Domingos de Andrade Director do JN |
Não é difícil de perceber onde estão uns e outros. E o humor subtil está no facto de os maiores correligionários do atual pântano estarem justamente dentro das unidades, para além das sucessivas decisões políticas que foram reduzindo um dos pilares da Democracia a um coro anedótico nacional.
A demissão do ministro Azeredo Lopes, sustentado no lugar até ao limite do sustentável, não responde às perguntas sobre o assalto a Tancos, quem fez?, com quem fez?, para quê?, quantos mais houve?, cuja falta de respostas permite alimentar todo o tipo de especulações.
Mais grave. A saída do governante deveria arrastar o Chefe de Estado Maior do Exército. E por sua vez o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Só que a Polícia Judiciária Militar responde diretamente ao ministro. Um escudo. Portanto, não só não se demitem, uns por encolherem os ombros perante o crime, outros por encobrirem a descoberta do crime, como o mais certo é virem a receber um louvor pelos serviços prestados à Nação.
O desafio de António Costa é, agora, encontrar um nome forte, que trate da política e não da caserna. Ou, em ano de eleições, num momento em que em todo o Mundo são cada vez maiores as exigências que se colocam às Forças Armadas, acumular a pasta e começar a preparar, com o peso político nacional e internacional que ostenta, uma reforma do setor.
E se são urgentes, embora difíceis, pactos de regime na Saúde, na Educação, na Justiça, ou na Segurança Social, o consenso político sobre o papel das Forças Armadas é um facilitador. Caso contrário, continuaremos a achar normal ter empresas de segurança a guardar paióis, e um exército de 5500 soldados, que representa menos de metade do total de funcionários da Câmara de Lisboa.
Não é normal, pois não?
Nota de RoP:
Oxalá os espanhóis não se lembrem de voltar ao século dezassete e invadirem este circo de país, caso contrário teremos de actualizar a nacionalidade. Por mim, a partir do momento em que Lisboa começou a querer substituir-se ao nome
e à representação do país, talvez não me importasse com a troca...
e à representação do país, talvez não me importasse com a troca...
Lisboa é o problema de Portugal é casa dos corruptos dos mentirosos e mafiosos. Pouco ou muito que se lá passe é a Bem da Nação. Temos que levar com eles não sei até quando. Entre Mouros e Espanhões; que os pariu.
ResponderEliminarAbílio Costa.