02 julho, 2010

Para portista apreciar

WALTER




JAMES RODRIGUEZ



Bom fim de semana!

Pedro Baptista / Entrevista à Grande Porto TV

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O nome do MPPN tem de ser mais ouvido

O cenário repete-se, e já começa a tresandar a bafio. Todas as sextas-feiras é a mesma ladaínha. Refiro-me às entrevistas "Diferenças à Mesa" que o semanário Grande Porto realiza regularmente com diversas figuras públicas do Norte. 

Os pró-anti regionalistas [é assim que os defino] deviam começar por perceber uma coisa: os seus argumentos são demasiado áridos em objectividade para serem levados a sério. A única ideia concreta que transmitem tem um nome: medo. E suponho que esse medo pouco terá a ver com a coesão nacional, porque nunca como agora o país esteve tão fragmentado. Pode-se retalhar um país e abrir graves fissuras na sua integridade territorial de várias maneiras, sendo a mais contundente a discriminação territorial. E é isso que tem sido feito com particular gravidade a toda a Região Norte. É perante este facto que, desde logo, se esvazia por completo o argumento hipócrita dos porta-bandeiras da integridade "nacional". A verdade é que se recusam a reconhecer a realidade com um pretexto meramente ficcional.

Seria bem mais respeitável, uma vez que lá no fundo rejeitam a Regionalização, que o assumissem de vez, em lugar de andarem a enganar-se a si próprios e a tentar enganar os outros com ladaínhas piegas de falso patriotismo. É inútil insistir na tecla da descredibilização do Movimento Pró-Partido do Norte, porque descridibilizados estão os Partidos do arco do Poder, e até os da oposição que, com mais meios, pouco mais fazem do que o comum cidadão. Talvez se lhes chegasse luz ao espírito, se percebessem que, apesar da apatia do eleitorado mais sacrificado, eles representam o déjà vu, e nós um potencial balão de oxigénio. Nós, somos a alternativa, eles, são - como diz o CAA - o mesmismo.

Quero contudo trazer à colação, um aspecto que me parece da maior importância com respeito à forma como o Movimento e o próprio Blogue do Movimento estão a ser geridos. Há que criar urgentemente uma estrutura de divulgação do MPPN mais abrangente e impactante. Os recursos nesta fase, percebo, serão limitados, mas mesmo assim considero que se podia fazer mais e melhor. O Blogue deverá procurar ser mais rigoroso na comunicação e incluir artigos de opinião de outras figuras de destaque. Creio que se está a levar demasiado longe o recato. A propaganda tem de crescer, a adesão de simpatizantes tem de começar a sentir-se mais e os tempos mortos devem ser evitados. Um Blogue com tão sérios objectivos como este ,tem de ser mais dinâmico, caso contrário poderá perder simpatizantes. Há que aproveitar este espaço para informar os eventuais militantes como podem fazer a sua inscrição. Há, igualmente, que flexibilizar a militância àquelas pessoas que, por motivos de idade ou de indisponibilidade pessoal, queiram inscrever-se para dar o seu contributo sem contudo serem obrigadas a cooperar em regime full-time, deixando aos mais jovens as actividades regulares.

É preciso, em resumo,  não deixar morrer o nome do Movimento.

Explicações para "alunos" difíceis



01 julho, 2010

Carlos Queiroz, o novo "Cristo" do Centralismo

O que aqui vai escrito será muito improvável lermos na comunicação social tradicional sem  a fuga ao impacto fatal com as suas próprias incoerências. Por quê? Porque já decorreram anos demais  de leituras e audiências para não nos darmos conta dessas incoerências. Incoerências essas que não são mais do que a irresistível obediência ao €uro...

Já sabemos, de cor e salteado, ser possível  vermos no mesmo canal de televisão debates, aparentemente com objectivos pedagógicos, sobre a problemática da violência e pouco tempo depois [por vezes apenas algumas horas], de diversas formas, a incitá-la. A obsessão pelas audiências dá nisto, o que equivale a dizer, dá na má informação. Portanto, dificilmente o Renovar o Porto será seleccionado para merecer a atenção dos jornais, embora, talvez por  efémera distracção tal já tenha pontualmente ocorrido.

É por essas e por outras que sou contras os ismos. Os generalismos, por exemplo, quase sempre resultam em alienação. E a Comunicação Social, salvo honrosas e parcas excepções, é a maior amiga dos ismos. Primeiro afaga ligeiramente o ego dos protagonistas para numa segunda fase o destruir. O que importa  sobretudo é a cotação no mercado do valores das vítimas. Foi assim com Pinto da Costa e é agora com Carlos Queiroz. Mas, vamos aos finalmente.

Os retalhos da imprensa estrangeira abaixo plasmados não poupam, como poderão ler, o galáctico Ronaldo, e sinceramente, apesar destes também poderem servir de amostra para o que atrás citei, creio que no caso concreto em apreço, têm alguma razão. O desfecho do jogo da selecção nacional contra a Espanha era previsível porque tem sem dúvida a melhor equipa. Não está aqui em apreciação a qualidade de Carlos Queiroz  enquanto técnico, porque nunca foi um treinador consensual. Por isso, e tendo em consideração o seu perfil enquanto Homem, o limite das nossas críticas  não devia ultrapassar a barreira da moderação. Pessoalmente, não o aprecio no ofício, mas respeito-o enquanto Homem.

É por me dar conta do cerco que certos sectores bem identificados dos media lhe estão a mover, que escrevo este post. Começou a época da matança, e o "animal" agora eleito chama-se Carlos Queiroz. Ei-la a Nova Santa Inquisição, feroz e pujante como noutras ocasiões. Há que atalhar caminho e diabolizar o Homem, só assim serão garantidas as audiências e a venda dos pasquins. Os directores de jornais e televisões autorizam, e o patrão agradece. O bom-senso foi de férias [ou nunca chegou a ir].

Muito mais criticável, ainda que com alguma responsabilidade do seleccionador, foi a postura de Cristiano Ronaldo neste Campeonato do Mundo. Sejam quais forem as razões, as suas prestações comparadas com as dos seus colegas foram impróprias do estatuto de um jogador de eleição. Sem querer cair no exagero da crucificação, porque não gosto do estilo, Ronaldo passeou pouco mais do que arrogância.

Em sentido oposto, destaco todo o sector defensivo da nossa equipa, a começar por esse imenso Eduardo, por um batalhador Fábio Coentrão e por um Raul Meireles que, inversamente ao CR9 tem jogado melhor na selecção do que no seu clube.

Em resumo. Fomos até aos oitavos de final porque para irmos mais além precisaríamos de ter reunidas várias circunstâncias, que não se confirmaram, como sejam: a presença de Bosingwa e Nani, um Ronaldo empenhado [como era o Figo] e um treinador líder antes, durante e depois dos jogos. Como isso não aconteceu, paciência. Apesar de tudo, somos melhores no futebol do que na capacidade de gerar bons políticos. Portanto, não tenhámos mais olhos que barriga. E desprezemos os tristes exemplos dos energúmenos que se afoitaram a ir para a Portela insultar a Selecção e Carlos Queiroz. Esses sim, é que deviam ter vergonha. 







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29 junho, 2010

Lata e impunidade

Contrariamente à decisão que tomei de não perder o meu tempo para ver um programa que auto-denominei como o Purgatório dos Políticos, a que a RTP prefere chamar Prós e Contras, ontem, por respeito à temática em questão [as portagens das Scuts], decidi violar excepcionalmente essa regra.

Os testemunhos contra a insólita decisão do Governo, vindos das mais variadas  áreas da política e da sociedade civil foram conclusivos, tal a unanimidade que gerou no auditório. Foi uma "victória" sem espinhas do bom senso cívico contra a sobranceria dos incapazes.

Houve, no entanto, uma intervenção que me sinto na obrigação de realçar que confirma o enorme talento e a  veia teatral dos "nossos" dirigentes políticos que foi protagonizada pelo Secretário do Estado das Obras Públicas. O homem, perante a esmagadora força da razão que o cercava, manteve-se imperturbável. Conseguiu defender o indefensável como se estivesse a lutar pela causa mais nobre do Mundo. Sócrates, terá registado o esforço para memória futura quando for chegada a hora de recompensar  tão  abnegado servidor. Talvez, quem sabe, a administração de uma qualquer Mota Engil, para conter a crise...

Chega de brincadeiras. Agora, vou falar sério. O palco para o teatro não pode continuar a ser a Assembleia da República, a Televisão e muito menos o Conselho de Ministros. O paradigma desta forma despudorada e irresponsável de fazer política, dizendo hoje uma coisa e amanhã afirmando o seu contrário, tem de ser irreversivelmente alterado, sob pena de se esgotar a tão desacreditada política. E só há uma forma de o fazer que é, responsabilizando directamente os autores dos embustes.  Com pesadas coimas monetárias e irradicação absoluta do desempenho de funções públicas. Pessoalmente, não me sinto honrado com a impunidade destes homens. E não devo estar só na indignação.

Banalizar as mentiras dos nossos mais altos representantes, equivale a estender ao Povo a passadeira da  inimputabilidade e do vício. O crime e a violência social também é assim que se forjam.

27 junho, 2010

Os pró-anti regionalistas

Já anteriormente apresentei múltiplas razões para rejeitar as teses daqueles que passam o tempo a lamentar os lamentos [passe a redundância] dos adeptos da Regionalização com contraditórias alegações da falta de envolvimento dos cidadãos na coisa pública. E tenciono reforçar esse descrédito em tais teóricos por não vislumbrar seriedade argumentativa no que continuam a dizer e escrever.

Para começar, entram constantemente em profundas contradições. Ainda há poucas semanas tive oportunidade de detectar um desses teóricos portuenses a dissertar num programa de televisão uma coisa sobre a cidadania ,  e passados poucos dias a defender o seu contrário. Foi no Porto Canal, no programa do Jorge Fiel. Ontem, outro cidadão portuense conhecido pela sua ligação a festivais do cinema fantástico do Porto, escrevia num semanário local ser contrário à criação de um Partido Regional, repetindo a tese de que um Movimento Cívico seria mais eficiente por conferir aos cooperantes uma maior liberdade de pensamento e um menor apego ao Poder.

Realço daquelas declarações um insofismável facto que foi talvez a única conquista palpável que [ainda] sobra do 25 de Abril, não obstante a queiram agora fazer definhar: a Liberdade de Pensamento. Sendo isto uma realidade, por que é que esses "resistentes" à criação de um Partido Regional não admitem a possibilidade da criação de novas regras estatutárias onde as práticas do Poder possam ser substancialmente reformuladas? Um novo Partido, implica, do meu ponto de vista, novas ideias, novas regras de distribuição de Poderes. Para além dessas regras, a Regionalização, que é o principal objectivo do Partido do Norte  -, impõe, de per si, mudanças significativas nos órgãos do Poder, cujo aspecto mais relevante é , sem dúvida, o factor proximidade dos cidadãos com os centros de decisão.

O grande drama dos Movimentos Cívicos é estarem permanentemente condenados ao fracasso nos momentos em que se confrontam "face a face" com o Poder e tenderem a subdividir-se em outros Movimentos com a adjacente redução de força e representatividade popular. Por outro lado, os Governos apesar de se terem revelado ao longo dos anos de uma incompetência confrangedora, têm até hoje, sabido lidar muito bem com todos os Movimentos e controlam-nos quase sempre com relativo à vontade.

Como tal, só disputando o Poder com o Governo e os partidos existentes é que um Movimento poderá afirmar-se. O facto de ter de se confrontar com uma previsível e feroz oposição desses partidos provará que é temido, coisa que não acontece em relação aos Movimentos cívicos. Veja-se a "resistência" que o Governo continua a opor aos Movimentos contra as Scuts, apesar de apoiados pela maioria dos autarcas nortenhos de todos os partidos. Só que, os problemas do Norte não se reduzem infelizmente às portagens das Scuts, são muito mais vastos, e a Regionalização como já foi por nós diagnosticado não vai lá com promessas, conquista-se, e para se conquistar pacífica e democraticamente, só através da implantação de um Partido político.

A menos que esses anti-partidários de um Norte sem Partido que o defenda, continuem a acreditar nas suas promessas... Convenhamos: até a paciência tem limites.