17 outubro, 2018

Porto Canal não gosta de dar explicações. Será aquilo um principado?


Entretenimento

É desagradável para qualquer um ser-se objecto da crítica de outrem. Ninguém gosta de ser criticado, e eu não fujo à regra. Mas aceito opiniões contrárias às minhas, desde que sustentadas em argumentos sérios, e pragmáticos. Com fanatismos, ou convicções mal fundamentadas é que não se convence ninguém. Estou com esta conversa porque ainda não consegui convencer certos leitores mais precipitados, que quando se critica o funcionamento de uma empresa, de um governo, ou uma equipa de futebol, não significa forçosamente que os que lá trabalham sejam todos maus. Um governo, ou qualquer outra actividade colectiva, deve ser avaliada pelos resultados do grupo, não pelo individual. Se assim fosse, não haviam maus governos, más empresas, nem maus clubes de futebol.

Espero que os leitores habituais não pensem que é para eles este discurso, porque não é. Refiro-me a um pequeno número de comentadores que nem sempre compreendem o que escrevo,  que distorcem as coisas, ou por pura ignorância, ou por malvadez. É importante compreendermos que quanto mais exigentes formos com nós próprios, mais apurados serão os nossos gostos. 

Dou como exemplo do Porto Canal, órgão de comunicação que venho censurando há algum tempo. Qualquer espectador atento terá percebido que algo de estranho se está a passar naquela empresa. Eu também sou um deles, e tenho-o demonstrado aqui. O objectivo não é dizer mal, só por dizer. Não! Eu aponto para o que está a funcionar pior, e neste caso trata-se de desleixo, de desorganização, e alguma falta de brio profissional. Se fosse um canal de Lisboa era-me indiferente, porque são tão medíocres, tão enfadonhamente previsíveis, que nunca estive preocupado. Agora, o Porto Canal preocupa-me, e porque é do Porto quero que seja sempre melhor, para poder impor-se económica e qualitativamente.

O Porto cidade e o Porto Clube não pode dar-se ao luxo de deixar à deriva um negócio tão difícil de rentabilizar como a televisão.

Para melhor entenderem onde quero chegar, e para que não se confunda a árvore com a floresta, passo a explicar:

Programas do Porto Canal  por Áreas

  • Desporto: Universo Porto de Bancada, Universo Porto, Desporto em Directo, Nas 4 Linhas, (20, no total)
  • Informação: Jornal Diário, Jornal das 13, Jornal da Noite, Último Jornal, Revista de Imprensa, Jornal de Desporto (20, no Total)
  • Entretenimento: Consultório,Olá Maria, Portugal Fashion, Glitter Show, (21, no total)
  • Cultura: Caminhos da História, Nota Alta, Radioativo, Gente com História, A falar é que a gente se entende, (21, no total)
  • Bem Estar: Imperdíveis, Filhos e Cadilhos, Beleza em Paris, (8, no total)

Os programas mais importantes para mim (apenas a minha opinião), são os que estão sublinhados. Neste momento, deixaram de transmitir muitos deles em todas as áreas. Antes, passavam 4 telejornais, agora transmitem apenas o da Noite. Auto-desvalorizaram esta área importantíssima! Os melhores programas culturais estão a ser afectados por exaustão causada às audiências (repetições sucessivas), o que é péssimo para os respectivos criadores e também para o Porto Canal. 

Um negócio como a televisão, não é uma fábrica de conservas, é um trabalho exposto todos os dias aos consumidores. Daí, requerer mais respeito e subtileza com os potenciais clientes. Deixar uma imagem de amadorismo é perder investidores.   


PS-Admitindo a hipótese de estar a ser elaborada a nova programação para a época 2018/2019, é inadmissível que nem uma nota de roda-pé tenha sido apresentada para acabar com especulações. É assim que elas se fomentam.




  


16 outubro, 2018

Porto Canal, muita parra e pouca uva


Relatório da evolução do Porto Canal a partir de 2015

No dia 11 de Janeiro de 2016 iniciou-se uma nova era do Porto Canal. A partir dessa data, o canal nacional surge renovado, mais forte e mais abrangente. Depois de adquirido pelo FCPorto, o Porto Canal sofre alterações profundas quer a nível qualitativo, quer a nível tecnológico. Assim, e após esta aquisição, o clube português, investiu num extensivo upgrade tecnológico, com particular impacto na melhoria da qualidade som e imagem (HDTV), visando também a renovação do logótipo e do grafismo do canal. As mudanças estão também relacionadas com o investimento em mais horas de conteúdos relativos ao FC Porto e mais emissões em direto de jogos do FC Porto B e das equipas de formação (sub-19, Sub-17e Sub-15), o mesmo acontecendo com os jogos de outras modalidades, nomeadamente andebol, basquetebol e hóquei em patins.

Nesta nova fase, a estação televisiva aposta ainda em novos programas de entretenimento, informação e desporto, ampliando o horário de emissão que passa a iniciar-se às 08h00. A grelha é também agora mais diversificada, apostando o canal em caras novas para diversos programas, integradas numa mais alargada, fresca e variada programação.

Através deste investimento e de todos os melhoramentos efetuados, o Porto Canal pretende fazer com que o público de todo o território nacional, sinta mais a cultura, sinta mais a informação, sinta mais o entretenimento e sinta mais o desporto. Tudo com mais horas de emissão e com uma melhor oferta de programação.

Face aos indícios de desorientação do Porto Canal, a partir, e durante, a época de férias, a conclusão mais prudente que se pode tirar, é que tudo o que consta deste relatório explica-nos que muita coisa foi mal projectada para ter chegado ao ponto a que chegou. E quanto custou a gala dos Dragões de Ouro? Seria assim tão imprescindível num momento tão difícil? Quantas pessoas terão sido dispensadas e quais?

PS-Valeu-nos os programas desportivos, e as preciosas denúncias de FJMarques do gang multifacetado e pluri-pessoal do Benfica.


15 outubro, 2018

Quem se queixa do centralismo, que ponha os olhos nos catalães!


Por que será que olho para a Catalunha
e sinto repulsa por Lisboa ?

Os escroques que defendem o centralismo
responderão sempre que não sabem.
Eles nunca sabem nada de si próprios.
Pudera, quem fez de Portugal uma coutada
de mafiosos e quer passar por inocente,
não conhece os próprios pais


PS-À escória social, e a quem com ela se identifica, sugiro que
leia bem a coluna ao lado antes de entrar nesta casa sem se 
identificar . A porta só está aberta a pessoas, não a filhos da PIDE

FCPorto e Porto Canal, bloqueio partilhado?


Por favor, não me venham contar histórias . Esta cisma de proteger o senhor Pinto da Costa incondicionalmente, está a tornar-se  numa perfeita tolice, num hábito passível de criar grandes problemas ao FCPorto. 

Há pessoas que parecem ainda não ter percebido que os elogios devem ser sinceros e assentes no mérito. Uma coisa é um elogio momentâneo e circunstâncial - como por exemplo achar alguém muito simpático, culto, ou bem educado -, e outra coisa mais importante é elogiar um ministro, ou um Presidente de clube. Nestes casos, o elogio exige tempo, não pode ser ocasional, requere às vezes alguns anos de avaliação. Foi o que aconteceu com Pinto da Costa. Se mereceu tantos encomios dos portistas (e ciumeira dos adversários), foi porque desempenhou bem o seu papel. Opções emocionais não são as mais indicadas para soluções racionais.

Assim sendo, estaremos todos de acordo se dissermos que racionalidade foi o que mais faltou nos últimos 4/5anos de gestão do FCPorto! Já há muito tempo que venho alertando os portistas para a necessidade de pensar na renovação da SAD e de Pinto da Costa, e não comecei ontem nem há um ano. Os sinais de declínio eram evidentes. Se por um lado é compreensível a contenção dos associados, evitando crises precipitadas e instabilidade, por outro não tivemos a correspondência dos responsáveis. Pinto da Costa e a sua equipa da SAD leram esse comportamento como um sinal positivo de continuidade. O resultado foi o que se viu. O Relatório e Contas está a ser discutido na praça pública com algum cepticismo e a negociação de alguns jogadores tem sido desastrosa, a  ponto de poder desestabilizar o rendimento da equipa nos próximos tempos.

Mas, sem o sabermos, podemos ter à vista outro problema, resultante da tendência que temos para canalizar a nossa atenção para o Futebol Clube do Porto. Parece andarmos esquecidos com o Porto Canal como se nada tivesse a ver com o FCPorto. E tem.  Ao que consta, o FCPMedia detinha  de 98,8% das acções do Porto Canal, e pouca ou nenhuma informação foi dada aos sócios àcerca dos custos que são pagos pelo próprio canal e os que são suportados pelo FCPorto. Fechou a temporada de 2016/17 com 2.571 milhões de euros. Seria portanto muito importante esclarecer esta dúvida.

O Porto Canal parece trabalhar em regime de part time. As gravações e repetições de programas aumentaram e outros deixaram subitamente de ser transmitidos sem que fosse dada a mínima informação aos espectadores. É mau de mais para um negócio de exposição e de serviço público. O silêncio mantém-se como se nada estivesse a acontecer. Curiosamente, muito ao estilo do FCPorto...

Será preciso dizer mais? 

14 outubro, 2018

Eles vão trepando enquanto a justiça dorme

Compreendo a brincadeira, acho é que não resolve nada 



É uma chatice que, para não ser mal entendido, tenha de repetir constantemente o que aqui escrevi, ou não escrevi, sobre o assunto bê, ou cê. É a única maneira de calar a boca dos que só sabem avaliar as coisas conforme lhes dá mais jeito, e não como deve de ser, com rectidão.






É assim: tenho-me como um tipo civilizado, que gosta da ordem, do respeito, e é a contra a violência. Mas só acredita na rotina e na prática desses valores quem vive num regime democrático, e se esse regime funcionar como exemplo. Não o fazendo, é inútil acreditar em milagres, quer dizer, ficar à espera que alguns  cidadãos sejam tratados impunemente acima da lei, e outros mais civilizados pagarem pelas suas ilegalidades.  Vale isto por dizer que os portuenses portistas estão cansados de ser tratados como gente menor, quer a nível político, desportivo, ou mesmo social.  Os tripeiros são gente boa, mas não gostam de ser desconsiderados. Quando isso acontece, e se sentem injustiçados perdem a confiança, e são capazes do pior.  

Ora bem. Apesar de não querer acreditar que todos os benfiquistas se revejam nos hábitos do seu presidente, nem na organização criminosa em que se tornou o Benfica, a verdade é que, publicamente, só vi duas pessoas a insurgirem-se contra o que está a acontecer. Dois! Um foi Victorino de Almeida, e o outro não me lembro do nome. É muito pouco, e vergonhoso. Quando eles *forjaram o não "caso" Apito Dourado, pensando que podia tratar-se de uma coisa séria, escrevi aqui que se fossem provadas as acusações a Pinto da Costa, eu seria o primeiro a censurá-lo por isso. Felizmente, e ainda que os testemunhos fossem ridículos e muito propagados pelos mídia, veio a descobrir-se que a montanha tinha parido um rato, e mais recentemente um clube de espiões e malfeitores, como se espera vir a confirmar, se a Justiça fôr efectivamente cega. 

Vamos ao que interessa. Antes, e a propósito, aconselho novamente os sócios do FCPorto que comecem a pensar seriamente (nas próximas eleições do FCP) numa presidência nova, com dirigentes sérios e destemidos, porque a idade de Pinto da Costa tolheu-lhe o dinamismo necessário para o momento actual, como se constata. Digo isto, porque o tempo do politicamente correcto esgotou-se e é ineficaz como sabemos. Não basta elogiar a postura civilizada dos adeptos e o apoio incansável que continuam a dar ao clube, é preciso também ajudá-los a encarar os problemas porque passa actualmente, nomeadamente as dificuldades financeiras e a gestão descuidada que nos impediu de construir uma equipa mais sólida evitando assim um clima de instabilidade com os atletas. A manutenção de jogadores como Herrera e Brahimi tornou-se mais problemática devido à sua tardia resolução. Jogadores que já não eram muito assertivos antes, é difícil que agora o sejam. Veremos.

A importância de imprimir outra dinâmica de gestão, mais abrangente e prematura é inadiável porque temos de saber lidar com outros obstáculos. O Benfica continua a actuar com excesso de confiança na sua milionária equipa de advogados, e nem por isso desistiu da sua campanha de intoxicação onde quer que seja. Nem o Governo nem o Presidente da República deram sinais de inquietação sobre o assunto. O que é gravíssimo. Ambas as instituições sabem no que o Benfica se meteu, conhecem como nós os indícios de prova criminal que deixou por todo o lado. No entanto, até hoje, optaram por não interferir no caso. O Presidente da República tem até mais liberdade nesse aspecto que é exercer a famosa magistratura de influência, coisa que ainda não fez. Entretanto, essa postura do PR (e do PM), pode ser interpretada pelos mafiosos do Benfica como um voto de confiança e levá-los a abusar ainda mais da tolerância cúmplice dos mídia,  Se compararmos a agressividade do Benfica, acusado de múltiplos crimes gravíssimos, com a passividade do FCPorto demasiado confiante na Justiça, parece que é o FCPorto o suspeito... O Porto Canal anda completamente à nora, a programação praticamente vive de réplicas, o jornal da tarde não existe, vive praticamente do desporto, de entrevistas gravadas, enfim anda muito mal. Só alguns portistas sem sentido crítico parecem contentar-se com o que está a ser feito. Parecem não saber ler os sinais, o que é péssimo.

Ora, entretanto o Benfica vai trepando e abusando, fazendo pela vida, aldrabando, manipulando e investindo em tudo o que mexe. A última pérola foi a abertura de uma loja no Mar Choping. É simples perceber, por mais que o Benfica acredite no gigantismo dos seus adeptos, que a área metropolitana do Porto está a abarrotar de portistas, portanto é muito natural que como aliás já aconteceu, um dia destes se cruzem adeptos dos dois clubes e haja qualquer incidente. O Mar Choping é uma estrutura comercial, mas tem obrigação de conhecer a rivalidade que há entre o FCPorto e o Benfica, de mais a mais agora, que um tenta ilegitimamente dominar o outro. Ambas as equipas têm adeptos em vários pontos do país e nas cidades que representam, mas parece-me insensato abrir uma loja vocacionada para o futebol numa área comercial frequentada maioritariamente por portistas. O Mar Choping parece ter optado pela prepotência da SportTV, arriscando-se a perder clientes que não gostam da brincadeira. Um deles serei eu de certeza!

Por fim, o Sr. Presidente da República e o sr. 1º Ministro, arriscam-se a ser responsáveis pelo que de pior eventualmente vier a acontecer. A violência e a vigarice é típica dos benfiquistas, mas os portistas sabem também dar esse tipo de resposta, se fôr necessário. Não é? Deixem-nos fazer o que querem, depois venham-nos pregar a moral cínica do costume.

Pergunta-se: estará o FCPorto interessado em responder na mesma moeda? Ou permitir-lhes tudo? Por que não abrir uma loja do FCPorto em Lisboa no Colombo, ou no Vasco da Gama? Era giro, não era?

*essa forja foi miseravelmente comandada por Ricardo Costa, alguém que não devia estar em lugares
impróprios para gente como ele. Uma vergonha para a Justiça que se preza.

E só se demite o ministro?

Domingos de Andrade
Director do JN


Não é difícil de perceber onde estão uns e outros. E o humor subtil está no facto de os maiores correligionários do atual pântano estarem justamente dentro das unidades, para além das sucessivas decisões políticas que foram reduzindo um dos pilares da Democracia a um coro anedótico nacional.

A demissão do ministro Azeredo Lopes, sustentado no lugar até ao limite do sustentável, não responde às perguntas sobre o assalto a Tancos, quem fez?, com quem fez?, para quê?, quantos mais houve?, cuja falta de respostas permite alimentar todo o tipo de especulações.

Mais grave. A saída do governante deveria arrastar o Chefe de Estado Maior do Exército. E por sua vez o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Só que a Polícia Judiciária Militar responde diretamente ao ministro. Um escudo. Portanto, não só não se demitem, uns por encolherem os ombros perante o crime, outros por encobrirem a descoberta do crime, como o mais certo é virem a receber um louvor pelos serviços prestados à Nação.

O desafio de António Costa é, agora, encontrar um nome forte, que trate da política e não da caserna. Ou, em ano de eleições, num momento em que em todo o Mundo são cada vez maiores as exigências que se colocam às Forças Armadas, acumular a pasta e começar a preparar, com o peso político nacional e internacional que ostenta, uma reforma do setor.

E se são urgentes, embora difíceis, pactos de regime na Saúde, na Educação, na Justiça, ou na Segurança Social, o consenso político sobre o papel das Forças Armadas é um facilitador. Caso contrário, continuaremos a achar normal ter empresas de segurança a guardar paióis, e um exército de 5500 soldados, que representa menos de metade do total de funcionários da Câmara de Lisboa.

Não é normal, pois não?

Nota de RoP:
Oxalá os espanhóis não se lembrem de voltar ao século dezassete e invadirem este circo de país, caso contrário teremos de actualizar a nacionalidade. Por mim, a partir do momento em que Lisboa começou a querer substituir-se ao nome
e à representação do país, talvez não me importasse com a troca...