01 março, 2018

Quando o dinheiro falta, que não falte a coragem


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Sou de convicções fortes. Tudo o que escrevo, mesmo quando estou completamente transtornado com a bandalhice que impera neste país, é suportado por factos, mesmo os que acabam na lavandaria dos mariolas. Há coisas que são tão óbvias, tão reais, tão estupidamente evidentes que nem o melhor dos advogados é capaz de as desmentir convictamente. 

É por serem fortes essas convicções que desafiava qualquer político, do 1º. Ministro ao Presidente da República, a provarem-me, sem recorrerem à ardileza que os caracteriza, que quando digo ser uma mentira afirmar que Portugal é um regime democrático, sou eu quem está a exagerar. É que, tenho um grande defeito, gosto muito de ouvir, e não me esqueço do que ouço para mais tarde comparar o que foi dito com o que é feito. Esse exercício de rotina já é antigo, tem tempo que baste para não duvidar das conclusões daí decorrentes. Apesar disso, gostava de estar enganado, de ter o prazer que uma dessas figuras [Ministro ou PR] tivesse a nobreza de desmontar com argumentos sérios aquilo a que alguns [como eles] chamam "radicalismo" [sem aspas]... E quem diz políticos, diz figuras públicas com mentalidades semelhantes.

Os elementos da SAD portistas, uns mais, outros menos, são também figuras públicas, malgrado a invisibilidade porque optaram nos últimos anos, incluindo o presidente. Em certos aspectos parecem ter muitas semelhanças com os políticos [coisa que detesto], e é aqui que a demagogia surge como barreira entre os interesses de uns e de outros. Quem se trama, no meio disto tudo são os adeptos, os mais genuínos dos interlocutores de um clube como o FCPorto. 

É relativamente simples de apresentar casos onde o fosso entre o dever de defender o clube e o modo como ele é feito, é por vezes dissonante e curto. Não se percebe, por exemplo, como é que a SAD portista aceitou que o líder dos SuperDragões fosse proíbido de frequentar recintos desportivos numa situação que não pôde controlar [os cânticos da claque alusivos ao acidente de aviação da Chapecoense], quando todos sabemos que a claque portista está devidamente legalizada e tem um líder devidamente identificado, ao contrário do Benfica que tem uma claque com um cadastro manchado pela MORTE de adeptos rivais e vive há anos a funcionar fora da Lei! É assim tão difícil lutar contra tamanha vergonha?  É aqui que não cabe na minha compreensão o modo de funcionar da SAD portista, não na perspectiva pessoal, que é negativa, mas na perspectiva dos dirigentes portistas, mais formal, até porque convive com deputados, e parece acreditar na eficiência desta postura lenta, e quase sempre tardia de defender o FCPorto. 

Sei que o clube não nada em dinheiro por esta altura, mas também sei que esta situação devia ter sido evitada e não foi. E sei que apesar disso os elementos da SAD continuam a auferir salários demasiado elevados, e que qualquer país terceiro-mundista teria capacidade para defender um clube de critérios de justiça tão obscenos e discriminatórios como estes. O castigo aplicado a Fernando Madureira e o fechar de olhos permanente, repito, permanente, às vigarices e atropelos à Lei dos amigos do Benfica, são uma verdadeira certidão da lixeira aberta que os políticos e  quem neles vota, fizeram do país. O FCPorto, só pode mesmo contar com os jogadores e com Sérgio Conceição! O resto, se não está morto, está moribundo.

Por isso, não serei eu quem estenderá a passadeira ao Sr. Presidente & Compª., no caso de ganharmos o Campeonato, ou mesmo a Taça de Portugal. Serão os adeptos, a equipa técnica e os homens do campo a colher os louros, porque esses sim, lutaram contra tudo e contra todos. Sem demagogia.

    

28 fevereiro, 2018

Preferia a versão: mais vale prevenir que remediar"

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Tribunal Europeu dos Direito do Homem

Agora, que a seita Benfica mexeu os cordelinhos junto do tribunal para proibir o Francisco J. Marques de divulgar as vigarices dos emails, é que o FCPorto e o Porto Canal decidiram recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Entre o refrão "mais vale tarde que nunca" e o "mais vale prevenir que remediar", eu teria optado pelo segundo, por uma razão muito simples: teria ganho tempo,e assim, quem sabe, talvez dissuadido parte considerável das trafulhices que os gangsters vermelhos, entretanto foram enredando. Esta, foi apenas a mais recente, mas ninguém nos diz que a cena da "bancada do Estoril" que obrigou o FCPorto a jogar duas vezes o mesmo jogo, não tenha sido outra marosca, já para não falar das mais vulgares protagonizadas pelo árbitros e vídeo-árbitros. Enquanto nós  fomos prejudicados, os gangsters vermelhos acumularam falsas victórias e pontos indevidos, isto, ninguém pode negar.     

Talvez não falte dinheiro ao FCPorto (consta que falta), para se dar ao luxo de agir ao retardador, correndo tantos riscos. Se a liberdade de expressão ainda faz escola em Portugal, e o direito ainda funciona, que risco podia o FCPorto correr, se apresentasse ao 1º. Ministro um voto de desconfiança contra a Secretaria de Estado de Desporto - que tutela também o futebol -, se dispõe de tantos e credíveis argumentos, verdadeiros elementos de prova? Na pior das hipóteses, obrigaria o 1º. Ministro a tomar uma decisão, mais que não fosse recomendar "cuidados" acrescidos ao seu secretário, o que podia fazer toda a diferença. Se ainda assim, nada fizesse, era ele próprio (o 1º.Ministro) quem arriscaria a pele, coisa que podia vir a ser politicamente explorada mais tarde, pela oposição...

Sempre venho alertando para a importância de sabermos com que tipo de gente estamos a lidar. Uma seita de bandidos, camuflada ou não de clube desportivo, é sempre uma seita de bandidos. O bom senso é virtude que não possuem, por isso só podemos esperar desta gente o pior, sobretudo quando na sombra têm gente muito influente a branquear-lhes as golpadas. Continuo portanto a achar errado o silêncio do FCPorto no mais alto nível da sua hierarquia! Enquanto a seita Benfica não fôr intimada pela Justiça, ou pela Polícia Judiciária, eles vão continuar a fazer o que sempre fizeram. Em Portugal, a Liberdade é demasiado vulnerável para se proteger desta escumalha gigante.É a Liberdade que eles gostam, já que não podem restaurar a da PIDE de Salazar. Mas, andam lá perto,

    

26 fevereiro, 2018

O mimetismo da comunicação anti-social do regime

É extraordinário, o modo mimetista como os jornalistas comentam os jogos de futebol. Não acredito que o façam por défices intelectuais, porque quando querem, esperteza (saloia) é coisa que não lhes falta. Agem assim por corporativismo sistémico, e falta de seriedade. O pior, é que este hábito tem contagiado os próprios treinadores, e até alguns jogadores que, por falta de humildade, preferem copiar o que vem nos jornais (quando lhes convém), do que reconhecer mérito aos adversários. Então, quando se trata dos jogos contra o FCPorto, tornou-se moda humilhar as equipas que perdem, com o intuito de desvalorizar os sucessos do nosso clube.

Senão, reparem, no JN de hoje vem publicada na coluna negativa, a opinião de Ewerton, jogador do Portimonense, nestes moldes: "Ewerton disse que o Portimonense saía com um sentimento de vergonha, e a verdade é que a equipa algarvia pouco fez na partida. Mostrou-se atrevida no ataque quando teve espaço para o fazer, mas a fragilidade da defesa deitou tudo a perder". Quanto ao técnico do Portimonense, o discurso não foi muito diferente, apenas mudou no estilo: "Falhou tudo! Não conseguimos fazer uma oposição forte ao FCPorto. Perdemos muitas bolas. Tudo saiu bem ao nosso adversário na fase inicial".   

Quando lemos este tipo de discurso, que interpretação se pode fazer senão uma tentativa orquestada de depreciar o trabalho dos jogadores do FCPorto, e ao mesmo tempo provocar os seus adversários para «morrerem em campo» quando jogam contra nós. Sim, porque quando se tenta humilhar o trabalho dos jogadores do Portimonense, que tão boa réplica deram e tão bem jogaram, imprimindo um ritmo elevadíssimo ao jogo, obrigando a nossa equipa a manter uma elevada concentração durante todo o jogo, não pode ser por acaso.

Pela minha parte, digo sem qualquer exagero, que apesar da goleada, o Portimonense jogou muitíssimo bem, e se falhou na defesa não foi por demérito, foi porque os ataques do FCPorto foram extremamente rápidos e letais. Digam-me se houve equipa da dimensão do Portimonense que tivesse jogado melhor, que tivesse sido tão perigosa, tão batalhadora? Honestamente vos digo que, apesar da grande exibição do FCPorto, e mesmo com os 2 golos de vantagem, este foi talvez o único jogo que menor tranquilidade me deu, precisamente pela forma combativa e veloz como o Portimonense jogou! Aliás, não foi por acaso que só conseguiram marcar o golo de honra nos descontos, quando a defesa do FCPorto já estava relaxada. Mas, marcaram, ou não? Os golos do FCPorto, foram oferecidos? A defesa dos algarvios, abriu-se, não fez tudo para evitar os golos? Ou estavam à espera de cacetada, de situações que promovessem dúvidas? Como ousam crucificar o Portimonense se teve a coragem de não se remeter à defesa sem recorrer como a maioria das equipas pequenas, à manha e à sarrafada?

Esta é a realidade, e não o que é dito na imprensa! Já usaram o mesmo estratagema noutros jogos, o mais recente foi com o Estoril, entre outras cenas próprias de vigaristas! A postura do Portimonense só a dignifica, e acentua a grande jogataina do FCPorto.

A inveja do regime, é isto.