Os nomes de Rui Moreira e de Artur Santos Silva têm estado nas bocas do mundo portuense.
Apesar da muita parra da seriedade de Rui Rio, a uva tem sido pouca, e os resultados apresentados em relação às expectativas criadas pelos seus apoiantes, são francamente modestos.
Para não fugir à regra politiqueira, só agora - que estão à porta as eleições autárquicas - começam a vislumbrar-se algumas benfeitorias na cidade. Algumas ruas pavimentadas, uns buracos tapados, alguns jardins medianamente arranjados, umas poucas casitas recuperadas do centro histórico, dá para perceber a preocupação do conflituoso autarca com a próxima época de caça (ao voto). O populismo do costume...
Apesar disso, as atenções dos tripeiros parecem voltar-se para outras personalidades do burgo. Rui Rio, tem o respeito de grande parte do eleitorado, mas poucos gostam dele. Daí que, a discussão sobre quem melhor poderia substituí-lo na Presidência Câmara comece a ficar animada.
Santos Silva, é outra figura que tem sido lançada como provável candidato e considerada consensual em certos círculos. Há quem defenda ser o único capaz de fazer convergir opiniões favoráveis entre PS e PSD.
Parecendo igualmente credíveis as duas candidaturas, Rui Moreira tem todavia, algumas características em relação a Santos Silva que podem dar-lhe alguma vantagem. Uma delas, não despicienda, é a sua grande capacidade de comunicar para um eleitorado heterogéneo. A outra, é a da ser mais jovem e praticamente desligado de vincadas ligações político-partidárias . Santos Silva, tem um perfil mais reservado e elitista, o que poderá eventualmente comprometer-lhe a candidatura.
Por outro lado, Rui Moreira representa para os eleitores portistas uma séria reserva para a futura presidência ao Futebol Clube do Porto, que é o único facto susceptível de gerar alguma hesitação nesse eleitorado, mas que seria facilmente ultrapassado com uma atempada definição, sobre a sua vontade e opção.
De resto, são dois homens do Porto, competentes, participativos, cultos e também sérios.
O ideal para os portuenses, seria aproveitar as potencialidades de ambos, porque o Porto bem precisa de gente com ambições cívicas, qualificada e honesta.