24 dezembro, 2010
Boas festas
Associando-me aos votos do Rui Valente, desejo a todos os que nos lêm, um bom Natal e um 2011 cheio de felicidade.
23 dezembro, 2010
A política está em boas mãos, não está?
Em protesto no Parlamento contra os cortes nas pensões para pessoas com deficiência, um técnico da televisão estatal romena lançou-se, hoje, quinta-feira, de uma altura de sete metros para cima dos deputados. Veja o vídeo.
O homem, Adrian Sobaru, de 41 anos, subiu a uma das galerias do Parlamento, em Bucareste, e, desesperado, gritou antes de se atirar: "Vocês estão a roubar o pão dos meus filhos". Na camisola que vestia, lia-se: "Vocês mataram o futuro dos nossos filhos, vocês venderam-nos".
O protesto referia-se ao fim das pensões para os portadores de deficiência. O técnico de televisão tem um filho autista e, por isso, vai perder as subvenções a que tinha direito.
22 dezembro, 2010
O que a Pinto da Costa [e à SAD do FCP] falta fazer...
Só os néscios, ou os invejosos, se atrevem a contestar as qualidades de liderança e de gestão de Pinto da Costa no FCPorto. Mesmo se tivera razões para o fazer, custa-me bastante tecer críticas a quem como ele se tornou conhecido pelo muito que fez de bem feito e pelo pouco que fez de mal. E isto, nada tem a ver com fanatismos ou com alienação clubística, porque fora do futebol, tirando casos pontuais, pouco exemplos temos dignos de louvor. De mais a mais, no que diz respeito à região Norte e ao Porto, os casos de sucesso em outras áreas, também são praticamente ignorados pela comunicação social centralista, ou deficientemente publicitados. O Centralismo, não só é um processo retrógrado de governação, como promove a inveja com tudo de importante que se faz longe das fronteiras da capital, seja no futebol, seja na Universidade [a UP, é a melhor do país].
Pelas razões que citei, o constrangimento que sinto a criticar Pinto da Costa é directamente proporcional à força e à convicção que tenho em criticar a classe política. A classe política, além de ineficaz, desonesta e incompetente, tem causado muitos mais danos colaterais ao Porto do que um campeonato perdido pelo Futebol Clube do Porto. Só isto me basta para não lhe reconhecer qualquer serventia. A política ainda está muito longe de dar lições ao futebol. O panorama actual do país testemunha-o.
Apesar disso, há algo que está a falhar na gestão do Futebol Clube do Porto, e que Pinto da Costa como grande líder que é, parece não estar a valorizar, que é a política de comunicação com os adeptos. Nos últimos anos, os comentários da blogosfera portista têm traduzido eloquentemente esse descontentamento. Os sócios e adeptos percebem que o clube não tem uma estratégia de comunicação eficaz, além da voz do Presidente e do Treinador, o que lhes tem causado alguma ansiedade, nomeadamente quando o clube é atacado impiedosamente pelos principais adversários [Apito Dourado, túneis, agressões, etc.].
Vale que, o clube tem sabido atenuar esse problema com uma consistente rotina de victórias em várias modalidades, o que não quer dizer que o resolva. A verdade, é que independentemente do melhor futebol praticado na época passada pelo Benfica, o expediente das agressões usado nos túneis da Luz com a consequente privação de dois jogadores importantes [Hulk e Sapunaru], ajudou e muito o Benfica a vencer o campeonato. Se juntarmos a isso o trabalho de bastidores perpretado pelo antigo Presidente de Disciplina da Liga de Clubes, Ricardo Costa, podemos dizer que foi cozinhado o caldo perfeito para levar o Benfica à conquista do título. E o FCPorto, o que é que fez? Limitou-se a falar para uns microfones "desligados", onde só uma minoria o ouviu, ou para umas câmaras de TV manipuladas pelas respectivas Direcções de Programas... A mentira do Benfica prevaleceu como verdade, e o facto é que venceu.
Vale que, o clube tem sabido atenuar esse problema com uma consistente rotina de victórias em várias modalidades, o que não quer dizer que o resolva. A verdade, é que independentemente do melhor futebol praticado na época passada pelo Benfica, o expediente das agressões usado nos túneis da Luz com a consequente privação de dois jogadores importantes [Hulk e Sapunaru], ajudou e muito o Benfica a vencer o campeonato. Se juntarmos a isso o trabalho de bastidores perpretado pelo antigo Presidente de Disciplina da Liga de Clubes, Ricardo Costa, podemos dizer que foi cozinhado o caldo perfeito para levar o Benfica à conquista do título. E o FCPorto, o que é que fez? Limitou-se a falar para uns microfones "desligados", onde só uma minoria o ouviu, ou para umas câmaras de TV manipuladas pelas respectivas Direcções de Programas... A mentira do Benfica prevaleceu como verdade, e o facto é que venceu.
Ainda assim, há adeptos que continuam optimistas e que acham que esta discriminação pode ser combatida no campo, onde se ganham os jogos, o pior é se, ou quando começarem a perder com mais frequência... Será que o optimismo dos adeptos se manterá? Ou, subitamente inverterão todo esse capital de confiança contra a Direcção e o Treinador?
É por termos de admitir a hipótese de uma nova série de ciladas, ainda mais perigosas do que as anteriores [e consentidas], esquematizadas pelos protagonistas do costume [conspirações e intrigas de toda a espécie], que o FCPorto podia já ter planeado uma joint-venture com uma nova operadora de TV dotada de excelentes recursos técnicos e humanos para se defender da concorrência desleal. Esse investimento poderia ter um retorno positivo não só em termos promocionais para o clube, como simultaneamente debilitaria a agressividade da concorrência. Mais do que a perda de audiências, o rombo nas TVs centralistas notar-se-ia na perda de credibilidade resultante da necessidade de lidarem com o contraditório em igualdade de circunstâncias e meios. As televisões em Lisboa, pública e privadas, são parceiras do mesmo ofício, não são concorrentes, a concorrência é feita praticamente contra o Porto e o resto do país.
Para além das victórias desportivas do FCPorto, aquilo que como portista e portuense mais gostaria de ver realizado, é que a Direcção do clube, ainda no mandato de Pinto da Costa, fosse capaz de gerar um projecto desta natureza, para bem do clube, e do Porto.
Pobres é o que está a dar
De repente (a caça ao voto abriu este ano em época natalícia), os políticos descobriram os pobres. Assim, nos últimos dias, Cavaco organizou nada menos que duas expedições aos pobres levando consigo um batalhão de jornalistas e câmaras de TV que o mostraram ao Mundo destemidamente no meio deles a dizer frases sobre a pobreza.
Sócrates é que não gostou pois, afinal de contas, os pobres, ou boa parte deles, são seus e dos seus governos.
De facto, ainda há dias o jovem "boy" encarregado, na Secretaria de Estado da Segurança Social, das exéquias do falecido "Estado Social" se gabava de ter conseguido, em poucos meses, tirar o Subsídio Social de Desemprego a 10 291 desempregados e o Rendimento Social de Inserção a mais 8 321.
E ontem o Ministério das Finanças anunciava festivamente, conta o DN, "uma luz ao fundo do túnel", com "os cortes nos apoios sociais aos desempregados e crianças (...) a ser decisivos para a contenção nos gastos e, logo, para o alívio no défice".
Anda o Governo a fazer pobres para Cavaco vir aproveitar-se desse esforço!
Também os candidatos Francisco Lopes e Fernando Nobre se engalfinharam um destes dias na TV cada um reivindicando para si a glória de conhecer mais pobres (e pobres mais pobres) do que o outro.
Não há dúvida de que os pobres é que estão a dar. Não só para o Governo poder ajudar bancos e grandes empresas mas também para os políticos exibirem na lapela.
[de Manuel António Pina, in JN]
21 dezembro, 2010
O metro do Porto
Agora que o país está completamente "teso", tão cedo não haverá 3ª fase do metro, se é que alguma vez ela se materializará. Há obras mais importantes com total prioridade, tais como o novo aeroporto de Lisboa, a alta velocidade ferroviária Lisboa-Madrid, a 3ª travessia do Tejo, e mais umas quantas que não deixarão de aparecer.
Parece por isso oportuno o Metro aproveitar esta acalmia para reflectir em detalhes que necessitam rectificação. Sugiro dois.
A sinalização destinada aos utentes é, sem favor, a pior que conheço em todos os metros por onde já passei. A identificação das estações para quem circula nas carruagens, é deficiente, mau grado as indicações sonoras e o letreiro luminoso no interior das composições, que aliás não são visíveis de todos os lugares.
O lado pior, no entanto, são as indicações no interior das estações, destinadas a orientar a circulação dos passageiros, onde há falhas gritantes. É-me mais fácil orientar-me nos metros de Londres ou Paris do que no Porto, embora a complexidade de linhas e destinos não seja comparável. As indicações devem ser claras,completas, facilmente visíveis, rapidamente compreendidas. Lamentavelmente isto não acontece no Porto, e por isso se eu mandasse no Metro organizaria uma task force que se ocuparia de propor medidas tendentes a acabar com esta situação amadora, que não prestigia nem a empresa nem os próprios portuenses.
A outra rectificação que entendo que deveria ser feita, diz respeito ao bem-estar dos passageiros que aguardam nas estações. Uma vez que grande parte destas é a céu-aberto, não se compreende que sejamos obrigados a arrostar com a inclemência do tempo, sobretudo com a chuva. A obra até agora executada custou vários milhares de milhões de euros. O custo adicional para cobrir a totalidade das plataformas, seriam meros trocos. Então porque não se fez? Não vejo razão plausível, o que desde logo atira para a única explicação possível: lamentável falta de consideração pelos passageiros.
Não posso nem quero esquecer que o metro é uma obra notável que foi feita com uma eficiência invulgar em Portugal. Justiça tem que ser feita, mas essa constatação ainda torna menos aceitável que detalhes como os que mencionei tenham sido cometidos e, sobretudo, que não tenham sido posteriormente identificados e devidamente corrigidos.
Três simples interrogações
Você vive num país onde ainda nenhum governo foi capaz de desempenhar com competência as suas funções e que, ainda assim, premeia com reformas milionárias os respectivos responsáveis pela crise actual? Se vive, tenha calma, e seja optimista! Já sabe: uma das normas pragmáticas da Democracia, é saber comer e calar e ... saber ser optimista.
Você vive num país cuja acção governativa, mais do que incompetente, é um verdadeiro caso de polícia? Não desanime, pode ser que outros criminosos, os pilhas-galinhas, se lembrem de atacar os seus congéneres do topo da pirâmide contribuindo assim para desinfectar a corrupção instalada.
Você acha que o país é uma aberração? E daí? Não foi o Almirante Pinheiro de Azevedo que disse que o povo era sereno? Não só era, como ainda é. Além de que as aberrações governativas, são próprias dos povos serenos.
Ao menos na Grécia a população já começou a dar uns ares da sua graça... apesar da «almofada» da União Europeia.
Morreu Pôncio Monteiro
Pôncio Monteiro, histórico adepto do FC Porto e membro do Conselho Superior portista, faleceu esta manhã com 70 anos.
Pôncio Monteiro deu entrada no dia 17 deste mês no Hospital de Santo António com um quadro clínico de AVC hemorrágico.
O comentador desportivo esteve quatro dias nos cuidados intensivos da unidade de saúde em coma profundo, acabando por falecer esta manhã.
Em 2006, o ex-dirigente portista já tinha sofrido um aneurisma cerebral, que superou após uma intervenção cirúrgica e várias semanas de internamento.
Pôncio Monteiro era comentador do programa "Prolongamento" no TVI24.
[Fonte: Jornal Económico]
Obs:
Como é meu dever, enquanto portuense e portista, apresento aqui as minhas sinceras condolências à família do ex-dirigente do FCPorto.
20 dezembro, 2010
Fim da Linha de Leixões gera revolta
Guilherme Pinto promete usar "todos os meios para inverter" a decisão da CP
Os autarcas abrangidos pela Linha de Leixões estão "indignados" e "revoltados" com a suspensão daquele serviço da CP. Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, fala em "prepotência" e promete "usar todos os meios para inverter a situação".
É o rosto da revolta dos três municípios abrangidos pela Linha de Leixões:Matosinhos, Maia e Valongo. Farto de não ser atendido pelo presidente da Refer, a quem quer pedir explicações pelo incumprimento de um protocolo celebrado em 2009, Guilherme Pinto acusa-o de "assumir uma atitude autista de falta de diálogo" e de "prepotência".
"Nem sequer tem tempo para atender o telefone. No mínimo, é alguém que não sabe as regras de cortesia", ataca o presidente da Câmara de Matosinhos.
Em causa, um dos argumentos da CP para a suspensão, no próximo ano, da Linha de Leixões, que liga Leça do Balio (Matosinhos) a Ermeside (Valongo):"não ter sido dada sequência" ao projecto de modernização que previa a construção das estações de S. João e de Arroteia.
"O presidente da Refer acertou um protocolo que nem sequer cumpriu", ataca Guilherme Pinto, lamentando não ter sido informado da decisão da CP.
"Estou profundamente indignado. A Câmara vai usar todos os meios para inverter esta situação", assegura o autarca. Bragança Fernandes partilha a indignação. "É uma vergonha e uma falta de respeito pelas populações", sustenta o presidente da Câmara da Maia, atribuindo o fracasso da Linha de Leixões (que transporta uma média de três utentes por viagem) à falta de planeamento do Governo.
"Se tivessem feito as estações de Águas Santas e de Pedrouços os comboios andavam cheios. Mas tomaram-se medidas eleitoralistas sem se fazer o correcto planeamento dos dinheiros públicos. É uma vergonha! Estou sentido e revoltado com a falta de planeamento deste Governo", acrescenta o autarca social-democrata.
Por sua vez, o presidente da Junta de Rio Tinto que, há um mês exigia, ao lado de Bragança Fernandes, um reforço do investimento na Linha de Leixões, diz-se "desiludido". "Espero, para bem das populações, que ainda se possa chegar a um acordo", afirma Marco Martins, reiterando uma proposta avançada há um ano: a abertura do troço Contumil-São Gemil ao transporte de passageiros.
Já a Câmara de Valongo compreende a decisão da CP assente precisamente "as taxas de ocupação muitíssimo baixas", além do incumprimento do protocolo com a Câmara de Matosinhos.
"Quando a linha foi anunciada, criamos alguma expectativa, sobretudo pela ligação ao Hospital de S. João. A partir do momento que essa ligação não se concretiza, a utilidade da linha fica posta em causa. É melhor então estancar o problema", admite o vice-presidente da Câmara de Valongo, João Paulo Baltazar, concordando, porém, que se trata de "um projecto onde do dinheiro foi mal gasto".
[Fonte: JN]
19 dezembro, 2010
Quem é irracional?
Se tivesse de optar pela capacidade de regeneração entre lutadores e espectadores, apostava de caras nos primeiros, sem dúvida os menos selvagens.
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