11 fevereiro, 2017

Se a equipa B é isto, que futuro reservará a principal?


Acabei de assistir ao jogo entre a equipa B do FCPorto e o Freamunde, e não posso deixar de dizer o que me vai na mente. O FCPorto perdeu e pela forma como jogou, mereceu inteiramente a derrota. Neste caso, não podemos queixar-nos da influência negativa do árbitro, porque nem se deu por ele, esteve muito bem. Por outras palavras, esta equipa tem tudo menos Porto. Não tem velocidade, não tem garra, sentido de oportunidade, nem capacidade de remate. 

Pelos vistos, nem Folha parece ter pulso para acabar com os vícios de certos meninos-bem da equipa que, em vez de transmitirem alegria e gosto por jogarem no FCPorto, parecem estar a fazer um grande frete à plebe. Mal começou o jogo, logo sentimos as dificuldades que nos esperavam, tal foi a previsibilidade que mostraram. Jogo, lento, de bola para o lado e para trás, ao estilo daquilo que estamos fartos de ver. Estilo esse, altamente gratificante para os adversários, dos mais fortes aos mais banais, que têm todo o tempo do mundo para montar o autocarro com marcações a toda a largura do terreno, avançando ou recuando consoante o ritmo do FCPorto.

Foi assim, com esta tranquilidade que o Freamunde saiu do Olival, retirando merecidamente, diga-se, 3 pontos ao clube da casa, sem ter de queimar os neurónios a inventar outras estratégias. Bastou colocar a barreira para bloquear o ataque indolente do FCPorto, e contar com a sua falta de ideias, agressividade e lentidão. Já não é a primeira vez que isto acontece. Os métodos da B parecem uma fotocópia da principal. Falta de profundidade e posse de bola estéril. Não gosto mesmo nada deste tipo de futebol, e até acho um atentado à reputação da modalidade considerá-lo como tal. Sou um portista atípico, tenho o grande defeito, que é gostar do FCPorto com particular vaidade, quando é capaz de associar às victórias, a qualidade. Assumindo o risco de me repetir, porque continuo a constatar estes factos, os jogadores portugueses são muito fracos a chutar à baliza. Não se compreende que jovens adultos com estatura mediana-alta, alguns acima do 1,80m e aparentemente bem constituídos, revelem tão frágeis argumentos físicos e técnicos.

Decididamente, o FCPorto só tem uma modalidade onde a palavra "garra" não é simples oratória: o Andebol. Que todas as outras, lhe sigam o exemplo, é o que mais desejo. Por ainda não estar convencido que a equipa de futebol já assimilou bem essa mística, decidi não ver o jogo de esta noite contra o  V.Guimarães. Tenho de olhar pela minha saúde. Que sofra por mim Pinto da Costa, que tem outras coisas bem mais substanciais com que se compensar...

PS-Se os comentadores do Porto Canal, nomeadamente Cândido Costa, acham que por avaliarem sempre pela positiva a equipa do FCPorto, mesmo quando ela joga mal, fazem crítica construtiva, estão redondamente enganados. A isso, chama-se viciar os dados, ou talvez, como dizem os brasileiros, puxa-saquismo à entidade patronal.

10 fevereiro, 2017

E vai mais um tri para a cidade do Porto!

A cidade do Porto foi eleita, pela terceira vez, melhor destino europeu, indicou esta sexta-feira a página da internet desta iniciativa – ‘European Best Destinations’, apontando que “nunca a votação foi tão unânime”.
Porto à Noite
“Com os votos dos viajantes mundiais de 174 países, o Porto ganha este título europeu pela terceira vez (2012, 2014, 2017). Viajantes dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Dinamarca, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Irlanda e Canadá votaram o Porto no primeiro lugar nesta competição”, lê-se na informação colocada no site da iniciativa.
Já a Câmara do Porto, liderada pelo independente Rui Moreira, destaca também no seu portal online que esta distinção “atesta o potencial e atratividade da cidade, não só para os portuenses, mas também para os portugueses e para os turistas provenientes de todo o mundo”.
A autarquia aponta que “de acordo com os dados já divulgados pela organização do concurso, o Porto seria vencedor mesmo só com os votos registados fora do território nacional”.
Em segundo e terceiro lugar ficaram, respetivamente, as cidades de Milão (Itália) e Gdansk (Polónia).
Entre as 20 cidades finalistas encontravam-se, além das citadas, Porto, Viena (Áustria), Berlim (Alemanha), Atenas (Grécia), Londres (Inglaterra), Bruxelas (Bélgica), Praga (República Checa), Basileia (Suíça), Stari Grad (Croácia) e Wild Taiga (Finlândia), Sozopol (Bulgária), Roterdão e Amesterdão (Holanda), Roma (Itália), Paris e Bonifacio (França), San Sebastian e Madrid (Espanha).
A votação decorreu desde 20 de janeiro até esta sexta-feira.

Na mão dos gigantes

David Pontes
Elas andam por aí. São fortes, são grandes, têm imensos recursos, uma miríade de ligações e poucos são os que lhes conseguem fazer frente. Em países pequenos como o nosso, acabam por estabelecer-se com a inevitabilidade das leis da natureza, nem que seja para a destruir. Falo das grandes empresas, nomeadamente das que estão no negócio de bens essenciais como a energia ou as telecomunicações.

A Portugal Telecom conseguiu fazer com o processo da TDT o que muito bem quis, para sacrifício dos consumidores, com a concordância do Governo da altura e anuência do regulador. As petrolíferas há muito que mantêm uma estranha sintonia nos preços da gasolina e só muito recentemente vimos a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) começar a agir mas em outra frente, ao multar a Galp Power em 500 mil euros por violação das regras de atribuição das tarifas sociais e do Apoio Extraordinário ao Consumidor de Energia.

Este é o sinal que se saúda, até porque a ERSE, também no âmbito da aplicação da tarifa social, multou, já em 2015, a EDP com a coima recorde de 7,5 milhões de euros, só que a empresa recorreu, desconhecendo-se, de momento, o resultado final. Esta semana, soubemos também que a mesma empresa, mas em Espanha, foi multada pela Comissão dos Mercados e da Concorrência em 900 mil euros, por "infração grave" dos direitos dos consumidores, ao ter penalizado um cliente que trocou de operadora.

São sinais positivos, mas ainda há muito para fazer para conseguir um maior equilíbrio entre os consumidores e as empresas, entre o Estado que tem a obrigação de defender o bem público e as empresas que buscam o lucro.

Por isso, quando uma empresa, no caso a Iberdrola, avança com a construção de três barragens para o Tâmega, nós, que já vimos desaparecer o Tua dentro do mesmo Plano Nacional de Barragens, temos de fazer soar as campainhas de alarme. Pode ser que a contestação já venha tarde, como afirmou o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, mas o direito a defender a natureza não caduca só porque em tempos houve governos que preferiram uns milhões à frente e abriram portas a toda esta fúria construtora. Nem caduca esse direito, nem fica estabelecido o direito de nos tratar como burros, quando se anuncia a criação de 13 mil postos trabalho, que só existirão para a construção, ou se apresentam números de produção energética, não explicando que muita energia vai servir para bombar água para a própria barragem. Como se percebe, ainda há muito a fazer para não ficarmos nas mãos dos gigantes.

SUBDIRETOR (do JN)

Nota de RoP:

Reagir energicamente aos abusos destas empresas, é o nosso dever de cidadãos emancipados. Não temos o poder que devíamos numa democracia idónea, mas temos o poder da nossa própria vontade, que já é alguma coisa. 

O que nunca por nunca devemos fazer, é abdicar desse direito, ou calar, sempre que tivermos motivos para isso.




09 fevereiro, 2017

Viva o Andebol do FCPorto!




Este plantel fantástico e este treinador à Porto, jogam a modalidade
(Andebol) que mais orgulho me tem transmitido esta época. Há muita qualidade, muita alma e força!Só não ganham o campeontato se houver um tsunami, ou arbitragens á moda de Lisboa...


http://www.ojogo.pt/modalidades/andebol/noticias/interior/o-festejo-euforico-do-fc-porto-apos-a-vitoria-sobre-o-sporting-5657067.html

08 fevereiro, 2017

Era bem feito que a traição da TAP matasse a geringonça!


Resultado de imagem para TAP
Por mais que procure habituar-me às cambalhotas dos políticos, não consigo. Depois, dizem que nós só sabemos descobrir-lhes os defeitos, que não avaliámos devidamente o seu trabalho em prol do povo... Grandes cínicos!

Ainda nem decorreram 2 anos do início do mandato de António Costa (26/11/2015), e já começam os tiros nos pés do costume. A solução inédita da geringonça e os surpreendentes resultados positivos de uma coligação aparentemente improvável parecem ter cansado o primeiro ministro. É sempre assim, em Portugal os governantes cansam-se de fazer as coisas correctamente. Preferem tomar decisões sectárias, injustas e anti-democráticas, a optar por soluções embuídas de seriedade e verdadeiro patriotismo.

O que o governo de António Costa está a deixar acontecer com a TAP e a permitir aos companheiros privados da parceria, é digno de tudo, menos de um estadista afirmativo. É inaceitável, impróprio de um governante com noção sólida dos poderes e responsabilidades que lhe cabem. Esta aberração de desviar rotas do aeroporto Sá Carneiro para a cidade de Vigo com preços vantajosos para os espanhóis, além de vexante e discriminatória para as gentes do Norte do país, é uma verdadeira traição aos eleitores locais, e uma falta despudorada de respeito para com os cidadãos em geral. Volta a provar que o centralismo é para continuar.

É mais um, entre muitos péssimos exemplos, a dar-me razão, e a todos os abstencionistas que, como eu, deixaram de votar, precisamente por se terem cansado de votar nestes troca-tintas. Depois, berrem que quem não vota por estas razões, é que tem responsabilidades pela falta de honestidade dos políticos. Comprometam-se previamente com garantias, como as que os bancos exigem para nos financiarem. Votar inspirados em lindos discursos e boas promessas é, hoje em dia, passar atestados de menoridade aos eleitores. Respeitem-nos, e trabalhem para quem vos elege, se querem mama.

Palpita-me, que a decisão tardia de avançar com a construção das duas linhas do Metro do Porto, poderá muito bem estar a servir de paliativo à traição da TAP, e sobretudo do Governo, o que só vem acentuar a sua falta de integridade. Se esta decisão não fôr atempadamente vetada, é bem possível que a geringonça tenha os dias contados.

O PSD e o CDS agradecem, e eu, só não aplaudo, porque sei que são todos iguais. Malditos políticos!

E o melhor Edifício do Ano é...o Terminal de Cruzeiros de Leixões

Arquitetura portuguesa segue em alta ao vencer dois dos prémios internacionais do prestigiado site ArchDaily. O Terminal de de Cruzeiros de Leixões venceu na categoria de melhor edifício público e a Casa Cabo de Vila, em Bitarães, Paredes, na categoria 'Casas'.
Terminal de Cruzeiros de Leixões

O site de arquitetura mais visitado do mundo anunciou, esta terça-feira, a lista de 16 edifícios mais belos do de 2017, escolhidos em função dos votos de mais de 75 mil pessoas em todo o ano. Entre os três mil edifícios selecionados, o belo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, da autoria do do arquiteto Luís Pedro Silva, venceu na categoria de melhor 'Edifício Público', prémio que se junta às distinções de 'Melhor Porto do Ano', da Seatrade Awards 2015, o tributo da 'AZAwards', prestigiada competição canadiana que todos os anos elege o que de melhor se faz no mundo ao nível da arquitetura e design, ou a classificação como 'Melhor Projeto Público da Revista Construir.

Para Emílio Brògueira Dias, presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), a reconhecimento do branco Terminal de linhas em espiral, construído a 700 metros da costa, em Matosinhos, vem contribuir “sem dúvida, para a projeção do Porto de Leixões e para a Área Metropolitana do Porto a nível mundial”.

06 fevereiro, 2017

FCPorto, um enigma a decifrar no fim do campeonato

Garra e união, é a grande virtude desta equipa do FCPorto

Fiquei, como é natural, agradado com os três pontos conquistados pelo FCPorto ao Sporting. É muito importante, neste momento, acumular pontos para não deixar outra vez descolar o Benfica e manter a diferença mínima, de forma a deixar o adversário sempre sob pressão. Com esta victória, afastamo-nos mais 3 pontos de um habitual candidato ao título, um rival de qualidade, igual, ou mesmo superior (por que não dizê-lo) ao actual primeiro classificado, podendo assim continuar a alimentar esperanças legítimas para lutar pelo campeonato até ao fim.

A par do resultado do jogo, valeu a entrega dos jogadores em toda a primeira parte, com destaque para os golos e a exibição surpreendente do estreante Soares, e para as soberbas defesas de Casillas, responsáveis pela manutenção da victória. Já não gostei nada da reacção tardia de Nuno Espírito Santo ao domínio do Sporting em toda a segunda parte, que precisou de sofrer um golo para mexer na equipa. 

Talvez seja esta flutuação repetida de métodos e comportamentos, que não inspira confiança a muitos adeptos. E isto, contraria o falso paradigma conhecido por treinadores de bancada, até porque não deve haver na Europa temática mais conhecida e entendida pelo povo, que o futebol. Até os espectadores intelectualmente mais ineptos, acabam por perceber de futebol, quanto mais não seja pelos muitos anos que passam a acompanhá-lo. Deixemo-nos de tangas proteccionistas, porque, tal como para se ser sério é importante parecê-lo, a competência também se revela frequentemente nas aparencias. 

A juventude do plantel não pode justificar sempre a lentidão do seu crescimento. Além disso, não estamos a falar propriamente de adolescentes, mas sim de rapazes com idade maior e já barbados com obrigação de assimilarem as recomendações do técnico rapidamente. Nuno, deve mesmo desafiá-los, motivá-los e responsabilizá-los no processo de crescimento, e sempre com um elevado grau de exigência. Mas também deve ensinar-lhes o que eles ainda não sabem e corrigir-lhes o que ainda fazem menos bem. Há aspectos que demoram a ser melhorados.

A apetência e o sentimento de medo pelo remate, por exemplo, já deviam estar resolvidos. Ainda há jogadores que preferem delegar noutros essa responsabilidade. Não duvido que isto seja relativamente simples de resolver, só falta é incutir-lhes essa confiança. Para isso existem os treinos à porta fechada e muita persistência. Aliás, nem se percebe por que outras razões hão-de ser sempre os treinos secretos (salvo, antes dos jogos). Ainda não se instalou no grupo a rotina de pressionar os adversários, nem tão pouco a gestão da posse e troca de bola em momentos de vantagem no marcador. Todos estes aspectos levam o seu tempo, só que não pode estender-se ad aeternum sem que a evolução se torne evidente.

Há jovens jogadores da equipa B do FCPorto que podem vingar na principal, e outros que tendo também essa possibilidade nem sempre acrescentam aquele must que o prenunciem claramente. Fala-se no talento de João Graça como medio de construção, e é verdade, mas pessoalmente acho que lhe falta fibra para se afirmar como marca "à Porto", porque frequentemente desaparece do jogo.  Vejo no brasileiro Galeno muito potencial e vontade de crescer. É rápido, tecnicamente evoluído e bom rematador. Mais recuado, temos o Inácio (também brasileiro), com boa técnica e com características ofensivas muito promissoras. Depois, temos os portugueses Diogo Dalot, Verdasca, Areias, Rui Pires e todos os outros que neste grau máximo da formação já deviam ter outra capacidade para abordar a bola na hora do remate, mais espontânea e destemida.

Não se entende - apesar da juventude - que ainda manifestem tanta parcimónia a chutar à baliza. Continua a perder-se muito tempo (e oportunidades) para surpreender os defesas, aflorando com toques e mais toques a bola até se decidirem a chutar. Neste patamar de formação já deviam ter estes hábitos mais padronizados, e a isto não pode estar alheia a nossa eterna dificuldade em marcar golos (mesmo a nível nacional). É preciso fazê-los crescer precocemente, ou seja, transmitir-lhes as manhas (boas) dos mais adultos, o sentido de oportunidade, antes da experiência que advém do tempo. A isso, chama-se jogar por antecipação, evoluir antes dos outros. Quem pensar que isto é contra-natura, engana-se. É assim que se faz a diferença.

Não sou treinador, nem de bancada, nem de computador. Apenas penso à minha maneira. Tão só. E gosto muitoooo! de (bom) futebol...