16 dezembro, 2015

A via "secreta" do actual FCPorto pode potenciar o boato

Promovido a Presidente da Comissão
Europeia
sem se compreender porquê

Nunca vi (li) com bom olhos as sociedades secretas, ou confrarias esotéricas. Da maçonaria ao rosacrucianismo já muito se escreveu. Muito, não será bem assim, porque, quer os jornais, quer as televisões nacionais, têm dedicado muito pouco tempo e espaço a esses assuntos. São tabu...

Por esses motivos, sugiro a quem nunca tenha ouvido falar destes temas a comprar uns livrinhos, agora no Natal, para terem uma ideia do que estou a falar. Aviso, no entanto o leitor, que não vai chegar a resultados concludentes. Como quase todas estas sociedades giram à volta de factores comuns escusos, desde nascerem de status sociais elitistas, poderosos e enigmáticos, é improvável que a opinião final seja esclarecedora. Por essa mesma razão, acho que não devemos desprezá-las.

Sou céptico com o secretismo. Só em casos excepcionais - como negócios, vida íntima pessoal de amigos e familiares -, o valorizo. Se, e quando, se trata do interesse público, acho que é a transparência que deve fazer escola.

Nos últimos dias venho insistindo no tema Futebol Clube do Porto, versus, Pinto da Costa/SAD, e na remissão ao silêncio a que se submeteram. A isto chama-se opacidade e soberba. Como diz Pedro Marques Lopes, para um portista, o brasão abençoado  só pode ser ultrapassado pela família e nada mais. Gostar de um clube - e o FCPorto é o único com nome de Portugal -, é antes de mais, querer o melhor para ele. Escusado será dizer que tal pressupõe ser bem gerido em todos os sentidos. Que vença, realize capital, que comunique com os seus apoiantes e saiba bater-se contra as discriminações do centralismo. Mas, gostar do FCPorto não é ficar refém da gratidão devida ao seu grande timoneiro, nem remeter a nossa opinião a um secretismo estéril que pode conduzí-lo à decadência. Há momentos para a contenção e tolerância, e momentos para dizer basta. Corroborar com uma administração/presidência inerte, hermética, do tipo das que citei, é pactuar com conjecturas, e as conjecturas podem indiciar coisas más.

Falando de secretismo e conjecturas (e do FCPorto), há um clube secreto, que não é de futebol, nem tão pouco desportivo, mas que devia fazer-nos pensar seriamente. Chama-se "Clube de Bilderberg". Não foi fundado exactamente por boas razões. Suspeita-se... É secreto, e isso já diz quase tudo. É constituído pelas pessoas mais poderosas do mundo da finança, da economia, da política, e do grande empresariado. Sem querer entrar em detalhes, o seu conhecimento talvez nos ajude um pouco a compreender a ascenção meteórica de Durão Barroso a Presidente da Comissão Europeia... Será verdade, será mentira? Estarei eu também a especular? Escolham. É o segredo, meus caros! O segredo é elástico, estica para o lado que nos der mais jeito e ninguém se pode ofender por isso. 

Por isso, não acredito na bondade de organizações ocultas, porque são inconciliáveis com a Democracia. A sua existência, o seu poder de influenciar, são a prova acabada do cepticismo que aqui tenho evidenciado com a autenticidade deste regime. Chamem-lhe tudo, menos democrático.

15 dezembro, 2015

Refrescando opiniões de um passado recente


A memória dos homens é curta. É importante tonificá-la de vez em quando. Fui descobrir este post, publicado aqui em 01 de Fevereiro de 2014, de minha autoria, sobre o Porto Canal. Dos programas que citei e classifiquei positivamente, sobram "Os Caminhos da História", de Joel Cleto. 
Aquele que considerava mais interessante para a nossa região, o "Pólo Norte" com David Pontes, Manuel Carvalho e o vice-reitor da Universidade do Minho, acabou abruptamente e, como vem sendo um hábito (péssimo) no Porto Canal, sem qualquer explicação para espectadores... O Pena Capital, que não sendo inicialmente nada de especial, era sério e ao mesmo tempo divertido, foi mudando os convidados, até que se evaporou. Resta o Valter Hugo Mãe, o Territórios e o Mentes que Brilham. Há ainda o Consultório que tem algum interesse público, mas o resto são gravações destes e de outros programas de qualidade inferior. Gravações exaustivas que só com esforço se conseguem rever.
De resto, continuamos sem compreender como é que um Canal do Porto, que se diz defensor das regiões e do Porto, não convive bem com o seu Presidente da Câmara, e acha que não tem de explicar aos portuenses porquê. Talvez haja alguma confusão na ideia que fazem de um veículo de comunicação...Talvez seja natural que a opção apelativa venha de gente da Bola e dos Records, e Rui Moreira apenas o amigo "dispensável". Talvez.

O problema do PortoCanal, será o Porto ?

(De Rui Valente, http://renovaroporto.blogspot.ch/)
Porto Canal - Homepage
Espero um dia vir a mudar de opinião se a interrogação em título não chegar a confirmar-se, mas receio que o Porto e o Norte poucas vantagens cheguem a retirar por disporem de um canal de televisão. Quando digo vantagens, refiro-me naturalmente para a população e não tanto para ao lado económico e financeiro da empresa, ainda que esse seja também um aspecto importante. 

Apesar de bastante decepcionado com o rumo difuso e algo paradoxal que o Porto Canal parece estar a seguir, não cometerei a injustiça de afirmar que tudo o que até agora foi feito é mau. O que digo e repito, é que sou contra a política do engodo de entreter os espectadores com doses maciças de repetições de programas de entretenimento de gosto duvidoso sem haver o cuidado de os informar. 

Já tive oportunidade de elogiar alguns programas de qualidade, seja no âmbito generalista, seja na área do desporto/clube, embora sem nada de verdadeiramente original, diga-se. Joel Cleto e o seu "Caminhos da História", culturalmente falando, é o meu preferido. Segue-se o painel de debate político "Pólo Norte" e a um nível inferior, mas bem humorado, o "Pena Capital". No que concerne o FCPorto, há coisas interessantes, mas é flagrante a falta de um programa de debate sobre assuntos relacionados com o futebol, entre os quais um que denuncie as intermináveis deturpações e arbitrariedades veículadas pelas 3 estações centralistas e os seus múltiplos canais derivados.

Não me interpretem mal, não quero, nem nada que se pareça, uma réplica do lixo que se faz em Lisboa. Nem por sombras. O que gostaria  mesmo, é que o Porto Canal, realizasse programas que monstrassem ao país que muito do que se faz em Lisboa nessa matéria, é isso mesmo: lixo e fanatismo. 

Pelos vistos, não é essa a opinião da direcção do Porto Canal. É outra, bem mais soft, tenrinha, que passa por ignorar, permitir a proliferação do veneno difundido pela comunicação social centralista e deixar que ele se instale na opinião pública sem qualquer tipo de desmentido, talvez na vã esperança que o Portugal profundo compreenda o sentido de tamanha permissividade. Pura ilusão. Por mais que a direcção do Canal (e do FCPorto) procure ignorar as ofensivas centralistas, não se livram de deixar no ar - e na cabeça de muita gente - a ideia de que se cala, é porque consente, com a agravante de manter acesa a convicção que o Processo Apito Dourado até valeu a pena e que Pinto da Costa terá sido "mal" absolvido... Infelizmente, os portugueses ainda não atingiram um patamar de maturidade cívica suficientemente elevado para não se deixarem influenciar pelo mau jornalismo. Se assim não fosse, o nosso país não seria seguramente um dos países mais atrasado da Europa, nem teria desperdiçado o 25 de Abril com governantes sem escrúpulos nem competência.

Mas o paradoxo desta "estratégia" vai mais mais além. O Porto Canal parece apostado em defender o Norte imitando Cristo, dando a outra face ao estalo depois de andar a ser esbofeteado todos estes anos de centralismo feroz. Continua a chamar a si, a escancarar as portas a gente da capital que se fartou de denegrir a imagem do FCPorto, do seu Presidente e da própria cidade (João Malheiro, António Sala, a "feiticeira" Maya, Carlos Barbosa e todo um rol imenso de gente insignificante que o Norte está cansado de conhecer por força da imposição monopolista do centralismo.

Já me perguntei o que terá levado a direcção do Porto Canal a pensar que estas pessoas fazem falta ao Norte, ou o que delas espera para ajudar os nortenhos a livrarem-se da chaga neocolonialista lisboeta, que é a sua terra... Pensar que essa gente é alheia ao fenómeno centralista é passar um atestado de imbecilidade aos nortenhos e a si próprios. Aliás, pergunto: que pensará Pinto da Costa sobre este assunto? Será que ele sabe o rumo que o canal está a levar? Será que ele vê mesmo o Porto Canal e é cúmplice desta estratégia suicida? Se vê, e gosta, então já não sei o que pensar, nem que explicação dar a tamanho fenómeno. A não ser que de repente um forte surto de sado-masoquismo tenha assolado a nossa região, e se calhar até eu fui contaminado, e ainda não dei por isso...

PS-Nem de propósito. No momento em que acabei de publicar este post, soube que, mais uma vez, o Norte foi prejudicado nos fundos do novo Quadro de Apoio, e que Lisboa, a região mais beneficiada do país, vai receber mais dinheiro. É assim. Eles perderam-nos o respeito. Agora, digam que Rui Moreira não tinha razão de desconfiar...

14 dezembro, 2015

Este, não é o FCPorto do Pinto da Costa que conhecemos

Acabou. Pela parte que me diz respeito, o prazo de tolerância com a SAD portista, incluindo o presidente Pinto da Costa, esgotou-se. Não acredito na fé pela fé, nem me sinto menos portista por me recusar expressar o meu afecto ao FCPorto sem clarividência, ou com estados de consciência alucinantes. 

Já é a segunda vez que prevejo as reacções de Pinto da Costa quando os problemas se aproximam da efervescência, e adivinho a resposta: fala tarde e não diz nada. Por isso, não quero mais perder tempo a proteger a actual estrutura directiva, incluindo equipa técnica e jogadores. O FCPorto está acima de tudo, esse é que deve ser defendido. Faça Pinto da Costa agora o que fizer, já vem tarde, já acabou com a confiança de muitos portistas na manutenção dos êxitos a que foram habituados e para os quais, ele muito contribuiu. Estou a falar no passado, claro, no Pinto da Costa líder de um clube que está acima de todos e dele próprio: o FCPorto. Só com a diferença que, há poucos anos atrás, ele e o clube, funcionavam como um só. E tanta era a identificação entre um e outro que se confundiam. Era dessa simbiose perfeita que os portistas gostavam. Isso hoje mudou. O FCPorto vai continuar, embora abalado por um presidente que inesperadamente parece ter perdido a noção do seu papel dentro dele.

Não me recordo de ver um FCPorto tão despersonalizado e frágil como o da actualidade, sem que essa descaracterização tivesse sido oportunamente travada. E, se há coisa que me custa aceitar, é ter de dar razão àqueles que nunca dela precisaram para denegrir a imagem do nosso clube e do próprio Presidente, dentro e fora de portas.  Hoje, eles agradecem a nova postura de Pinto da Costa, porque foi ele mesmo quem lhes facultou as condições ideais para achincalharem o nosso clube e o futebol praticado sem precisarem de inventar. Hoje, até se dão ao luxo de comentarem sem mentir... Graças ao silêncio estúpido da SAD e do Presidente.

Se associarmos a esta realidade a presença na festa da entrega dos Dragões de Ouro de indivíduos que vivem há anos a denegrir a imagem do FCPorto e do próprio Pinto da Costa, a cereja no topo do bolo da irracionalidade é perfeita.

Nestas condições, não há garra que resista ao descalabro. A menos que, algo de inesperado e tremendamente eficaz aconteça. 

13 dezembro, 2015

O FCPorto e os comentadores do Porto Canal

Se há coisa que me faz trepar pelas paredes é a incapacidade de alguns para analisarem as coisas com frontalidade. Não se trata aqui de facciosismo, de considerar apenas correctas as opiniões que correspondem às nossas, e incorrectas as opostas. Trata-se de olhar para as situações concretas e de as apreciar, ou não, com a mesma naturalidade com que saboreamos os alimentos, independentemente dos gostos de cada qual. Há quem goste mais da carne bem passada e quem a prefira meia crua, agora o que ninguém gosta é de carne dura como a sola de um sapato.

Não sendo de comida, mas de futebol o que estou a falar, faz-me grande confusão que os comentadores habituais dos jogos do FCPorto, no Porto Canal,  sejam tão parcimoniosos nas avaliações que fazem aos jogos do nosso clube. Raramente assumem sem papas na língua, os maus jogos e o futebol intermitente praticado pela equipa de Lopetegui. Percebo que estando a trabalhar, ou a receber qualquer avença do clube, haja alguma contenção, que não se sintam à vontade para dizerem o que pensam, mas usar um vocabulário eivado de elogios quando a equipa joga francamente mal, nem é sério, nem pedagógico. 

Como não acredito que tais comentadores não percebam de futebol (um deles até já foi jogador do FCPorto), só posso concluir que a parcimónia seja a razão causa efeito do receio de retaliações se disserem exactamente o que pensam. A avaliar pela política de comunicação levada a cabo pela SAD portista, omissa e sobranceira (para dizer ditatorial), não me espanta nada que o medo esteja instalado também dentro do Porto Canal, como está aliás no próprio país. Sinais dos tempos, ou resíduos secundários das más políticas conservadoras?

Uma coisa é certa: goste, ou não, Pinto da Costa vai ter mesmo de sair da toca do silêncio em que se refugiou, caso não queira que lhe aconteça a ele a mesma carinhosa recepção que uns adeptos menos dados a finesses, dedicaram a Lopetegui, mal chegou a Pedras Rubras. É só uma questão de tempo. Ainda há pouco ninguém questionava a liderança de Pinto da Costa, agora já há quem duvide das suas actuais aptidões. Eu também já a questiono, e não a escondo. Lamento-o, porque gostava que quando saísse do clube usasse a porta grande. Mas ele parece querer ser empurrado.