Faltará fogo ao Dragão? |
Das redes sociais ao silêncio do Dragão
Desde que as redes sociais surgiram na Internet e me registei no FaceBook, cedo percebi que a aparente facilidade em arranjar amigos era menos provável que criar inimigos. Houve quem quisesse convencer-me que não era bem assim, mas eu mantive-me fiel à minha convicção e cancelei o meu registo. O tempo que me mantive registado não deve ter ultrapassado os dois mêses, se tanto. Nunca me arrependi.
Hoje, não falta quem não reconheça a inconveniência deste sistema de comunicação. Inicialmente parecia interessante, mas depressa se transformou num perigoso veículo de contacto social radicalmente contrário ao espírito próprio que caracteriza uma verdadeira amizade. Como é do conhecimento geral uma das maiores ameaças destas novas redes de comunicação é o acesso de gente perigosa, como vigaristas e pedófilos.
Há portanto uma grande diferença entre este meio de contactos e a blogosfera. Se o Facebook (e concorrência) é mais dinâmico e popular que a blogosfera, também é mais anárquico, enquanto que os blogues são temáticos, obrigam sempre a um objectivo, um controle personalizado do autor. Além disso, nas redes sociais há sempre tendência para o exibicionismo, tanto de homens como de mulheres. Acho ridículo, e nada ético para uma mulher que se preze, expor a sua nudez, quando para esse fim não faltam revistas próprias. Muitos usam-nas para dizer ao mundo que são gente "importante", e para isso ostentam os seus carros, os sítios idílicos onde passam férias, enfim tudo o que hoje simboliza o estado decadente da sociedade.
Tudo isto para dizer que um blogger não escreve para se exibir. Assume o que escreve limitando-se a dar as suas opiniões sobre determinados assuntos. Não o faz para agradar a todos, nem para para ficar à espera que lhe digam o que deve fazer, e como deve. De qualquer modo, também tem o direito de se opôr contra o que o incomoda ou indigna.
Um dos temas que mais me têm absorvido desde sempre é o centralismo e a hipocrisia como ele tem sido discutido. Também me tem preocupado a falta de uma liderança forte no FCPorto, como acontecia num passado não muito remoto. Mas também me estranha que os adeptos e sócios do FCPorto estejam tão calados a este respeito.
Há um clube (o Benfica) que tem actuado acima da lei, prejudicando o FCPorto em todas as modalidades sem que quem o dirige se pronuncie sobre o assunto. Podemos argumentar que se isso acontece é porque o caso já foi denunciado e já está nas mãos do Ministério Público, mas isso pouco vale. Confiar na Justiça portuguesa é tão seguro como jogar na lotaria. A verdade é que os acusados continuam a mexer as suas influências aparentemente à vontade. Com ou sem a ajuda dos VAR's já se aproximaram do FCPorto, independentemente de erros nossos. Desculpem-me a teimosia, mas volto a questionar: e se perdermos outra vez o campeonato de futebol e das modalidades por interferência de arbitragens habilidosas? Que faremos? Estará reservada para esse momento (!Abrenuncio!) a voz do Sr. Pinto da Costa para defender o FCPorto? Tardiamente, outra vez?
Dizia ontem o Diogo Faria no Universo Porto, que confiava na Justiça. Talvez a juventude ou a inexperiência possa justificar tanta confiança, apesar da ironia que deixou passar... Eu já cá ando há umas boas dezenas de anos, já percorri muito mundo e tive alguns desgostos. Conheci muita gente, e dessas muitas, em algumas a integridade não era o seu forte. Actualmente as pessoas não são melhores. Os valores da ética e da boa educação esvaíram-se. A democracia conquistou-se, mas paulatinamente foi adulterada por políticos egocêntricos e perversos. Ainda podemos votar, é verdade, mas não temos opções credíveis. Os ditadores de hoje ainda vão resistindo à tentação de oficializar uma nova PIDE, mas andam por aí, cada vez mais descarados.
Se não lhes mostramos os dentes, não com um sorriso, mas com o esgar de animais enraivecidos prontos a asfixiar-lhes as goelas, não vamos a lado nenhum. E esta palavra mítica do "contra tudo e contra todos" que resultou enquanto tivemos um líder, num instante, não passará de um canto tímido de passarinho.
Então nós não somos Dragões?
Somos, ou não somos?
Tudo isto para dizer que um blogger não escreve para se exibir. Assume o que escreve limitando-se a dar as suas opiniões sobre determinados assuntos. Não o faz para agradar a todos, nem para para ficar à espera que lhe digam o que deve fazer, e como deve. De qualquer modo, também tem o direito de se opôr contra o que o incomoda ou indigna.
Um dos temas que mais me têm absorvido desde sempre é o centralismo e a hipocrisia como ele tem sido discutido. Também me tem preocupado a falta de uma liderança forte no FCPorto, como acontecia num passado não muito remoto. Mas também me estranha que os adeptos e sócios do FCPorto estejam tão calados a este respeito.
Há um clube (o Benfica) que tem actuado acima da lei, prejudicando o FCPorto em todas as modalidades sem que quem o dirige se pronuncie sobre o assunto. Podemos argumentar que se isso acontece é porque o caso já foi denunciado e já está nas mãos do Ministério Público, mas isso pouco vale. Confiar na Justiça portuguesa é tão seguro como jogar na lotaria. A verdade é que os acusados continuam a mexer as suas influências aparentemente à vontade. Com ou sem a ajuda dos VAR's já se aproximaram do FCPorto, independentemente de erros nossos. Desculpem-me a teimosia, mas volto a questionar: e se perdermos outra vez o campeonato de futebol e das modalidades por interferência de arbitragens habilidosas? Que faremos? Estará reservada para esse momento (!Abrenuncio!) a voz do Sr. Pinto da Costa para defender o FCPorto? Tardiamente, outra vez?
Dizia ontem o Diogo Faria no Universo Porto, que confiava na Justiça. Talvez a juventude ou a inexperiência possa justificar tanta confiança, apesar da ironia que deixou passar... Eu já cá ando há umas boas dezenas de anos, já percorri muito mundo e tive alguns desgostos. Conheci muita gente, e dessas muitas, em algumas a integridade não era o seu forte. Actualmente as pessoas não são melhores. Os valores da ética e da boa educação esvaíram-se. A democracia conquistou-se, mas paulatinamente foi adulterada por políticos egocêntricos e perversos. Ainda podemos votar, é verdade, mas não temos opções credíveis. Os ditadores de hoje ainda vão resistindo à tentação de oficializar uma nova PIDE, mas andam por aí, cada vez mais descarados.
Se não lhes mostramos os dentes, não com um sorriso, mas com o esgar de animais enraivecidos prontos a asfixiar-lhes as goelas, não vamos a lado nenhum. E esta palavra mítica do "contra tudo e contra todos" que resultou enquanto tivemos um líder, num instante, não passará de um canto tímido de passarinho.
Então nós não somos Dragões?
Somos, ou não somos?