08.10.2008, Mariana Oliveira
A procuradora-geral adjunta Maria do Céu Beato Oliveira de Sousa será a próxima responsável pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto. A decisão foi tomada ontem pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), que escolheu a magistrada por unanimidade, depois de a decisão ter sido várias vezes adiada.
Este foi o único nome apresentado pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, ao CSMP, com a informação de que a nomeação contava com o apoio do procurador-geral distrital do Porto, Pinto Nogueira. A magistrada de 53 anos nasceu em Tondela, tendo feito a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ingressou no Centro de Estudos Judiciários em 1980, tendo começado a carreira como delegada do Ministério Público, cargo equivalente a procuradora--adjunta, em Vale de Cambra. Neste momento, a procuradora estava a trabalhar no Tribunal de Relação de Évora, para onde foi depois de ter sido promovida, no ano passado, a procuradora-geral ajunta.
Durante grande parte da sua carreira, contudo, prestou serviço nas Varas Cíveis do Porto. Em 1994, a magistrada já tinha estado em Évora, na altura em que foi promovida a procuradora da República. Regressou passado dois anos ao círculo judicial do Porto. Maria do Céu Beato irá substituir Hortênsia Calçada, que estava à frente do DIAP do Porto desde 2000. Hortênsia Calçada vai agora para o Tribunal da Relação do Porto.
A sucessora de Hortênsia Calçada não vai ter um início de mandato fácil, já que estão ainda bem vivas as clivagens entre Pinto Monteiro e os magistrados do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto. Em causa estão os danos causados pelos inquéritos do Apito Dourado e da violência na noite do Porto. Nas duas investigações foram criadas equipas especiais, ambas coordenadas por procuradoras de Lisboa. Os escassos meios afectos aos inquéritos nos últimos tempos contrastaram, por vezes, com os que existiam inicialmente, o que agudizou o mal-estar.
(Mariana Oliveira/Público)
Comentário RoP:
Estas unanimidades da PGR mais parecem unanimismos, e fazem lembrar os "interessantíssimos" princípios que orientam as nomeações de árbitros da Liga de Futebol. Por outras palavras, é assim: se o árbitro fôr de Lisboa, ou pelo menos, não fôr do Porto - e principalmente, se não fôr simpatizante do FCPorto -, tudo bem, a isenção está garantida, caso contrário, as nomeações merecem todas as suspeitas imaginárias.
Não é por nada, mas quase que juraria que esta senhora «não tem clube de eleição» ou não gosta de futebol...
Já agora, meu caro Senhor, deixe que lhe diga que aquelas equipas vindas de lisboa, vinham mandatadas para perseguir Pinto da Costa e o FCPorto. Assim que chegaram ao Porto, escolheram alguns agentes e ofereceram-lhes armas novas, computadores pessoais novos, fardas novas, tudo novo. Depois, não quiseram saber o que os agentes no terreno sabiam, disseram logo que não interessava e qual era o objectivo. Mais, desprezaram todo o trabalho já elaboarado durante meses e ... meteram água. Algumas rusgas sairam pela culatra (chegarm a efectuar uma rusga a uma discoteca que estava fechada nesse dia...). Resumindo. Os usurpadores lisboetas são uns miseráveis que dispõem do poder mas que não o têm. Apenas executam aquilo que lhes interessa, ou seja, defendem apenas os (podres) ideais lisboetas e centralistas. O objectivo final é o aniquilamento do nosso Nortenho Povo, aliás como já o conseguem ao transformar esta região numa das mais miseráveis da Europa. Claro que não o fazem isoladamente: acabam por contar com o apoio de uma corja de bajuladores nortenhos que só querem o seu cantinho do terreiro do paço. Até quando vamos aguentar isto?
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