11 outubro, 2008

Gato por lebre

«Algum tempo após a publicação do meu trabalho acima referido, tive conhecimento que o percurso espanhol entre Madrid e Badajoz, passando por Talavera, Cáceres e Mérida (actualmente com a extensão de 461 Km) deverá ficar mais comprido do que eu previa rondando, agora, os 430 Km; o que vem confirmar a ideia que os espanhóis não estão interessados na muito alta Velocidade, contentando-se - e bem - com a velocidade Elevada e que a Ministra do Fomento chamou de "altas prestaciones" para contento dos pacóvios de cá e de lá.»

Henrique Oliveira e Sá confirma neste texto, mais uma vez, aquilo que eu aqui já tinha alertado. Este facto vem tornar ainda mais imprescindível a ligação Porto-Braga-Vigo. Será a única via de ligação minimamente competitiva à rede ferroviária transeuropeia que restará a esta região.

António Alves

10 outubro, 2008

Calcanhoto canta Mário Sá Carneiro

Adriana Calcanhoto-Devolva-me

Frases de ontem, e de hoje...

FRASES DE ONTEM
(Coluna do Público)
«A pátria discute empenhadamente o fim do capitalismo»
(Francisco José Viegas/CM)
"Frases de hoje" do RoP: a pátria, ou as pátrias?
«Seja entre um copo de três, uma cerveja ou um champanhe, os portugueses maldizem so seus políticos (...) e resumem-nos a um 'governam-se'»
(Paula Teixeira da Cruz/CM)
"Frases de hoje" do RoP: e você, PTC, maldiz os políticos, entre o quê? Um copo de três?
«A crise financeira actual que o Mundo vive já fez perceber que todos estamos metidos num beco. O problema é convencer as gentes que não estamos dentro de um beco sem saída»
(Paquete de Oliveira/JN)
"Frases de hoje" do RoP: mas, ó Sr.Paquete, acha que é mesmo preciso convencer "as gentes"?
«Acabou-se o fundamentalismo do mercado. Agora abram as portas, acomodem-se,pacifiquem-se: vem aí o Estado, vem aí a 'mão o visível'»
(Pedro Lomba/DN)
Frases de hoje do RoP : acabou-se, mesmo?
«O neoliberalismo - e a 'terceira via', como se chama em Londres e não só - morreu sem glória. Não foi a vitória do socialismo, como alguns dizem, com ironia. Mas se for a vitória da esquerda americana - e de Barack Obama - já é muito bom.»
(Mário Soares/Visão)
Frases de hoje do RoP: ó "sê Doutor", é melhor não ter pressa de chegar ao funeral...

Ó Vasco, e você, acreditava?


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09 outubro, 2008

Ainda que mal recorde, o "Apito Encarnado", pifou?



Alguém sabe dizer em que pé, ou melhor, em que mâo(s) é que ficou a investigação da PGR em relação a esta denúncia noticiada na SIC? Da Procuradoria, até hoje, não se ouviu nem leu nada. Para quem pretende lutar pela ética desportiva e contra a corrupção, não se pode dizer que esteja a ser muito convincente na isenção e no rigor...

O "arco do poder"


O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou finalmente por que assobiou para o lado no caso dos voos da CIA que terão feito escala em território nacional. "Seria totalmente irresponsável o actual Governo ter levantado a questão quando em causa estava o próprio presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que à data era primeiro-ministro português", afirmou anteontem.
Luís Amado tem toda a razão. Durão, provisoriamente rebaptizado de José Manuel Barroso, deve ser poupado a incómodos. É o ponta-de-lança luso na União Europeia e nós enchemo-nos sempre de orgulho quando vemos um emigrante singrar na vida. Reabrir feridas antigas seria um tiro no pé. Tão grave como desenterrar as aventuras nocturnas de Cristiano Ronaldo, outro emigrante de sucesso, em terras de Sua Majestade - para usar o jargão do jornalismo desportivo.
Não é apenas uma questão de elegância o que está em causa, não senhor. Assegura Luís Amado que em política externa se conserva uma "tradição de consenso entre os vários partidos do arco do poder". Algo traduzível nestes termos: em casa andamos todos às turras, mas mal pomos o pé na rua eliminamos quaisquer vestígios de violência doméstica e até damos as mãos, assim exibindo uma união de que há-de brotar força. Faz sentido esse consenso nas opções de fundo, que não podem flutuar nas ondas da circunstância. Na política de alianças ou na integração em espaços plurinacionais, como a União Europeia. No entanto, não há "consenso" que possa servir de justificação para impedir o esclarecimento cabal de casos como o dos voos da CIA, que manifestamente não se circunscreve ao campo da política externa.
Como cidadãos, assiste-nos o direito de saber se o Governo teve conhecimento da passagem pela base das Lajes de pelo menos um voo de Guantanamo para o Cairo, com um prisioneiro a bordo, como revela um relatório do Ministério da Defesa espanhol que acaba de ser divulgado. Temos o direito de saber se o Governo autorizou - e em que condições - o trânsito de aviões da CIA ou se as operações ocorreram à sua revelia.
Luís Amado, que se irrita sempre que o assunto volta à baila, entende que isso é dispensável. O melhor mesmo é deixar correr o marfim de "uma investigação em curso". Não determinou a realização de um inquérito (ao contrário do Governo de José Luís Zapatero, que também prezará o "arco do poder") porque respeita uma espécie de "pacto de não-agressão". Seria "feio" - palavra de ministro - escarafunchar o Executivo de Durão em busca de indícios de colaboração no esquema que, garante Amado a pés juntos, não existem de todo.
(Paulo Martins/JN)

08 outubro, 2008

Cuidado com a Zon Tv Cabo!

Se a blogosfera serve para discutir a coisa pública, também tem de servir para discutir a privada, desde que, naturalmente, esta tenha alguma interligação com a primeira. E, quem diz privada, diz empresas privadas. É o caso.
O assunto que, aqui e agora, faço questão de denunciar, é pessoal e prende-se com o (péssimo) serviço de uma empresa privada operadora de televisão, chamada TVTel que era para ser "do Norte e para o Norte", e agora já não é, por não ter resistido às garras (ao pilim) da TvCabo (a 17 de Janeiro de 2008, a TV Cabo anunciou a compra, em conjunto com a CGD, da TVTEL.).
Nunca tive boa impressão da TVCabo. Fui seu cliente, assim que apareceu no mercado, e desde cedo me dei conta de alguns abusos que agora não vêm ao caso. Daí que, quando apareceu a TvTel, uma operadora que começou por vender a sua imagem apregoando aos sete ventos a sua identificação regional, bláblá, não hesitei em deixar a TvCabo e aderir à TVTel, pensando que com a alteração estaria a dar o meu modesto contributo para ajudar a "causa nortenha". Tretas, na primeira oportunidade, baldaram-se para o Norte e para o Porto, e venderam-se, como prostitutas (à TV Cabo) ! Vá lá, esqueçam a minha ingenuidade por momentos e leiam o que segue.
Há coisa de três mêses, recebi uma factura da TvTel acumulada de duas mensalidades, por ter a anterior supostamente atrasada na liquidação. Como, efectivamente, não tinha qualquer factura em atraso, decidi deslocar-me pessoalmente às instalações da empresa para esclarecer o assunto. Como era de esperar, a funcionária que me atendeu não encontrou nenhuma dívida em atraso e, na impossibilidade de resolver o assunto na hora, disse-me que iria indagar junto dos CTT (onde paguei a factura) para a eventualidade de qualquer falha daquela empresa. No mês seguinte, a cena repetiu-se, e lá fui eu - já pouco disponível para simpatias - outra vez aos escritórios colocar os pontos nos is. Foi outra a colaboradora que me atendeu, por isso lá tive de contar a historinha toda outra vez. Levei o dossier com todas as facturas para melhor esclarecer aquela gente.
"O senhor fique tranquilo, que o assunto desta vez será resolvido", disse-me a menina. Pois... No mês seguinte a gracinha repete-se. Enviei mails, cartas simples, cartas registadas com e sem A/R, tudo, para explicar tintim por tintim àquela massa de incompetentes o que se estava a passar e (como compreenderão) toda a minha indignação por andarem a brincar com o meu tempo, dinheiro e com a minha disposição.
Como nós, consumidores, para estas exemplares "empresas", pura e simplesmente não existimos enquanto pessoas (somos meros números), nem sequer se deram ao "incómodo" de me telefonarem ou escreverem uma simples carta. Nada! Até que, farto desta incompetência maçadora, decidi enviar uma carta c/ aviso de recepção a cancelar o meu contrato.
Não é que, há pouco, me aparece em casa um fulano com o recibo na mão e alicate em riste à laia de "ou pagas ou desligo-te a Cabo". Perante este quadro, não resisti a perguntar-lhe: o senhor por acaso esqueceu-se de trazer a pistola? Bem, gerou-se um mau clima que a calma e o bom senso souberam ultrapassar. Lá tive de explicar ao homem tudo o que tinha sucedido e de lhe lembrar que fui eu quem dera ordem para me cortarem a cabo, porque já não estava interessado nos seus serviços! Perante o exposto, o sujeito pediu-me educadamente desculpa e lá foi cortar a ligação.
Resumindo: cuidado com a não concorrência! Estes senhores da TVCabo, no início, quando não tinham quem lhes fizesse concurso, passavam o tempo a alterar os preçarios (para mais caro, claro). Depois, baixaram um pouco a bola, com o aparecimento de competidores no mercado, agora, como engoliram a TVTel, lá voltam eles aos velhos hábitos.
Moral da história: por onde quer que passe ou vá, direi o pior possível da Zon Tv Cabo! A bem da nação!

Outra vez, olhar pela vidinha "à la portugaise"


Clicar para ler sem falhar uma vírgula. É preciso.

Nova directora do DIAP do Porto escolhida por unanimidade

08.10.2008, Mariana Oliveira
A procuradora-geral adjunta Maria do Céu Beato Oliveira de Sousa será a próxima responsável pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto. A decisão foi tomada ontem pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), que escolheu a magistrada por unanimidade, depois de a decisão ter sido várias vezes adiada.
Este foi o único nome apresentado pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, ao CSMP, com a informação de que a nomeação contava com o apoio do procurador-geral distrital do Porto, Pinto Nogueira. A magistrada de 53 anos nasceu em Tondela, tendo feito a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ingressou no Centro de Estudos Judiciários em 1980, tendo começado a carreira como delegada do Ministério Público, cargo equivalente a procuradora--adjunta, em Vale de Cambra. Neste momento, a procuradora estava a trabalhar no Tribunal de Relação de Évora, para onde foi depois de ter sido promovida, no ano passado, a procuradora-geral ajunta.
Durante grande parte da sua carreira, contudo, prestou serviço nas Varas Cíveis do Porto. Em 1994, a magistrada já tinha estado em Évora, na altura em que foi promovida a procuradora da República. Regressou passado dois anos ao círculo judicial do Porto. Maria do Céu Beato irá substituir Hortênsia Calçada, que estava à frente do DIAP do Porto desde 2000. Hortênsia Calçada vai agora para o Tribunal da Relação do Porto.
A sucessora de Hortênsia Calçada não vai ter um início de mandato fácil, já que estão ainda bem vivas as clivagens entre Pinto Monteiro e os magistrados do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto. Em causa estão os danos causados pelos inquéritos do Apito Dourado e da violência na noite do Porto. Nas duas investigações foram criadas equipas especiais, ambas coordenadas por procuradoras de Lisboa. Os escassos meios afectos aos inquéritos nos últimos tempos contrastaram, por vezes, com os que existiam inicialmente, o que agudizou o mal-estar.
(Mariana Oliveira/Público)
Comentário RoP:
Estas unanimidades da PGR mais parecem unanimismos, e fazem lembrar os "interessantíssimos" princípios que orientam as nomeações de árbitros da Liga de Futebol. Por outras palavras, é assim: se o árbitro fôr de Lisboa, ou pelo menos, não fôr do Porto - e principalmente, se não fôr simpatizante do FCPorto -, tudo bem, a isenção está garantida, caso contrário, as nomeações merecem todas as suspeitas imaginárias.
Não é por nada, mas quase que juraria que esta senhora «não tem clube de eleição» ou não gosta de futebol...

07 outubro, 2008

Avenida da Boavista - símbolo do passado e símbolo do presente

Rui Rio diz que não sabe o que há de fazer à avenida da Boavista, o que não me espanta vindo de alguém que na realidade não sabe o que há de fazer ao Porto, o que possivelmente explica que não tenha feito nada. O facto é que a av.da Boavista é uma das muitas chagas que atormentam o Porto. Considero-a a artéria mais importante da nossa cidade, se é que é possível uma classificação que ordene a importância das ruas e avenidas da cidade. O seu estado tem zonas deploráveis e dizer que são uma vergonha urbana, é dizer pouco.

Além do mais é um insulto à memória de Gustavo Adolfo Gonçalves de Sousa. Este ilustre mas ignorado portuense, um dos mais notáveis engenheiros civis do seu tempo (sec.XIX) foi durante anos engenheiro-chefe da Junta de Obras do Município do Porto, e nessa qualidade projectou e dirigiu algumas obras que ainda hoje perduram no aspecto urbanístico da nossa cidade. São da sua responsabilidade ruas como Oliveira Monteiro, Gonçalo Cristóvão, Santos Pousada e, sobretudo, a avenida da Boavista. Confesso ignorar se é de sua responsabilidade a abertura total da avenida, mas pelo menos fez o mais difícil: idealizou esta notável artéria e deu o "pontapé de saída" incluindo a chamada Rotunda da Boavista. O presidente da câmara na altura merecia também ser recordado, mas infelizmente não sei quem era. Alguém saberá? Quando comparamos autarcas desse calibre com aquilo que agora temos...

Voltando à Boavista, é especialmente chocante o troço compreendido entre a rua 15 de Novembro e a zona do Bessa. É aí que é possível ver parte da faixa em asfalto e parte em paralelos, com a agravante desta última ostentar zonas sem carris dos eléctricos, outras com um só carril(!) e outras com dois carris!

Deste presidente já não espero nada, mas gostaria de pensar que o próximo seja alguém que conheça e ame suficientemente esta cidade de molde a pôr cobro a este espetáculo deprimente. Francamente, seria pedir demasiado que fosse dado um "banho" de asfalto no troço em questão, de forma a uniformizar o piso enquanto se espera por uma intervenção de fundo que, com metro ou sem ele, é indiscutivelmente necessária?

REGRESSO À QUASE* NORMALIDADE...

* O que falta para a total "normalidade" é:

consolidar o lugar na liderança e aumentar a distância para o 2º. classificado. Depois, fazer votos para que os indíces de ambição e auto-confiança de Jesualdo Ferreira subam também na «tabela»...

"Apitos/Câmara de M.Lisboa/Comunicação Social"

Há lugares comuns muito úteis, tanto ou mais, do que mil tratados de técnicas de marketing. Aquele que nos diz e garante, ser mais fácil apanharmos um mentiroso que um coxo deve ser dos mais propalados. E se o mentiroso nem sempre se manifesta em forma de pessoa, isso é irrelevante, já que por detrás de uma empresa ou instituição está sempre o dedo humano.
A comunicação social, antes de ser um serviço público, é um negócio. A convicção não é minha nem dos responsáveis directos da área de informação (a honestidade ainda não chega tão longe...), é em síntese, o resultado final de uma análise criteriosa dos cidadãos do que as práticas de comunicação deixam transparecer. Isto significa que, quando se trata de vender uma ideia ou produto, a comunicação social só não lhe deita a mão se tal puder tornar-se contrária aos seus inconfessáveis interesses.
Este, seria um momento chave para a Comunicação Social aproveitar para fazer um pouco de pedagogia e inverter a ideia que todos dela fazemos de ser mais um negócio do que um serviço público. Que enfim, desenvolvesse desde já, uma campanha longa e massiva de "moralização" cívica semelhante à que deu origem ao processo Apito Dourado agora com a corrupção e o compadrio que se verifica (há longos anos) na Câmara Municipal de Lisboa e a entrega descriminada de 3200 casas municipais a quem bem entendeu, por valores escandalosos. Mas, algo me diz que não o vai fazer. Algo me diz, que os media vão fazer jus à (má) fama de que gozam, de serem inclusivé parte do escândalo, mais que não seja, por omissão cumplíce. Sim, porque ninguém entenderá que se fique apenas pela divulgação da notícia quando estão envolvidas figuras políticas com altas responsabilidades e promova um festival de "informação" sem prazo de validade quando a dita corrupção aborda os clubes do futebol (do Norte!).
Para mim, que me fartei de escrever e tentar desmascarar toda a farsa à volta do Apito Dourado, nada disto foi surpresa, chamando a atenção para uma realidade muito mais vasta, que o fenómeno corrupção-versus-futebol, deixava transparecer. Sempre disse (sem nunca o aprovar) que aquelas histórias do futebol estavam algo inquinadas, que não passavam do retrato da sociedade portuguesa de há longos anos, e que eram, ao fim e ao cabo, o "fazer pela vidinha típico dos portugueses".
Este, sempre foi o país das "cunhas" e dos "compadrios", e a democracia não conseguiu exterminá-las, antes pelo contrário, tornou-as mais enraizadas, principalmente nos aparelhos político-partidários! Não é, pois, de espantar, que a reputação dos políticos seja o que é: miserável! Eles são os principais responsáveis, porque jamais quiseram constituir-se num bom paradigma para a sociedade, bem pelo contrário, ampliaram o expediente oportunista destes hábitos.
O que é de espantar sim, é a Comunicação Social «não» perceber a dimensão da imoralidade, e nunca ter procurado ir mais longe na investigação do fenómeno social de corrupção, contentando-se com o filão enganador dos Apitos Dourados e de aproveitarem a boleia para destruírem um corpo estranho ao processo, chamado Pinto da Costa.
Com o cenário do escândalo "Lisboagate" bem evidente, e para lá dos volumes indemnizatórios que o Estado possa ter de vir a pagar a Pinto da Costa, não me parece nada exagerado exigir que os representantes da Assembleia da República promovam uma homenagem especial a Pinto da Costa (tipo Apito Dourado invertido), para lhe pedirem publicamente perdão, e se tiverem coragem para tal, lhe lamberem os pés, de vergonha e arrependimento.

06 outubro, 2008

De: "e o pensamento voa"

Tão tarde agora
Está escuro lá fora...
Não sei bem por que,
De tudo e de todos
Fui lembrar de você...
neli araujo.
Bonito, não?

Só para «antiquados»




Um jardim para "diferentes"...in New York


Uma curiosidade - sem qualquer juízo de valor - captada pela máquina fotográfica na minha curta estadia em NY, em Junho passado: um jardim dedicado a homossexuais (e não só). As figuras brancas são estátuas sugestivas, as duas pessoas sentadas são dois "pombinhos," aparentemente, in love...
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SONDAGEM DA SEMANA

A pergunta da sondagem desta semana de "As Casas do Porto", é a seguinte:

ACHA BOA IDEIA EDIFICAR GRANDES HOTÉIS E CENTROS COMERCIAIS NO CENTRO DA CIDADE, ANTES DE REABILITAR AS RESIDÊNCIAS?

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SPORTING 1 - FCPORTO 2

Então e agora, estamos mais calmos ou quê?
Vamos lá dar os parabéns ao senhor Jesualdo e pedir-lhe apenas que continue a transmitir mais garra e mais futebol à equipa, como ontem, já mostrou.
Confirmou-se ontem, aquilo que, desde que o vi jogar pela 1ª vez concluí: estamos perante um jogador que vai ser uma referência no clube, não tarda muito: Tomás Costa!
De Bruno Alves, não fiquei surpreendido com o excelente jogo de ontem, fiquei sim, com o péssimo de Londres...

ÉTICAS BÍFIDAS

1. O escândalo da atribuição de casas camarárias em Lisboa ficará, como outros, sem consequências. Pelo desplante e insolência com que os poderosos respondem às perguntas incómodas, vê-se que está em curso mais um eficaz branqueamento. Até a vereadora, que se diz perseguida, esquecer ter sido eleita na lista do partido que governa e que, por acaso, restringiu o programa de apoio ao aluguer de casas para jovens e cidadãos de menores recursos. A cumplicidade, desta vez estende-se até à extrema esquerda. O Zorro do Bloco, que já se deixara de embargos e denúncias por troca de novos poderes e horizontes, abandonou agora a máscara de guardião do templo da moral. O PCP, que sempre finge nada ter com situações menos claras, e que por isso criticou o guião do último filme de A. Pedro Vasconcelos pela sua herética sugestão de que um autarca comunista poderia ser corruptível, tenta uma reclamação tímida e de circunstância, contra uma indecência com a qual foi conivente.
2. Felizmente, ainda há uns poucos que acreditam no argumento de honra, como muito bem escreveu Baptista Bastos a propósito de Eanes, recordando que ele reabilitou a integridade "num país onde certas pensões de reforma são pornográficas, e os vencimentos de gestores atingem o grau da afronta; onde os súbitos enriquecimentos configuram uma afronta e a ganância criou o seu próprio vocabulário - a recusa de Eanes orgulha aqueles que ainda acreditam no argumento da honra". Dias depois, denunciando o malvado neoliberalismo, esse arauto da ética lembrava que "a política, tal como é exercida em Portugal , abandonou a ideia de espírito de missão, e tornou-se num generosíssimo meio de se governar a vidinha", e que sente "uma profunda repulsa por esta gente. Falha de coragem, gananciosa e sem escrúpulos, diz umas coisas por dizer, removidas quaisquer ideias de progresso, isentas de padrões e de princípios".

3. Sabendo-se que esta prática teve início durante o Estado Novo, quando a Câmara de Lisboa já atribuía casas e ateliers aos artistas - alguns deles da oposição, o que era uma hipocrisia de dois gumes - não resisto a perguntar se este homem, que vive obcecado em saber onde cada um de nós estava no 25 de Abril, já então estaria à espera que lhe concedessem a casinha camarária de que, entretanto, beneficia.

4. Dentro da muralha da cidadela, a corte sempre viveu assim, acima da realidade, isenta de escrutínio, à margem das regras que impõe aos súbditos. Administra o poder pela generosidade interesseira, que aplaca as sedições dos fidalgotes e dobra a língua bifurcada dos que pregam a moral para consumo alheio: desses que propalam o que não fazem mas que nos intimam a fazer e que se governam à custa do erário público, defraudando os espoliados que dizem ou fingem defender.
5. Com o adensar da crise, é mais difícil silenciar os rumores. Agravam-se os augúrios, à medida que se descobrem novas e sucessivas purulências. Não sei se estes pantomineiros, que nos vigiam das ameias, serão capazes de conter, por muito tempo, o desengano, o desânimo e o verdadeiro e inquieto descontentamento que por aí grassa.

(Rui Moreira, in Público)
Meu Comentário:
Resulta deste clarividente artigo de Rui Moreira, aquilo que para mim é - desde há muito - a prioridade das prioridades: uma nova política para o controle político. Se nem a Constituição é respeitada, pergunto: que Lei, ou mecanismo, poderão servir aos cidadãos para se expurgarem destes oportunistas e pregadores da moral alheia?

05 outubro, 2008

Louis Armstrong-What a Wonderful World

MÁFIAS NOS PARTIDOS,SERÃO NOVIDADE?

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Desde que Portugal se constituiu numa democracia representativa - há 34 anos -, um dos piores vícios que os partidos políticos criaram e trataram de transmitir para a opinião pública, foi o de tornar nulas e ridículas as opiniões individuais dos militantes que cometam o "crime" de ir contra a corrente do aparelho partidário ou apenas contra parte dele.
Trata-se 'apenas'de uma das multiplas manifestações de desrespeito dos partidos políticos para com o eleitorado que é, como tinham o dever de saber, infinitamente maior e mais expressivo do que os cidadãos militantes. Esta "afronta" que Pedro Baptista" promoveu ao seu camarada Renato Sampaio pode vir a ser um desses casos. Quando P.B. fala em máfias no aparelho partidário, ninguém é capaz de duvidar que está a falar verdade, mas poucos têm a coragem de o admitir publicamente (sobretudo os colegas de partido). É a típica reacção dos domesticados pelo politicamente correcto e lembra a discriminação social também usada nas terminologias das acções reprovativas. Se for o Zé das Iscas a surripiar uma Caixa de Multibanco ninguém hesita em chamar-lhe ladrão, mas se se tratar de uma cópia de Vale e Azevedo (vigarista e superladrão de milhões) vão a Londres visitá-lo com a câmaras de Tv às costas para gabar o palácio em que vive. Ninguém ousa chamar-lhe aquilo que ele é, acima de tudo: um criminoso.
Muito estranha, esta atracção elitista pelas aparências...