Não vou dizer que os jornais não servem para nada, porque se assim fosse não comprava o JN regularmente. Por respeito a mim próprio, e a milhares de leitores, com algum sentido crítico, não posso afirmar que os jornais são criteriosos na informação que nos prestam. A razão, poderá dever-se ao facto de terem ao seu serviço, directores e jornalistas, de qualidade duvidosa, que a espaços se prestam a publicar notícias e artigos de opinião altamente irreflectidos.
A capa de hoje do JN, espelha bem essa ideia. Senão, reparemos primeiro no título, manifestamente sensacionalista, "Grito de Revolta no Porto". Depois, se avaliarmos os protagonistas da suposta "revolta", depressa chegaremos à conclusão que a notícia não pode ser para levar a sério, porque independentemente do real prestígio individual de cada um, todos estão a léguas de ser revolucionários, ou sequer simpatizantes desse tipo de manifestações. Pelo contrário, são quase todos conservadores, havendo alguns entre eles, que até ao momento, foram incapazes de colocar o poder pessoal e financeiro ao serviço, e em defesa do Norte, e são de certa maneira também responsáveis pelo declínio da região.
Mas, o que é realmente patético, é o JN tentar lançar areia para os olhos dos leitores, tentando fazer de Rui Rio aquilo que ele nunca foi, nem soube ser: um líder capaz de mobilizar, o quer que seja. O que Rui Rio agora procura, com a estranha colaboração do JN, é limpar a péssima imagem que deixou aos portuenses, talvez na vã esperança de ainda poder alcançar um espaço simpático e menos baço, na história da cidade do Porto.
Se tivesse a mesma pontaria ao jogo, como tive, desde cedo, na avaliação das competências de Rui Rio, estava multimilionário. Nunca, mas nunca, me esquecerei do que ele disse, quando de paraquedas cá veio pousar: "Não é por berrar contra Lisboa que o Porto se afirma". Pois, não... Hoje, aí o temos desesperado, a querer lançar os holofotes sobre si. Mas será que alguém ainda o ouve, mesmo tentando gritar?
Of toppic:
Na terça-feira passada, escrevi que os notáveis deste país de fadistas, pareciam apostados em sobressair através de declarações disparatadas. Ontem, foi a vez de Miguel Sousa Tavares se exceder. Que Cavaco Silva não tem perfil para o cargo que exerce, disso parece não haver dúvidas, é um zero. Eu não gosto dele nem um pouco [espero que o Ministério Público não me processe por isso...]. Agora, eu não me chamo Miguel, não tenho Sousa Tavares na família, nem sou um "notável". De notável tenho o nome do meu avô, e a honra de ser seu neto, e já é muito. Mas se eu fosse notável, ou vivesse para a política e não dela, teria seguramente outra postura. E não precisava de me transformar num hipócrita.
Of toppic:
Na terça-feira passada, escrevi que os notáveis deste país de fadistas, pareciam apostados em sobressair através de declarações disparatadas. Ontem, foi a vez de Miguel Sousa Tavares se exceder. Que Cavaco Silva não tem perfil para o cargo que exerce, disso parece não haver dúvidas, é um zero. Eu não gosto dele nem um pouco [espero que o Ministério Público não me processe por isso...]. Agora, eu não me chamo Miguel, não tenho Sousa Tavares na família, nem sou um "notável". De notável tenho o nome do meu avô, e a honra de ser seu neto, e já é muito. Mas se eu fosse notável, ou vivesse para a política e não dela, teria seguramente outra postura. E não precisava de me transformar num hipócrita.