05 outubro, 2008

MÁFIAS NOS PARTIDOS,SERÃO NOVIDADE?

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Desde que Portugal se constituiu numa democracia representativa - há 34 anos -, um dos piores vícios que os partidos políticos criaram e trataram de transmitir para a opinião pública, foi o de tornar nulas e ridículas as opiniões individuais dos militantes que cometam o "crime" de ir contra a corrente do aparelho partidário ou apenas contra parte dele.
Trata-se 'apenas'de uma das multiplas manifestações de desrespeito dos partidos políticos para com o eleitorado que é, como tinham o dever de saber, infinitamente maior e mais expressivo do que os cidadãos militantes. Esta "afronta" que Pedro Baptista" promoveu ao seu camarada Renato Sampaio pode vir a ser um desses casos. Quando P.B. fala em máfias no aparelho partidário, ninguém é capaz de duvidar que está a falar verdade, mas poucos têm a coragem de o admitir publicamente (sobretudo os colegas de partido). É a típica reacção dos domesticados pelo politicamente correcto e lembra a discriminação social também usada nas terminologias das acções reprovativas. Se for o Zé das Iscas a surripiar uma Caixa de Multibanco ninguém hesita em chamar-lhe ladrão, mas se se tratar de uma cópia de Vale e Azevedo (vigarista e superladrão de milhões) vão a Londres visitá-lo com a câmaras de Tv às costas para gabar o palácio em que vive. Ninguém ousa chamar-lhe aquilo que ele é, acima de tudo: um criminoso.
Muito estranha, esta atracção elitista pelas aparências...

2 comentários:

  1. Tem toda a razão.Em Portugal os partidos políticos comportam-se como sociedades secretas que,como o nome indica,são tudo menos transparentes.Pessoalmente não me orgulho da democracia que temos,e a generalidade dos portugueses também não,a julgar pela baixa cotação dos políticos que transparece em todos os inquéritos de opinião.Infelizmente não se nota da sua parte nenhum esforço para melhorar a prática democrática.

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  2. Eles perderam a cara, meu amigo.

    Eles não se preocupam com a imagem porque usam máscaras.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...