ninguém, é assim mesmo, e ponto. Então, como explicar o endeusamento que se faz a treinadores de top como Mourinho, Wenger e Guardiola? Não é porque ganham, mas também porque produzem bom futebol? Alguém terá coragem para lhes retirar o mérito? Não! E nem sequer seria justo. Mas, o inverso também existe, por muito que isso nos custe.
Que diabo, quer queiram ou não, é ao treinador que compete alterar a produtividade do conjunto, e a mais ninguém. Não se trata de crucificar ninguém, é assim mesmo, e ponto. Então, como explicar o endeusamento que se faz a treinadores de top como Mourinho, Wenger e Guardiola? Não é porque ganham, mas também porque produzem bom futebol? Alguém terá coragem para lhes retirar o mérito? Não! E nem sequer seria justo. Mas, o inverso também existe, por muito que isso nos custe.
As críticas valem o que valem, mas devem ser sempre entendidas com espírito construtivo. Mas, haverá algum portista que neste momento veja em Victor Pereira um treinador com futuro? Sinceramente, custa-me a acreditar. E juro que não é por má vontade. No entanto, como dizem que há quem já tenha visto uma bicicleta a andar de porco, tudo é possível, e Victor Pereira vir a ganhar o pouco [muito] que lhe resta esta época: Campeonato Nacional, Taça da Liga e Liga Europa. Se isso acontecer fica aqui uma garantia: nunca mais abrirei a boca para dar a minha opinião. Afinal, é apenas disso que se trata.
Urbanidade à moda de Rui Rio...
Abate de árvores na Av. Rodrigues de Freitas
Ontem na Avenida Rodrigues de Freitas a Divisão de Jardins da Câmara
Municipal do Porto abateu dezenas (?) de árvores, algumas aparentemente
saudáveis. Foi enviado um pedido de esclarecimento relativo a esta
intervenção e a exigência de agendamento de uma acção de substituição
dos exemplares abatidos. Se já não contam os excelentes benefícios da
arborização urbana em termos de qualidade do ar, controlo de temperatura e suporte de biodiversidade urbana, será que existe a noção de que as ruas com árvores tendem a ser mais valorizadas? A reabilitação também se faz plantando...
[Fonte: A Baixa do Porto]
As pontes do Porto
Por César Santos Silva
Em 1369, inaugurou-se uma nova forma de transpor o rio: um passadiço formado por barcas intervaladas e ligadas por uma corrente de ferro e, sobre elas, um estrado de madeira.
E durante séculos assim foi. Uma “ponte” efémera que servia para ligar as 2 margens que cada vez tinham mais contactos comerciais, provocados por uma população em crescente desenvolvimento. Mas esta situação tinha um inconveniente: quando as cheias aconteciam (e elas foram muito frequentes), estes passadiços eram destruídos pela força das águas.
Foi inaugurada a 15 de Agosto daquele ano. Era constituída por 33 barcaças, ligadas entre si por cabos de aço, e abria em 2 partes para dar passagem às embarcações que subiam e desciam o rio.
Esta ponte, como é sabido, entrou para a história pelo pior motivo: em 29 de Março de 1829, o alçapão que existia no centro da ponte foi aberto, tragando a vida de milhares de pessoas (4000 ou 5000?) que fugiam das tropas do general Soult.
Obra dos engenheiros Bigot e Mellet, a Ponte Pênsil foi iniciada em 1841 e inaugurada em 1843. Tinha 170 metros de comprimento, 8 de largura, elevava-se a uma altura de 10 metros do rio e estava assente em 4 obeliscos com 18 metros de altura.
A empreitada foi realizada em 2 anos pela casa Claranges Lucotte & C. Seria demolida em Outubro de 1887 e, em seu lugar, construída a montante uma nova ponte que eternizou o nome do rei que na altura estava no poder: D. Luís I.
Começada em Janeiro de 1876, a Ponte Maria Pia foi inaugurada em Outubro de 1877.
A sua conclusão permitiu a ligação ferroviária entre o Sul e o Norte, o que ajudou à crescente industrialização da cidade e à transformação, com a edificação da Estação de Campanhã, das freguesias de Campanhã e Bonfim, que se tornariam os motores da indústria no Porto.
Foi vencedora a firma belga Société de Willebroeck, com projecto do engenheiro Teófilo Seyrig, que já tinha sido chefe da equipa de projecto da Ponte Maria Pia.
A sua construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada em 1886. O arco mede 172 metros. O tabuleiro superior mede 392m e o inferior 174. Como curiosidade, o custo total da obra foi orçado em 369 contos!
Com um vão de 270 metros, foi, durante algum tempo, a recordista mundial para pontes em arco de betão armado. O tabuleiro eleva-se a 70 metros acima do nível das águas, tem 500 metros de extensão e custou 242.000 contos.
O autor do projecto foi o engenheiro Edgar Cardoso e a obra foi entregue ao engenheiro José Zagallo. A construção estendeu-se de Maio de 1957 até 22 de Junho de 1963, dia em que foi inaugurada pelo Presidente da República de então, almirante Américo Tomás.
A Ponte de São João tem uma estrutura em pórtico com 3 vãos, 2 deles de 125 metros e um de 250 metros. O tabuleiro está apoiado em 2 pilares assentes no leito do rio, junto a cada uma das margens. A inauguração deu-se no dia de S. João de 1991.
Da autoria do professor António Reis, a sua localização é a montante de todas as outras, bem no extremo da cidade. A ponte tem 8 vãos, sendo o principal de 150 m, a que se seguem, para cada lado, vãos de 115 m. Tem 8 faixas de rodagem.
A travessia foi inaugurada em Março de 2003, sendo responsável pelo seu projecto o engenheiro Adão da Fonseca.
A travessia tem 371 metros de comprimento e 20 metros de largura. Trata-se de uma ponte à cota alta, com 2 faixas de rodagem em cada sentido, com um separador central.
César Santos Silva é investigador e divulgador da História do Porto e de Portugal
[Fonte: Porto24]
Em 1369, inaugurou-se uma nova forma de transpor o rio: um passadiço formado por barcas intervaladas e ligadas por uma corrente de ferro e, sobre elas, um estrado de madeira.
E durante séculos assim foi. Uma “ponte” efémera que servia para ligar as 2 margens que cada vez tinham mais contactos comerciais, provocados por uma população em crescente desenvolvimento. Mas esta situação tinha um inconveniente: quando as cheias aconteciam (e elas foram muito frequentes), estes passadiços eram destruídos pela força das águas.
Ponte das Barcas
Foi inaugurada a 15 de Agosto daquele ano. Era constituída por 33 barcaças, ligadas entre si por cabos de aço, e abria em 2 partes para dar passagem às embarcações que subiam e desciam o rio.
Esta ponte, como é sabido, entrou para a história pelo pior motivo: em 29 de Março de 1829, o alçapão que existia no centro da ponte foi aberto, tragando a vida de milhares de pessoas (4000 ou 5000?) que fugiam das tropas do general Soult.
Ponte Pênsil
Depois da tragédia, a Ponte das Barcas foi reconstruída até à edificação da Ponte Pênsil – foi oficialmente chamada de D. Maria II, mas nunca assim referida.Obra dos engenheiros Bigot e Mellet, a Ponte Pênsil foi iniciada em 1841 e inaugurada em 1843. Tinha 170 metros de comprimento, 8 de largura, elevava-se a uma altura de 10 metros do rio e estava assente em 4 obeliscos com 18 metros de altura.
A empreitada foi realizada em 2 anos pela casa Claranges Lucotte & C. Seria demolida em Outubro de 1887 e, em seu lugar, construída a montante uma nova ponte que eternizou o nome do rei que na altura estava no poder: D. Luís I.
Ponte Maria Pia
Começada em Janeiro de 1876, a Ponte Maria Pia foi inaugurada em Outubro de 1877.
A sua conclusão permitiu a ligação ferroviária entre o Sul e o Norte, o que ajudou à crescente industrialização da cidade e à transformação, com a edificação da Estação de Campanhã, das freguesias de Campanhã e Bonfim, que se tornariam os motores da indústria no Porto.
Ponte Luís I
No ano de 1879, o Governo abriu concurso para a construção de uma ponte que iria substituir a Ponte Pênsil, a Ponte Luís I (vulgarmente conhecida por Ponte D. Luís).Foi vencedora a firma belga Société de Willebroeck, com projecto do engenheiro Teófilo Seyrig, que já tinha sido chefe da equipa de projecto da Ponte Maria Pia.
A sua construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada em 1886. O arco mede 172 metros. O tabuleiro superior mede 392m e o inferior 174. Como curiosidade, o custo total da obra foi orçado em 369 contos!
Ponte da Arrábida
Com o aumento do tráfego automóvel, a cidade viu-se na obrigação de se dotar de novas vias que respondessem às necessidades crescentes e ao aumento da população na margem sul do Douro. Por isso, não é de estranhar que em 1952 tenha sido adjudicada a construção de uma ponte na zona da Arrábida.Com um vão de 270 metros, foi, durante algum tempo, a recordista mundial para pontes em arco de betão armado. O tabuleiro eleva-se a 70 metros acima do nível das águas, tem 500 metros de extensão e custou 242.000 contos.
O autor do projecto foi o engenheiro Edgar Cardoso e a obra foi entregue ao engenheiro José Zagallo. A construção estendeu-se de Maio de 1957 até 22 de Junho de 1963, dia em que foi inaugurada pelo Presidente da República de então, almirante Américo Tomás.
Ponte de São João
Com o aumento do tráfego ferroviário, os poderes públicos viram-se na obrigação de substituir a vetusta Ponte Maria Pia, o que aconteceu nos anos 80 do século XX. Edgar Cardoso é convidado a projectar esta nova ponte.A Ponte de São João tem uma estrutura em pórtico com 3 vãos, 2 deles de 125 metros e um de 250 metros. O tabuleiro está apoiado em 2 pilares assentes no leito do rio, junto a cada uma das margens. A inauguração deu-se no dia de S. João de 1991.
Ponte do Freixo
Da autoria do professor António Reis, a sua localização é a montante de todas as outras, bem no extremo da cidade. A ponte tem 8 vãos, sendo o principal de 150 m, a que se seguem, para cada lado, vãos de 115 m. Tem 8 faixas de rodagem.
Ponte do Infante D. Henrique
Esta ponte veio substituir para o tráfego automóvel o tabuleiro superior da Ponte Luís I, que ficou só para o metro.A travessia foi inaugurada em Março de 2003, sendo responsável pelo seu projecto o engenheiro Adão da Fonseca.
A travessia tem 371 metros de comprimento e 20 metros de largura. Trata-se de uma ponte à cota alta, com 2 faixas de rodagem em cada sentido, com um separador central.
César Santos Silva é investigador e divulgador da História do Porto e de Portugal
[Fonte: Porto24]
Isto é serviço público, senhores jornalistas da treta!
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Prémio | Acertos | Número de vencedores | Valor |
1.º Prémio | 5 Números + Nº da Sorte | 0 | (1) |
2.º Prémio | 5 Números | 0 | (2) |
3.º Prémio | 4 Números | 230 | € 343,35 |
4.º Prémio | 3 Números | 11.167 | € 3,92 |
5.º Prémio | 2 Números | 146.873 | € 1,79 |
Nº da Sorte | Nº da Sorte | 309.931 | Reembolso do valor da aposta de Totoloto |
Estatísticas | |
Nº de Bilhetes/Matrizes | 668.356 |
Nº de Apostas | 1.969.610 |
Receita ilíquida apostas | € 1.772.649,00 |
Montante para prémios | € 877.461,26 |
(1) Previsão 1º Prémio c / Jackpot | € 4.100.000,00 |
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